quinta-feira, 29 de setembro de 2016

CRESCE NÚMERO DE TENTATIVAS DE ADOÇÃO ILEGAL EM MATERNIDADES (Reprodução)

29.09.2016

Por: Thiago Gomes - Repórter

SOB INVESTIGAÇÃO. Somente de agosto para setembro, foram registrados cinco casos em Maceió...

Estão crescendo as tentativas de adoção ilegal dentro de maternidades de Maceió. Boa parte está sendo identificada tanto pela Polícia Civil como pelos conselhos tutelares. Somente de agosto para setembro, foram registrados cinco casos dessa natureza, sendo cada um deles objetos de investigação por parte da Delegacia dos Crimes contra a Criança e o Adolescente (DCCA).

O procedimento é sempre feito da mesma maneira. As gestantes entram nas unidades de saúde usando documento de outros, sem causar, na maioria das vezes, desconfiança no setor de recepção. E levam uma acompanhante, também com identificação falsa, que deverá receber o bebê. O acordo entre elas é feito antecipadamente, sem qualquer escrúpulo. Nas maternidades, um controle mais rigoroso poderia evitar esse tipo de prática.

Recentemente, uma mulher de 31 anos pariu na Maternidade Escola Santa Mônica, no bairro do Poço, e apresentou, na entrada, a identidade de outra pessoa. O documento pertencia à suposta amiga que se disse acompanhante e que, na verdade, teria a intenção de sair com a criança nos braços.
A direção da maternidade informou que não desconfiou de nada, no início. Porém, o bebê ficou internado por oito dias, após o nascimento, por apresentar quadro de sífilis, doença transmitida por meio de relação sexual. Foi justamente pela demora em dar alta ao paciente que os funcionários perceberam a mudança nos documentos.

O Conselho Tutelar também foi avisado, por denúncia anônima, de que havia a possibilidade de a tentativa de adoção ilegal acontecer na Santa Mônica. Como os conselheiros entraram em contato com a unidade de saúde, o procedimento irregular não foi concretizado.

Testemunhas relataram que a referida acompanhante tinha dormido durante duas noites com a mãe da criança e entrava na maternidade no horário que quisesse. Ela segurava, sempre, a cartilha de acompanhante identificada com o nome de terceiros. Elas contaram que a mulher estava somente aguardando o momento de levar o bebê consigo.

O acordo já estava selado com a mãe biológica, conforme foi descoberto pela polícia. Os próprios conselheiros tomaram conhecimento desse entendimento das partes e relataram oficialmente à equipe que ficou encarregada de investigar o caso na DCCA.

Original disponível em: http://gazetaweb.globo.com/gazetadealagoas_old/acervo.php?c=294853

Reproduzido por: Lucas H.

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