Carazinho, 24/06/2016, 18h38
O Grupo de Apoio à Adoção Manon, criado em agosto de 2014 pela empresária carazinhense Carin Krüger, é direcionado às pessoas que pensam em adotar; que estão na fila da adoção; que já adotaram ou que pretendem dar alguma criança ou adolescente para adoção. O grupo promove encontros, atividades, debates e esclarecimentos sobre o tema, além de levar profissionais para palestras de orientação, como juízes, promotores de justiça, advogados, assistentes sociais e psicólogos, oferecendo um leque amplo de orientações para que o processo seja feito de forma legal e correto, com acompanhamento da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente de Carazinho.
“Nosso objetivo é acolher essas pessoas que possuem algum interesse em relação à adoção, discutir temas relacionados, esclarecer dúvidas, mas também trazer profissionais que trabalhem em toda essa rede de proteção e apoio à criança e ao adolescente, para que cada um conte qual é o seu papel nessa rede; não somente na questão da adoção, mas da proteção dessas crianças, para que os habilitados todos entendam como esse processo acontece. Eu sempre brinco, que quando a pessoa é habilitada e entra na fila, é como se o casal colocasse seu nome em uma caixinha preta, essa caixinha se abre e sai dali um bebê como um coelho na cartola. Eles não sabem o que acontece dentro daquela caixinha. Então, temos esse objetivo de esclarecer”, compara Carin Krüger.
Na próxima terça-feira (28), o juiz de direito Bruno Massing de Oliveira, responsável pelo Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Carazinho, participará de um encontro promovido pelo Grupo Manon, a partir das 19h30min, na Escola Princesa Isabel. “O Dr. Bruno é parte fundamental nesse processo todo e vai para falar um pouco sobre o trabalho dele, como acontece a tramitação dos processos de adoção no Poder Judiciário. Toda a comunidade está convidada e tem a oportunidade de interagir”, explica Carin.
O Manon iniciou suas atividades em agosto de 2014 e o resultado mais positivo segundo sua presidente é a união do grupo. “Nós temos muitas questões para lutar hoje no Brasil. Os grupos de apoio à adoção estão tentando se unir para algumas conquistas, porque o processo de adoção está ficando cada vez mais difícil, mais burocrático e com mais entraves. Há movimentos nesse sentido, dos grupos de apoio estaduais e nacionais, e o maior objetivo, esse da união, está sendo cumprido”, destaca.
PERFIL PREFERIDO É APENAS UM DOS ENTRAVES
Carin revela que atualmente no país, não faltam pessoas querendo adotar, há muitas crianças e adolescentes precisando ser adotadas, mas poucas estão aptas à adoção. Questionada sobre os números de Carazinho, divulgados pelo juiz Bruno Massing ao DM, na semana passada, dando conta que atualmente há 52 casais habilitados e que foram concretizadas quatro sentenças de adoção no ano passado e duas esse ano, a presidente do Manon enfatiza que além da questão do perfil preferido da criança há outras questões que dificultam a adoção.
“O que acontece é que o processo para adoção está mais longo. O tempo de espera na fila está ficando cada vez maior. O Dr. Bruno mostrou um dos aspectos responsáveis por essa demora, que é o perfil da criança. Realmente, o primeiro desejo da pessoa que quer adotar, é aquele bebê bonitinho, rosadinho, o chamado bebê propaganda. Essa é a primeira idealização, provavelmente de qualquer pai e mãe biológico ou não, que imaginam seu filho assim”, explica a presidente, complementando que essa cultura está mudando gradativamente. “O perfil tem ficado um pouco mais estendido. Antes a maioria pedia recém nascido de três até seis meses de idade. Hoje já está indo para a faixa de até 3 anos, essa faixa está ampliando aos poucos. O perfil é realmente um dos motivos, mas está longe de ser o único”, opina. “O grupo tem feito algumas ações em relação a isso, de conversar com os habilitados sobre adoções tardias que é quando se adota uma criança mais velha. Inclusive levamos assistente social para falar sobre isso, sugerindo que os habilitados se dirijam ao Fórum para discutir sobre o seu perfil preferido, se podem abrir mais”, esclarece.
Original disponível em:http://www.diariodamanha.com/plantao/ver/20905/Legisla%C3%A7%C3%A3o+dificulta+agiliza%C3%A7%C3%A3o+das+ado%C3%A7%C3%B5es
Reproduzido por: Lucas H.
O Grupo de Apoio à Adoção Manon, criado em agosto de 2014 pela empresária carazinhense Carin Krüger, é direcionado às pessoas que pensam em adotar; que estão na fila da adoção; que já adotaram ou que pretendem dar alguma criança ou adolescente para adoção. O grupo promove encontros, atividades, debates e esclarecimentos sobre o tema, além de levar profissionais para palestras de orientação, como juízes, promotores de justiça, advogados, assistentes sociais e psicólogos, oferecendo um leque amplo de orientações para que o processo seja feito de forma legal e correto, com acompanhamento da Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente de Carazinho.
“Nosso objetivo é acolher essas pessoas que possuem algum interesse em relação à adoção, discutir temas relacionados, esclarecer dúvidas, mas também trazer profissionais que trabalhem em toda essa rede de proteção e apoio à criança e ao adolescente, para que cada um conte qual é o seu papel nessa rede; não somente na questão da adoção, mas da proteção dessas crianças, para que os habilitados todos entendam como esse processo acontece. Eu sempre brinco, que quando a pessoa é habilitada e entra na fila, é como se o casal colocasse seu nome em uma caixinha preta, essa caixinha se abre e sai dali um bebê como um coelho na cartola. Eles não sabem o que acontece dentro daquela caixinha. Então, temos esse objetivo de esclarecer”, compara Carin Krüger.
Na próxima terça-feira (28), o juiz de direito Bruno Massing de Oliveira, responsável pelo Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Carazinho, participará de um encontro promovido pelo Grupo Manon, a partir das 19h30min, na Escola Princesa Isabel. “O Dr. Bruno é parte fundamental nesse processo todo e vai para falar um pouco sobre o trabalho dele, como acontece a tramitação dos processos de adoção no Poder Judiciário. Toda a comunidade está convidada e tem a oportunidade de interagir”, explica Carin.
O Manon iniciou suas atividades em agosto de 2014 e o resultado mais positivo segundo sua presidente é a união do grupo. “Nós temos muitas questões para lutar hoje no Brasil. Os grupos de apoio à adoção estão tentando se unir para algumas conquistas, porque o processo de adoção está ficando cada vez mais difícil, mais burocrático e com mais entraves. Há movimentos nesse sentido, dos grupos de apoio estaduais e nacionais, e o maior objetivo, esse da união, está sendo cumprido”, destaca.
PERFIL PREFERIDO É APENAS UM DOS ENTRAVES
Carin revela que atualmente no país, não faltam pessoas querendo adotar, há muitas crianças e adolescentes precisando ser adotadas, mas poucas estão aptas à adoção. Questionada sobre os números de Carazinho, divulgados pelo juiz Bruno Massing ao DM, na semana passada, dando conta que atualmente há 52 casais habilitados e que foram concretizadas quatro sentenças de adoção no ano passado e duas esse ano, a presidente do Manon enfatiza que além da questão do perfil preferido da criança há outras questões que dificultam a adoção.
“O que acontece é que o processo para adoção está mais longo. O tempo de espera na fila está ficando cada vez maior. O Dr. Bruno mostrou um dos aspectos responsáveis por essa demora, que é o perfil da criança. Realmente, o primeiro desejo da pessoa que quer adotar, é aquele bebê bonitinho, rosadinho, o chamado bebê propaganda. Essa é a primeira idealização, provavelmente de qualquer pai e mãe biológico ou não, que imaginam seu filho assim”, explica a presidente, complementando que essa cultura está mudando gradativamente. “O perfil tem ficado um pouco mais estendido. Antes a maioria pedia recém nascido de três até seis meses de idade. Hoje já está indo para a faixa de até 3 anos, essa faixa está ampliando aos poucos. O perfil é realmente um dos motivos, mas está longe de ser o único”, opina. “O grupo tem feito algumas ações em relação a isso, de conversar com os habilitados sobre adoções tardias que é quando se adota uma criança mais velha. Inclusive levamos assistente social para falar sobre isso, sugerindo que os habilitados se dirijam ao Fórum para discutir sobre o seu perfil preferido, se podem abrir mais”, esclarece.
Original disponível em:http://www.diariodamanha.com/plantao/ver/20905/Legisla%C3%A7%C3%A3o+dificulta+agiliza%C3%A7%C3%A3o+das+ado%C3%A7%C3%B5es
Reproduzido por: Lucas H.
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