Guarapuava, 21 de Janeiro de 2017.
A história de Rodrigo, Amanda, Tamir e Tamara
Eu, Amanda e Rodrigo somos casados há dois anos, sou professora e sempre desejei uma casa cheia de filhos rsrsrs.. Como professora, sempre gostei de trabalhar com crianças carentes e sempre quis trazer meus alunos para casa.
Casei e como qualquer casal tentávamos engravidar mas o desejo de adotar filhos também era muito forte em mim.
Falei para meu esposo sobre este desejo de adoção. Para minha surpresa ele concordou e foi ver como funciona o processo de adoção (não acreditei!!!). Passados alguns dias, Rodrigo chegou com a relação de documentos, informações sobre as entrevistas (Estudo social). E, para minha surpresa ele havia separado todos os documentos e já havia e agendado as entrevistas.
A adoção era um sonho que ha muito tempo alimentava e, diante da atitude do meu marido pensei: agora vai..!!
Fomos ao fórum preencher nosso perfil e como muitos casais nosso desejo e era adotar um bebezinho lindo e saudável.
Em determinada altura do processo, fomos convidados a fazer uma visita em uma instituição de Acolhimento (Casa Lar) para conhecer a rotina das crianças, porém, não sabíamos quais as crianças estavam disponíveis para adoção..
Marcamos o dia e hora, muito ansiosos e fomos. Ufa!.
No dia marcado, junto conosco haviam mais dois casais. Assim que entramos na casa, veio um menino com dificuldade para andar e foi com o primeiro casal, depois foi até o segundo casal e quando chegou até o meu marido, já cansado pelo esforço físico, falou: Upa, tio! Aquilo “balançou minhas emoções”; sai de perto para não chorar...
Aquele menino passou à tarde no colo do meu marido e não deixava as outras crianças se aproximarem de mim.
Saímos de lá e meu marido falou: - vou voltar buscar aquele menino.
Passaram-se alguns dias e o Rodrigo falou: - estou com saudades do Tamir, o menino que havíamos conhecido.
Na nossa ultima entrevista com a psicóloga comentando sobre o perfil das crianças, ela disse que havia um casal de irmãos que estavam disponíveis, meu marido começou a ficar nervoso e perguntou: - o menino se chama Tamir?
A psicóloga pergunta porquê? E sucedeu-se o diálogo:
Ele (Rodrigo) fala: - se for ele é meu!
Ela (Psicóloga) diz: - sim mas ... ele tem uma irmã ...
Ele fala: - é nossa também ...
A Psicóloga insiste: - mas o perfil de vocês não é de um menino de seis anos com problemas neurológicos com uma irmã de quatro; o que podemos fazer?
E o Rodrigo diz: - Mudar nosso perfil.
Mais havia um, porém ... Um outro casal estava interessado neles mas era do Nordeste e nos somos do Sul... Tínhamos que esperar a decisão do casal que já tinha manifestado interesse..
Para nossa alegria o casal desistiu alegando dificuldades decorrentes da distância, etc... Então, não havia mais ninguém na nossa cidade e no Cadastro Nacional que os aceitasse... Eles eram nossos...
Fomos fazer nossa aproximação...
No primeiro dia fomos a um Parque e foi incrível... Na saída já falaram: - tchau pai! - tchau mãe! Sem ninguém ter falado nada a eles, foi uma grande emoção.....
Passamos a pegá-los nos fins de semana e era muito difícil deixa-los novamente no abrigo ..., Nossa documentação ainda não estava pronta e precisávamos esperar. Era terrível ....
Enfim no dia 10/10/16, final de tarde, um por do sol mais lindo, fomos busca-los...
Naquele dia eles enfim eram nossos filhos e haviam renascido pra nós.
Nossa primeira providência foi levar o Tamir ao medico, pois ele tomava seis tipos de remédios de 6 em 6 horas por que era considerado agressivo e frequentava a escola especial por este motivo. Mas conosco ele não apresentava este comportamento.
O médico retirou os medicamentos e ele começou a falar e correr.
Vimos que aqueles remédios o dopavam
A irmã Tamara linda encantadora independente... no primeiro mês teve febre e passou muito mal descobrimos que ela tinha uma sinusite avançada e ficamos alguns dias internados no hospital junto com ela.
Ela também tinha um dedo com uma pequena deficiência que a impedia de estica-lo. Ela passou por uma cirurgia e foi um sucesso.
O Tamir hoje toma apenas 2 medicamentos de 8 em 8 horas e passa por avaliações. É um doce de criança ... não é nada do que nos foi dito e apresentado . Ou será que agora que ele tem uma família mudou?
Não sei ...
O que sei é que na primeira semana, no meio do parquinho do shopping perguntei se estavam felizes e a resposta foi: - Sim, porque agora temos uma família, foram as palavras da nossa filha Tamara de 4 anos.
Quanto ao Tamir ... bem, eu acredito que o amor está transformando a vida dele.
Nota: Os pais Rodrigo e Amanda autorizaram a publicação da história no Diário da Adoção
Original disponível: https://www.facebook.com/groups/diariodaadocao/permalink/1303120836415607/
Reproduzido por: Lucas H.
A história de Rodrigo, Amanda, Tamir e Tamara
Eu, Amanda e Rodrigo somos casados há dois anos, sou professora e sempre desejei uma casa cheia de filhos rsrsrs.. Como professora, sempre gostei de trabalhar com crianças carentes e sempre quis trazer meus alunos para casa.
Casei e como qualquer casal tentávamos engravidar mas o desejo de adotar filhos também era muito forte em mim.
Falei para meu esposo sobre este desejo de adoção. Para minha surpresa ele concordou e foi ver como funciona o processo de adoção (não acreditei!!!). Passados alguns dias, Rodrigo chegou com a relação de documentos, informações sobre as entrevistas (Estudo social). E, para minha surpresa ele havia separado todos os documentos e já havia e agendado as entrevistas.
A adoção era um sonho que ha muito tempo alimentava e, diante da atitude do meu marido pensei: agora vai..!!
Fomos ao fórum preencher nosso perfil e como muitos casais nosso desejo e era adotar um bebezinho lindo e saudável.
Em determinada altura do processo, fomos convidados a fazer uma visita em uma instituição de Acolhimento (Casa Lar) para conhecer a rotina das crianças, porém, não sabíamos quais as crianças estavam disponíveis para adoção..
Marcamos o dia e hora, muito ansiosos e fomos. Ufa!.
No dia marcado, junto conosco haviam mais dois casais. Assim que entramos na casa, veio um menino com dificuldade para andar e foi com o primeiro casal, depois foi até o segundo casal e quando chegou até o meu marido, já cansado pelo esforço físico, falou: Upa, tio! Aquilo “balançou minhas emoções”; sai de perto para não chorar...
Aquele menino passou à tarde no colo do meu marido e não deixava as outras crianças se aproximarem de mim.
Saímos de lá e meu marido falou: - vou voltar buscar aquele menino.
Passaram-se alguns dias e o Rodrigo falou: - estou com saudades do Tamir, o menino que havíamos conhecido.
Na nossa ultima entrevista com a psicóloga comentando sobre o perfil das crianças, ela disse que havia um casal de irmãos que estavam disponíveis, meu marido começou a ficar nervoso e perguntou: - o menino se chama Tamir?
A psicóloga pergunta porquê? E sucedeu-se o diálogo:
Ele (Rodrigo) fala: - se for ele é meu!
Ela (Psicóloga) diz: - sim mas ... ele tem uma irmã ...
Ele fala: - é nossa também ...
A Psicóloga insiste: - mas o perfil de vocês não é de um menino de seis anos com problemas neurológicos com uma irmã de quatro; o que podemos fazer?
E o Rodrigo diz: - Mudar nosso perfil.
Mais havia um, porém ... Um outro casal estava interessado neles mas era do Nordeste e nos somos do Sul... Tínhamos que esperar a decisão do casal que já tinha manifestado interesse..
Para nossa alegria o casal desistiu alegando dificuldades decorrentes da distância, etc... Então, não havia mais ninguém na nossa cidade e no Cadastro Nacional que os aceitasse... Eles eram nossos...
Fomos fazer nossa aproximação...
No primeiro dia fomos a um Parque e foi incrível... Na saída já falaram: - tchau pai! - tchau mãe! Sem ninguém ter falado nada a eles, foi uma grande emoção.....
Passamos a pegá-los nos fins de semana e era muito difícil deixa-los novamente no abrigo ..., Nossa documentação ainda não estava pronta e precisávamos esperar. Era terrível ....
Enfim no dia 10/10/16, final de tarde, um por do sol mais lindo, fomos busca-los...
Naquele dia eles enfim eram nossos filhos e haviam renascido pra nós.
Nossa primeira providência foi levar o Tamir ao medico, pois ele tomava seis tipos de remédios de 6 em 6 horas por que era considerado agressivo e frequentava a escola especial por este motivo. Mas conosco ele não apresentava este comportamento.
O médico retirou os medicamentos e ele começou a falar e correr.
Vimos que aqueles remédios o dopavam
A irmã Tamara linda encantadora independente... no primeiro mês teve febre e passou muito mal descobrimos que ela tinha uma sinusite avançada e ficamos alguns dias internados no hospital junto com ela.
Ela também tinha um dedo com uma pequena deficiência que a impedia de estica-lo. Ela passou por uma cirurgia e foi um sucesso.
O Tamir hoje toma apenas 2 medicamentos de 8 em 8 horas e passa por avaliações. É um doce de criança ... não é nada do que nos foi dito e apresentado . Ou será que agora que ele tem uma família mudou?
Não sei ...
O que sei é que na primeira semana, no meio do parquinho do shopping perguntei se estavam felizes e a resposta foi: - Sim, porque agora temos uma família, foram as palavras da nossa filha Tamara de 4 anos.
Quanto ao Tamir ... bem, eu acredito que o amor está transformando a vida dele.
Nota: Os pais Rodrigo e Amanda autorizaram a publicação da história no Diário da Adoção
Original disponível: https://www.facebook.com/groups/diariodaadocao/permalink/1303120836415607/
Reproduzido por: Lucas H.
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