domingo, 6 de agosto de 2017

Nova legislação amplia programa 'Família Acolhedora' para 30 vagas em Uberlândia (Reprodução)

03/08/2017

O acolhimento temporário de crianças e adolescentes por meio do “Programa Família Acolhedora” passa por mudanças em Uberlândia e terá o número ampliado para 30 vagas. Além disso, a bolsa-auxílio passará por um aumento de 80% dando maior subsídio às famílias cadastradas. A nova legislação foi aprovada pela Câmara Municipal e sancionada nesta semana pelo prefeito Odelmo Leão.

Com as novas regras, a prefeitura passa a ser parceira no gerenciamento do programa junto às entidades não governamentais e concederá as subvenções por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação. Atualmente, as cinco instituições de acolhimento da cidade estão com a capacidade de lotação preenchida e a ampliação do programa vai, além de desafogar o acolhimento institucional, direcionar um melhor atendimento às crianças e adolescentes em situação de abandono.

“Por conta da demanda crescente de vagas nessas instituições para crianças e adolescentes, de 0 a 18 anos, e como a gente tem uma parceria efetiva com a Vara da Infância e Juventude, a gente trabalhou para que isso fosse oportunizado e desse tranquilidade para suprir a demanda com um atendimento mais avançado”, explicou a secretária de Desenvolvimento Social, Iracema Barbosa Marques.

A estruturação para a equipe multidisciplinar que vai atender as novas crianças deve ser definida ainda neste mês junto à entidade escolhida. A liberação dos repasses para a bolsa-auxílio e custeio do programa será feita posteriormente a partir de um novo projeto de lei que será enviado ao Legislativo para votação.

Acolhimento familiar

O Família Acolhedora foi criado em Uberlândia em 2014 e os trabalhos foram iniciados efetivamente no ano seguinte sob a supervisão da Missão Sal da Terra. Segundo a coordenadora do programa, Sara Vargas, são 20 famílias cadastradas e 15 crianças e adolescentes assistidos até o momento.

“Eu creio que o primeiro ano foi mais desafiador porque era tudo muito novo. Demos um grande salto. Estamos cadastrando cada vez mais famílias e conseguimos evitar que a maioria das crianças abaixo de seis anos fosse encaminhada ao acolhimento institucional”, comentou.

O objetivo do programa é dar suporte à criança, evitando o acolhimento em abrigos, a fim de reintegrá-la à família biológica sempre que possível. A equipe técnica também desenvolve trabalhos com a família da criança para, ao final do processo, indicar se o menor pode ser reintegrado ou destituído. Enquanto isso, a família que o acolhe temporariamente estimula o convívio familiar e o desenvolvimento.

“A instituição não oferece a vivência em família e em sociedade para a criança. O acompanhamento e vivências escolares e clínicas são diferenciados no acolhimento familiar, havendo o acompanhamento da família e não de uma equipe multiprofissional . A gente fica muito feliz com essa ampliação do programa e entende que quanto mais crianças forem acolhidas em famílias, menor o dano emocional que elas sofrem”, disse Vargas.

O que muda


  • Parceria entre ONGs e instituição pública (Prefeitura de Uberlândia)
  • Vagas passam de 15 para 30 crianças e adolescentes assistidos
  • Criação de nova equipe técnica (psicólogo e assistente social)
  • Aumento da bolsa- auxílio mensal de R$ 500 para R$ 900 às famílias acolhedoras
As famílias interessadas em participar do programa podem buscar mais informações e se inscrever na Rua Euclides da Cunha, nº 920, ou entrar em contato pelo telefone (34) 3226-9317. Já as organizações que tenham interesse em se candidatar ao programa devem procurar diretamente a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação, no Centro Administrativo.


Reproduzido por: Lucas H.

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