31 de maio de 2017
Peterson, Michelli, Lucas. Todos são jovens com personalidade diferentes, mas com algo em comum: fazem parte dos cerca de 46,4% dos adolescentes disponíveis para adoção em abrigos do Espírito Santo. Mas segundo dados da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), apenas 1,1% dos interessados buscam a faixa etária de 12 a 18 anos para adoção.
Peterson, Michelli, Lucas. Todos são jovens com personalidade diferentes, mas com algo em comum: fazem parte dos cerca de 46,4% dos adolescentes disponíveis para adoção em abrigos do Espírito Santo. Mas segundo dados da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA), apenas 1,1% dos interessados buscam a faixa etária de 12 a 18 anos para adoção.
No Estado existem cerca de 120 abrigos e 880 casais estão habilitados para adoção. Desse total, 87% chegam buscando crianças de 0 a 6 anos; 9,7% aceitam crianças com alguma deficiência física e 4,5% aceitam crianças com alguma deficiência mental, conforme explica a técnica Isabely Mota.
“A realidade é que temos muito mais crianças maiores de seis nas instituições de acolhimento. Justamente por isso lançamos a campanha Esperando por Você, para mostrar a essas famílias e a população em geral o quanto essas crianças e adolescente, de idades maiores, em grupos de irmãos ou portadores de necessidades especiais, tem de potencialidades, talentos e amor para oferecer as famílias”.
A campanha quer dar voz a meninos e meninas, órfãos ou destituídos de suas famílias de origem, que já estão prontos para a adoção. Todos concordaram em participar do projeto e foram autorizados pelos magistrados responsáveis, coordenadores das instituições de acolhimento e guardiões legais.
Segundo a técnica, a campanha incluiu 21 crianças e adolescentes para adoção. Desde o início, no último dia 12, 5 delas iniciaram a aproximação com pessoas interessadas em adota-las e o TJES está em contato com pessoas interessadas na adoção de outras 6 crianças e adolescentes da campanha.
Explicou ainda que o acolhimento acontece por abandono, falta de condições para cuidar, entre outras causas. É feito um trabalho para que eles sejam reintegrados as famílias. Isso acontece em cerca de 50% dos casos. A adoção é o último caminho.
“Hoje temos mais de 800 crianças acolhidas e as pessoas não entendem porque elas não estão para adoção. O Estatuto da Criança e do Adolescente é bem claro: a adoção é medida excepcional. Quando a criança vai para uma instituição, primeiro tentamos reintegrar ao pai e a mãe. Não sendo possível, tentamos com a família externa, entre tios avô ou primos. Quando não tem ninguém para manter os vínculos familiares, ela fica disponível para adoção. Apenas 140 estão disponíveis. É um número bem baixo”.
Caso a pessoa tenha interesse em adotar, deve procurar o Fórum ou Vara da Infância e Juventude de onde mora portando documentos. Feito isso, passa por psicólogos, assistentes sociais, que avaliam o perfil, e por cursos para entender os medos e desafios do processo adotivo. O processo até a sentença final por levar um ano. O folder completo para o processo pode ser encontrado no site http://www.tjes.jus.br.
“Existem muitos mitos ao redor da adoção, entre eles: só pode ser casado ou ter certa renda. A única coisa necessária é amor para dar. Seja se você possuir uma renda boa, ou não, seja hétero, homossexual, solteiro, casado ou divorciado. O que importa é que elas precisam de amor”, afirmou Isabely.
Campanha ‘Esperando por Você’
Esperando Por Você quer mudar o futuro de crianças e adolescentes que vivem há anos em instituições de acolhimento do Espírito Santo, especificamente crianças mais velhas, com alguma condição especial de saúde ou que fazem parte de grupos de irmãos. Quer saber mais sobre as crianças e adolescentes da campanha?
Original disponível em: http://eshoje.com.br/campanha-adocao-tardia-busca-novos-pais-para-140-criancas/
Reproduzido por: Lucas H.
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