segunda-feira, 5 de março de 2018

Programa oferece lar temporário para crianças e adolescentes em Carmo do Cajuru (Reprodução)

28/02/2018

Um projeto realizado em Carmo do Cajuru oferece lar temporário a crianças e adolescentes que, por motivos como negligência, maus-tratos, possível abandono entre outros precisam ser afastados da família de origem durante um período.
Geralmente, as famílias interessadas em oferecer o lar provisório podem acolhê-los por no máximo 2 anos. Isabel Dias e o marido Wilson Santana estão entre os que já participaram do projeto. Eles tiveram três filhos, que depois de crescidos se mudaram para outras cidades.
E o acolhimento voluntário foi a forma que o casal encontrou para continuar contribuindo com a formação de mais cidadãos.
“Nesse período em que passamos com as crianças, além da assistência, damos amor, carinho. Somos pessoas simples, mas temos muito amor. Nossa intenção não é ficar com essas crianças, mas sim prepara-las para que voltem para as famílias delas”, disse Wilson.
Para Isabel, além da responsabilidade, o acolhimento têm um significado especial.

“É um amor muito especial, um cuidado que é maior até com o que tivemos com os nossos filhos. Porque essas crianças estão afastadas das famílias. Então você se entrega a este amor para que eles não se sintam sozinhos e desamparados. Me sinto bem fazendo isso”, completou.
Encaminhamento 
O encaminhamento para o lar temporário é feito pelo Conselho Tutelar. Antes de receber a criança ou o adolescente, a família é orientada e capacitada. São realizados seis encontros de preparação com as famílias antes de o acolhimento se concretizar. Entretanto, um dos critérios para participar do programa é não estar na fila de espera para adoção.
“O programa não é uma pré-adoção. A participação da família é para colaborar e ajudar, com intuito de que aquela criança ou adolescente possa futuramente voltar às origens”, afirmou a diretora de Assistência Social, Rosimeire Rodrigues.
Ainda segundo Rosimeire, nos casos em que o menor de idade não têm condições de retornar à família biológica, o encaminhamento para adoção é feito pelo Conselho Tutelar. 
“Quem tem interesse em adoção deve procurar o Judiciário, o fórum, e lá fazer o cadastro de adoção”, frisou a assistência social. 
O programa 
O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora foi implantado em 2013 em Carmo do Cajuru. Conforme a Prefeitura, um total de 14 menores de idade já vivenciaram acolhimento familiar no município.
Durante o período de acolhimento da criança ou adolescente, a família de origem é acompanhada por profissionais visando a reestruturação para receber a criança de volta.
Desde a instalação do serviço em Carmo do Cajuru, seis crianças já retornaram para o convívio familiar de origem. Uma criança foi adotada e duas estão em processo de experiência para adoção.
As famílias interessadas em oferecer o lar provisório devem se cadastrar na Secretaria Municipal de Promoção e Defesa Social, que fica na Praça Presidente Vargas, n°278, no Centro..


Reproduzido por: Lucas H.

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