13/08/2016
Do G1 Vales de Minas Gerais
Patrícia Belo e Zana Ferreira
Juliano Souza descobriu uma filha em 2006, quando ela tinha 11 anos. Ele ainda adotou outras duas crianças; família agora está completa.
Juliano Souza com a esposa Patrícia e os filhos, Gabriela e Miguel (Foto: Juliano Souza/ Arquivo pessoal)
Do G1 Vales de Minas Gerais
Patrícia Belo e Zana Ferreira
Juliano Souza descobriu uma filha em 2006, quando ela tinha 11 anos. Ele ainda adotou outras duas crianças; família agora está completa.
Juliano Souza com a esposa Patrícia e os filhos, Gabriela e Miguel (Foto: Juliano Souza/ Arquivo pessoal)
“Antes eu era mais individualista, pensava mais em mim. Hoje meu primeiro pensamento é sempre neles, nos meus filhos, na minha família”, diz Juliano Bráz de Souza. A mudança de perspectiva na vida do servidor público foi resultado da entrada do papel de pai na vida dele. Como uma surpresa ou mesmo planejado, as experiências da paternidade vieram para completar Juliano.
Pai de uma jovem de 21 anos, de um garotinho de seis anos e uma bebê de um ano, os prazeres e deveres da paternidade surgiram de modos distintos na vida dele. Tudo começou em 2001, quando Juliano casou-se com a dona de casa Patrícia Souza Franco Sá. Diagnosticada com endometriose, o casal tinha sonho de ter filhos, mas não conseguiu por métodos naturais e deu inicio ao tratamento de fertilização.
Mesmo planejando a chegada de um filho biológico, Juliano e Patrícia tinham vontade de adotar uma criança. Mas durante a caminhada o casal ganhou um novo membro na família, que mesmo de forma inesperada foi recebido com muito amor.
"Tive um relacionamento aos 17 anos e a mulher engravidou. Na época ela chegou a comentar comigo, mas não levei a sério, até porque ela nunca mais me procurou. Em 2006, a mãe da minha filha esteve no meu local de trabalho e me contou sobre ela. Na época a Gabriela estava com 11 anos", contou.
Juliano conta que a chegada da primeira filha foi um misto de sentimentos. "Planejava ter um filho com a minha esposa e não estávamos conseguindo. De uma hora para outra descubro que já sou pai. Foi um impacto muito grande, mas desde o primeiro momento, a Gabriela foi recebida na minha casa de braços abertos", disse.
SÓ TENHO QUE AGRADECER A DEUS POR TODAS AS GRAÇAS CONCEDIDAS E PELA VIDA DOS MEUS FILHOS"
Juliano Souza
Sem uma resposta positiva para o tratamento de fertilização, o casal entrou para fila de adoção em 2008. Em 2010 a família Souza cresceu com a chegada de Miguel. O primeiro filho do casal chegou à casa da família com seis meses e com as características físicas diferentes do Juliano e da Patrícia; detalhes que não fizeram diferença.
"A chegada de Miguel foi uma resposta de oração. Minha esposa disse para Deus que queria um filho até o fim de 2010, e em seguida recebemos a ligação do fórum falando dele. Para nós não importava a cor e nem a idade, queríamos um filho e ele veio", relatou emocionado.
FAMÍLIA CRESCEU
Com cinco anos de idade, Miguel começou a pedir aos pais um irmão. O casal, que também já tinha o desejo de ter outro filho, resolveu reabrir o cadastro de adoção e esperar pelo novo membro da casa. Juliano conta que durante a espera pela irmãzinha, Miguel sonhou como seria a menina e contou aos pais. "Ele acordou dizendo que ela não seria negra como ele e sim da minha cor", explicou.
Em dezembro de 2015, o sonho de Miguel tornou-se realidade. A família foi surpreendida com a chegada de uma menina de cinco meses. O casal, que hoje tem a guarda provisória da criança, espera ansioso para que toda a burocracia se resolva e a irmã de Miguel seja oficialmente membro da família Souza.
"O processo é demorado, mas a minha filha já está conosco há nove meses. O dia dos pais será especial porque sinto que a família está completa agora. Só tenho que agradecer a Deus por todas as graças concedidas e pela vida dos meus filhos, que são tudo para mim", finalizou.
A CRIANÇA TEM QUE SENTIR QUE RECEBE AMOR"
Márcia Alves
AMOR INCONDICIONAL
Para a psicóloga Márcia Alves, cada família e cada processo de adoção são únicos, mas ela acredita que o amor de pais adotivos é incondicional. “Conheço pais biológicos que não amam tanto os filhos como os pais adotivos, que são pais do coração, cujo amor é muito forte porque, de fato, escolheram estar na vida daquela criança e serem responsáveis por ela”, aponta.
A psicóloga destaca ainda a importância de uma figura paterna no desenvolvimento de toda criança, mas ressalta que este papel pode ser preenchido não apenas pelo pai, como também por um tio ou avô. “O mais importante é a referência para a criança, o colo, o porto seguro a quem recorrer. A criança tem que sentir que recebe amor”, avalia.
Sentimento que Juliano tem de sobra. Desde a descoberta da filha mais velha até a adoção da mais nova, ele reconhece as mudanças que a paternidade trouxeram para sua vida. “Meus filhos fizeram de mim uma pessoa melhor”, conclui.
Original disponível em: http://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2016/08/fez-de-mim-uma-pessoa-melhor-diz-servidor-publico-sobre-paternidade.html
Reproduzido por: Lucas H.
Pai de uma jovem de 21 anos, de um garotinho de seis anos e uma bebê de um ano, os prazeres e deveres da paternidade surgiram de modos distintos na vida dele. Tudo começou em 2001, quando Juliano casou-se com a dona de casa Patrícia Souza Franco Sá. Diagnosticada com endometriose, o casal tinha sonho de ter filhos, mas não conseguiu por métodos naturais e deu inicio ao tratamento de fertilização.
Mesmo planejando a chegada de um filho biológico, Juliano e Patrícia tinham vontade de adotar uma criança. Mas durante a caminhada o casal ganhou um novo membro na família, que mesmo de forma inesperada foi recebido com muito amor.
"Tive um relacionamento aos 17 anos e a mulher engravidou. Na época ela chegou a comentar comigo, mas não levei a sério, até porque ela nunca mais me procurou. Em 2006, a mãe da minha filha esteve no meu local de trabalho e me contou sobre ela. Na época a Gabriela estava com 11 anos", contou.
Juliano conta que a chegada da primeira filha foi um misto de sentimentos. "Planejava ter um filho com a minha esposa e não estávamos conseguindo. De uma hora para outra descubro que já sou pai. Foi um impacto muito grande, mas desde o primeiro momento, a Gabriela foi recebida na minha casa de braços abertos", disse.
SÓ TENHO QUE AGRADECER A DEUS POR TODAS AS GRAÇAS CONCEDIDAS E PELA VIDA DOS MEUS FILHOS"
Juliano Souza
Sem uma resposta positiva para o tratamento de fertilização, o casal entrou para fila de adoção em 2008. Em 2010 a família Souza cresceu com a chegada de Miguel. O primeiro filho do casal chegou à casa da família com seis meses e com as características físicas diferentes do Juliano e da Patrícia; detalhes que não fizeram diferença.
"A chegada de Miguel foi uma resposta de oração. Minha esposa disse para Deus que queria um filho até o fim de 2010, e em seguida recebemos a ligação do fórum falando dele. Para nós não importava a cor e nem a idade, queríamos um filho e ele veio", relatou emocionado.
FAMÍLIA CRESCEU
Com cinco anos de idade, Miguel começou a pedir aos pais um irmão. O casal, que também já tinha o desejo de ter outro filho, resolveu reabrir o cadastro de adoção e esperar pelo novo membro da casa. Juliano conta que durante a espera pela irmãzinha, Miguel sonhou como seria a menina e contou aos pais. "Ele acordou dizendo que ela não seria negra como ele e sim da minha cor", explicou.
Em dezembro de 2015, o sonho de Miguel tornou-se realidade. A família foi surpreendida com a chegada de uma menina de cinco meses. O casal, que hoje tem a guarda provisória da criança, espera ansioso para que toda a burocracia se resolva e a irmã de Miguel seja oficialmente membro da família Souza.
"O processo é demorado, mas a minha filha já está conosco há nove meses. O dia dos pais será especial porque sinto que a família está completa agora. Só tenho que agradecer a Deus por todas as graças concedidas e pela vida dos meus filhos, que são tudo para mim", finalizou.
A CRIANÇA TEM QUE SENTIR QUE RECEBE AMOR"
Márcia Alves
AMOR INCONDICIONAL
Para a psicóloga Márcia Alves, cada família e cada processo de adoção são únicos, mas ela acredita que o amor de pais adotivos é incondicional. “Conheço pais biológicos que não amam tanto os filhos como os pais adotivos, que são pais do coração, cujo amor é muito forte porque, de fato, escolheram estar na vida daquela criança e serem responsáveis por ela”, aponta.
A psicóloga destaca ainda a importância de uma figura paterna no desenvolvimento de toda criança, mas ressalta que este papel pode ser preenchido não apenas pelo pai, como também por um tio ou avô. “O mais importante é a referência para a criança, o colo, o porto seguro a quem recorrer. A criança tem que sentir que recebe amor”, avalia.
Sentimento que Juliano tem de sobra. Desde a descoberta da filha mais velha até a adoção da mais nova, ele reconhece as mudanças que a paternidade trouxeram para sua vida. “Meus filhos fizeram de mim uma pessoa melhor”, conclui.
Original disponível em: http://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2016/08/fez-de-mim-uma-pessoa-melhor-diz-servidor-publico-sobre-paternidade.html
Reproduzido por: Lucas H.
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