segunda-feira, 20 de junho de 2016

SER MÃE NÃO É TÃO FÁCIL COMO PARECE...(Reprodução)

16 de junho de 2016
Priscilla Portugal
Estima-se que, no Brasil, de 10 a 15% da população sofra com a infertilidade. São casais que, embora preparados para o desafio da maternidade/paternidade, sequer desconfiam que vão passar por meses – e anos – de angústia ao se deparar com o exame negativo repetidas vezes. Mas a verdade é que engravidar naturalmente não é a única forma de ser pai e mãe, e é disto que o livro “Te amo até a lua – Da ad...oção à barriga de aluguel e técnicas de fertilização, o que fazer quando não se consegue uma gestação natural”, lançado pela querida jornalista Ana Davini ontem à noite.
Ana conta que começou a tentar engravidar em agosto de 2005. “Foi mais um lance de ‘vamos desencanar e se rolar, rolou’. Na minha cabeça, mesmo me dedicando tanto à empresa e mesmo sem ter dinheiro sobrando, daria um jeito se acontecesse. Não tinha preocupações”, conta. Mas o tempo foi passando e a gravidez não chegava. O médico descartou a infertilidade de seu marido e começou aí uma nova luta: “Diziam que eu provavelmente tinha algum problema, só que minhas ultrassonografias e exames ginecológicos não indicavam nada. Em 2009, cansada de tanto esperar, fui atrás de um especialista em reprodução humana, que finalmente descobriu a endometriose. Ele começou o tratamento dizendo que era melhor fazer uma laparoscopia para aumentar minhas chances de engravidar”, diz Ana.
O procedimento teve um pós-operatório dolorido e, poucos meses depois, ela tentou uma inseminação artificial, que não teve sucesso. “Justo eu, que era a desencanada, a tranquila, me vi profundamente triste e frustrada. Acho que só quem passa por isso sabe o quanto é ruim colocar todas as suas energias e expectativas em uma coisa e vê-la dar errado”. Ana enfrentou uma verdadeira batalha ao lado de seu marido, que envolveu também a caríssima fertilização in vitro (que custa entre R$20 mil e R$30 mil) e a descoberta de que a endometriose havia voltado com força total.

Sua história inclui ainda a procura por tratamentos no SUS – burocrático e lento, como era de se esperar – e, finalmente a decisão de por fim a este sofrimento, optando pela adoção, em 2011. Mais algumas burocracias, sofrimento e mais de um ano depois (ou 3 anos se contarmos a data da guarda provisória) … eis que chega a Thalita, a bonequinha que você vê nestas fotos. “Mas até este dia foram aproximadamente oito anos de tentativas, esperanças e frustrações, o que nos tornou quase experts no assunto ‘paternidade alternativa’”.
Final feliz para a Ana e também para quem vive uma situação parecida, pois ela aproveitou toda esta experiência para escrever o livro, que aborda de maneira prática e simples assuntos espinhosos, como endometriose, tratamentos médicos, adoção e barriga de aluguel. O livro tem 128 páginas e está à venda, por R$34,90 aqui neste link (https://pag.ae/bdW1zb).


Original disponível em: https://br.vida-estilo.yahoo.com/ser-m%C3%A3e-n%C3%A3o-%C3%A9-t%C3%A3o-f%C3%A1cil-como-parece-185851252.html

Reproduzido por: Lucas H.

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