20/01/2016
Autor(a): Tarissa Esteves
Função: Repórter
Foto(s): Divaldo Moreira/Comércio da Franca
Autor(a): Tarissa Esteves
Função: Repórter
Foto(s): Divaldo Moreira/Comércio da Franca
Uma família residente no Leporace I está empenhada na busca pelos pais biológicos de seu filho do meio, o lustrador Equiel da Silva Ribeiro. Adotado aos 3 meses de idade pela pespontadeira Sueli Aparecida Ribeiro e pelo guarda noturno Claudionor Ribeiro, Equiel, hoje com 19 anos, tem o desejo de conhecer suas origens e obter respostas. “Preciso ouvir deles (pais biológicos), olhando nos olhos, o que aconteceu, na época, para o Conselho Tutelar ter ido me buscar”, disse.
O desejo do rapaz parece estar prestes a se concretizar. Engajada em apoiar o filho, Sueli procurou na manhã de ontem pelo programa Show da Manhã, comandado pelo radialista da Difusora AM 1030 Valdes Rodrigues, e expôs sua busca. Momentos depois, uma tia materna de Equiel, que mora em Franca, entrou em contato para falar sobre o sobrinho. Ao fim da tarde, o lustrador ouviu, pela primeira vez, a voz da mãe biológica.
O desejo do rapaz parece estar prestes a se concretizar. Engajada em apoiar o filho, Sueli procurou na manhã de ontem pelo programa Show da Manhã, comandado pelo radialista da Difusora AM 1030 Valdes Rodrigues, e expôs sua busca. Momentos depois, uma tia materna de Equiel, que mora em Franca, entrou em contato para falar sobre o sobrinho. Ao fim da tarde, o lustrador ouviu, pela primeira vez, a voz da mãe biológica.
REENCONTRO
“A ansiedade que senti antes de ligar me lembrou os tempos em que eu jogava na Francana e ficava no banco de reservas, ansioso para entrar em campo”, descreveu.
Além de conversar por cerca de 30 minutos com a mãe, Equiel marcou encontro com a tia na noite de ontem, a fim de conhecer o primeiro membro de sua família. “No telefone, ela (tia) me contou que tenho muitos irmãos e que minha mãe colocou o mesmo nome que me deu, Equiel, em um deles. Eu já sabia que tinha irmãos porque, quando fui adotado, tinha uma irmã, também, esperando por adoção.”
Nos bastidores do reencontro, a mãe Sueli se emocionou com a possibilidade de ver o filho resolver a própria história. Quanto a possíveis inseguranças maternas que esse reencontro poderia causar, Sueli afirma não ter nenhuma, embora tenha contido a emoção ao supor que o filho pudesse querer ir viver com a mãe biológica.
“Meu filho é um menino muito bom. Ele sempre teve curiosidade sobre os pais biológicos mas, de uns tempos para cá, cismou que quer porque quer achar a mãe e o pai. Você vê que ele sente um vazio. Quer falar com eles, entender o que aconteceu, o porquê de terem abandonado ele. Então eu disse: se for pela sua felicidade, vamos procurar juntos. Você tem esse direito”, disse Sueli.
“A ansiedade que senti antes de ligar me lembrou os tempos em que eu jogava na Francana e ficava no banco de reservas, ansioso para entrar em campo”, descreveu.
Além de conversar por cerca de 30 minutos com a mãe, Equiel marcou encontro com a tia na noite de ontem, a fim de conhecer o primeiro membro de sua família. “No telefone, ela (tia) me contou que tenho muitos irmãos e que minha mãe colocou o mesmo nome que me deu, Equiel, em um deles. Eu já sabia que tinha irmãos porque, quando fui adotado, tinha uma irmã, também, esperando por adoção.”
Nos bastidores do reencontro, a mãe Sueli se emocionou com a possibilidade de ver o filho resolver a própria história. Quanto a possíveis inseguranças maternas que esse reencontro poderia causar, Sueli afirma não ter nenhuma, embora tenha contido a emoção ao supor que o filho pudesse querer ir viver com a mãe biológica.
“Meu filho é um menino muito bom. Ele sempre teve curiosidade sobre os pais biológicos mas, de uns tempos para cá, cismou que quer porque quer achar a mãe e o pai. Você vê que ele sente um vazio. Quer falar com eles, entender o que aconteceu, o porquê de terem abandonado ele. Então eu disse: se for pela sua felicidade, vamos procurar juntos. Você tem esse direito”, disse Sueli.
O PRIMEIRO TELEFONEMA
Após a primeira conversa, o Comércio retornou à casa dos Ribeiro para acompanhar o primeiro contato de Equiel com a mãe biológica.
Antes de pegar o telefone, olhou nos olhos de Sueli à procura de aprovação. “E aí, mãe, devo mesmo ligar?” Após o consentimento, respirou fundo e ouviu, remexendo freneticamente os dedos dos pés, o telefone chamar.
“Alô, quem fala?”, ao que se seguiu: “Qual seu nome completo? Conhece algum Equiel?”, pausa. “É ele quem está falando.”
O choro do outro lado da linha pôde ser ouvido pelos presentes na sala. Uma conversa muito íntima começou e Equiel teve a oportunidade de, após muitos minutos com a mãe, falar ainda com seu irmão Equiel, de 17 anos. “Sua voz é igualzinha a minha!”, disse.
Após a primeira conversa, o Comércio retornou à casa dos Ribeiro para acompanhar o primeiro contato de Equiel com a mãe biológica.
Antes de pegar o telefone, olhou nos olhos de Sueli à procura de aprovação. “E aí, mãe, devo mesmo ligar?” Após o consentimento, respirou fundo e ouviu, remexendo freneticamente os dedos dos pés, o telefone chamar.
“Alô, quem fala?”, ao que se seguiu: “Qual seu nome completo? Conhece algum Equiel?”, pausa. “É ele quem está falando.”
O choro do outro lado da linha pôde ser ouvido pelos presentes na sala. Uma conversa muito íntima começou e Equiel teve a oportunidade de, após muitos minutos com a mãe, falar ainda com seu irmão Equiel, de 17 anos. “Sua voz é igualzinha a minha!”, disse.
APOIO
Ao final, Equiel obteve da mãe o seu endereço e prometeu que irá conhecê-la, pessoalmente, nos próximos dias. “Eu nem sei o que dizer... Eu não sabia que minha mãe (Sueli) estava fazendo isso por mim. Ela quem me criou, me deu educação e me fez trabalhador... Amo ela, mas eu preciso ver o rosto da minha mãe biológica, saber com quem me pareço, de onde eu vim e como as coisas aconteceram. Acho que isso me dará paz.”
Ao final, Equiel obteve da mãe o seu endereço e prometeu que irá conhecê-la, pessoalmente, nos próximos dias. “Eu nem sei o que dizer... Eu não sabia que minha mãe (Sueli) estava fazendo isso por mim. Ela quem me criou, me deu educação e me fez trabalhador... Amo ela, mas eu preciso ver o rosto da minha mãe biológica, saber com quem me pareço, de onde eu vim e como as coisas aconteceram. Acho que isso me dará paz.”
Reproduzido por: Lucas H.
Nenhum comentário:
Postar um comentário