03/09/2017
Modificações no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) prometem reduzir a burocracia e diminuir o tempo para pais que pretendem adotar um filho. Além disso, propõe a unificação deste cadastro, tornando-o único no país. Embora ainda não tenha data para ocorrer, esta mudança vai duplicar as chances dos pretendentes mato-grossenses à adoção. Hoje, no Estado, existem 838 pretendentes para 77 crianças aptas à adoção. Ou seja, são quase 11 pretendentes para cada criança. Já o cadastro nacional possui 40.877 pretendentes à adoção para 7.952 crianças, na proporção de 5 pretendentes para cada criança, lista que passaria a contar.
O Estado é o 10º em número de pretendentes e 16º em quantidade de crianças para adoção. De acordo com a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), Jaqueline Cherulli, o CNA é uma ferramenta digital que auxilia os juízes das Varas da Infância e da Juventude na condução dos procedimentos dos processos de adoção em todo o país. Lançado em 2008 passa reformulação para acompanhar a evolução tecnológica. Para ela representa amadurecimento do CNA e se espelha no que já ocorre no país. “Hoje, utilizamos grupos de WhatsApp e ligações, com as mudanças o próprio sistema do cadastro irá suprir essa demanda”.
Segundo ela, entre as propostas de alteração está a unificação dos cadastros de adoção e de crianças acolhidas (que hoje são sistemas diferentes), a inclusão de fotos e vídeos das crianças que esperam uma família e automação no cruzamento de dados, que permitirá que o próprio sistema encontre perfis de crianças e pretendentes que vivem em estados e regiões diferentes. “Isso desburocratiza o trabalho do magistrado e agiliza a efetivação das adoções. Pois o sistema já irá fazer o cruzamento de dados e sinalizar para o juiz que os perfis batem”, acredita a magistrada.
Jaqueline lembra que a Corregedoria Nacional de Justiça promoveu debates nas 5 regiões do país e recolheu sugestões baseadas nas experiências das varas das infâncias. “Percebemos que há uma identidade nas atividades promovidas pelos tribunais em todo o país e que Mato Grosso está muito bem nesse cenário nacional”, contou. “O novo cadastro será construído com auxílio de técnicos de diversos tribunais, que farão parte de um grupo de trabalho coordenado pela Corregedoria”, explica.
Presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), Lindacir Rocha Bernardon torce para que as mudanças ocorram logo. Segundo ela, a maior espera ocorre entre os pretendentes a pais que optam por bebês de zero a 3 anos. “Esta ainda é a maior procura. Nesses casos a espera é em média de 3 a 5 anos”, aponta.
Original disponível em: http://www.sonoticias.com.br/noticia/geral/pretendentes-terao-chance-maior-na-adocao-no-cna-em-mato-grosso
Reproduzido por: Lucas H.
Modificações no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) prometem reduzir a burocracia e diminuir o tempo para pais que pretendem adotar um filho. Além disso, propõe a unificação deste cadastro, tornando-o único no país. Embora ainda não tenha data para ocorrer, esta mudança vai duplicar as chances dos pretendentes mato-grossenses à adoção. Hoje, no Estado, existem 838 pretendentes para 77 crianças aptas à adoção. Ou seja, são quase 11 pretendentes para cada criança. Já o cadastro nacional possui 40.877 pretendentes à adoção para 7.952 crianças, na proporção de 5 pretendentes para cada criança, lista que passaria a contar.
O Estado é o 10º em número de pretendentes e 16º em quantidade de crianças para adoção. De acordo com a juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ-MT), Jaqueline Cherulli, o CNA é uma ferramenta digital que auxilia os juízes das Varas da Infância e da Juventude na condução dos procedimentos dos processos de adoção em todo o país. Lançado em 2008 passa reformulação para acompanhar a evolução tecnológica. Para ela representa amadurecimento do CNA e se espelha no que já ocorre no país. “Hoje, utilizamos grupos de WhatsApp e ligações, com as mudanças o próprio sistema do cadastro irá suprir essa demanda”.
Segundo ela, entre as propostas de alteração está a unificação dos cadastros de adoção e de crianças acolhidas (que hoje são sistemas diferentes), a inclusão de fotos e vídeos das crianças que esperam uma família e automação no cruzamento de dados, que permitirá que o próprio sistema encontre perfis de crianças e pretendentes que vivem em estados e regiões diferentes. “Isso desburocratiza o trabalho do magistrado e agiliza a efetivação das adoções. Pois o sistema já irá fazer o cruzamento de dados e sinalizar para o juiz que os perfis batem”, acredita a magistrada.
Jaqueline lembra que a Corregedoria Nacional de Justiça promoveu debates nas 5 regiões do país e recolheu sugestões baseadas nas experiências das varas das infâncias. “Percebemos que há uma identidade nas atividades promovidas pelos tribunais em todo o país e que Mato Grosso está muito bem nesse cenário nacional”, contou. “O novo cadastro será construído com auxílio de técnicos de diversos tribunais, que farão parte de um grupo de trabalho coordenado pela Corregedoria”, explica.
Presidente da Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), Lindacir Rocha Bernardon torce para que as mudanças ocorram logo. Segundo ela, a maior espera ocorre entre os pretendentes a pais que optam por bebês de zero a 3 anos. “Esta ainda é a maior procura. Nesses casos a espera é em média de 3 a 5 anos”, aponta.
Reproduzido por: Lucas H.
Nenhum comentário:
Postar um comentário