TRÊS VEZES PAIS - UMA LINDA HISTÓRIA DE ADOÇÃO
06.07.2015
Desde que comecei a namorar meu marido e conversávamos sobre família, tínhamos o desejo de termos filhos biológicos e não biológicos. Começamos a namorar, nos casamos dentro de um ano e nosso casamento já dura 15 anos Emoticon smile Depois de algumas tentativas, descobri que tinha endometriose e uma obstrução severa no ureter que comprometeu consideravelmente meu rim esquerdo.
Em meio ao tratamento de endometriose nós, que já estávamos na fila de adoção há três anos, fomos ver como estava nossa situação e termos uma ideia de quanto tempo mais esperaríamos nosso filho, tendo em vista não termos escolhido sexo e a idade pretendida estar entre 0 e 3 anos. Nossa inscrição, a princípio, era pra uma criança, mas ao verificar nossa posição na fila, vimos que estávamos na frente e que, com as características pretendidas não havia uma criança... mas havia três! Isso mesmo, trigêmeos, de 2 anos e meio! As crianças já haviam sido oferecidas a outros casais e ainda conviveram com uma família por oito meses e foram devolvidas.
Um turbilhão de sentimentos passaram por cima da gente e após conversarmos em família, topamos o desafio de conhecer nossos filhos. Sim! Já eram nossos, mas ainda não sabíamos bem certo. Ao conversar com o juiz responsável pelo caso das crianças, ele e a assistente social colocaram mil defeitos em uma das crianças: era muito nervosa e tinha diagnóstico de epilepsia. O "nervosa" não me assustou, pois sou professora de educação infantil e encaro uma turma de vinte e poucos alunos e boa parte deles não são anjinhos (risos), mas a questão epilepsia é claro que me preocupou. De qualquer forma falei que precisávamos conhecer as crianças e avaliar toda a situação.
Na primeira visita chegamos e, enquanto esperávamos, meu marido parecia homem na espera da sala de parto. De todos os relatos que escuto era bem assim que ela estava. Mais branco que nunca, respiração difícil... Fui ao banheiro e quando saí dei de cara com ele quase tendo um infarto, apontando e dizendo: são eles ali, estão vindo. Nos colocaram num corredorzinho, com mil pessoas passando... Que situação! A criança que haviam nos alertado ser difícil logo pulou no meu colo aos prantos e depois do susto que eu levei, percebi que ardia em febre, meu Deus! Que angústia senti! As outras duas estavam um pouco desconfiadas, mas ficaram ali conosco enquanto a que estava em meu colo não parava de chorar.
Saímos da visita em estado de choque e, depois de avaliarmos toda situação, percebemos que era impossível ser diferente ao tirar uma criança da cama, com mal estar de febre, e jogá-la num corredorzinho com duas criaturas estranhas que eles jamais tinham visto na vida. Precisávamos de mais visitas e nossa oração a Deus foi que esta segunda visita fosse um divisor de águas, uma resposta certa ao nosso coração e que tivéssemos algo totalmente diferente da primeira.
E de fato, a segunda visita foi bem diferente. Saíram do cantinho deles e vieram tranquilos. A criança tida por "difícil" nos reconheceu e veio correndo e SORRINDO ao nosso encontro. Foi uma visita totalmente diferente. Um pouco de manha e de birra, muito normal para crianças dessa idade que são obrigadas a ficarem num corredor com dois indivíduos que nunca haviam visto na vida (rs). Eles também foram bem pacientes conosco.
Essa visita foi decisiva. Entramos no carro e um não queria perguntar para o outro, mas já sabíamos em nosso coração que eram, sim, os nossos filhos. Até que meu marido me perguntou meio sem a voz sair (rs) um: e aí? E eu, prontamente, como quem espera a pergunta, disse: são nossos. Ele sorriu e concordou. Apesar de estarmos meio assustados, pensando nos dias que se seguiriam, tínhamos aquela certeza que pedimos a Deus.
Voltamos e fizemos mais três visitas no período da manhã e da tarde. Só saíamos quando o pessoal praticamente nos expulsava. As pessoas da Casa estranharam as visitas nos dois períodos. Parece que não era uma prática, mas nós precisávamos aproveitar o máximo e agilizar todos os protocolos do processo. Então numa segunda-feira nós demos plantão na porta do juizado.
Eu fiquei com muito medo de acharem que não ficaríamos com as crianças e as "oferecessem" a outra família. Mesmo com apenas 4 visitas, ainda que sendo de dupla jornada (manhã e tarde), sabíamos que o juiz e a assistente social achariam cedo para nossa decisão. Primeiro falamos com a assistente que nos pareceu muito feliz com a nossa decisão. Falou logo que o juiz acharia cedo por causa das poucas visitas e perguntou se tínhamos certeza mesmo que queríamos dar a resposta naquele momento. Dissemos que sim, e que já queríamos falar com o juiz. O juiz também falou na hora que achava cedo e queria saber se nós estávamos certos da decisão.
Naquele momento me lembrei de dois textos bíblicos que pude citar, pois nós conhecíamos o Amor que lança fora o medo e a Paz que excede todo entendimento, fazendo referência aos textos de I João 4:18, e Filipenses 4: 6 e 7. Percebemos que ele ficou muito feliz e convencido de nossa decisão, afinal também não éramos dois adolescentes encarando uma aventura. Eu já estava com 37 anos e meu marido com 38. A recomendação era de que fizéssemos mais visitas até saírem os documentos da guarda provisória. Dissemos que gostaríamos de levar nossos filhos pra casa na segunda-feira seguinte e isso significava que seria mais uma semana apenas de visitas e andamento nos documentos necessários.
Nas visitas não levamos presentes até então, pq achávamos que as crianças deveriam gostar e esperar por nós e não pelo que ofereceríamos. Já mais experientes (rs) saímos da visita de corredor e pedimos uma sala reservada e também utilizamos o pátio e o parquinho. Meu marido levou violão e eu levei livros. Foram dias gostosos de adaptação, amor e descobertas. A "difícil" foi se revelando uma criança muito esperta e carinhosa, mesmo com as birras (quando contrariada arrancava os sapatos dos pés e os jogava aleatoriamente). Nenhum sinal de epilepsia e chegamos a conclusão de que, se ela tivesse qualquer problema, estaria na melhor família para tratá-la. Uma delas sempre acessível e a outra cada dia menos receosa.
Uns três dias antes de levá-las fizemos um teste de aceitação e as colocamos no carro para um passeio. Meu marido foi dirigindo, mas eu não pude ir, porque não havia lugar no nosso pequeno carro (não poderíamos sair com eles desacompanhados de uma pessoa da Casa). Tirando o fato de termos esquecido de colocar a trava de criança e uma delas ter aberto a porta no meio do percurso, foi tudo bem (rs). Durante esse período nunca dissemos, nunca forçamos, que eles nos entendessem como "pai" e "mãe". Tivemos que resolver algumas coisas e voltamos no outro dia, dando o intervalo de um dia na visita. Que dia que demorou a passar! Que falta eles já faziam. Passamos o dia falando: agora eles já acordaram, já devem ter almoçado, a essa hora estaríamos na visita...
Voltando lá, levamos fotos da casa e dos futuros quartos. Fizemos isso pensando em mostrar pro pessoal do juizado. Na visita, orientados pela assistente, conversamos com as crianças e dissemos que queríamos morar com elas, perguntamos se elas queriam morar conosco. Pela primeira vez, uma das crianças q só dizia "não" (rs) , para nossa surpresa, disse "sim" . Parecia que tinha entendido. Resolvemos mostrar as fotos pra eles. Eles reconheceram o carro que aparecia estacionado na garagem. Achamos isso muito positivo. Foi uma ligação. Uma delas sorriu quando mostramos onde seria seu quarto. Foi emocionante. Beijaram a foto da nossa cachorrinha! Isso tudo foi nos tranquilizando, nos sentimos aceitos. No fim desse dia uma delas soltou uma bomba ao olhar pro meu marido com tom de pergunta e dizer: papai?!?
Na terça-feira trouxemos as crianças, um dia apenas após o prazo que eu havia estipulado. Nem dá pra explicar o turbilhão em nosso coração e nós, que éramos dois, viramos CINCO! Recepção da família, choros pra dormir... Passamos a entender que rotina era algo fundamental e em uma semana as dormidas se normalizaram. Desde o primeiro dia nossos filhos acordam num incrível bom humor, numa alegria que aquece nosso coração. Ainda tem as fugidas noturnas pra cama do papai e da mamãe, mas dormem bem. Acordam melhor ainda. São alegres, se desenvolvem muito bem. Eu emagreci bastante (rs) no início, fiquei muito cansada até me adaptar à nova "batida" . No mais, todas as alegrias e preocupações que qualquer criança traz.
Enfim, são uma benção, mais uma das confirmações do amor de Deus por nós.
Nesse processo, amigos e família nos aconselharam e nos abençoaram de várias formas. Alguns nos acham loucos, outros entendem o Amor do Pai manifesto nisso tudo. E é como falei pro meu marido no início, quando decidimos conhecer as crianças: várias decisões de nossas vidas não foram "normais", nos "padrões" e não seria dessa vez. São três, sim. E eu pobre mortal, fui escolhida para ser triplamente abençoada.
FILHOS,
Eu não fiz enfeite de porta pra maternidade e nem lembrancinhas de visitas ou outras formalidades...
Não tive horas em lojas a comprar moveis, brinquedos ou qualquer apetrechos do lar...
Foi tudo muito rápido, não tive nove meses, apenas algumas poucas semanas num tempo de "talvezes"
Nenhuma certeza, mas muita alegria em mudar o rumo das nossas histórias convergindo em vitórias ...
Vitória sobre o medo, vitória sobre a tristeza, vitória sobre a desesperança...
tristeza, vitória sobre a desesperança...
E tão rápido e tão lento se passaram esses dias da nossa convivência.
Disso tudo fica a essência, a essência do que nos move, nos motiva, do que realmente importa...
O amor incondicional que nos preenche a cada dia. Até mesmo quando achamos que não há mais lugar pra preencher...
Uma risada, um olhar, os passinhos apressados, os bracinhos estendidos, o choro, a birra... Tudo faz parte, tudo invade esse espaço que foi feito pra vocês:
Coração da mamãe Emoticon wink
Obrigada, filhos, por me permitir ser sua mãe, por me aceitar assim tão "meio perdida", mas sempre imbuída de fazer melhor e mais por vcs, pra vcs.
"As coisas antigas já passaram e tudo se fez novo..."
http://entrefraldaselivros.blogspot.com.br/…/tres-vezes-pai…
06.07.2015
Desde que comecei a namorar meu marido e conversávamos sobre família, tínhamos o desejo de termos filhos biológicos e não biológicos. Começamos a namorar, nos casamos dentro de um ano e nosso casamento já dura 15 anos Emoticon smile Depois de algumas tentativas, descobri que tinha endometriose e uma obstrução severa no ureter que comprometeu consideravelmente meu rim esquerdo.
Em meio ao tratamento de endometriose nós, que já estávamos na fila de adoção há três anos, fomos ver como estava nossa situação e termos uma ideia de quanto tempo mais esperaríamos nosso filho, tendo em vista não termos escolhido sexo e a idade pretendida estar entre 0 e 3 anos. Nossa inscrição, a princípio, era pra uma criança, mas ao verificar nossa posição na fila, vimos que estávamos na frente e que, com as características pretendidas não havia uma criança... mas havia três! Isso mesmo, trigêmeos, de 2 anos e meio! As crianças já haviam sido oferecidas a outros casais e ainda conviveram com uma família por oito meses e foram devolvidas.
Um turbilhão de sentimentos passaram por cima da gente e após conversarmos em família, topamos o desafio de conhecer nossos filhos. Sim! Já eram nossos, mas ainda não sabíamos bem certo. Ao conversar com o juiz responsável pelo caso das crianças, ele e a assistente social colocaram mil defeitos em uma das crianças: era muito nervosa e tinha diagnóstico de epilepsia. O "nervosa" não me assustou, pois sou professora de educação infantil e encaro uma turma de vinte e poucos alunos e boa parte deles não são anjinhos (risos), mas a questão epilepsia é claro que me preocupou. De qualquer forma falei que precisávamos conhecer as crianças e avaliar toda a situação.
Na primeira visita chegamos e, enquanto esperávamos, meu marido parecia homem na espera da sala de parto. De todos os relatos que escuto era bem assim que ela estava. Mais branco que nunca, respiração difícil... Fui ao banheiro e quando saí dei de cara com ele quase tendo um infarto, apontando e dizendo: são eles ali, estão vindo. Nos colocaram num corredorzinho, com mil pessoas passando... Que situação! A criança que haviam nos alertado ser difícil logo pulou no meu colo aos prantos e depois do susto que eu levei, percebi que ardia em febre, meu Deus! Que angústia senti! As outras duas estavam um pouco desconfiadas, mas ficaram ali conosco enquanto a que estava em meu colo não parava de chorar.
Saímos da visita em estado de choque e, depois de avaliarmos toda situação, percebemos que era impossível ser diferente ao tirar uma criança da cama, com mal estar de febre, e jogá-la num corredorzinho com duas criaturas estranhas que eles jamais tinham visto na vida. Precisávamos de mais visitas e nossa oração a Deus foi que esta segunda visita fosse um divisor de águas, uma resposta certa ao nosso coração e que tivéssemos algo totalmente diferente da primeira.
E de fato, a segunda visita foi bem diferente. Saíram do cantinho deles e vieram tranquilos. A criança tida por "difícil" nos reconheceu e veio correndo e SORRINDO ao nosso encontro. Foi uma visita totalmente diferente. Um pouco de manha e de birra, muito normal para crianças dessa idade que são obrigadas a ficarem num corredor com dois indivíduos que nunca haviam visto na vida (rs). Eles também foram bem pacientes conosco.
Essa visita foi decisiva. Entramos no carro e um não queria perguntar para o outro, mas já sabíamos em nosso coração que eram, sim, os nossos filhos. Até que meu marido me perguntou meio sem a voz sair (rs) um: e aí? E eu, prontamente, como quem espera a pergunta, disse: são nossos. Ele sorriu e concordou. Apesar de estarmos meio assustados, pensando nos dias que se seguiriam, tínhamos aquela certeza que pedimos a Deus.
Voltamos e fizemos mais três visitas no período da manhã e da tarde. Só saíamos quando o pessoal praticamente nos expulsava. As pessoas da Casa estranharam as visitas nos dois períodos. Parece que não era uma prática, mas nós precisávamos aproveitar o máximo e agilizar todos os protocolos do processo. Então numa segunda-feira nós demos plantão na porta do juizado.
Eu fiquei com muito medo de acharem que não ficaríamos com as crianças e as "oferecessem" a outra família. Mesmo com apenas 4 visitas, ainda que sendo de dupla jornada (manhã e tarde), sabíamos que o juiz e a assistente social achariam cedo para nossa decisão. Primeiro falamos com a assistente que nos pareceu muito feliz com a nossa decisão. Falou logo que o juiz acharia cedo por causa das poucas visitas e perguntou se tínhamos certeza mesmo que queríamos dar a resposta naquele momento. Dissemos que sim, e que já queríamos falar com o juiz. O juiz também falou na hora que achava cedo e queria saber se nós estávamos certos da decisão.
Naquele momento me lembrei de dois textos bíblicos que pude citar, pois nós conhecíamos o Amor que lança fora o medo e a Paz que excede todo entendimento, fazendo referência aos textos de I João 4:18, e Filipenses 4: 6 e 7. Percebemos que ele ficou muito feliz e convencido de nossa decisão, afinal também não éramos dois adolescentes encarando uma aventura. Eu já estava com 37 anos e meu marido com 38. A recomendação era de que fizéssemos mais visitas até saírem os documentos da guarda provisória. Dissemos que gostaríamos de levar nossos filhos pra casa na segunda-feira seguinte e isso significava que seria mais uma semana apenas de visitas e andamento nos documentos necessários.
Nas visitas não levamos presentes até então, pq achávamos que as crianças deveriam gostar e esperar por nós e não pelo que ofereceríamos. Já mais experientes (rs) saímos da visita de corredor e pedimos uma sala reservada e também utilizamos o pátio e o parquinho. Meu marido levou violão e eu levei livros. Foram dias gostosos de adaptação, amor e descobertas. A "difícil" foi se revelando uma criança muito esperta e carinhosa, mesmo com as birras (quando contrariada arrancava os sapatos dos pés e os jogava aleatoriamente). Nenhum sinal de epilepsia e chegamos a conclusão de que, se ela tivesse qualquer problema, estaria na melhor família para tratá-la. Uma delas sempre acessível e a outra cada dia menos receosa.
Uns três dias antes de levá-las fizemos um teste de aceitação e as colocamos no carro para um passeio. Meu marido foi dirigindo, mas eu não pude ir, porque não havia lugar no nosso pequeno carro (não poderíamos sair com eles desacompanhados de uma pessoa da Casa). Tirando o fato de termos esquecido de colocar a trava de criança e uma delas ter aberto a porta no meio do percurso, foi tudo bem (rs). Durante esse período nunca dissemos, nunca forçamos, que eles nos entendessem como "pai" e "mãe". Tivemos que resolver algumas coisas e voltamos no outro dia, dando o intervalo de um dia na visita. Que dia que demorou a passar! Que falta eles já faziam. Passamos o dia falando: agora eles já acordaram, já devem ter almoçado, a essa hora estaríamos na visita...
Voltando lá, levamos fotos da casa e dos futuros quartos. Fizemos isso pensando em mostrar pro pessoal do juizado. Na visita, orientados pela assistente, conversamos com as crianças e dissemos que queríamos morar com elas, perguntamos se elas queriam morar conosco. Pela primeira vez, uma das crianças q só dizia "não" (rs) , para nossa surpresa, disse "sim" . Parecia que tinha entendido. Resolvemos mostrar as fotos pra eles. Eles reconheceram o carro que aparecia estacionado na garagem. Achamos isso muito positivo. Foi uma ligação. Uma delas sorriu quando mostramos onde seria seu quarto. Foi emocionante. Beijaram a foto da nossa cachorrinha! Isso tudo foi nos tranquilizando, nos sentimos aceitos. No fim desse dia uma delas soltou uma bomba ao olhar pro meu marido com tom de pergunta e dizer: papai?!?
Na terça-feira trouxemos as crianças, um dia apenas após o prazo que eu havia estipulado. Nem dá pra explicar o turbilhão em nosso coração e nós, que éramos dois, viramos CINCO! Recepção da família, choros pra dormir... Passamos a entender que rotina era algo fundamental e em uma semana as dormidas se normalizaram. Desde o primeiro dia nossos filhos acordam num incrível bom humor, numa alegria que aquece nosso coração. Ainda tem as fugidas noturnas pra cama do papai e da mamãe, mas dormem bem. Acordam melhor ainda. São alegres, se desenvolvem muito bem. Eu emagreci bastante (rs) no início, fiquei muito cansada até me adaptar à nova "batida" . No mais, todas as alegrias e preocupações que qualquer criança traz.
Enfim, são uma benção, mais uma das confirmações do amor de Deus por nós.
Nesse processo, amigos e família nos aconselharam e nos abençoaram de várias formas. Alguns nos acham loucos, outros entendem o Amor do Pai manifesto nisso tudo. E é como falei pro meu marido no início, quando decidimos conhecer as crianças: várias decisões de nossas vidas não foram "normais", nos "padrões" e não seria dessa vez. São três, sim. E eu pobre mortal, fui escolhida para ser triplamente abençoada.
FILHOS,
Eu não fiz enfeite de porta pra maternidade e nem lembrancinhas de visitas ou outras formalidades...
Não tive horas em lojas a comprar moveis, brinquedos ou qualquer apetrechos do lar...
Foi tudo muito rápido, não tive nove meses, apenas algumas poucas semanas num tempo de "talvezes"
Nenhuma certeza, mas muita alegria em mudar o rumo das nossas histórias convergindo em vitórias ...
Vitória sobre o medo, vitória sobre a tristeza, vitória sobre a desesperança...
tristeza, vitória sobre a desesperança...
E tão rápido e tão lento se passaram esses dias da nossa convivência.
Disso tudo fica a essência, a essência do que nos move, nos motiva, do que realmente importa...
O amor incondicional que nos preenche a cada dia. Até mesmo quando achamos que não há mais lugar pra preencher...
Uma risada, um olhar, os passinhos apressados, os bracinhos estendidos, o choro, a birra... Tudo faz parte, tudo invade esse espaço que foi feito pra vocês:
Coração da mamãe Emoticon wink
Obrigada, filhos, por me permitir ser sua mãe, por me aceitar assim tão "meio perdida", mas sempre imbuída de fazer melhor e mais por vcs, pra vcs.
"As coisas antigas já passaram e tudo se fez novo..."
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