06/05/2016
Fernando BritoDo G1 PI
Francimélia Nogueira fundou o Cria, que dá assistência à 57 crianças. Objetivo do projeto é colocar crianças de abrigos em convívio familiar.
A história de amor entre mãe e filha fez nascer um projeto social que existe há oito anos em Teresina e tem dado assistência à 57 crianças que não têm o convívio familiar. Francimélia Nogueira, 55 anos, fundou o Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria), seis anos após adotar Ana Karla, que na época tinha apenas 1 anos e 10 meses. Hoje, a instituição ajuda crianças e adolescentes que vivem em abrigos a encontrarem uma família e um lar.
Francimélia decidiu entrar com processo de adoção quando pegou Karla no abrigo para passar o Natal na sua casa com o ex-marido e os três filhos. A assistente social revela que foi nesse momento, com um bebê entre a família, que o sentimento de ter um novo filho despertou. Única filha mulher, logo logo Ana Karla virou a princesa da casa.
ELA ESTAVA TÃO CARENTE DE CUIDADOS, DE AFETO E ATENÇÃO. FOI ENTÃO QUE DECIDI QUE ELA NÃO SAIRIA MAIS DA NOSSAS VIDAS E NÃO VOLTARIA MAIS PARA O ABRIGO"
Francimélia Nogueira, 55 anos - Assistente Social
"Foi ela a criança destinada a ir para a nossa família. Nós nos apaixonamos pela Ana Karla logo de cara. Ela estava tão carente de cuidados, de afeto e atenção. Foi então que decidi que ela não sairia mais das nossas vidas e não voltaria mais para o abrigo", lembrou. Logo depois, Francimélia entrou na Justiça para conseguir adotar Ana Karla.
Poderia ser só mais um caso de adoção, mas foi o acolhimento solidário de Ana Karla que fez Francimélia tomar a decisão que mudaria a vida dela e a da criança: formalizar o vínculo afetivo com a adoção.
"Já tinha três filhos adolescentes e foi uma alegria tê-la também como filha. Ela chegou e logo se transformou na princesinha da casa", contou.
Anos se passaram, e foi daquele momento especial na vida da assistente social e desse gesto carregado de amor, que Francimélia tirou a inspiração para ajudar outras crianças que vivem na mesma situação que Ana Karla vivia.
Seis anos após a adoção, Francimélia conseguiu colocar a ONG em funcionamento e assim passar a servir crianças sem o amparo familiar. "Me sinto mãe de todos esses que corro atrás para que essas crianças e adolescentes que estão nos abrigos esperando uma família tenha o afeto", disse.
Inspiração para a criação do Cria, Ana Karla Nogueira Medeiros, 15 anos, conta que é feliz tendo uma mãe, uma família e vários irmãos.
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"Dá um orgulho muito grande saber que eu fui a inspiração para que esse projeto existisse. E isso é uma alegria muito grande, porque a partir do momento que eu sei que crianças estão saindo de abrigos e conseguindo um lar, assim como foi comigo um dia, porque as pessoas que mais precisam vão estar num lugar tendo aquele amor que precisam", disse.(Ouça homenagem da filha ao lado).
O CRIA
O Cria é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que foi fundada no ano de 2009 e tem como objetivo dar assistência a crianças e adolescentes que são acolhidos por abrigos. A ideia é desenvolver ações que busquem a garantia da convivência familiar e comunitária a essas crianças, seja com famílias acolhedoras ou em casas de acolhimento.
O projeto além de conseguir um novo lar e uma nova família para essas crianças, busca também dar o retorno à família de origem. Desde o ano de 2009, 57 crianças já foram beneficiadas com o projeto que conta com assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, e outros profissionais liberais.
"Esse projeto significa uma realização profissional e pessoal. Vivo feliz em trabalhar com algo tão gratificante. A cada criança, e a cada adolescente que a gente resolve a situação, é uma felicidade imensa", pontua Francimélia.
Original disponível em: http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/05/apos-adocao-mae-se-inspira-na-filha-para-ajudar-criancas-em-abrigos-no-pi.html
Reproduzido por: Lucas H.
Fernando BritoDo G1 PI
Francimélia Nogueira fundou o Cria, que dá assistência à 57 crianças. Objetivo do projeto é colocar crianças de abrigos em convívio familiar.
A história de amor entre mãe e filha fez nascer um projeto social que existe há oito anos em Teresina e tem dado assistência à 57 crianças que não têm o convívio familiar. Francimélia Nogueira, 55 anos, fundou o Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria), seis anos após adotar Ana Karla, que na época tinha apenas 1 anos e 10 meses. Hoje, a instituição ajuda crianças e adolescentes que vivem em abrigos a encontrarem uma família e um lar.
Francimélia decidiu entrar com processo de adoção quando pegou Karla no abrigo para passar o Natal na sua casa com o ex-marido e os três filhos. A assistente social revela que foi nesse momento, com um bebê entre a família, que o sentimento de ter um novo filho despertou. Única filha mulher, logo logo Ana Karla virou a princesa da casa.
ELA ESTAVA TÃO CARENTE DE CUIDADOS, DE AFETO E ATENÇÃO. FOI ENTÃO QUE DECIDI QUE ELA NÃO SAIRIA MAIS DA NOSSAS VIDAS E NÃO VOLTARIA MAIS PARA O ABRIGO"
Francimélia Nogueira, 55 anos - Assistente Social
"Foi ela a criança destinada a ir para a nossa família. Nós nos apaixonamos pela Ana Karla logo de cara. Ela estava tão carente de cuidados, de afeto e atenção. Foi então que decidi que ela não sairia mais das nossas vidas e não voltaria mais para o abrigo", lembrou. Logo depois, Francimélia entrou na Justiça para conseguir adotar Ana Karla.
Poderia ser só mais um caso de adoção, mas foi o acolhimento solidário de Ana Karla que fez Francimélia tomar a decisão que mudaria a vida dela e a da criança: formalizar o vínculo afetivo com a adoção.
"Já tinha três filhos adolescentes e foi uma alegria tê-la também como filha. Ela chegou e logo se transformou na princesinha da casa", contou.
Anos se passaram, e foi daquele momento especial na vida da assistente social e desse gesto carregado de amor, que Francimélia tirou a inspiração para ajudar outras crianças que vivem na mesma situação que Ana Karla vivia.
Seis anos após a adoção, Francimélia conseguiu colocar a ONG em funcionamento e assim passar a servir crianças sem o amparo familiar. "Me sinto mãe de todos esses que corro atrás para que essas crianças e adolescentes que estão nos abrigos esperando uma família tenha o afeto", disse.
Inspiração para a criação do Cria, Ana Karla Nogueira Medeiros, 15 anos, conta que é feliz tendo uma mãe, uma família e vários irmãos.
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"Dá um orgulho muito grande saber que eu fui a inspiração para que esse projeto existisse. E isso é uma alegria muito grande, porque a partir do momento que eu sei que crianças estão saindo de abrigos e conseguindo um lar, assim como foi comigo um dia, porque as pessoas que mais precisam vão estar num lugar tendo aquele amor que precisam", disse.(Ouça homenagem da filha ao lado).
O CRIA
O Cria é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que foi fundada no ano de 2009 e tem como objetivo dar assistência a crianças e adolescentes que são acolhidos por abrigos. A ideia é desenvolver ações que busquem a garantia da convivência familiar e comunitária a essas crianças, seja com famílias acolhedoras ou em casas de acolhimento.
O projeto além de conseguir um novo lar e uma nova família para essas crianças, busca também dar o retorno à família de origem. Desde o ano de 2009, 57 crianças já foram beneficiadas com o projeto que conta com assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, e outros profissionais liberais.
"Esse projeto significa uma realização profissional e pessoal. Vivo feliz em trabalhar com algo tão gratificante. A cada criança, e a cada adolescente que a gente resolve a situação, é uma felicidade imensa", pontua Francimélia.
Original disponível em: http://g1.globo.com/pi/piaui/noticia/2016/05/apos-adocao-mae-se-inspira-na-filha-para-ajudar-criancas-em-abrigos-no-pi.html
Reproduzido por: Lucas H.
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