segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Intercambistas relatam dificuldades para encontrar abrigo em Maceió (Reprodução)

15/01/2018


Maceió está prestes a receber cerca de 100 intercambistas oriundos de diversos países. O grupo vai passar seis semanas em Maceió, onde irá desenvolver uma série de trabalhos voluntários em pelo menos oito Organizações Não Governamentais (ONGs). Porém, ainda que exerçam um papel digno de elogios, há quem já enfrente dificuldade para encontrar um abrigo na capital alagoana.

Na maioria dos casos, os estrangeiros conseguem hospedagem gratuita em casas de famílias diversas. Contudo, cerca de 30% deles ainda não têm onde ficar. 
A presidente da Aiesec, organização mundial sem fins lucrativos e que media tais intercâmbios, explica que, no período de alta temporada em Alagoas, quando o estado mais recebe intercambistas, a dificuldade é ainda maior. "Já temos cerca de 70 deles abrigados e desenvolvendo várias atividades, mas estamos para receber outros cem nos próximos dias", conta Viviane Brito, acrescentando que a Aiesec reúne cerca de 40 voluntários em Maceió. "Tem gente que chega a receber em casa até quatro visitantes", ressalta ela. 

Qualquer cidadão pode abrigar um intercambista, basta possuir uma casa em Maceió, ofertar o mínimo de acomodação, com a possibilidade de o quarto ser compartilhado. O voluntário também precisa oferecer acesso à cozinha e a internet, sem custos para o visitante. A Aiesec, por sua vez, garante visitas às casas que concedem a hospedagem como uma forma de certificar a segurança para ambas as partes.
Viviane explica, ainda, que as dificuldades em se conseguir hospedagem vai além do medo de receber uma pessoa "estranha". "As pessoas também têm receio em abrigar alguém por não ter espaço em casa. Porém, os intercambistas não esperam um local de luxo, já que o foco é a troca cultural e o serviço social", destaca. 
Trabalho social
Um dos papéis fundamentais do intercâmbio é a troca cultural, de modo a inserir ambas as partes numa determinada realidade. No caso do intercambista e de quem vai o abrigar, deve ser levada em consideração a consciência da promoção social. Outro ponto importante é a possibilidade de se aprender outro idioma, tendo em vista que os intercambistas vêm de outros países.
A Aiesec é uma organização sem fins lucrativos presente em 126 países e em todos os estados brasileiros. Em Alagoas, há cerca de 40 membros voluntários comprometidos com a propagação das potencialidades humanas. 
E o Processo Seletivo para membros da organização segue aberto até o dia 21 de janeiro. Podem participar pessoas com idades entre 18 e 30 anos e que tenham em seu currículo o curso básico de inglês ou espanhol. 

A Aiesec têm parceria com as seguintes ONGs com atuação na capital: Instituto Servir, Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal), Casa de Adoção Rubens Colaço, Projeto Acolher, Lar Batista, Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (Neafa), Lar de Amparo à Criança para Adoção (Laca), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e Associação de Síndrome de Down (San-down). 
Mais informações: (82) 991131178 Viviane Brito | (82) 81320283 Amanda Francozo


Reproduzido por: Lucas H.

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