08 de agosto de 2013 | 2h 09
Ocimara Balmant - O Estado de S.Paulo
Nos abrigos, são considerados casos de insucesso quando
não há possibilidade de a família reaver a guarda ou "há pudor
excessivo do Judiciário em liberar a criança para adoção, mesmo após os
dois anos do prazo legal", diz Fabiana Gadelha, do grupo de apoio à
adoção Aconchego.
"Quem tem direito a uma família é a criança. Em um processo que demora quatro anos para destituição do poder familiar, um bebê que chega com 1 ano só estará disponível para adoção aos 5. Daí, suas chances de ser adotado já diminuíram muito."
Mas, se no caso dos mais novos a insistência pela família biológica pode ser prejudicial, no dos mais velhos, a destituição do poder familiar pode não interessar. O importante é o bom senso. "No caso de um pequeno, é importante fazer a destituição. Quando já são maiorzinhos, para que a pressa? Talvez, por mais frágil que seja esse vínculo, pode ser importante depois dos 18."
Eric Henrique Silva Oliveira chegou ao abrigo com 1 ano e só saiu aos 18. Apesar de visitá-lo com frequência, sua mãe nunca conseguiu provar que podia cuidar dele fora dali. Nessas tentativas, foi-se a infância de Eric. Na adolescência, a destituição já não compensava mais, e o garoto havia se apegado à mãe social, funcionária da instituição responsável por ele. "Eu não queria mais ser adotado." / O.B.
"Quem tem direito a uma família é a criança. Em um processo que demora quatro anos para destituição do poder familiar, um bebê que chega com 1 ano só estará disponível para adoção aos 5. Daí, suas chances de ser adotado já diminuíram muito."
Mas, se no caso dos mais novos a insistência pela família biológica pode ser prejudicial, no dos mais velhos, a destituição do poder familiar pode não interessar. O importante é o bom senso. "No caso de um pequeno, é importante fazer a destituição. Quando já são maiorzinhos, para que a pressa? Talvez, por mais frágil que seja esse vínculo, pode ser importante depois dos 18."
Eric Henrique Silva Oliveira chegou ao abrigo com 1 ano e só saiu aos 18. Apesar de visitá-lo com frequência, sua mãe nunca conseguiu provar que podia cuidar dele fora dali. Nessas tentativas, foi-se a infância de Eric. Na adolescência, a destituição já não compensava mais, e o garoto havia se apegado à mãe social, funcionária da instituição responsável por ele. "Eu não queria mais ser adotado." / O.B.
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