quarta-feira, 21 de outubro de 2015

ADOÇÃO, PORQUE EU NÃO QUIS? (reprodução)

20 de outubro de 2015
Ellen
Oi gente!
Hoje quero falar sobre a razão pela qual eu não quis adotar uma criança. Muitos conhecem minha história e sabem, portanto, da minha impossibilidade de engravidar naturalmente, conforme narrado em posts anteriores.
Durante o período em que estava tentando engravidar várias pessoas me sugeriam a adoção de uma criança e eu sempre respondia que eu não queria só ser mãe, eu queria, também, poder engravidar, sentir enjoo, sentir desejos, sentir o feto mexendo, meus seios doloridos, meu marido acariciando minha barriga, vestir aquelas roupas de grávidas, sentir a dor do parto e depois ter o bebê em meus braços e poder amamentá-lo.
O certo é que eu nunca tive o coração aberto para a adoção, embora eu não tenha nada contra, muito pelo contrário, acho linda essa atitude. Além do mais, eu tinha muito medo de que o problema psicológico pelo qual eu havia passado fizesse com que eu depositasse no filho adotivo ao invés de amor, a minha revolta pelo fato de não poder engravidar. Foi exatamente por causa desse turbilhão de sentimentos que eu não tive a coragem de adotar uma criança. Pensava, também, que se a criança estava disponível para a adoção era porque ela havia sido rejeitada pelos seus familiares, e que por esta razão os pais adotivos teriam de estar preparados para preencher esta lacuna, que poderia ser mais ou menos difícil, dependendo da faixa etária da criança. Pensando em tudo isto é que não consegui adotar.
Até hoje continuo pensando desta forma. Não sei se errei, mas hoje consigo aceitar melhor os fatos e penso que certamente já estava determinado que eu não seria mesmo mãe. Como compensação Deus me deu duas famílias numerosas (minha e de meu marido), e eu acabo me divertindo muito com meus enteados, netos, sobrinhos e o Bob, meu filho de quatro patas.
Até o próximo post
Ellen

Reproduzido por: Lucas H.

Nenhum comentário: