Uma criança que é adotada, com certeza chega à nova família com sua bagagem cultural. Nesta bagagem podem estar costumes de sua origem nativa, dependendo do estado ou país de onde vem sua família biológica e também do abrigo onde ficou até a adoção.
Esses costumes culturais nativos e sociais envolvem cultura religiosa, alimentar, comportamental e crenças que foram adicionadas a sua vida desde o nascimento.
A integração dessa cultura à cultura da nova família dever ser desenvolvida aos poucos e com respeito. É necessária muita observação no início; somente observar, não criticar, não definir conceitos, só observar mesmo. Assim que a família tiver condição de dizer que consegue perceber o tipo de cultura e costumes que a criança traz, poderá então determinar como a integração será feita.
Normalmente, a família e a criança passam por um período chamado de “Período de Adaptação” que normalmente ocorre em três fases:
Esse período não tem duração determinada, mas em média os encontros ou visitas, como também são chamados, levam cerca de 5 a 10 semanas.
Essa fase também não tem duração estipulada e pode variar de um caso para outro, em média são 4 a 6 semanas para passar para a próxima fase da adaptação.
Ainda nesta segunda fase a família pode, durante a semana, continuar com as visitas ao abrigo ou encontros supervisionados no local determinado.
Tratamos dessas três fases do período de adaptação para deixar claro que a intenção é justamente dar a oportunidade de obter o conhecimento através da observação, momento em que a família irá analisar e perceber os costumes que a criança traz consigo e que terão que ser trabalhados após a adoção.
O ser humano tem grande capacidade de adaptação, em especial as crianças. Para que a adaptação da criança à nova cultura que se apresenta em sua vida seja natural e menos agressiva possível, dependerá muito da preparação que a família tiver.
Um exemplo foi o seguinte: nós seguimos uma determinada religião e, claro, ela começou a nos acompanhar. Por se tratar de uma criança pareceu-me não ter tido grande conflito nesta parte, mas com o passar do tempo ela acabou comentando que achava que antes pertencia a outra denominação e coforme vinham as lembranças, ela questionava as diferenças entre as crenças. Felizmente conseguimos que tudo ficasse bem, hoje aos nove anos ela nos acompanha por vontade própria e se adaptou bem a essa nossa cultura e a tantas outras, diferenciando somente em sua personalidade como qualquer filho que mesmo nascido dos mesmos pais são diferentes.
Ocorrem muitos casos de devolução de crianças no período da guarda provisória, mesmo tendo passado pelas três fases de adaptação, pois a família não soube observar e se preparar para as reações de ambos os lados.
Quando se trata da adoção de criança menor de dez anos, o que acaba acontecendo é que a criança é que se integra à cultura da família. Já no caso de adolescentes, a bagagem cultural que trazem está muito definida em seu comportamento e a integração deverá ser muito mais negociada e trabalhada do que no caso de uma criança menor.
Não existe uma receita para que a integração cultural aconteça, mas alguns ingredientes essenciais são fáceis de definir:
Original disponível em: https://familia.com.br/5413/como-integrar-a-cultura-de-uma-crianca-adotada-a-sua-familia
Reproduzido por: Lucas H.
Esses costumes culturais nativos e sociais envolvem cultura religiosa, alimentar, comportamental e crenças que foram adicionadas a sua vida desde o nascimento.
A integração dessa cultura à cultura da nova família dever ser desenvolvida aos poucos e com respeito. É necessária muita observação no início; somente observar, não criticar, não definir conceitos, só observar mesmo. Assim que a família tiver condição de dizer que consegue perceber o tipo de cultura e costumes que a criança traz, poderá então determinar como a integração será feita.
Normalmente, a família e a criança passam por um período chamado de “Período de Adaptação” que normalmente ocorre em três fases:
1- Primeiro estágio de adoção
A adaptação no espaço onde a criança vive, geralmente nos abrigos ou em local determinado previamente pelo poder judiciário. Pode ser uma praça, parque e até mesmo no próprio fórum sempre com a supervisão de pessoas designadas pelo abrigo ou fórum. A definição do local irá depender das condições tanto da criança como da família.Esse período não tem duração determinada, mas em média os encontros ou visitas, como também são chamados, levam cerca de 5 a 10 semanas.
2- Segundo estágio
No período de adaptação, a família pode sair com a criança sem supervisão. Normalmente é expedida uma autorização para que a criança passe o dia fora voltando no horário estabelecido no documento.Essa fase também não tem duração estipulada e pode variar de um caso para outro, em média são 4 a 6 semanas para passar para a próxima fase da adaptação.
Ainda nesta segunda fase a família pode, durante a semana, continuar com as visitas ao abrigo ou encontros supervisionados no local determinado.
3- A terceira fase
No período de adaptação acontece quando a família tem a autorização para que a criança possa pernoitar sob seus cuidados. Normalmente a criança fica com a família do início da noite de sexta-feira e deve retornar ao abrigo no final do domingo. E assim como na segunda fase, os encontros supervisionados durante a semana podem continuar a acontecer. Na maioria dos casos desta fase, os encontros tornam-se quase que diários, pois se tudo estiver indo bem, o vínculo afetivo começa a se intensificar de tal maneira que fica cada vez mais difícil a separação.Tratamos dessas três fases do período de adaptação para deixar claro que a intenção é justamente dar a oportunidade de obter o conhecimento através da observação, momento em que a família irá analisar e perceber os costumes que a criança traz consigo e que terão que ser trabalhados após a adoção.
O ser humano tem grande capacidade de adaptação, em especial as crianças. Para que a adaptação da criança à nova cultura que se apresenta em sua vida seja natural e menos agressiva possível, dependerá muito da preparação que a família tiver.
Observe atentamente
A experiência que tivemos em nossa família com a chegada da nossa sexta filha, então com sete anos, foi inesperada, pois mesmo tendo passado as três fases do período de adaptação não soubemos observar corretamente, na verdade não fomos orientados a tal. Por isso, quando a trouxemos com a guarda provisória foi muito diferente de quando a víamos durante algumas horas.Um exemplo foi o seguinte: nós seguimos uma determinada religião e, claro, ela começou a nos acompanhar. Por se tratar de uma criança pareceu-me não ter tido grande conflito nesta parte, mas com o passar do tempo ela acabou comentando que achava que antes pertencia a outra denominação e coforme vinham as lembranças, ela questionava as diferenças entre as crenças. Felizmente conseguimos que tudo ficasse bem, hoje aos nove anos ela nos acompanha por vontade própria e se adaptou bem a essa nossa cultura e a tantas outras, diferenciando somente em sua personalidade como qualquer filho que mesmo nascido dos mesmos pais são diferentes.
Ocorrem muitos casos de devolução de crianças no período da guarda provisória, mesmo tendo passado pelas três fases de adaptação, pois a família não soube observar e se preparar para as reações de ambos os lados.
Quando se trata da adoção de criança menor de dez anos, o que acaba acontecendo é que a criança é que se integra à cultura da família. Já no caso de adolescentes, a bagagem cultural que trazem está muito definida em seu comportamento e a integração deverá ser muito mais negociada e trabalhada do que no caso de uma criança menor.
Não existe uma receita para que a integração cultural aconteça, mas alguns ingredientes essenciais são fáceis de definir:
- Observação durante o período de adaptação.
- Desprendimento a qualquer tipo de preconceito.
- Disposição para aceitar o novo e o diferente.
- Paciência com o processo de adaptação e convívio.
- Certeza dos reais motivos que levaram a família a optar pela adoção.
- Amor, muito amor com doação e aceitação.
Original disponível em: https://familia.com.br/5413/como-integrar-a-cultura-de-uma-crianca-adotada-a-sua-familia
Reproduzido por: Lucas H.
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