10/11/2013
Heloisa Rocha Aguieiras
SAO SEBASTIAO DO PARAISO
A equipe do Setor de Estudos Técnicos Psicossocial do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais, formada pelas assistentes sociais, Cátia
Aparecida Pereira e Raquel Pavan dos Santos Divino e pela psicóloga
Maria Marta Costa Monteiro, traçou um panorama do quadro real da adoção
em São Sebastião do Paraíso.
As exigências dos interessados em
adotar ainda são muitas e há dificuldades para que a adoção possa
contemplar todas as crianças que precisam de uma família.
A lei
12.010, de 2009, implantou novas regras para a adoção e fez com que o
cadastro dos interessados em adotar ficasse apenas com os da comarca,
que abrange São Tomás de Aquino, os distritos de Termópolis e Guardinha e
São Sebastião do Paraíso.
“A maioria dos interessados em adotar é
formada por casais que já esgotaram as possibilidades da fertilização de
um filho natural. Porém, trabalhamos para que a criança não seja uma
solução para os problemas e para que estejam preparados para adotar”,
informa Maria Marta.
Cátia conta que hoje existe o curso
preparatório para a adoção, com conteúdo jurídico, social e psicológico,
depoimentos de pessoas que já adotaram e crianças que foram adotadas.
Muito tem se falado que a sociedade atual vem apresentando um novo
modelo de família, formado por casais que vieram de casamentos
anteriores e pares do mesmo sexo, modelos hoje interessados em adotar.
“Porém, Paraíso não possui em seu cadastro pessoas homossexuais que
aguardam uma criança para adoção”, informa Cátia, dizendo que “antes da
mudança de lei, isso já tinha ocorrido e acompanhamos o caso, com
informações de que a criança está muito bem”, informa a assistente
social. Maria Marta informa que há pessoas sozinhas que também foram
aprovadas para adotarem e estão se saindo bem na função de pai ou mãe,
mesmo sem um parceiro.
Segundo a equipe, a maior dificuldade é
encontrar um bebê ou um recém-nascido para ser adotado (veja quadro
abaixo). “Neste ano comemoramos a doção de três bebês. A criança de três
anos que ainda não foi adotada é considerada como tardia. Muitos
procuram por uma criança idealizada e acreditam que nessa idade já estão
‘deturpadas’. Nós buscamos desmistificar isso, instruindo que a criança
precisa do amor de uma família em qualquer idade”, diz Maria Marta.
Outro entrave é a adoção de irmãos, determinada em lei. “Há grupos de
oito irmãos, que família vai fazer essa adoção? Essa é outra grande
dificuldade que enfrentamos”, conta Cátia.
Os casais também não
aceitam crianças com problemas de saúde crônicos ou com deficiências
físicas ou mentais e muitos fazem questão da cor de pele branca.
LÁ FORA
Há anos um casal de irmãos paraisenses foi adotado por uma francesa e
levados para viverem na França. Hoje, ela está com 19 anos e é bombeira,
ele com 22 é chefe de cozinha e se adaptaram perfeitamente à cultura
francesa, apesar de terem sido adotados com mais idade.
No sul está vivendo uma garotinha negra, que os pais brancos não fizeram nenhuma restrição para levá-la como filha.
OS NÚMEROS
Os números referem-se ao período após a mudança da lei, ou seja, posterior a 2009.
Casais cadastrados para adotarem: 37
Média de idade:
Entre 25 e 45 anos
Atendidos: 17
Desistiram: 3
Processo suspenso (pode ser temporariamente): 3
Aguardando: 14
Aceitam somente uma criança: 12
Aceitam somente mais um irmão: 2
Aceitam idades
De 0 a 6 meses: 1 casal
Até 1 ano: 2 casais
Até 2 anos: 3 casais
Até 3 anos: 4 casais
Até 4 anos: 1 casal
Até 5 anos: 2 casais
Até 6 anos: 1 casal
Preferência por sexo
Feminino: 2 Casais
Indiferentes: 12 Casais
Preferência por cor de pele
Somente por crianças brancas: 1 casal
Crianças brancos e pardas: 7 casais
Indiferentes: 6 casais
Todos os casais querem crianças saudáveis ou com problemas tratáveis..
http:// www.jornaldosudoeste.com.br/ noticia.php?codigo=4786
10/11/2013
Heloisa Rocha Aguieiras
SAO SEBASTIAO DO PARAISO
A equipe do Setor de Estudos Técnicos Psicossocial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, formada pelas assistentes sociais, Cátia Aparecida Pereira e Raquel Pavan dos Santos Divino e pela psicóloga Maria Marta Costa Monteiro, traçou um panorama do quadro real da adoção em São Sebastião do Paraíso.
As exigências dos interessados em adotar ainda são muitas e há dificuldades para que a adoção possa contemplar todas as crianças que precisam de uma família.
A lei 12.010, de 2009, implantou novas regras para a adoção e fez com que o cadastro dos interessados em adotar ficasse apenas com os da comarca, que abrange São Tomás de Aquino, os distritos de Termópolis e Guardinha e São Sebastião do Paraíso.
“A maioria dos interessados em adotar é formada por casais que já esgotaram as possibilidades da fertilização de um filho natural. Porém, trabalhamos para que a criança não seja uma solução para os problemas e para que estejam preparados para adotar”, informa Maria Marta.
Cátia conta que hoje existe o curso preparatório para a adoção, com conteúdo jurídico, social e psicológico, depoimentos de pessoas que já adotaram e crianças que foram adotadas.
Muito tem se falado que a sociedade atual vem apresentando um novo modelo de família, formado por casais que vieram de casamentos anteriores e pares do mesmo sexo, modelos hoje interessados em adotar. “Porém, Paraíso não possui em seu cadastro pessoas homossexuais que aguardam uma criança para adoção”, informa Cátia, dizendo que “antes da mudança de lei, isso já tinha ocorrido e acompanhamos o caso, com informações de que a criança está muito bem”, informa a assistente social. Maria Marta informa que há pessoas sozinhas que também foram aprovadas para adotarem e estão se saindo bem na função de pai ou mãe, mesmo sem um parceiro.
Segundo a equipe, a maior dificuldade é encontrar um bebê ou um recém-nascido para ser adotado (veja quadro abaixo). “Neste ano comemoramos a doção de três bebês. A criança de três anos que ainda não foi adotada é considerada como tardia. Muitos procuram por uma criança idealizada e acreditam que nessa idade já estão ‘deturpadas’. Nós buscamos desmistificar isso, instruindo que a criança precisa do amor de uma família em qualquer idade”, diz Maria Marta.
Outro entrave é a adoção de irmãos, determinada em lei. “Há grupos de oito irmãos, que família vai fazer essa adoção? Essa é outra grande dificuldade que enfrentamos”, conta Cátia.
Os casais também não aceitam crianças com problemas de saúde crônicos ou com deficiências físicas ou mentais e muitos fazem questão da cor de pele branca.
LÁ FORA
Há anos um casal de irmãos paraisenses foi adotado por uma francesa e levados para viverem na França. Hoje, ela está com 19 anos e é bombeira, ele com 22 é chefe de cozinha e se adaptaram perfeitamente à cultura francesa, apesar de terem sido adotados com mais idade.
No sul está vivendo uma garotinha negra, que os pais brancos não fizeram nenhuma restrição para levá-la como filha.
OS NÚMEROS
Os números referem-se ao período após a mudança da lei, ou seja, posterior a 2009.
Casais cadastrados para adotarem: 37
Média de idade:
Entre 25 e 45 anos
Atendidos: 17
Desistiram: 3
Processo suspenso (pode ser temporariamente): 3
Aguardando: 14
Aceitam somente uma criança: 12
Aceitam somente mais um irmão: 2
Aceitam idades
De 0 a 6 meses: 1 casal
Até 1 ano: 2 casais
Até 2 anos: 3 casais
Até 3 anos: 4 casais
Até 4 anos: 1 casal
Até 5 anos: 2 casais
Até 6 anos: 1 casal
Preferência por sexo
Feminino: 2 Casais
Indiferentes: 12 Casais
Preferência por cor de pele
Somente por crianças brancas: 1 casal
Crianças brancos e pardas: 7 casais
Indiferentes: 6 casais
Todos os casais querem crianças saudáveis ou com problemas tratáveis..
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