20 de dezembro de 2016
Manaus - A Polícia Federal (PF) desarticulou, na manhã desta terça-feira (20), uma organização criminosa que recrutava presos de Unidades Prisionais do Amazonas para ajudar a fraudar o benefício auxílio-reclusão. De acordo com delegada Jeanie Tufureti, da Delegacia de Crimes Previdenciários da PF, a polícia suspeita que nos últimos dois anos, o bando causou prejuízos de cerca de 3,7 milhões aos cofres da Previdência Social.
Na manhã desta terça-feira (20), ao todo foram cumpridos três mandados de prisão, três mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva. Os documentos foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas e foram cumpridos em Manaus e Goiânia.
De acordo com a delegada, as investigações iniciaram em janeiro deste ano, após um preso ter ido a Vara de Família tentar registrar uma criança que já possuía pais adotivos. “Os pais de criação dessa criança estranharam esse fato porque eles sabiam que aquele preso não era o pai biológico da criança e foram ao juiz, que encaminhou todos para a Polícia Federal”, destacou Tufureti.
Tufureti explicou que a partir da denúncia, a polícia conseguiu descobrir que uma organização criminosa recrutava presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) para que registrassem de forma fraudulenta crianças sem pai. Desta forma, o grupo conseguia burlar os sistemas da Previdência Social, registrar a criança em nome do detento e com a certidão, requeriam o benefício do auxílio-reclusão de forma ilegal.
“Esse grupo ia para frente das cadeias onde durante conversa, convenciam mulheres que tinham filhos sem pai a registrar a criança e assim conseguiam o benefício, sempre de forma retroativa. Temos um caso de quem em uma das fraudes o grupo conseguiu arrecadar cerca de R$ 150 mil. Cinquenta por cento desse valor ficava com os agenciadores e os outros 50 era dividido entre o preso e a mãe da criança”, destacou a delegada.
Investigações da PF descobriram, ainda, que os criminosos ainda são suspeitos de falsificar a certidão de nascimento, modificando a idade da criança, com o objetivo de permanecer durante um maior período recebendo o benefício. Outra forma de burlar a lei era a inserção de vínculos inexistentes na carteira de trabalho do interno, como forma de provar sua qualidade de segurado à época da prisão.
A Polícia Federal suspeita que o grupo estava agindo por pelo menos dois anos. A estimativa é de que nesse período os criminosos tenham conseguido causar prejuízo de mais de R$ 3,7 milhões aos cofres da Previdência Social. “Nesse período foram concebidos pela previdência 200 benefícios de auxílio-reclusão, até agora, já identificamos que 72 delas foram fraudados de alguma foram”, destacou Tufureti.
O chefe de Pesquisa Estatística da Previdência Social, Marcelo Ávila, explicou que só tem direito a receber o benefício do auxílio-reclusão, detentos que possuem filhos e que tenho colaborado com a previdência por pelo menos 12 meses antes da prisão. Ele destacou que, até o momento, a PF não tem informações sobre o envolvimento de servidores da instituição com a organização.
A ação contou com aproximadamente 35 policiais federais. No curso das investigações, conforme a PF, foi constatado que um dos investigados tem antecedentes e até mesmo condenação penal por diversos crimes de estelionato previdenciário. O líder do esquema já foi preso pelo crime de roubo. Todos os presos e envolvidos serão autuados por estelionato previdência.
Original disponível em: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/grupo-fraudava-auxilio-reclusao-causou-prejuizo-37-milhoes/161771
Reproduzido por: Lucas H
Manaus - A Polícia Federal (PF) desarticulou, na manhã desta terça-feira (20), uma organização criminosa que recrutava presos de Unidades Prisionais do Amazonas para ajudar a fraudar o benefício auxílio-reclusão. De acordo com delegada Jeanie Tufureti, da Delegacia de Crimes Previdenciários da PF, a polícia suspeita que nos últimos dois anos, o bando causou prejuízos de cerca de 3,7 milhões aos cofres da Previdência Social.
Na manhã desta terça-feira (20), ao todo foram cumpridos três mandados de prisão, três mandados de busca e apreensão e três mandados de condução coercitiva. Os documentos foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas e foram cumpridos em Manaus e Goiânia.
De acordo com a delegada, as investigações iniciaram em janeiro deste ano, após um preso ter ido a Vara de Família tentar registrar uma criança que já possuía pais adotivos. “Os pais de criação dessa criança estranharam esse fato porque eles sabiam que aquele preso não era o pai biológico da criança e foram ao juiz, que encaminhou todos para a Polícia Federal”, destacou Tufureti.
Tufureti explicou que a partir da denúncia, a polícia conseguiu descobrir que uma organização criminosa recrutava presos da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) para que registrassem de forma fraudulenta crianças sem pai. Desta forma, o grupo conseguia burlar os sistemas da Previdência Social, registrar a criança em nome do detento e com a certidão, requeriam o benefício do auxílio-reclusão de forma ilegal.
“Esse grupo ia para frente das cadeias onde durante conversa, convenciam mulheres que tinham filhos sem pai a registrar a criança e assim conseguiam o benefício, sempre de forma retroativa. Temos um caso de quem em uma das fraudes o grupo conseguiu arrecadar cerca de R$ 150 mil. Cinquenta por cento desse valor ficava com os agenciadores e os outros 50 era dividido entre o preso e a mãe da criança”, destacou a delegada.
Investigações da PF descobriram, ainda, que os criminosos ainda são suspeitos de falsificar a certidão de nascimento, modificando a idade da criança, com o objetivo de permanecer durante um maior período recebendo o benefício. Outra forma de burlar a lei era a inserção de vínculos inexistentes na carteira de trabalho do interno, como forma de provar sua qualidade de segurado à época da prisão.
A Polícia Federal suspeita que o grupo estava agindo por pelo menos dois anos. A estimativa é de que nesse período os criminosos tenham conseguido causar prejuízo de mais de R$ 3,7 milhões aos cofres da Previdência Social. “Nesse período foram concebidos pela previdência 200 benefícios de auxílio-reclusão, até agora, já identificamos que 72 delas foram fraudados de alguma foram”, destacou Tufureti.
O chefe de Pesquisa Estatística da Previdência Social, Marcelo Ávila, explicou que só tem direito a receber o benefício do auxílio-reclusão, detentos que possuem filhos e que tenho colaborado com a previdência por pelo menos 12 meses antes da prisão. Ele destacou que, até o momento, a PF não tem informações sobre o envolvimento de servidores da instituição com a organização.
A ação contou com aproximadamente 35 policiais federais. No curso das investigações, conforme a PF, foi constatado que um dos investigados tem antecedentes e até mesmo condenação penal por diversos crimes de estelionato previdenciário. O líder do esquema já foi preso pelo crime de roubo. Todos os presos e envolvidos serão autuados por estelionato previdência.
Original disponível em: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/grupo-fraudava-auxilio-reclusao-causou-prejuizo-37-milhoes/161771
Reproduzido por: Lucas H
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