segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Suspeita de tráfico internacional de pessoas no Paraná presta novo depoimento à PF nesta sexta (Reprodução)

05/01/2018

Maria Conceição Queiroz, conhecida como Maria Paraguaia, será ouvida novamente pela Polícia Federal em Cascavel, no oeste do Paraná, na tarde desta sexta-feira (5). Ela é investigada por tráfico internacional de pessoas.

As suspeitas vieram à tona depois de, no dia 10 de outubro de 2017, ela acionar o Conselho Tutelar informando ter encontrado em frente de casa um menino abandonado.

“O advogado dela havia feito o pedido ao Ministério Público Federal e eu também queria ouvi-la de novo para saber qual o interesse dela, qual método usava, se faz parte de uma organização e quantas crianças ela já trouxe do Paraguai para o Brasil. O menino certamente não foi o único”, comentou o delegado Marco Smith.

Ainda segundo o delegado, a pena mínima para este tipo de crime é de oito anos de reclusão.
"Se não houver nada de novo a ser comprovado, hoje mesmo vamos relatar o inquérito", adiantou.
Maria Paraguaia foi presa em flagrante no dia 24 de outubro, quando policiais federais encontraram na residência dela uma adolescente de 17 anos e uma menina de 10 anos.

Da mesma família


Conforme a Justiça, os três menores são paraguaios e da mesma família. A adolescente é mãe do menino e a garota de 10 anos, prima. As identidades foram confirmadas pela polícia do Paraguai por meio de exame datiloscópico.

A Justiça, no entanto, não confirma a relação da mulher presa com a adolescente e o menino. Já a menina é uma parente distante da suspeita, aponta a polícia.

Os três voltaram ao país de origem no dia 22 de dezembro, depois de ficarem acolhidos por cerca de dois meses em Cascavel. De acordo com o juiz da Vara da Infância e da Juventude Fabrício Mussi, eles é que pediram para retornar ao Paraguai.

Segundo o juiz, a adolescente nega que tenha dado o filho para adoção e afirmou que quer ficar com a criança.

Adoção ilegal

Quando foi transferida da delegacia de Cascavel para a Cadeia Pública de Corbélia, Maria Paraguaia declarou que o garoto, de um ano e oito meses, era filho de uma sobrinha – supostamente a adolescente de 17 anos – que "não queria mais o menino". Ela alega ser inocente das acusações.

As investigações indicam também que a criança seria entregue a um casal que chegou a pagar R$ 700 para a suspeita. Porém, eles desistiram depois de descobrirem se tratar de uma adoção ilegal.

Até agora, cerca de 30 pessoas foram ouvidas pela Polícia Federal.

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Reproduzido por: Lucas H.

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