15/10/2016
A menina indígena de 6 anos rejeitada pela família biológica e abandonada recentemente por uma família adotiva, teve um novo destino traçado nesta sexta-feira (14). Uma reunião na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Macapá, definiu que a pequena terá um novo lar. Com a ajuda do Ministério Público Federal (MPF), foi iniciado um processo de transferência de guarda da criança para outra família indígena, que se dispôs a continuar o tratamento fisioterápico da menina, que tem dificuldades de locomoção.
A informação foi confirmada pela coordenadora do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) do Amapá e Norte do Pará, Wanderbilde Marques. Os novos responsáveis pela menina a conheceram na Casa de Saúde do Índio (Casai), em Macapá, onde ela está sendo cuidada atualmente. A família é da mesma etnia da criança, a dos waiãpis, que vivem em aldeias no Centro-Oeste do Amapá.
De acordo com o Dsei, a mãe biológica da menina concordou em passar a guarda para o casal, que têm outros quatro filhos. Os pretensos pais se responsabilizaram a realizar os exercícios físicos na criança na aldeia mesmo, e organizar as viagens periódicas da menina para o hospital Sarah Kubistchek, em Macapá, onde ela faz o tratamento de fisioterapia. Na reunião, a Funai informou às famílias que a criança vai ficar de forma definitiva no novo lar.
“A guarda é a partir de hoje, e como eles estão na Casai, assim que eles forem para a aldeia já vão levar ela. Tem uma associação indígena que vai ajudar a cuidar dela por lá até sair um benefício social da criança. A mãe da menina concordou em dar a guarda porque tem outros filhos”, explicou Maria Célia, coordenadora substituta da Dsei, que esteve presente à reunião.
Desnutrição e abandono familiar
A Casai explicou que a pequena índia teve situações recorrentes de abandono, desde o nascimento. A falta de cuidados essenciais por parte da família biológica teria provocado graves problemas de desenvolvimento, inclusive de locomoção, na criança, que precisa de fisioterapia para recuperar os movimentos das pernas.
O primeiro sinal de abandono da menina foi registrado em 2011, pelo Dsei. À época, a índia teria precisado ser internada em Macapá, por causa de desnutrição e desidratação. Após o primeiro tratamento e recuperação na Casai, ela voltou à tribo, e, meses depois, foi internada na capital com os mesmos problemas.
Com a rejeição da família, a menina havia sido adotada em 2016 por um missionário francês que atuou por algum tempo promovendo trabalhos solidários na aldeia dos waiãpis. No dia 7 de outubro deste ano, no entanto, a criança foi devolvida à Funai por ele sob a alegação de problemas familiares.
Original disponível em: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/10/india-rejeitada-pelos-pais-por-limitacao-motora-sera-adotada-por-familia-waiapi.html
Reproduzido por: Lucas H.
A menina indígena de 6 anos rejeitada pela família biológica e abandonada recentemente por uma família adotiva, teve um novo destino traçado nesta sexta-feira (14). Uma reunião na sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Macapá, definiu que a pequena terá um novo lar. Com a ajuda do Ministério Público Federal (MPF), foi iniciado um processo de transferência de guarda da criança para outra família indígena, que se dispôs a continuar o tratamento fisioterápico da menina, que tem dificuldades de locomoção.
A informação foi confirmada pela coordenadora do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) do Amapá e Norte do Pará, Wanderbilde Marques. Os novos responsáveis pela menina a conheceram na Casa de Saúde do Índio (Casai), em Macapá, onde ela está sendo cuidada atualmente. A família é da mesma etnia da criança, a dos waiãpis, que vivem em aldeias no Centro-Oeste do Amapá.
De acordo com o Dsei, a mãe biológica da menina concordou em passar a guarda para o casal, que têm outros quatro filhos. Os pretensos pais se responsabilizaram a realizar os exercícios físicos na criança na aldeia mesmo, e organizar as viagens periódicas da menina para o hospital Sarah Kubistchek, em Macapá, onde ela faz o tratamento de fisioterapia. Na reunião, a Funai informou às famílias que a criança vai ficar de forma definitiva no novo lar.
“A guarda é a partir de hoje, e como eles estão na Casai, assim que eles forem para a aldeia já vão levar ela. Tem uma associação indígena que vai ajudar a cuidar dela por lá até sair um benefício social da criança. A mãe da menina concordou em dar a guarda porque tem outros filhos”, explicou Maria Célia, coordenadora substituta da Dsei, que esteve presente à reunião.
Desnutrição e abandono familiar
A Casai explicou que a pequena índia teve situações recorrentes de abandono, desde o nascimento. A falta de cuidados essenciais por parte da família biológica teria provocado graves problemas de desenvolvimento, inclusive de locomoção, na criança, que precisa de fisioterapia para recuperar os movimentos das pernas.
O primeiro sinal de abandono da menina foi registrado em 2011, pelo Dsei. À época, a índia teria precisado ser internada em Macapá, por causa de desnutrição e desidratação. Após o primeiro tratamento e recuperação na Casai, ela voltou à tribo, e, meses depois, foi internada na capital com os mesmos problemas.
Com a rejeição da família, a menina havia sido adotada em 2016 por um missionário francês que atuou por algum tempo promovendo trabalhos solidários na aldeia dos waiãpis. No dia 7 de outubro deste ano, no entanto, a criança foi devolvida à Funai por ele sob a alegação de problemas familiares.
Original disponível em: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2016/10/india-rejeitada-pelos-pais-por-limitacao-motora-sera-adotada-por-familia-waiapi.html
Reproduzido por: Lucas H.
Nenhum comentário:
Postar um comentário