12/03/2015
Menotti Griggi
Artigo da coluna "ABCDEF ... GLS" desta semana no
jornal Circuito Mato Grosso
Morreu esta semana o adolescente Peterson Ricardo de Oliveira,
de 14 anos, que estava em coma no Hospital Regional de Vasconcelos, na Grande
São Paulo, após ter sido vítima de homofobia dentro de uma escola pública na
Vila Jamil, na Grande São Paulo.
Segundo o pai da vítima, Márcio Nogueira, o filho foi agredido por cinco garotos e o motivo relatado seria porque era filho adotivo de um casal do mesmo sexo.
Segundo o pai da vítima, Márcio Nogueira, o filho foi agredido por cinco garotos e o motivo relatado seria porque era filho adotivo de um casal do mesmo sexo.
Abalado com toda a situação, Márcio relatou que não sabia que o
adolescente sofria preconceito por ser filho de um casal homossexual e que só
soube após uma conversa com o delegado, quando relataram a agressão e, por
isso, diante de tamanha barbaridade, resolveu divulgar o que tinha acontecido
para que isso não se repita com outras crianças.
O adolescente estudava na unidade de ensino desde os 6 anos. Um irmão de 15 anos, que frequenta o mesmo colégio, presenciou a agressão. De acordo com o que os médicos relataram aos familiares, a vítima teve aneurisma cerebral e estava em coma induzido em estado gravíssimo. Antes de ser anunciada a morte do adolescente, dois dos agressores estiveram na casa da avó do menino e se desculparam pelo ocorrido. Os pais da vítima registraram boletim de ocorrência e disseram que vão processar o Estado, mas a Secretaria Estadual de Educação e a Secretaria Estadual de Saúde negaram a versão da família.
O adolescente estudava na unidade de ensino desde os 6 anos. Um irmão de 15 anos, que frequenta o mesmo colégio, presenciou a agressão. De acordo com o que os médicos relataram aos familiares, a vítima teve aneurisma cerebral e estava em coma induzido em estado gravíssimo. Antes de ser anunciada a morte do adolescente, dois dos agressores estiveram na casa da avó do menino e se desculparam pelo ocorrido. Os pais da vítima registraram boletim de ocorrência e disseram que vão processar o Estado, mas a Secretaria Estadual de Educação e a Secretaria Estadual de Saúde negaram a versão da família.
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informou que não há
nenhum registro de agressão no interior da unidade onde o aluno estudava e que
os fatos seriam apurados.
Parece que não cessa a HOMOFOBIA neste país que atinge agora
filhos de casais homoafetivos.
Se isso for realmente comprovado, é a hora de autoridades de São
Paulo e do Brasil acordarem para algo que se torna insustentável a cada dia: a
violência contra LGBTs.
Uma pausa para refletir sobre este absurdo e fazer com que as
leis sejam aprovadas de forma a punir pessoas que cometem esses crimes.
Menotti Griggi é geminiano, produtor cultural, militante
incansável da comunidade LGBTT e semanalmente escreve a coluna ABCDEF...GLS no
Circuito Mato Grosso.
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