08.setembro.2016
Por: Ariele Medeiros e Mayra Costa
A história de duas famílias que não fizeram exigências raciais...
Por: Ariele Medeiros e Mayra Costa
A história de duas famílias que não fizeram exigências raciais...
Adoção inter-racial é um tabu: segundo dados do CNA (Cadastro Nacional de Adoção) deste ano, das 5,5 mil crianças que aguardam para serem adotadas no Brasil, 33% são brancas e 67% são negras e pardas.
Entre 31,6 mil pretendentes a adotarem uma criança, 22,53% só aceitam crianças brancas. O país tem cerca de 40 mil meninos e meninas em abrigos, esperando por uma família. Nem todos já estão prontos para entrar no processo de adoção, por conta dos critérios exigidos para o início das etapas. Em meio a exigências aguardadas em longas filas de espera, a história desses pais tem algo em comum: o desejo sem ressalvas.
Patrícia Pini, 53 anos, de Taubaté, é mãe de Samuel, de 21, que chegou com três dias de vida na casa dela. “Perdi meu filho durante um parto normal, como não poderia mais engravidar, optamos por adotar, sem distinções”, conta.
O filho adotivo, Samuel Pini, soube desde cedo que era adotado e, com o tempo, aprendeu a lidar com a situação. “Quando criança, eu tinha vergonha por não ser parecido com meus pais, pelo fato de eles serem brancos e eu negro”, contou o jovem.
Apesar das brincadeiras maldosas que podem acontecer, Samuel aconselha: “aos que pensam em adotar, sigam seus corações e não liguem para o preconceito. O amor não está na aparência, mas sim no que sentem ao adotar, assim como meus pais sentiram comigo”.
ACOLHIMENTO
Não muito diferente, Guilherme Silva, 20 anos, de São José dos Campos, foi acolhido com um ano e seis meses. Seus pais biológicos eram dependentes químicos e perderam sua guarda após um acidente com fogo. “Infelizmente, recebo muito preconceito das pessoas até hoje”, relatou o estudante.
Ele se inspira no gesto dos pais e deseja, futuramente, adotar uma criança. “Pai é quem cria. Muitas vezes, percebo que as crianças adotadas recebem até mais atenção e carinho”.
Ana Silva, 53 anos, mãe de Guilherme, relata que a vida do filho veio ao encontro à dela. “Hospedeiros que somos, Guilherme veio para casa, nos familiarizamos muito, e foi ele quem acabou adotando-nos”, conta.
LAÇOS
Ana aconselha que para adotar, o aspecto exterior é sempre inferior ao desejo de constituir um laço eterno. “Embora eu não tenha escolhido, isso deve ser um ato de amor pela criança e não por suas características”.
Vale das Palavras/ Orgulhosamente desenvolvido com WordPress
Original disponível em: http://valedaspalavras.com.br/grupoB/tag/adocao/
Reproduzido por: Lucas H.
Entre 31,6 mil pretendentes a adotarem uma criança, 22,53% só aceitam crianças brancas. O país tem cerca de 40 mil meninos e meninas em abrigos, esperando por uma família. Nem todos já estão prontos para entrar no processo de adoção, por conta dos critérios exigidos para o início das etapas. Em meio a exigências aguardadas em longas filas de espera, a história desses pais tem algo em comum: o desejo sem ressalvas.
Patrícia Pini, 53 anos, de Taubaté, é mãe de Samuel, de 21, que chegou com três dias de vida na casa dela. “Perdi meu filho durante um parto normal, como não poderia mais engravidar, optamos por adotar, sem distinções”, conta.
O filho adotivo, Samuel Pini, soube desde cedo que era adotado e, com o tempo, aprendeu a lidar com a situação. “Quando criança, eu tinha vergonha por não ser parecido com meus pais, pelo fato de eles serem brancos e eu negro”, contou o jovem.
Apesar das brincadeiras maldosas que podem acontecer, Samuel aconselha: “aos que pensam em adotar, sigam seus corações e não liguem para o preconceito. O amor não está na aparência, mas sim no que sentem ao adotar, assim como meus pais sentiram comigo”.
ACOLHIMENTO
Não muito diferente, Guilherme Silva, 20 anos, de São José dos Campos, foi acolhido com um ano e seis meses. Seus pais biológicos eram dependentes químicos e perderam sua guarda após um acidente com fogo. “Infelizmente, recebo muito preconceito das pessoas até hoje”, relatou o estudante.
Ele se inspira no gesto dos pais e deseja, futuramente, adotar uma criança. “Pai é quem cria. Muitas vezes, percebo que as crianças adotadas recebem até mais atenção e carinho”.
Ana Silva, 53 anos, mãe de Guilherme, relata que a vida do filho veio ao encontro à dela. “Hospedeiros que somos, Guilherme veio para casa, nos familiarizamos muito, e foi ele quem acabou adotando-nos”, conta.
LAÇOS
Ana aconselha que para adotar, o aspecto exterior é sempre inferior ao desejo de constituir um laço eterno. “Embora eu não tenha escolhido, isso deve ser um ato de amor pela criança e não por suas características”.
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