No Brasil, com mais de 60 milhões de evangélicos, sendo 70% deles de igrejas pentecostais, a visão política conservadora tem se alastrado e presença dos parlamentares evangélicos tem se tornado cada vez mais importante.
“Até os anos 80, os evangélicos eram claramente anticomunistas e apoiaram a ditadura militar, mas não se envolviam na política parlamentar. Na Constituinte que gerou a Carta de 1988, no entanto, já se formou uma bancada no Congresso Nacional, em defesa da família e em oposição ao aborto. Eles se aliaram ao Centrão e aos ruralistas”, disse Mariano.
Atualmente com 90 deputados federais, a bancada evangélica continua se posicionando como conservadora e contra a esquerda, como explicou o professor citando deputados evangélicos como Marco Feliciano (PSC-SP) e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Parlamentares como Feliciano e Cunha são responsáveis por ações como o bloqueio à iniciativa do Ministério da Educação de fazer campanha contra a discriminação de teor sexual nas escolas. O material da campanha acabou ficando conhecido como ‘kit gay’”, exemplificou Ricardo Mariano.
Bancada evangélica é reação defensiva
Para Ricardo Mariano, a pauta evangélica no Parlamento é reação defensiva a transformações socioculturais e políticas, representadas por feministas e pela comunidade LGBT. “Ficam demonstrados mal-estar e indignação contra o avanço do pluralismo cultural e a diversidade de modos de vida e de arranjos familiares”, enfatizou.
O professor acredita que os parlamentares evangélicos “emperram projetos de leis dos dois lados” por gerar impasses no Parlamento.
Outro problema levantado por Mariano é a aproximação da bancada evangélica com ruralistas e com nomes como o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que defende o armamento da população.
“Por essas e outras razões, o ativismo político evangélico tem sido contestado pelos defensores dos direitos humanos, que o acusa de fundamentalista e de representar risco para a democracia e para a valorização da competência técnica e científica”, afirmou Mariano.
“Os grupos políticos evangélicos tratam a política como um ministério religioso, uma forma de evangelizar e impedir a influência ‘demoníaca’ sobre as instituições e os comandantes da nação”, concluiu o pesquisador. Com Informações SBPC na UFMG.
“Até os anos 80, os evangélicos eram claramente anticomunistas e apoiaram a ditadura militar, mas não se envolviam na política parlamentar. Na Constituinte que gerou a Carta de 1988, no entanto, já se formou uma bancada no Congresso Nacional, em defesa da família e em oposição ao aborto. Eles se aliaram ao Centrão e aos ruralistas”, disse Mariano.
Atualmente com 90 deputados federais, a bancada evangélica continua se posicionando como conservadora e contra a esquerda, como explicou o professor citando deputados evangélicos como Marco Feliciano (PSC-SP) e o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Parlamentares como Feliciano e Cunha são responsáveis por ações como o bloqueio à iniciativa do Ministério da Educação de fazer campanha contra a discriminação de teor sexual nas escolas. O material da campanha acabou ficando conhecido como ‘kit gay’”, exemplificou Ricardo Mariano.
Bancada evangélica é reação defensiva
Para Ricardo Mariano, a pauta evangélica no Parlamento é reação defensiva a transformações socioculturais e políticas, representadas por feministas e pela comunidade LGBT. “Ficam demonstrados mal-estar e indignação contra o avanço do pluralismo cultural e a diversidade de modos de vida e de arranjos familiares”, enfatizou.
O professor acredita que os parlamentares evangélicos “emperram projetos de leis dos dois lados” por gerar impasses no Parlamento.
Outro problema levantado por Mariano é a aproximação da bancada evangélica com ruralistas e com nomes como o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) que defende o armamento da população.
“Por essas e outras razões, o ativismo político evangélico tem sido contestado pelos defensores dos direitos humanos, que o acusa de fundamentalista e de representar risco para a democracia e para a valorização da competência técnica e científica”, afirmou Mariano.
“Os grupos políticos evangélicos tratam a política como um ministério religioso, uma forma de evangelizar e impedir a influência ‘demoníaca’ sobre as instituições e os comandantes da nação”, concluiu o pesquisador. Com Informações SBPC na UFMG.
Original disponível em: http://www.jmnoticia.com.br/2017/07/18/sociologo-da-usp-fala-sobre-participacao-de-evangelicos-na-politica-emperram-pautas-progressistas/
Reproduzido por: Lucas H.
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