quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

FAMÍLIAS ARCO-ÍRIS: ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS (reprodução)

30/11/2015
Lusa
A aprovação da adoção plena de crianças por todos os casais, sejam heterossexuais ou homossexuais, foi conseguida este mês em Assembleia da República. Para muitos surgem as perguntas… Será saudável para as crianças? Serão elas crianças felizes? Como vai ser na escola? O que irão dizer os amigos? Não serão elas próprias futuros homossexuais?
A Ordem dos Psicólogos aprova esta medida invocando, com base em estudos científicos, que a orientação sexual não tem impacto no desenvolvimento da criança e nas competências dos pais. Referem ainda que “um desenvolvimento saudável não depende da orientação sexual dos pais, mas sim da qualidade da relação entre pais e filhos” e acrescentam que “não existe base científica para afirmar que os homossexuais femininos e masculinos não são capazes de criar e educar crianças saudáveis e bem ajustadas”. Pois bem, o mais importante no desenvolvimento de qualquer criança é que haja uma família estável, unida, que transmita amor e que dê os afetos essenciais para um crescimento saudável e isso não depende da forma como é constituída a família. Um casal homossexual transmitirá o mesmo amor ao seu filho como um casal heterossexual. Nada prova o contrário.
Outro fator que apontam prende-se com o facto de que uma criança educada por um casal homossexual venha a ser no futuro também ela homossexual. Ora bem… A homossexualidade não é cultural, não é ensinada, é biológica. Senão como poderia um casal conservador ter um filho homossexual? O que provavelmente pode acontecer é que estas crianças não tenham preconceitos, assim como muitas outras (heterossexuais) também não têm. De acordo com a Ordem dos Psicólogos, os estudos empíricos internacionais revistos, nos quais se baseia, “indicam que as crianças de famílias homoparentais não têm maior probabilidade de serem homossexuais do que as crianças de famílias heteroparentais”.
Relativamente ao receio da discriminação por parte dos amigos, isso é muito provável que aconteça, tal como aconteceu com os filhos dos primeiros pais divorciados ou das primeiras mães solteiras. No entanto tudo isso é normal hoje em dia. A sociedade adaptar-se-á naturalmente, como já se adaptou a tantas outras mudanças. Além disso, vários estudos comprovam que as crianças demonstram uma grande força e resiliência para lidarem com estas situações, especialmente quando são oriundas de um ambiente familiar estável, independentemente da forma como é constituída. A sociedade vai evoluindo e as várias formas de família acompanham esta evolução. É o contacto com a diferença que irá permitir às crianças de hoje e aos adultos de amanhã aceitar a diferença e respeitá-la no futuro.
Para concluir só podemos ficar felizes pelas muitas crianças que certamente encontrarão estabilidade e amor nas famílias que as esperam e salientar que os estudos afirmam que “não existem diferenças entre as crianças provenientes de famílias homoparentais e heteroparentais”, em termos do seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social e educacional. O fundamental “é que o contexto familiar ofereça afeto e comunicação, seja sensível às necessidades da criança, viva de modo estável e impondo normas adequadas, no seio de relações harmoniosas”.
SANDRINE CASEIRO
Psicóloga
sandrinecaseiro@hotmail.com

Original disponível em: http://esposendeacontece.pt/familias-arco-iris-adocao-por-casais-homossexuais/

Reproduzido por: Lucas H.

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