26/11/2015
Por: Marcionila Teixeira
Por: Larissa Rodrigues
Diario de Pernambuco
Juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude do Recife tem 120 dias para decidir o encaminhamento do bebê para o cadastro nacional de adoção
Por: Marcionila Teixeira
Por: Larissa Rodrigues
Diario de Pernambuco
Juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude do Recife tem 120 dias para decidir o encaminhamento do bebê para o cadastro nacional de adoção
Uma criança com apenas dois meses e nove dias com diagnóstico de microcefalia está abrigada no Lar Rejane Marques, em Campo Grande, no Recife, após ter sido abandonada pela mãe. O abrigo é uma instituição não-governamental sem fins lucrativos e atende crianças de 0 a 10 anos com deficiências e vítimas de violência doméstica. Segundo o juiz Élio Braz, da 2ª Vara da Infância e Juventude do Recife, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) entrou com pedido de destituição do poder familiar em virtude do abandono da criança. Braz tem o prazo de 120 dias para decidir pelo encaminhamento do bebê para o Cadastro Nacional de Adoção.
O juiz Élio Braz confirmou que somente ontem recebeu o processo sobre a menina e disse que ainda iria se inteirar sobre o caso. Segundo Danielly Silva, coordenadora do abrigo, atualmente 14 pessoas vivem no espaço, com 15 vagas. Apenas uma tem microcefalia. Ela informou, ainda, que o índice de adoção de meninos e meninas com deficiência é irrisório, em torno de 1%. “É mais fácil conseguirmos a reinserção na própria família biológica, o que acontece em 20% dos casos. Os demais ficam no abrigo”, calcula. O preconceito é o maior empecilho para a efetivação das adoções. Para se ter uma ideia, apenas três crianças do abrigo são apadrinhadas através do programa Estrela Guia. O espaço é mantido com doações. Mais informações podem ser obtidas no telefone 3241.4249.
O abandono de criança é crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 240. Uma alternativa ao abandono é o Mãe Legal, ligado à 2ª Vara da Infância e Juventude da Capital, e implantado em outubro de 2009. O objetivo do programa é acolher mulheres gestantes ou parturientes que desejam entregar o filho para adoção. Uma equipe multidisciplinar oferece às mães alternativas seguras e legais para que elas possam decidir sobre o assunto.
Desde sua criação, 200 mulheres já foram atendidas. Inicialmente, o índice de entrega dos bebês era de 17%, mas, em dezembro do ano passado, chegou a 25%. Este ano, a previsão é de aumento de casos de entrega, entretanto, os dados somente serão fechados no próximo mês. De janeiro até agora, 22 mulheres procuraram o serviço. Informações podem ser obtidas no telefone 3181.5900.
O juiz Élio Braz confirmou que somente ontem recebeu o processo sobre a menina e disse que ainda iria se inteirar sobre o caso. Segundo Danielly Silva, coordenadora do abrigo, atualmente 14 pessoas vivem no espaço, com 15 vagas. Apenas uma tem microcefalia. Ela informou, ainda, que o índice de adoção de meninos e meninas com deficiência é irrisório, em torno de 1%. “É mais fácil conseguirmos a reinserção na própria família biológica, o que acontece em 20% dos casos. Os demais ficam no abrigo”, calcula. O preconceito é o maior empecilho para a efetivação das adoções. Para se ter uma ideia, apenas três crianças do abrigo são apadrinhadas através do programa Estrela Guia. O espaço é mantido com doações. Mais informações podem ser obtidas no telefone 3241.4249.
O abandono de criança é crime previsto no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 240. Uma alternativa ao abandono é o Mãe Legal, ligado à 2ª Vara da Infância e Juventude da Capital, e implantado em outubro de 2009. O objetivo do programa é acolher mulheres gestantes ou parturientes que desejam entregar o filho para adoção. Uma equipe multidisciplinar oferece às mães alternativas seguras e legais para que elas possam decidir sobre o assunto.
Desde sua criação, 200 mulheres já foram atendidas. Inicialmente, o índice de entrega dos bebês era de 17%, mas, em dezembro do ano passado, chegou a 25%. Este ano, a previsão é de aumento de casos de entrega, entretanto, os dados somente serão fechados no próximo mês. De janeiro até agora, 22 mulheres procuraram o serviço. Informações podem ser obtidas no telefone 3181.5900.
REDE DE AMOR EM TORNO DE MENINA
Enquanto um bebê com microcefalia foi abandonado no Lar Rejane Marques, outra criança com a mesma anomalia estimulou uma rede de amor e solidariedade ao seu redor. Com apenas quatro meses, um bebê do sexo feminino que nasceu com 26 centímetros de perímetro cefálico, foi internada ontem após ser avaliada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), referência no atendimento dos casos. Os médicos consideram saudável um bebê que nasce medindo entre 34 e 37 centímetros de perímetro cefálico. Por estar muito abaixo do apontado como normal, a menina chegou ao Huoc com problemas na respiração e na deglutição, além de refluxo.
A família está preocupada, também, porque diz que ela não chora e apenas dorme, além de não ter conseguido mamar normalmente. De acordo com a infectologista do Huoc, Regina Coeli, o bebê não tem previsão de alta. É preciso ter certeza de que os problemas de saúde dela são consequências da microcefalia. "Ela pode ter outra doença que qualquer bebê sem malformação pode apresentar, como uma cardiopatia, por exemplo. Vamos investigar", definiu a médica.
O Huoc tem acompanhado cerca de 80 crianças com microcefalia, uma média de 10 por dia. Somente três precisaram ser internadas até ontem, uma delas porque estava com infecção no umbigo.
Enquanto um bebê com microcefalia foi abandonado no Lar Rejane Marques, outra criança com a mesma anomalia estimulou uma rede de amor e solidariedade ao seu redor. Com apenas quatro meses, um bebê do sexo feminino que nasceu com 26 centímetros de perímetro cefálico, foi internada ontem após ser avaliada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), referência no atendimento dos casos. Os médicos consideram saudável um bebê que nasce medindo entre 34 e 37 centímetros de perímetro cefálico. Por estar muito abaixo do apontado como normal, a menina chegou ao Huoc com problemas na respiração e na deglutição, além de refluxo.
A família está preocupada, também, porque diz que ela não chora e apenas dorme, além de não ter conseguido mamar normalmente. De acordo com a infectologista do Huoc, Regina Coeli, o bebê não tem previsão de alta. É preciso ter certeza de que os problemas de saúde dela são consequências da microcefalia. "Ela pode ter outra doença que qualquer bebê sem malformação pode apresentar, como uma cardiopatia, por exemplo. Vamos investigar", definiu a médica.
O Huoc tem acompanhado cerca de 80 crianças com microcefalia, uma média de 10 por dia. Somente três precisaram ser internadas até ontem, uma delas porque estava com infecção no umbigo.
Reproduzido por: Lucas H.
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