Quarta, 09 Outubro 2013 08:41
Redação on
PORTUGAL
"Gosto da menina como se fosse minha filha e nunca vou superar o desgosto, caso um dia a levem da minha casa".
As palavras, sentidas, são de Isabel Machacaz, residente em Alpiarça,
que está a lutar no Tribunal de Almeirim pela guarda da sua afilhada de
batismo, uma menor de três anos que já reside com ela há cerca de 14
meses.
A Segurança Social pretende que a criança seja
institucionalizada e entre posteriormente num processo de adoção, por
razões que toda a família afirma não entender.
A menor foi entregue à
madrinha em Agosto de 2012 pelos próprios pais biológicos e pelo avô
materno, uma família desestruturada que sobrevive quase na miséria, e
que reconhece não ter condições económicas e afetivas para assegurar o
seu crescimento num ambiente saudável.
"Tenho-a criado como criei os
meus dois filhos mais velhos, e os relatórios reconhecem que nada lhe
faltou, até hoje", garante à Rede Regional Isabel Machacaz, de 51 anos.
Foi ela quem acolheu a menor quando esta já estava sinalizada pela
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Alpiarça, e está agora a
tentar legalizar o processo.
A pedido dos pais, que estão separados e desempregados, retirou-a de uma casa sem as mínimas condições de habitabilidade.
O avô sobrevive com uma pensão de valor reduzido, fazendo uns biscates para compor o orçamento.
No último ano, foi a madrinha e o marido quem asseguraram todas as
despesas relativas à criança, quem lhe deu e mobilou um quarto só para
ela no seu apartamento, e quem a inscreveu no jardim-de-infância.
A
menina já brinca com os novos amigos no parque infantil da urbanização e
parece perfeitamente inserida na nova família, que a trata como sua
própria filha.
SEGURANÇA SOCIAL ACUSADA DE NÃO RESPEITAR VONTADE DA FAMÍLIA
Os pais biológicos querem que a criança seja criada pela madrinha e já
manifestaram por escrito a sua vontade no processo judicial que corre no
Tribunal de Almeirim, onde a Segurança Social defende que a menor deve
ser institucionalizada com vista a um futuro processo de adoção.
"Se
há alguém na família que trata tão bem dela, porque querem mandar a
menina para um lar?", questiona o avô, João Massa, que se diz
"revoltado" com a possibilidade de nunca mais saber da sua neta.
Um
dos relatórios da Segurança Social que constam do processo, a que a Rede
Regional teve acesso, refere que existe um conflito entre a família
biológica e a madrinha de batismo, e que Isabel Machacaz receia que os
pais da menor venham, no futuro, a tentar imiscuir-se no seu
crescimento.
Todos os envolvidos negam que tal seja verdade, e
disseram-no perante a juíza titular deste processo de promoção e
proteção de menor na primeira audiência do julgamento, que decorreu no
início de outubro.
O Instituto de Segurança Social disse à Rede
Regional não prestar informações sobre processos de promoção e proteção
de crianças e jovens que estejam em curso.
Esta menor tem uma irmã
mais velha, atualmente com 5 anos, que foi retirada em 2010 à mãe por
negligência nos cuidados e entregue a uma instituição.
A família sustenta que não há razão para esta criança seguir pelo mesmo caminho.
Isabel Machacaz cuida da menor há 14 meses
O avô materno, João Massa, diz-se revoltado com a posição da Segurança Social
http://www.rederegional.com/ index.php/entertainment/ 6444-braco-de-ferro-por-adocao- de-crianca.html
Quarta, 09 Outubro 2013 08:41
Redação on
PORTUGAL
"Gosto da menina como se fosse minha filha e nunca vou superar o desgosto, caso um dia a levem da minha casa".
As palavras, sentidas, são de Isabel Machacaz, residente em Alpiarça, que está a lutar no Tribunal de Almeirim pela guarda da sua afilhada de batismo, uma menor de três anos que já reside com ela há cerca de 14 meses.
A Segurança Social pretende que a criança seja institucionalizada e entre posteriormente num processo de adoção, por razões que toda a família afirma não entender.
A menor foi entregue à madrinha em Agosto de 2012 pelos próprios pais biológicos e pelo avô materno, uma família desestruturada que sobrevive quase na miséria, e que reconhece não ter condições económicas e afetivas para assegurar o seu crescimento num ambiente saudável.
"Tenho-a criado como criei os meus dois filhos mais velhos, e os relatórios reconhecem que nada lhe faltou, até hoje", garante à Rede Regional Isabel Machacaz, de 51 anos.
Foi ela quem acolheu a menor quando esta já estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Alpiarça, e está agora a tentar legalizar o processo.
A pedido dos pais, que estão separados e desempregados, retirou-a de uma casa sem as mínimas condições de habitabilidade.
O avô sobrevive com uma pensão de valor reduzido, fazendo uns biscates para compor o orçamento.
No último ano, foi a madrinha e o marido quem asseguraram todas as despesas relativas à criança, quem lhe deu e mobilou um quarto só para ela no seu apartamento, e quem a inscreveu no jardim-de-infância.
A menina já brinca com os novos amigos no parque infantil da urbanização e parece perfeitamente inserida na nova família, que a trata como sua própria filha.
SEGURANÇA SOCIAL ACUSADA DE NÃO RESPEITAR VONTADE DA FAMÍLIA
Os pais biológicos querem que a criança seja criada pela madrinha e já manifestaram por escrito a sua vontade no processo judicial que corre no Tribunal de Almeirim, onde a Segurança Social defende que a menor deve ser institucionalizada com vista a um futuro processo de adoção.
"Se há alguém na família que trata tão bem dela, porque querem mandar a menina para um lar?", questiona o avô, João Massa, que se diz "revoltado" com a possibilidade de nunca mais saber da sua neta.
Um dos relatórios da Segurança Social que constam do processo, a que a Rede Regional teve acesso, refere que existe um conflito entre a família biológica e a madrinha de batismo, e que Isabel Machacaz receia que os pais da menor venham, no futuro, a tentar imiscuir-se no seu crescimento.
Todos os envolvidos negam que tal seja verdade, e disseram-no perante a juíza titular deste processo de promoção e proteção de menor na primeira audiência do julgamento, que decorreu no início de outubro.
O Instituto de Segurança Social disse à Rede Regional não prestar informações sobre processos de promoção e proteção de crianças e jovens que estejam em curso.
Esta menor tem uma irmã mais velha, atualmente com 5 anos, que foi retirada em 2010 à mãe por negligência nos cuidados e entregue a uma instituição.
A família sustenta que não há razão para esta criança seguir pelo mesmo caminho.
Isabel Machacaz cuida da menor há 14 meses
O avô materno, João Massa, diz-se revoltado com a posição da Segurança Social
http://www.rederegional.com/


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