segunda-feira, 9 de novembro de 2015

CASAL GAY ADOTA IRMÃOS DE 8 E 9 ANOS NO LAR DA CRIANÇA; CONHEÇA HISTÓRIA (reprodução)

Quinta, 05 de novembro de 2015, 08h00
KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
NOVA FAMÍLIA
As crianças já estavam ficando 'velhas' no abrigo, quando encontraram os pais Paulo e Admilson. O processo judicial correu e dia 14 de agosto deste ano, após oito encontros com os meninos, eles levaram os dois filhos para casa.
Foi uma longa espera no Lar da Criança, em Cuiabá, dos irmãos V.H., de 9 anos, e A., de 8, após serem abandonados até serem adotados, quando já estavam sendo considerados “velhos”. É que fica a cada dia mais difícil encontrar pais interessados em maiores de 5 anos. Quando conheceram o gastrônomo Paulo Augusto Rodrigues, 25, e o companheiro dele, o professor Admilson Assunção, os dois voltaram a ter esperanças de viver em família.
Paulo convenceu Admilson que 'filhos do coração' não têm diferença alguma dos biológicos, dão trabalho, alegrias, dão preocupação e completam uma família, mesmo que ela não seja tão convencional.
Paulo e Admilson são casados há 7 anos e 9 meses. Apesar da homossexualidade, ambos sempre tiveram vontade de ser pais. Paulo queria adotar e desde criança falava nisso.
Admilson queria filhos biológicos. Há 4 anos, após estruturarem a casa onde moram, em Várzea Grande, eles começaram a conversar sobre a possibilidade de, de um jeito ou outro, exercerem a paternidade.
Paulo convenceu Admilson que 'filhos do coração' não têm diferença alguma dos biológicos, dão trabalho, alegrias, dão preocupação e completam uma família, mesmo que ela não seja tão convencional.
Há um ano eles resolveram enfrentar um processo de adoção legalizada, cientes de que poderiam sofrer todo tipo de preconceito, aos quais estão expostos na sociedade.
Fizeram o curso da Associação Matogrossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), obrigatório por lei. “Achei até interessante porque fomos muito bem acolhidos, inclusive pelos outros casais que também estavam se preparando para adoção”, comenta Paulo.
O processo judicial correu e dia 14 de agosto deste ano, após oito encontros com os meninos, eles levaram os dois filhos para casa.
“Preferimos criar o vínculo afetivo nos encontros, para não ter erro de que somos mesmo pais e filhos, e é o que somos”, assegura Paulo.
“Preferimos criar o vínculo afetivo nos encontros, para não ter erro de que somos mesmo pais e filhos, e é o que somos”, assegura Paulo.
Os meninos, que inicialmente tiveram uma série de problemas de adaptação, em casa e na escola, em dois meses, passaram por uma mudança a olhos vistos.
“O mais velho não sabia ler e tinha muita dificuldade em nos deixar ajudá-lo, mas depois foi aceitando e agora já aprendeu”, comenta o pai Paulo. O outro pai é chamado de Papai ou Papai Admilson. Esse foi o combinado entre eles, nas primeiras conversas em que as crianças ficaram sabendo da natureza homoafetiva da relação dos dois adotantes, o que “levaram numa boa”.
“No caso de adoção, sempre, em qualquer circunstância, o importante é o afeto e a paciência no período de adaptação”, orienta a diretora do Lar.
UMA NOVA VIDA
Os dois meninos adotados por Paulo e Admilson estão felizes. Abordam os dois toda hora com bilhetinhos, afirmando que são os melhores pais do mundo.
Os passeios do casal, além de churrascos na casa de amigos e familiares, agora são também ao parque, ao shopping, ao cinema, com as crianças.
Eles, que já eram caseiros, agora estão ainda mais.
As famílias de ambos aceitam bem a relação de respeito que têm e acolheram também os meninos.
Os almoços de domingo são sempre na casa dos pais de um ou de outro.
A rotina de trabalho e de escola também é bem comum.
Paulo destaca que, apesar do conceito de família estar em debate no Congresso Nacional, sendo predominante o pensamento conservador, de que uma família é formada por um homem, uma mulher e seus filhos, na casa deles não tem nada de diferente de um lar como outro qualquer.
Original disponível em: 
Quinta, 05 de novembro de 2015, 08h00
KEKA WERNECK
DA REDAÇÃO
NOVA FAMÍLIA
As crianças já estavam ficando 'velhas' no abrigo, quando encontraram os pais Paulo e Admilson. O processo judicial correu e dia 14 de agosto deste ano, após oito encontros com os meninos, eles levaram os dois filhos para casa.
Foi uma longa espera no Lar da Criança, em Cuiabá, dos irmãos V.H., de 9 anos, e A., de 8, após serem abandonados até serem adotados, quando já estavam sendo considerados “velhos”. É que fica a cada dia mais difícil encontrar pais interessados em maiores de 5 anos. Quando conheceram o gastrônomo Paulo Augusto Rodrigues, 25, e o companheiro dele, o professor Admilson Assunção, os dois voltaram a ter esperanças de viver em família.
Paulo convenceu Admilson que 'filhos do coração' não têm diferença alguma dos biológicos, dão trabalho, alegrias, dão preocupação e completam uma família, mesmo que ela não seja tão convencional.
Paulo e Admilson são casados há 7 anos e 9 meses. Apesar da homossexualidade, ambos sempre tiveram vontade de ser pais. Paulo queria adotar e desde criança falava nisso.
Admilson queria filhos biológicos. Há 4 anos, após estruturarem a casa onde moram, em Várzea Grande, eles começaram a conversar sobre a possibilidade de, de um jeito ou outro, exercerem a paternidade.
Paulo convenceu Admilson que 'filhos do coração' não têm diferença alguma dos biológicos, dão trabalho, alegrias, dão preocupação e completam uma família, mesmo que ela não seja tão convencional.
Há um ano eles resolveram enfrentar um processo de adoção legalizada, cientes de que poderiam sofrer todo tipo de preconceito, aos quais estão expostos na sociedade.
Fizeram o curso da Associação Matogrossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), obrigatório por lei. “Achei até interessante porque fomos muito bem acolhidos, inclusive pelos outros casais que também estavam se preparando para adoção”, comenta Paulo.
O processo judicial correu e dia 14 de agosto deste ano, após oito encontros com os meninos, eles levaram os dois filhos para casa.
“Preferimos criar o vínculo afetivo nos encontros, para não ter erro de que somos mesmo pais e filhos, e é o que somos”, assegura Paulo.
“Preferimos criar o vínculo afetivo nos encontros, para não ter erro de que somos mesmo pais e filhos, e é o que somos”, assegura Paulo.
Os meninos, que inicialmente tiveram uma série de problemas de adaptação, em casa e na escola, em dois meses, passaram por uma mudança a olhos vistos.
“O mais velho não sabia ler e tinha muita dificuldade em nos deixar ajudá-lo, mas depois foi aceitando e agora já aprendeu”, comenta o pai Paulo. O outro pai é chamado de Papai ou Papai Admilson. Esse foi o combinado entre eles, nas primeiras conversas em que as crianças ficaram sabendo da natureza homoafetiva da relação dos dois adotantes, o que “levaram numa boa”.
“No caso de adoção, sempre, em qualquer circunstância, o importante é o afeto e a paciência no período de adaptação”, orienta a diretora do Lar.
UMA NOVA VIDA
Os dois meninos adotados por Paulo e Admilson estão felizes. Abordam os dois toda hora com bilhetinhos, afirmando que são os melhores pais do mundo.
Os passeios do casal, além de churrascos na casa de amigos e familiares, agora são também ao parque, ao shopping, ao cinema, com as crianças.
Eles, que já eram caseiros, agora estão ainda mais.
As famílias de ambos aceitam bem a relação de respeito que têm e acolheram também os meninos.
Os almoços de domingo são sempre na casa dos pais de um ou de outro.
A rotina de trabalho e de escola também é bem comum.
Paulo destaca que, apesar do conceito de família estar em debate no Congresso Nacional, sendo predominante o pensamento conservador, de que uma família é formada por um homem, uma mulher e seus filhos, na casa deles não tem nada de diferente de um lar como outro qualquer.

Reproduzido por: Lucas H.

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