19/11/2015
Ellyo Teixeira e Patrícia Andrade Do G1 PI
Menino foi adotado com 1 mês de vida e só depois foi descoberto problema. Foram confirmados no Piauí 10 casos de microcefalia em apenas um mês.
Ellyo Teixeira e Patrícia Andrade Do G1 PI
Menino foi adotado com 1 mês de vida e só depois foi descoberto problema. Foram confirmados no Piauí 10 casos de microcefalia em apenas um mês.
João Vinicíus Alves, 3 anos, foi diagnosticado aos três meses de vida com microcefalia, uma anomalia caracterizada por um crânio de tamanho menor que a média. A notícia pegou de surpresa os pais do garoto, que o adotaram quando ele tinha apenas um mês de nascido.
O diagnóstico da microcefalia veio acompanhado ainda de outra constatação: João era portador de autismo e com o passar do tempo foi apresentando crises epiléticas, sequela que, conforme os médicos, pode se manifestar em algumas crianças vítimas da anomalia.
Para Vicente Oliveira e Jeane Rodrigues, pais adotivos do garoto, a doença não mudou em nada o amor e carinho pelo filho. Pelo contrário. O casal logo fez um plano de saúde e agora a rotina diária se divide entre os cuidados com João e as atividades do pequeno restaurante que eles mantém na própria casa no bairro Aeroporto, Zona Norte de Teresina.
“A mãe biológica me entregou o bebê e após os procedimentos judiciais sumiu e nunca mais apareceu. A partir daquele dia eu passei a ter uma criança para chamar de filho. Só depois de três meses descobrimos que o menino tinha microcefalia, mas isso não mudou em nada nossa vida, ou seja, só aumentou nosso amor e carinho por ele”, falou Jeane.
João é acompanhado por um fonoaudiólogo, fisioterapeuta e ainda pelo neurologista. As sessões acontecem duas vezes por semana e o pequeno ainda faz uso de quatro tipos de medicação. Tudo faz parte do tratamento para melhorar o desenvolvimento e qualidade de vida, já que a microcefalia é uma doença irreversível.
Vicente e Jeane garantem que mesmo diante de algumas dificuldades a família vive feliz. Para eles, os pais não devem encarar a doença como um problema, mas como uma oportunidade que a vida está dando para que demonstrem dedicação, doação e parceria com uma criança igual às outras, mas que necessitará de mais atenção.
“Acreditamos que o João foi enviado por Deus, pois mesmo com microcefalia ele vive normalmente. É uma criança ativa, inteligente e carinhosa com todos. Sempre soubemos que poderíamos viver normalmente e que isso não seria um problema. Amamos o nosso filho e daremos todo o carinho para ele”, falou Vicente.
O diagnóstico da microcefalia veio acompanhado ainda de outra constatação: João era portador de autismo e com o passar do tempo foi apresentando crises epiléticas, sequela que, conforme os médicos, pode se manifestar em algumas crianças vítimas da anomalia.
Para Vicente Oliveira e Jeane Rodrigues, pais adotivos do garoto, a doença não mudou em nada o amor e carinho pelo filho. Pelo contrário. O casal logo fez um plano de saúde e agora a rotina diária se divide entre os cuidados com João e as atividades do pequeno restaurante que eles mantém na própria casa no bairro Aeroporto, Zona Norte de Teresina.
“A mãe biológica me entregou o bebê e após os procedimentos judiciais sumiu e nunca mais apareceu. A partir daquele dia eu passei a ter uma criança para chamar de filho. Só depois de três meses descobrimos que o menino tinha microcefalia, mas isso não mudou em nada nossa vida, ou seja, só aumentou nosso amor e carinho por ele”, falou Jeane.
João é acompanhado por um fonoaudiólogo, fisioterapeuta e ainda pelo neurologista. As sessões acontecem duas vezes por semana e o pequeno ainda faz uso de quatro tipos de medicação. Tudo faz parte do tratamento para melhorar o desenvolvimento e qualidade de vida, já que a microcefalia é uma doença irreversível.
Vicente e Jeane garantem que mesmo diante de algumas dificuldades a família vive feliz. Para eles, os pais não devem encarar a doença como um problema, mas como uma oportunidade que a vida está dando para que demonstrem dedicação, doação e parceria com uma criança igual às outras, mas que necessitará de mais atenção.
“Acreditamos que o João foi enviado por Deus, pois mesmo com microcefalia ele vive normalmente. É uma criança ativa, inteligente e carinhosa com todos. Sempre soubemos que poderíamos viver normalmente e que isso não seria um problema. Amamos o nosso filho e daremos todo o carinho para ele”, falou Vicente.
CASOS NO PIAUÍ
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) confirmou o registro de 27 casos de microcefalia em recém-nascidos no Piauí em 2015, sendo 10 casos registrados apenas nas últimas três semanas. O aumento no número de casos foi de 350% comparando com os registros do ano passado quando foram confirmados apenas seis.
Diante da alta incidência de bebês nascendo com essa anomalia, a Sesapi instituiu em parceria com outros órgãos como a Universidade Federal do Piauí (UFPI), Fundação Municipal de Saúde (FMS), Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Maternidade Santa Fé, Ciamca, Laboratório Central do Estado (Lacen) e Ministério da Saúde, o Comitê de Operações de Emergência em Saúde-Microcefalia.
O aumento significativo do número de casos no Nordeste fez o Ministério da Saúde decretar recentemente emergência em saúde pública.
Além do Piauí, outros estados do Nordeste têm registrado um aumento nos casos de microcefalia. Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba também relataram preocupação com os últimos dados.
As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses relaciona o aumento de casos a infecções por zika vírus - vírus que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano.
Segundo documento divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentaram erupções na pele durante a gravidez. Apesar de este ser um dos sintomas do zika vírus, não há evidências suficientes para associá-lo à microcefalia, de acordo com o órgão.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) confirmou o registro de 27 casos de microcefalia em recém-nascidos no Piauí em 2015, sendo 10 casos registrados apenas nas últimas três semanas. O aumento no número de casos foi de 350% comparando com os registros do ano passado quando foram confirmados apenas seis.
Diante da alta incidência de bebês nascendo com essa anomalia, a Sesapi instituiu em parceria com outros órgãos como a Universidade Federal do Piauí (UFPI), Fundação Municipal de Saúde (FMS), Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Maternidade Santa Fé, Ciamca, Laboratório Central do Estado (Lacen) e Ministério da Saúde, o Comitê de Operações de Emergência em Saúde-Microcefalia.
O aumento significativo do número de casos no Nordeste fez o Ministério da Saúde decretar recentemente emergência em saúde pública.
Além do Piauí, outros estados do Nordeste têm registrado um aumento nos casos de microcefalia. Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba também relataram preocupação com os últimos dados.
As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses relaciona o aumento de casos a infecções por zika vírus - vírus que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano.
Segundo documento divulgado pela Secretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentaram erupções na pele durante a gravidez. Apesar de este ser um dos sintomas do zika vírus, não há evidências suficientes para associá-lo à microcefalia, de acordo com o órgão.
COMO SABER SE O BEBÊ TEM MICROCEFALIA?
A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm. Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade gestacional em que ocorre o parto.
A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm. Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade gestacional em que ocorre o parto.
O QUE CAUSA A MICROCEFALIA?
Na maior parte dos casos são infecções adquiridas pela mãe, especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus são alguns exemplos.
Outros possíveis causadores são abuso de álcool e drogas ilícitas na gestação e síndromes genéticas como a síndrome de down.
Na maior parte dos casos são infecções adquiridas pela mãe, especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do bebê está sendo formado. Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus são alguns exemplos.
Outros possíveis causadores são abuso de álcool e drogas ilícitas na gestação e síndromes genéticas como a síndrome de down.
Reproduzido por: Lucas H.
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