segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Bebê de quatro meses é resgatado por idosa após ser abandonado em cortiço (Reprodução)

 15/11/2017

O Conselho Tutelar da Zona Central de Santos resgatou nesta terça-feira (14) uma bebê, de apenas quatro meses de vida, abandonada pela mãe em um cortiço no bairro Vila Mathias, próximo à Avenida Campos Sales. 


A criança foi levada ainda no período da tarde para o imóvel que abriga a Seção de Acolhimento de Crianças e Adolescentes (Seacolhe/CA), equipamento mantido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas).


Conforme a conselheira tutelar Idalina Galdino, responsável por atender inicialmente o caso, o órgão foi acionado por telefone por uma idosa que estava cuidando da criança há pelo menos cinco dias.

“A senhora que me ligou disse que estava com a criança no local combinado. Estava muito preocupada com essa situação e de imediato fui até lá e acionei outros conselheiros”, disse.


A idosa explicou que a mãe da bebê é usuária recorrente de entorpecentes e elas viviam em um cortiço do bairro. A menina ficou abandonada por dois dias e chorava muito, por sentir fome. Diante disso, essa senhora resolveu cuidar da criança.


Depois do sumiço temporário, a mãe retornou e saiu do cortiço com a menor. “Quando essa idosa saiu para fazer compras em um mercado do bairro, ela observou a bebê jogada no chão, na Avenida Campos Sales, enquanto a mãe estava ali perto usando drogas, e decidiu resgatá-la”, ressaltou.


Parentes do interior 


Quando o efeito do entorpecente passou, a mulher foi atrás da filha, mas limitou-se a entregar à idosa um papel com um telefone que seria de algum familiar dela no Interior. 


“A pessoa disse que viria até Santos, mas ela aguardou por cinco dias e ninguém apareceu. Nesse período, a mãe apenas passava lá, perguntava se estava tudo bem e ia embora. Por esse motivo, decidiu acionar o Conselho Tutelar, após orientação da Casa Vó Benedita”.


Idalina explicou que tanto o Conselho Tutelar como a equipe técnica do Seacolhe/CA vão fazer contato com o Conselho Tutelar de São Paulo para tentar encontrar algum familiar da bebê nos próximos dias. 


Caso ninguém seja localizado, a criança será encaminhada para algum abrigo conveniado com a Administração ou para o programa Família Acolhedora, seção municipal destinada ao acolhimento temporário de crianças e adolescentes, cujas famílias vivenciam momento de crise. 


Reproduzido por: Lucas H.

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