segunda-feira, 13 de julho de 2015

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MÃE QUE DEIXOU BEBÊ NA RUA TERÁ APOIO PSICOLÓGICO; CRIANÇA RECEBE ALTA
07/07/2015
LG Rodrigues Do G1 Santos

Criança foi socorrida, passou por exames e recebeu alta nesta terça-feira. Conselheiro tutelar afirma que mãe da criança já está com seus familiares.

A mãe do bebê que foi abandonado na rua logo após o parto, na sexta-feira (3), começará a receber atendimento psicológico de uma equipe médica de Praia Grande, no litoral de São Paulo. A criança foi socorrida, passou por exames e recebeu alta nesta terça-feira (7), de acordo com a Coordenadoria de Comunicação do Hospital Irmã Dulce.
O bebê, do sexo masculino, que nasceu com 48 cm e pesando 2,250 kg, foi abandonado pela mãe na noite de sexta-feira, por volta das 20h, na Avenida Marcos Freire, no bairro Ocian. Ele já estava sem o cordão umbilical. Moradores que passavam pelo local encontraram o recém-nascido e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou para o Pronto Socorro do bairro Quietude, onde a criança recebeu os primeiros cuidados.
O conselheiro tutelar Leste Silva, responsável pelo caso, afirma que a mãe da criança já está com seus familiares e deverá receber atendimento psicológico. “A partir de agora, eu vou acompanhá-la e ela vai receber atendimento psicológico e médico. Atualmente, ela está indo para a casa do pai dela, mas não quer ficar lá, só passa para comer e depois volta para as ruas”, explica.
A criança estava internada no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, e recebeu alta nesta terça-feira. Será iniciada uma busca por familiares que queiram ficar com o bebê, já que os avós maternos não têm condições de cuidar do recém-nascido e não há informações sobre seu pai. “A criança ainda não foi apresentada oficialmente ao abrigo, à casa onde ficará sob cuidados médicos. Assim que o bebê for liberado, começaremos o processo de busca pela família extensiva, tios, tias que queiram ficar com a criança. Caso eles não queiram, a Justiça ficará responsável pela adoção”, diz. No momento, o bebê aguarda um conselheiro tutelar comparecer ao hospital, para ser encaminhado a um abrigo municipal.
Leste diz que ainda existe a possibilidade da mãe voltar atrás, mas não acredita que o bebê possa ficar com ela após o abandono. “Ela até pode voltar atrás, se fosse outro caso, seria até normal, o juiz da Infância e Juventude dá preferência à família. No entanto, como ela tem distúrbios de comportamento e usa drogas, é muito difícil”, conclui.

RESGATE
O bombeiro civil Rogério dos Santos foi o primeiro a prestar socorro ao recém-nascido. “Ele ainda estava com a placenta no rosto quando o encontrei. Na hora, você olha e pensa: só pode ser coisa de Deus”, diz.
Além de Rogério, um casal que passava pelo local também avistou a criança e pediu para que o bombeiro acionasse o Samu. No Pronto Socorro do Quietude, os médicos vedaram a região umbilical e realizaram todos os exames necessários.
Rogério enfatiza que também ficou triste com a situação. “Isso emociona e entristece. Eu consegui salvar a criança, mas e se eu não tivesse visto? E se o outro casal não estivesse aqui?”, questiona.
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