29/04/2016
Malu Veiga
Do G1 PE
Graça Mercante adotou Karina e acredita que filha é "amor de outras vidas". Gerente financeira já era mãe de dois rapazes quando adotou pela 1ª vez.
Adotar sempre foi um sonho para a gerente financeira Graça Mercante, 67 anos. Aos 19 anos, ela fazia visitas a orfanatos e cuidava esporadicamente de crianças. Foi assim que começou a cuidar de uma garotinha de 5 anos. No entanto, anos depois, a mãe da menina quis a criança de volta. Como não era uma adoção formal, Graça não se opôs. Mas, segundo ela, era uma prova do destino de que aquela "ainda não era sua princesa". Anos depois, mais madura, casada com o analista previdenciário Fernando Gomes, 63, e com dois filhos biológicos, ela encontrou Karina Pessoa, 26, à época com 1 ano.
“Antes mesmo de casar já era o que eu queria. Meu marido dizia 'a gente tem os da gente e depois vamos adotar'. Foi quando visitamos o Lar do Neném. Preenchemos tudo e pouco tempo depois disseram que tinha uma criança disponível. Foi amor à primeira vista”, conta.
EU DIGO 'É MINHA FILHA E ACABOU'. NUNCA USEI ESSA DE 'É A MINHA FILHA ADOTIVA' Graça, mãe adotiva
De acordo com a mãe, Karina foi abandonada em frente a uma residência no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, mas, a família que encontrou a bebê não tinha condições de cuidar e a entregou ao Lar do Neném, que hoje fica no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. Antes, Karina se chamava Dulce.
Para Graça, a relação das duas, apesar de não ser consanguínea, vai muito além de qualquer genética - diz, inclusive, não ser nem dessa vida. “A Karina é a filha que saiu de dentro do meu coração. Não saiu do meu corpo físico, e sim do espiritual. Eu acho que ela foi minha mãe na outra encarnação. Eu digo isso porque ela é muito zelosa comigo, tem muito cuidado. É uma filha que não tem defeitos, é perfeita, 100%”.
Graça tem dois filhos que gerou, Bruno, de 32 anos, e Fernando, de 28, e garante que o amor é o mesmo. A experiência da adoção foi tão positiva que, anos depois, o casal adotou também Tatiane Pessoa, de 26 anos, que tinha 7 à época.
Segundo Karina, só é possível identificar que ela é adotada pelas diferenças físicas entre as duas. “Falam assim: 'eita, tua mãe é loira, e é branca'. Aí eu digo que sou filha do coração, que sou adotiva e conto a minha história”, relatou. “Tem gente que ainda tem esse receio, esse preconceito de ser filho adotivo. Eu não”, garante.
Já a mãe afirma que nunca diferenciou nenhum deles: "Eu digo 'é minha filha' e acabou. Eu nunca usei essa de 'é a minha filha adotiva'. Karina é do coração, bem de dentro do coração, da raiz mesmo”, disse. Apesar dos quatro filhos, Graça queria ter adotado ainda mais crianças. “É gratificante. Além de estar fazendo o bem, eles também me fazem bem. Se eu não trabalhasse fora, se tivesse condições, com certeza teria adotado mais”.
Karina também sonha em adotar, mas ainda não se sabe se será um menino ou uma menina. Para os pais, a jovem é só agradecimentos. “Realmente foram a minha luz. Sou só gratidão. Espero um dia ser uma mulher e uma mãe tão maravilhosa quanto ela é para mim”, finaliza.
Original disponível em: http://g1.globo.com/pernambuco/dia-das-maes/2016/noticia/2016/04/ela-nasceu-do-meu-coracao-diz-mae-sobre-filha-adotiva.html
Reproduzido por: Lucas H.
Malu Veiga
Do G1 PE
Graça Mercante adotou Karina e acredita que filha é "amor de outras vidas". Gerente financeira já era mãe de dois rapazes quando adotou pela 1ª vez.
Adotar sempre foi um sonho para a gerente financeira Graça Mercante, 67 anos. Aos 19 anos, ela fazia visitas a orfanatos e cuidava esporadicamente de crianças. Foi assim que começou a cuidar de uma garotinha de 5 anos. No entanto, anos depois, a mãe da menina quis a criança de volta. Como não era uma adoção formal, Graça não se opôs. Mas, segundo ela, era uma prova do destino de que aquela "ainda não era sua princesa". Anos depois, mais madura, casada com o analista previdenciário Fernando Gomes, 63, e com dois filhos biológicos, ela encontrou Karina Pessoa, 26, à época com 1 ano.
“Antes mesmo de casar já era o que eu queria. Meu marido dizia 'a gente tem os da gente e depois vamos adotar'. Foi quando visitamos o Lar do Neném. Preenchemos tudo e pouco tempo depois disseram que tinha uma criança disponível. Foi amor à primeira vista”, conta.
EU DIGO 'É MINHA FILHA E ACABOU'. NUNCA USEI ESSA DE 'É A MINHA FILHA ADOTIVA' Graça, mãe adotiva
De acordo com a mãe, Karina foi abandonada em frente a uma residência no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, Região Metropolitana do Recife, mas, a família que encontrou a bebê não tinha condições de cuidar e a entregou ao Lar do Neném, que hoje fica no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife. Antes, Karina se chamava Dulce.
Para Graça, a relação das duas, apesar de não ser consanguínea, vai muito além de qualquer genética - diz, inclusive, não ser nem dessa vida. “A Karina é a filha que saiu de dentro do meu coração. Não saiu do meu corpo físico, e sim do espiritual. Eu acho que ela foi minha mãe na outra encarnação. Eu digo isso porque ela é muito zelosa comigo, tem muito cuidado. É uma filha que não tem defeitos, é perfeita, 100%”.
Graça tem dois filhos que gerou, Bruno, de 32 anos, e Fernando, de 28, e garante que o amor é o mesmo. A experiência da adoção foi tão positiva que, anos depois, o casal adotou também Tatiane Pessoa, de 26 anos, que tinha 7 à época.
Segundo Karina, só é possível identificar que ela é adotada pelas diferenças físicas entre as duas. “Falam assim: 'eita, tua mãe é loira, e é branca'. Aí eu digo que sou filha do coração, que sou adotiva e conto a minha história”, relatou. “Tem gente que ainda tem esse receio, esse preconceito de ser filho adotivo. Eu não”, garante.
Já a mãe afirma que nunca diferenciou nenhum deles: "Eu digo 'é minha filha' e acabou. Eu nunca usei essa de 'é a minha filha adotiva'. Karina é do coração, bem de dentro do coração, da raiz mesmo”, disse. Apesar dos quatro filhos, Graça queria ter adotado ainda mais crianças. “É gratificante. Além de estar fazendo o bem, eles também me fazem bem. Se eu não trabalhasse fora, se tivesse condições, com certeza teria adotado mais”.
Karina também sonha em adotar, mas ainda não se sabe se será um menino ou uma menina. Para os pais, a jovem é só agradecimentos. “Realmente foram a minha luz. Sou só gratidão. Espero um dia ser uma mulher e uma mãe tão maravilhosa quanto ela é para mim”, finaliza.
Original disponível em: http://g1.globo.com/pernambuco/dia-das-maes/2016/noticia/2016/04/ela-nasceu-do-meu-coracao-diz-mae-sobre-filha-adotiva.html
Reproduzido por: Lucas H.
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