Olá, pessoal!
Essa semana passei por uma situação que já tinha passado outras vezes.
Não sei como, uma de minhas colegas de trabalho ainda não sabia que vou adotar.
Ela lançou a pergunta: “E o bebê, quando vem?”
Respondi na dúvida se já tinha falado isso para ela, porque todos sabem disso, então falei só pra confirmar: “Eu estou na fila, né? Você sabe que eu vou adotar, não sabe?”.
Bem, pela expressão do rosto dela, percebi que não. Horrorizada, mas cautelosa, ela falou: “Por quê? Você não pode ter filho?”
Essa reação é muito comum. Geralmente vem de quem não apoia a ideia da adoção, como numa tentativa de justificar tal ato insano de tornar-se mãe ou pai por adoção. Mas, como já adquiri certa experiência, já sabia que depois dessa frase, não vinha nada de bom. rs. Só pra ressaltar que claro às vezes as pessoas perguntam só por curiosidade mesmo, tudo bem. Já percebi que mais cedo ou mais tarde, todos acabam me perguntando isso. Mas tem a diferença no tom e na reação imediata, como foi com essa colega e muitas outras pessoas (inclusive meu pai).
Mas continuando. Eu já tenho frases ensaiadas para cada frase dessa que escuto e não porque fiquei ensaiando em frente ao espelho, mas porque eu passei os últimos três anos da minha vida respondendo coisas do gênero. Então, respondi: “Não sei se posso ou não engravidar, nunca tentei. Mas filho eu posso e vou ter.”
Claro que minha resposta não produziu nenhum efeito, pois ela continuou com o festival de preconceitos que já estamos cansados de ouvir: você vai se arrepender, tenha um bebê seu, então, pega um bem novinho , entre outros. E aí, fiz a segunda coisa que faço nessas situações, ignorei, sorri e acenei.
Não vou ficar aqui comentando cada cometário sem noção dela – e de tantas outras pessoas antes dela. Vou só focar nesse mesmo. Além dessa informação ser bem íntima e, imagino, que pode ser difícil falar sobre isso, que diferença faz se a pessoa pode ou não gerar filhos? Desde que a pessoa se dispa dos preconceitos e fique em paz com sua escolha, isso não faz diferença. No final das contas, a adoção deve sempre ser uma escolha, concordam?
Vejo vocês semana que vem!
“Cada dia mais perto.”
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