12/01/2016
Carla Macedo
Na Índia, existem cerca de 50.000 crianças órfãs à espera de um lar e a Flipkart está a ajudar os trabalhadores interessados em adotar, pagando as despesas do processo, com um subsídio de 685 euros. A empresa diz querer criar um “ecossistema de apoio”, proporcionar um ambiente inspirador e, dessa forma, potenciar a produtividade.
É conhecida como a “Amazon da Índia”: vende online telemóveis, equipamento informático, eletrodomésticos e livros mas também vestuário, acessórios, mobiliário e peças decorativas. Recentemente tornou-se notícia ao divulgar, no Twitter, uma iniciativa inovadora naquele país (e na verdade para o mundo): passou a atribuir subsídios aos funcionários que desejem adotar uma das 50.000 crianças órfãs que estão institucionalizadas na Índia. O processo é caro, ascendendo a cerca de 630 euros, e o subsídio disponibilizado pela Flipkart ronda os 685 euros.
Embora não divulgue o número de funcionários que já beneficiaram destas medidas, o porta-voz da Flipkart explica o porquê desta iniciativa pioneira:
“Quisemos garantir que acompanhamos os tempos e as necessidades dos nossos trabalhadores. Este tipo de programas ajuda-nos a estabelecer um vínculo emocional com os funcionários e eles sentem uma maior afinidade com o local de trabalho”.
A medida foi muito bem recebida e elogiada pelos empregados, mesmo por aqueles que não pretendem adotar: “Ajudou-nos a construir um ‘ecossistema de apoio’. Todas as nossas políticas visam criar um ambiente inspirador. Queremos que os nossos funcionários possam ter a máxima produtividade no trabalho”, esclarece.
Paralelamente, a companhia definiu que as mulheres que adotem bebés até um ano de idade terão o mesmo tempo de licença concedido às mães biológicas (seis meses remunerados, mais quatro meses com horário flexível), enquanto outras empresas privadas concedem normalmente cerca de metade desse período.
Também os pais adotivos têm direito a seis semanas de licença remunerada no primeiro semestre e a quatro meses com horário de trabalho flexível, o que não acontece, noutras companhias. Às mães e pais adotivos é ainda garantido aconselhamento sobre como cuidar do novo membro da família, informação sobre saúde e apoio psicológico, entre outros.
Na Índia, apenas companhias internacionais, como a Google ou a empresa de software americana Intuit, oferecem aos seus empregados programas semelhantes.
Maneka Gandhi, ministra do Desenvolvimento, felicitou a Flipkart pela iniciativa, uma novidade em termos de responsabilidade social das empresas no país. Tendo já afirmado publicamente que o reduzido número de crianças adotadas anualmente era “vergonhoso”, no final de 2015 alterou a lei, permitindo que pessoas solteiras, divorciadas e separadas possam adotar.
A medida já levou ao encerramento de orfanatos católicos, incluindo alguns administrados pelas Missionárias da Caridade – organização criada por Madre Teresa Calcutá na década de 50 – de forma a evitar que crianças possam ser entregues a lésbicas ou gays, o que vai contra os princípios da instituição.
Por Teresa Frederico
Original disponível em: http://www.delas.pt/gestao-afetiva-empresa-financia-adocoes/
Reproduzido por: Lucas H.
Carla Macedo
Na Índia, existem cerca de 50.000 crianças órfãs à espera de um lar e a Flipkart está a ajudar os trabalhadores interessados em adotar, pagando as despesas do processo, com um subsídio de 685 euros. A empresa diz querer criar um “ecossistema de apoio”, proporcionar um ambiente inspirador e, dessa forma, potenciar a produtividade.
É conhecida como a “Amazon da Índia”: vende online telemóveis, equipamento informático, eletrodomésticos e livros mas também vestuário, acessórios, mobiliário e peças decorativas. Recentemente tornou-se notícia ao divulgar, no Twitter, uma iniciativa inovadora naquele país (e na verdade para o mundo): passou a atribuir subsídios aos funcionários que desejem adotar uma das 50.000 crianças órfãs que estão institucionalizadas na Índia. O processo é caro, ascendendo a cerca de 630 euros, e o subsídio disponibilizado pela Flipkart ronda os 685 euros.
Embora não divulgue o número de funcionários que já beneficiaram destas medidas, o porta-voz da Flipkart explica o porquê desta iniciativa pioneira:
“Quisemos garantir que acompanhamos os tempos e as necessidades dos nossos trabalhadores. Este tipo de programas ajuda-nos a estabelecer um vínculo emocional com os funcionários e eles sentem uma maior afinidade com o local de trabalho”.
A medida foi muito bem recebida e elogiada pelos empregados, mesmo por aqueles que não pretendem adotar: “Ajudou-nos a construir um ‘ecossistema de apoio’. Todas as nossas políticas visam criar um ambiente inspirador. Queremos que os nossos funcionários possam ter a máxima produtividade no trabalho”, esclarece.
Paralelamente, a companhia definiu que as mulheres que adotem bebés até um ano de idade terão o mesmo tempo de licença concedido às mães biológicas (seis meses remunerados, mais quatro meses com horário flexível), enquanto outras empresas privadas concedem normalmente cerca de metade desse período.
Também os pais adotivos têm direito a seis semanas de licença remunerada no primeiro semestre e a quatro meses com horário de trabalho flexível, o que não acontece, noutras companhias. Às mães e pais adotivos é ainda garantido aconselhamento sobre como cuidar do novo membro da família, informação sobre saúde e apoio psicológico, entre outros.
Na Índia, apenas companhias internacionais, como a Google ou a empresa de software americana Intuit, oferecem aos seus empregados programas semelhantes.
Maneka Gandhi, ministra do Desenvolvimento, felicitou a Flipkart pela iniciativa, uma novidade em termos de responsabilidade social das empresas no país. Tendo já afirmado publicamente que o reduzido número de crianças adotadas anualmente era “vergonhoso”, no final de 2015 alterou a lei, permitindo que pessoas solteiras, divorciadas e separadas possam adotar.
A medida já levou ao encerramento de orfanatos católicos, incluindo alguns administrados pelas Missionárias da Caridade – organização criada por Madre Teresa Calcutá na década de 50 – de forma a evitar que crianças possam ser entregues a lésbicas ou gays, o que vai contra os princípios da instituição.
Por Teresa Frederico
Original disponível em: http://www.delas.pt/gestao-afetiva-empresa-financia-adocoes/
Reproduzido por: Lucas H.
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