quinta-feira, 12 de setembro de 2013
O casal que está sendo investigado por se envolver em suposta guarda ilegal de uma menina em Olinda,
compareceu na terça-feira (10), à Delegacia do Varadouro, onde foi
ouvido pela delegada Andréa Melo. Em depoimento à polícia, os antigos
guardiões - uma esteticista carioca e um piloto americano - negaram ter
agido de má fé ao, supostamente, colocarem um nome falso na criança, de
apenas um ano. Durante duas horas e meia, os depoentes alegaram que a
certidão não foi solicitada no momento do batismo pelo padre José
Severino da Silva, da Paróquia de São José.
Peu Ricardo/Folha de Pernambuco
Segundo a
delegada, a esteticista carioca sustentou, durante o depoimento, a
versão de que o registro de nascimento não foi solicitado. No entanto,
de acordo com Andréa, o religioso disse que, ao solicitar a certidão,
recebeu a informação da mulher envolvida na suposta adoção ilegal que
havia esquecido o documento, fato que teria induzido o padre a realizar o
batismo, mesmo irregularmente. O religioso vai prestar depoimento à
polícia nesta quinta-feira (12).
Ainda segundo a
delegada, além do padre, funcionários da igreja e os padrinhos da
criança devem ser inquiridos a prestar esclarecimentos à polícia. Após
as ouvidas, os depoimentos que estão ou ainda serão colhidos vão ser
confrontados, o que norteará a conclusão do inquérito, que tem previsão
de ser concluído em outubro. À frente das investigações sobre o suposto
crime de falsidade ideológica, Andréa informou que a certidão de
nascimento poderá ser periciada após a análise do registro original.
“Pedimos para o padre trazer o documento, pois eu só tenho a cópia do
livro de anotações. A partir daí, vamos verificar se o possível erro se
trata de uma falsidade material”, explicou Andréa.
Na ouvida, a
esteticista relatou à delegada que, sempre quando abordada por
terceiros, dizia que a menina era sua filha, pois estava sob sua guarda
provisória. “Ela alega ainda que se referia ao nome anterior da criança,
em diversas situações”. Assim como informou o Tribunal de Justiça de
Pernambuco (TJPE), na nota enviada no dia em que criança foi devolvida pelo
casal à Vara da Infância e Juventude, o casal reiterou que resolveu
entregar a menina por conta da pressão feita pela imprensa.
O casal, que
reside em Miami, embarcou na terça-feira (10) rumo aos Estados Unidos.
No entanto, os dois ficam à disposição da delegada para possíveis
esclarecimentos sobre o caso. O comparecimento dos antigos guardiões à
delegacia havia sido negociado com os advogados dos investigados, que
estavam em Gravatá. A delegada Andréa Melo informou que pretende ouvir
mais três pessoas, pelo menos. Na quinta-feira passada, a proprietária
da residência que havia sido apontada como sendo o imóvel onde residia o
casal prestou depoimento.http://www.olindahoje.com/2013/09/casal-nega-ma-fe-na-adocao-de-crianca.html
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