28.01.2016
Conrado Guin
cguin@jj.com.br
Jornal de Jundiaí...
Conrado Guin
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Jornal de Jundiaí...
Quando optou pela adoção, o jundiaiense Alessandro José Gentil Goulart, 40, já era pai de um garoto de 5 anos. Três anos depois de dar entrada no processo legal, duas surpresas: a esposa estava grávida e quatro irmãos aguardavam por novos pais. Ao lado da mulher Luciana, o funcionário público, que mora em Brasília, se tornou pai de seis crianças.
A história de Alessandro traduz o perfil dos atuais pretendentes. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), dos 34.687 interessados em adotar no País, 24.772 (71%) estão dispostos a acolher irmãos. “Nos abrigos, a maior parte das crianças e adolescentes tem um irmão ou mais na mesma situação, aguardando por um novo lar”, diz Ana Maria Carrara Quaggio, voluntária do Grupo de Apoio à Adoção (GAA) Semente, de Jundiaí.
Na cidade, o trabalho da Vara de Infância e Juventude, aliado ao GAA Semente, garante que o perfil das crianças e adolescentes seja cada vez mais aceito pelos adultos que estão na fila de espera. “A atuação em conjunto abre o horizonte. Hoje preparamos os pretendentes, temos grupo de pós-adoção e atendemos também as crianças adotadas”, revela Ana.
MUDANÇA
A vida do casal Alessandro e Luciana mudou muito após o Carnaval de 2014. Com apenas um filho na época, eles adotaram quatro crianças e, pouco depois, foram pais de mais uma menina. Hoje, os herdeiros são os pequenos Guilherme, 10, Diego, 9, Maria Luiza, 7, Ana Isabele, 5, Josiele, 3 e Gabriela, 1. “Tivemos que nos readequar e mudar tudo, desde o carro até os passeios e as férias em família”, diz Alessandro.
Mas o esforço valeu a pena. “As pessoas me questionam se foi bondade, e eu digo que não. Na verdade sou eu que tenho que agradecer a essas crianças por terem me dado a oportunidade de ser o pai delas.” A adaptação foi outro fator importante para a família, que teve de se readequar”. “A rotina mudou muito. Antes, quando havia só o Guilherme, nós saíamos para comer um lanche e era algo comum. Hoje é motivo de festa, afinal não é sempre que podemos fazer isso.”.
Os passeios também sofreram alteração. “Tenho um veículo de oito lugares e comprei uma van. Quando vamos passear, as certidões de nascimento ficam no porta-luvas. Se a polícia para o carro eu apresento os documentos para que não pensem que é transporte irregular”, revela Alessandro. Sobre a exigência antes da adoção, o ‘paizão’ fez um único pedido. “Somente queria que o Guilherme, meu primeiro filho, continuasse sendo o mais velho. Após muita espera conseguimos. Hoje tenho uma família abençoada.”
A convivência com outros pretendentes fez Alessandro perceber que as pessoas estão abertas e menos seletivas. “Fiquei feliz em encontrar outras famílias que não faziam exigências em relação ao sexo, cor e idade das crianças. Isso mostra que a mentalidade está mudando.”
Original disponível em: http://www.jj.com.br/noticias-26083-mais-de-70--dos-pretendentes-a-adocao-aceitam-acolher-irmaos
Reproduzido por: Lucas H.
A história de Alessandro traduz o perfil dos atuais pretendentes. De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), dos 34.687 interessados em adotar no País, 24.772 (71%) estão dispostos a acolher irmãos. “Nos abrigos, a maior parte das crianças e adolescentes tem um irmão ou mais na mesma situação, aguardando por um novo lar”, diz Ana Maria Carrara Quaggio, voluntária do Grupo de Apoio à Adoção (GAA) Semente, de Jundiaí.
Na cidade, o trabalho da Vara de Infância e Juventude, aliado ao GAA Semente, garante que o perfil das crianças e adolescentes seja cada vez mais aceito pelos adultos que estão na fila de espera. “A atuação em conjunto abre o horizonte. Hoje preparamos os pretendentes, temos grupo de pós-adoção e atendemos também as crianças adotadas”, revela Ana.
MUDANÇA
A vida do casal Alessandro e Luciana mudou muito após o Carnaval de 2014. Com apenas um filho na época, eles adotaram quatro crianças e, pouco depois, foram pais de mais uma menina. Hoje, os herdeiros são os pequenos Guilherme, 10, Diego, 9, Maria Luiza, 7, Ana Isabele, 5, Josiele, 3 e Gabriela, 1. “Tivemos que nos readequar e mudar tudo, desde o carro até os passeios e as férias em família”, diz Alessandro.
Mas o esforço valeu a pena. “As pessoas me questionam se foi bondade, e eu digo que não. Na verdade sou eu que tenho que agradecer a essas crianças por terem me dado a oportunidade de ser o pai delas.” A adaptação foi outro fator importante para a família, que teve de se readequar”. “A rotina mudou muito. Antes, quando havia só o Guilherme, nós saíamos para comer um lanche e era algo comum. Hoje é motivo de festa, afinal não é sempre que podemos fazer isso.”.
Os passeios também sofreram alteração. “Tenho um veículo de oito lugares e comprei uma van. Quando vamos passear, as certidões de nascimento ficam no porta-luvas. Se a polícia para o carro eu apresento os documentos para que não pensem que é transporte irregular”, revela Alessandro. Sobre a exigência antes da adoção, o ‘paizão’ fez um único pedido. “Somente queria que o Guilherme, meu primeiro filho, continuasse sendo o mais velho. Após muita espera conseguimos. Hoje tenho uma família abençoada.”
A convivência com outros pretendentes fez Alessandro perceber que as pessoas estão abertas e menos seletivas. “Fiquei feliz em encontrar outras famílias que não faziam exigências em relação ao sexo, cor e idade das crianças. Isso mostra que a mentalidade está mudando.”
Original disponível em: http://www.jj.com.br/noticias-26083-mais-de-70--dos-pretendentes-a-adocao-aceitam-acolher-irmaos
Reproduzido por: Lucas H.
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