18/06/2016 19h02
Um grupo de voluntários em Araxá auxilia interessados em adotar crianças e adolescentes, além de famílias que já receberam novos integrantes. O grupo de apoio à adoção "Aquecendo Vidas" atua desde 2014 e já atendeu mais de 75 pessoas.
A coordenadora do projeto e terapeuta familiar Luciana Namias Vicente explicou que o trabalho busca garantir o direito da criança e do adolescente de conviver em família e em comunidade por meio de adoções legais, seguras e para sempre.
“Nosso grupo faz parte de um movimento nacional de apoio à adoção. O nosso objetivo é garantir o direito dessas crianças e adolescentes e promover a legitimidade da família adotiva. O grupo nasceu da iniciativa de pais adotivos e os trabalhos são feitos por meio da troca de experiências”, explicou.
Luciana é mãe adotiva há seis anos e, de acordo com ela, muitas dúvidas surgem quando uma pessoa decide adotar, e elas continuam depois que a adoção acontece. “Quando adotei, não tinha o grupo, e sempre tem uma série de questões que surgem e que podem gerar dúvida e insegurança. O papel do grupo é justamente dar esse apoio para as pessoas realmente entenderem o que é a adoção, como lidar e diversas outras questões”, comentou.
As reuniões são realizadas sempre nas últimas terças-feiras de cada mês, às 19h, no Auditório da Associação Comercial e Industrial de Araxá (Acia), que fica na Avenida Getúlio Vargas, 365, no Centro.
“Atualmente estamos com cerca de 50 pessoas nas reuniões, entre pais que querem adotar, famílias que já adotaram e muitos que estão na fila de adoção. Contamos com o apoio de profissionais, todos voluntários”, explicou.
Apoio do Ministério Público
Para a promotora da Vara da Infância e Juventude, Mara Lucia Silva Dourado, o grupo atua sobre dois pontos que definem o sucesso de uma adoção.
“Na visão do Ministério Público, o grupo é extremamente importante, pois hoje a lei exige que uma pessoa interessada em adotar passe por um curso preparatório. Então esse grupo vem preparando essas pessoas, cumprindo um dispositivo legal. Outro ponto é que, à medida que as pessoas participam das reuniões, elas se fortalecem, tomam conhecimento sobre o que é a adoção, as consequências, e adquirem a consciência de que mais do que realizar o desejo de ser pai ou mãe, a adoção é a forma de modificar uma vida”, analisou.
Ainda de acordo com a promotora, o grupo ajuda a sanar problemas enfrentados na área de adoção. “Nós temos a sobrecarga de serviço na Justiça, o que às vezes impede que os processos corram com a celeridade devida, e isso causa uma certa angústia nas pessoas que pode ser discutida e minimizada durante as reuniões. Além disso, a ausência desse preparo faz com que a adoção não tenha sucesso, que surjam conflitos da própria criança ou adolescentes e dos adotantes”, ressaltou.
Situação das adoções em Araxá
De acordo com a promotora, não há um balanço de quantas crianças e adolescentes estão na fila de adoção na cidade, devido ao processo exigido por lei de integração à família biológica.
“Atualmente temos cerca de 30 crianças e adolescente acolhidas em nossos abrigos, porém o fato de elas estarem acolhidas não significa que elas possam ser adotadas. Isso é porque temos um trabalho intenso de tentativa de retorno delas para a família biológica. Então, só depois de esgotadas essas tentativas, podemos tirá-las definitivamente da família biológica e colocá-las para adoção”, explicou.
A Promotora ainda informou que, em Araxá, há cerca de 15 pessoas interessadas, cadastradas e devidamente habilitadas na fila de adoção.
Original disponível em: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/06/grupo-de-apoio-auxilia-pais-adotivos-e-interessados-em-adocao-em-araxa.html
Reproduzido por: Lucas H.
Um grupo de voluntários em Araxá auxilia interessados em adotar crianças e adolescentes, além de famílias que já receberam novos integrantes. O grupo de apoio à adoção "Aquecendo Vidas" atua desde 2014 e já atendeu mais de 75 pessoas.
A coordenadora do projeto e terapeuta familiar Luciana Namias Vicente explicou que o trabalho busca garantir o direito da criança e do adolescente de conviver em família e em comunidade por meio de adoções legais, seguras e para sempre.
“Nosso grupo faz parte de um movimento nacional de apoio à adoção. O nosso objetivo é garantir o direito dessas crianças e adolescentes e promover a legitimidade da família adotiva. O grupo nasceu da iniciativa de pais adotivos e os trabalhos são feitos por meio da troca de experiências”, explicou.
Luciana é mãe adotiva há seis anos e, de acordo com ela, muitas dúvidas surgem quando uma pessoa decide adotar, e elas continuam depois que a adoção acontece. “Quando adotei, não tinha o grupo, e sempre tem uma série de questões que surgem e que podem gerar dúvida e insegurança. O papel do grupo é justamente dar esse apoio para as pessoas realmente entenderem o que é a adoção, como lidar e diversas outras questões”, comentou.
As reuniões são realizadas sempre nas últimas terças-feiras de cada mês, às 19h, no Auditório da Associação Comercial e Industrial de Araxá (Acia), que fica na Avenida Getúlio Vargas, 365, no Centro.
“Atualmente estamos com cerca de 50 pessoas nas reuniões, entre pais que querem adotar, famílias que já adotaram e muitos que estão na fila de adoção. Contamos com o apoio de profissionais, todos voluntários”, explicou.
Apoio do Ministério Público
Para a promotora da Vara da Infância e Juventude, Mara Lucia Silva Dourado, o grupo atua sobre dois pontos que definem o sucesso de uma adoção.
“Na visão do Ministério Público, o grupo é extremamente importante, pois hoje a lei exige que uma pessoa interessada em adotar passe por um curso preparatório. Então esse grupo vem preparando essas pessoas, cumprindo um dispositivo legal. Outro ponto é que, à medida que as pessoas participam das reuniões, elas se fortalecem, tomam conhecimento sobre o que é a adoção, as consequências, e adquirem a consciência de que mais do que realizar o desejo de ser pai ou mãe, a adoção é a forma de modificar uma vida”, analisou.
Ainda de acordo com a promotora, o grupo ajuda a sanar problemas enfrentados na área de adoção. “Nós temos a sobrecarga de serviço na Justiça, o que às vezes impede que os processos corram com a celeridade devida, e isso causa uma certa angústia nas pessoas que pode ser discutida e minimizada durante as reuniões. Além disso, a ausência desse preparo faz com que a adoção não tenha sucesso, que surjam conflitos da própria criança ou adolescentes e dos adotantes”, ressaltou.
Situação das adoções em Araxá
De acordo com a promotora, não há um balanço de quantas crianças e adolescentes estão na fila de adoção na cidade, devido ao processo exigido por lei de integração à família biológica.
“Atualmente temos cerca de 30 crianças e adolescente acolhidas em nossos abrigos, porém o fato de elas estarem acolhidas não significa que elas possam ser adotadas. Isso é porque temos um trabalho intenso de tentativa de retorno delas para a família biológica. Então, só depois de esgotadas essas tentativas, podemos tirá-las definitivamente da família biológica e colocá-las para adoção”, explicou.
A Promotora ainda informou que, em Araxá, há cerca de 15 pessoas interessadas, cadastradas e devidamente habilitadas na fila de adoção.
Original disponível em: http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2016/06/grupo-de-apoio-auxilia-pais-adotivos-e-interessados-em-adocao-em-araxa.html
Reproduzido por: Lucas H.
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