24 maio 2016
Postado em: Cotidiano Por: Alfredo Sérgio
ADOÇÃO
No dia 25 de maio é comemorado o Dia Nacional da Adoção. No RN, a programação começou no sábado (21) e segue por toda a semana. Abrimos uma exceção sobre a divulgação de conteúdo da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), para contar a história de uma colaboradora que é mãe adotiva e muito feliz, um tema importante e que precisa de sensibilização social para avançar e multiplicar estas histórias.
Dizem que quando nasce um filho, nasce uma mãe. No caso de Conceição Juliana Brito, a cronologia do nascimento não coincide com a da filha de cinco anos, mas sim o surgimento de um grande amor. Há quase dois anos, a agente administrativa da Caern tomou com o marido, uma das decisões mais importantes (talvez a mais importante) das suas vidas: tornarem-se pais de coração. E foi assim que a pequena Laura, de três anos, ganhou uma nova chance de ser feliz.
“Falar sobre ela é especial para mim. Adoção é algo maravilhoso, não tem explicação”, diz com um sorriso no olhar. Após um ano passando por um longo processo burocrático para entrar na fila de adoção, e mais um ano de espera, enfim o sonho de Juliana se concretizou. “Pensei que iria demorar, geralmente a espera é maior. A gestação normal dura nove meses de preparação, no nosso caso, foi uma semana entre saber da disponibilidade da criança e leva-la para casa”.
Longe da maternidade, perto da natureza, nasceu o reconhecimento mútuo entre os pais e a filha. “Saímos para passear no parque, apenas nós três e, na volta, quando fui devolvê-la para a cuidadora, ela me chamou de mãe”. Três meses depois tinham em mãos a sentença que dava a guarda definitiva para o casal. Juliana sempre frequentou orfanatos e casas de apoio de crianças como voluntária, onde atuava como recreadora. “Sempre gostei de estar perto delas, mas para adotar, tem que ter convicção”.
O que ela não imaginava era que ali, um dia, encontraria a criança que mudaria sua vida. A ideia surgiu depois que soube que para gerar um filho do próprio ventre, teria que se submeter a um tratamento, invasivo e desgastante. “É um processo sofrido, porque se está lidando com sonhos. É difícil para a mulher e para a família”.
Assim, ela não teve dúvida de como se tornaria mãe. “A fila de pais para adoção é maior do que a quantidade de crianças disponíveis, porque na hora de preencher o formulário se fazem muitas restrições, principalmente em relação à cor da pele e o sexo, a idade”, disse. Hoje, a colaboradora levanta a bandeira positiva da adoção legal, porém, lembra que a uma decisão importante. “A criança não é um objeto, um produto que você, se não der certo, você devolve. E isso acontece muito no período inicial dos três meses de adaptação”.
A adaptação com a filha não foi fácil, contando com três anos e uma trajetória de experiências negativas com situações de risco e vulnerabilidade, foi necessário paciência, amor e carinho para que ela pudesse se adaptar à família. “Fizemos um vídeo com a chegada dela na nossa casa, o reconhecimento do quarto que era só dela, e a presença de parentes. Ela foi muito bem acolhida e é muito amada. Mudou minha vida”, relembra Juliana.
No dia a dia, cada momento difícil é encarado com naturalidade e amor. “Fizemos um livrinho ilustrado para ela, contando sua própria história, que ela leva para ler nas rodas da escola, tudo de maneira muito transparente. Palavras como `adoção` e `orfanato` são pronunciadas abertamente”.
A educação de Laura sempre envolve limites e a verdade sobre de onde ela veio. “Explicamos que os pais biológicos não puderam cria-la e queriam que ela fosse muito feliz, por isso ela está conosco. Crianças não precisam de dinheiro e muitos brinquedos, mas da presença do pai e da mãe”. Sobre conciliar o tempo com a filha e o trabalho, ressalta: “Ser mãe e trabalhar são duas coisas importantes para mim então concilio com naturalidade. Como tenho pouco tempo para ficar com ela, priorizo a qualidade desses momentos, mesmo que seja apenas uma hora e meia por dia, para brincar e ouvir suas histórias”.
Hoje os frutos dos cuidados e das novas oportunidades oferecidas a Laura já são colhidos e o dia das Mães é mais que especial. “Ela está plenamente adaptada e é muito carinhosa. Comemoramos bastante, vestimos roupa estilo mãe e filha”, relata e completa: “É um amor grande demais e diferente da gestação, foi algo buscado. As situações de adaptação e preconceito só fazem aumentar esse amor”.
Original disponível em: http://guamarenews.com/semana-da-adocao-saimos-para-passear-nos-conhecer-e-ja-na-volta-ela-me-chamou-de-mae/
Reproduzido por: Lucas H.
Postado em: Cotidiano Por: Alfredo Sérgio
ADOÇÃO
No dia 25 de maio é comemorado o Dia Nacional da Adoção. No RN, a programação começou no sábado (21) e segue por toda a semana. Abrimos uma exceção sobre a divulgação de conteúdo da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), para contar a história de uma colaboradora que é mãe adotiva e muito feliz, um tema importante e que precisa de sensibilização social para avançar e multiplicar estas histórias.
Dizem que quando nasce um filho, nasce uma mãe. No caso de Conceição Juliana Brito, a cronologia do nascimento não coincide com a da filha de cinco anos, mas sim o surgimento de um grande amor. Há quase dois anos, a agente administrativa da Caern tomou com o marido, uma das decisões mais importantes (talvez a mais importante) das suas vidas: tornarem-se pais de coração. E foi assim que a pequena Laura, de três anos, ganhou uma nova chance de ser feliz.
“Falar sobre ela é especial para mim. Adoção é algo maravilhoso, não tem explicação”, diz com um sorriso no olhar. Após um ano passando por um longo processo burocrático para entrar na fila de adoção, e mais um ano de espera, enfim o sonho de Juliana se concretizou. “Pensei que iria demorar, geralmente a espera é maior. A gestação normal dura nove meses de preparação, no nosso caso, foi uma semana entre saber da disponibilidade da criança e leva-la para casa”.
Longe da maternidade, perto da natureza, nasceu o reconhecimento mútuo entre os pais e a filha. “Saímos para passear no parque, apenas nós três e, na volta, quando fui devolvê-la para a cuidadora, ela me chamou de mãe”. Três meses depois tinham em mãos a sentença que dava a guarda definitiva para o casal. Juliana sempre frequentou orfanatos e casas de apoio de crianças como voluntária, onde atuava como recreadora. “Sempre gostei de estar perto delas, mas para adotar, tem que ter convicção”.
O que ela não imaginava era que ali, um dia, encontraria a criança que mudaria sua vida. A ideia surgiu depois que soube que para gerar um filho do próprio ventre, teria que se submeter a um tratamento, invasivo e desgastante. “É um processo sofrido, porque se está lidando com sonhos. É difícil para a mulher e para a família”.
Assim, ela não teve dúvida de como se tornaria mãe. “A fila de pais para adoção é maior do que a quantidade de crianças disponíveis, porque na hora de preencher o formulário se fazem muitas restrições, principalmente em relação à cor da pele e o sexo, a idade”, disse. Hoje, a colaboradora levanta a bandeira positiva da adoção legal, porém, lembra que a uma decisão importante. “A criança não é um objeto, um produto que você, se não der certo, você devolve. E isso acontece muito no período inicial dos três meses de adaptação”.
A adaptação com a filha não foi fácil, contando com três anos e uma trajetória de experiências negativas com situações de risco e vulnerabilidade, foi necessário paciência, amor e carinho para que ela pudesse se adaptar à família. “Fizemos um vídeo com a chegada dela na nossa casa, o reconhecimento do quarto que era só dela, e a presença de parentes. Ela foi muito bem acolhida e é muito amada. Mudou minha vida”, relembra Juliana.
No dia a dia, cada momento difícil é encarado com naturalidade e amor. “Fizemos um livrinho ilustrado para ela, contando sua própria história, que ela leva para ler nas rodas da escola, tudo de maneira muito transparente. Palavras como `adoção` e `orfanato` são pronunciadas abertamente”.
A educação de Laura sempre envolve limites e a verdade sobre de onde ela veio. “Explicamos que os pais biológicos não puderam cria-la e queriam que ela fosse muito feliz, por isso ela está conosco. Crianças não precisam de dinheiro e muitos brinquedos, mas da presença do pai e da mãe”. Sobre conciliar o tempo com a filha e o trabalho, ressalta: “Ser mãe e trabalhar são duas coisas importantes para mim então concilio com naturalidade. Como tenho pouco tempo para ficar com ela, priorizo a qualidade desses momentos, mesmo que seja apenas uma hora e meia por dia, para brincar e ouvir suas histórias”.
Hoje os frutos dos cuidados e das novas oportunidades oferecidas a Laura já são colhidos e o dia das Mães é mais que especial. “Ela está plenamente adaptada e é muito carinhosa. Comemoramos bastante, vestimos roupa estilo mãe e filha”, relata e completa: “É um amor grande demais e diferente da gestação, foi algo buscado. As situações de adaptação e preconceito só fazem aumentar esse amor”.
Original disponível em: http://guamarenews.com/semana-da-adocao-saimos-para-passear-nos-conhecer-e-ja-na-volta-ela-me-chamou-de-mae/
Reproduzido por: Lucas H.
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