17 ago, 2016
Dos 2 bilhões de crianças no mundo, cerca de 15 milhões são órfãs. Milhões foram abandonadas pelos pais. A maioria dessas crianças é criada por parentes. Outras vivem por algum tempo com pais adotivos. Mas milhares vivem em orfanatos com diferentes graus de rigor no tratamento dado às crianças. As mais novas e saudáveis têm uma chance maior de serem adotadas. No entanto, para as crianças mais velhas ou com alguma deficiência física a melhor opção e, às vezes a única, é encontrar pais adotivos no exterior. Mas o número total de adoções internacionais é cada vez menor.
Durante anos as adoções internacionais foram feitas de maneira desonesta. Na Romênia, depois da queda do ditador Nicolae Ceausescu em 1989, milhares de órfãos foram adotados ilegalmente. Após a guerra civil na Guatemala, os intermediários pagavam uma quantia ínfima às mulheres pobres para que engravidassem diversas vezes, ou roubavam os bebês e os vendiam. Quando um país introduzia regras mais rígidas, o comércio de bebês deslocava-se para outro lugar com menos controle.
Essa tendência foi interrompida. Quando os países adotaram a Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional promulgada em Haia em 1993, após as irregularidades cometidas na Romênia, os casos mais graves foram eliminados. No ano passado, 12.500 crianças foram adotadas por pais estrangeiros, cerca de um terço do número total há 10 anos. A repressão era necessária, porque bebês não são mercadorias postas à venda. Porém muitos governos introduziram medidas rígidas demais. Agora, as pessoas dispostas a adotar crianças órfãs ou abandonadas encontram muitos obstáculos nos processos de adoção. As regras excessivamente rígidas prejudicam os possíveis pais adotivos e, ainda mais importante, as crianças.
O Camboja e a Guatemala aboliram a adoção internacional; a Rússia proíbe a adoção de crianças por americanos. Em muitos países a tramitação dos processos de adoção demora anos. É muito cruel. Os primeiros meses e anos de vida são vitais para o desenvolvimento de uma criança.
Privar uma criança do amor dos pais, mesmo em orfanatos nos quais são tratadas com mais bondade, pode causar danos emocionais para o resto da vida. É preciso dar mais agilidade aos trâmites burocráticos para que as crianças sejam criadas em um ambiente de afeto por pais adotivos.
Fontes:
The Economist-Babies without borders
Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/comportamento/os-obstaculos-da-adocao-internacional/
Reproduzido por: Lucas H.
Dos 2 bilhões de crianças no mundo, cerca de 15 milhões são órfãs. Milhões foram abandonadas pelos pais. A maioria dessas crianças é criada por parentes. Outras vivem por algum tempo com pais adotivos. Mas milhares vivem em orfanatos com diferentes graus de rigor no tratamento dado às crianças. As mais novas e saudáveis têm uma chance maior de serem adotadas. No entanto, para as crianças mais velhas ou com alguma deficiência física a melhor opção e, às vezes a única, é encontrar pais adotivos no exterior. Mas o número total de adoções internacionais é cada vez menor.
Durante anos as adoções internacionais foram feitas de maneira desonesta. Na Romênia, depois da queda do ditador Nicolae Ceausescu em 1989, milhares de órfãos foram adotados ilegalmente. Após a guerra civil na Guatemala, os intermediários pagavam uma quantia ínfima às mulheres pobres para que engravidassem diversas vezes, ou roubavam os bebês e os vendiam. Quando um país introduzia regras mais rígidas, o comércio de bebês deslocava-se para outro lugar com menos controle.
Essa tendência foi interrompida. Quando os países adotaram a Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacional promulgada em Haia em 1993, após as irregularidades cometidas na Romênia, os casos mais graves foram eliminados. No ano passado, 12.500 crianças foram adotadas por pais estrangeiros, cerca de um terço do número total há 10 anos. A repressão era necessária, porque bebês não são mercadorias postas à venda. Porém muitos governos introduziram medidas rígidas demais. Agora, as pessoas dispostas a adotar crianças órfãs ou abandonadas encontram muitos obstáculos nos processos de adoção. As regras excessivamente rígidas prejudicam os possíveis pais adotivos e, ainda mais importante, as crianças.
O Camboja e a Guatemala aboliram a adoção internacional; a Rússia proíbe a adoção de crianças por americanos. Em muitos países a tramitação dos processos de adoção demora anos. É muito cruel. Os primeiros meses e anos de vida são vitais para o desenvolvimento de uma criança.
Privar uma criança do amor dos pais, mesmo em orfanatos nos quais são tratadas com mais bondade, pode causar danos emocionais para o resto da vida. É preciso dar mais agilidade aos trâmites burocráticos para que as crianças sejam criadas em um ambiente de afeto por pais adotivos.
Fontes:
The Economist-Babies without borders
Disponível em: http://opiniaoenoticia.com.br/vida/comportamento/os-obstaculos-da-adocao-internacional/
Reproduzido por: Lucas H.
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