30/12/2016
Querer cuidar, ajudar de alguma forma, dar amor às crianças e adolescentes que estão em unidades de acolhimento são premissas do Projeto ‘Apadrinhando uma História’, lançado neste mês de dezembro, na Comarca de Ji-Paraná. O lançamento ocorreu concomitante à inauguração do abrigo Adélia Francisca Santana, que estava repleto de servidores, psicólogos, magistrados, autoridades e a sociedade em geral, todos receberam muito bem o projeto.
O ‘Apadrinhando uma História’ tem o objetivo de sensibilizar e captar pessoas com interesse e disponibilidade de tornarem-se “padrinhos e madrinhas” de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, cujos vínculos com as famílias de origem encontram-se total ou parcialmente rompidos e que estejam numa faixa etária avançada, doenças crônicas, deficiências físicas e mentais, soropositivas, etc., características que reduzem as possibilidades de inserção em família substituta.
Para Dalmo Antônio de Castro Bezerra, juiz da Infância e da Juventude da Comarca de Porto Velho e grande incentivador do ‘Apadrinhando’, é muito importante ver um projeto que nasceu pequeno e hoje está tomando uma abertura maior, com contribuição para o pleno desenvolvimento na vida de crianças e adolescentes de todos os abrigos.
“Elas não cometeram crimes, mas estão ali por serem vítimas de uma vulnerabilidade tão grande que é preferível à intervenção do Estado em retirá-las do lar para colocá-las em uma unidade de acolhimento, onde não estejam sujeitas à prostituição, à violência sexual ou, ainda, outros vários tipos de violações que essas crianças podem sofrer”, comentou Bezerra.
Na sua experiência no Juizado, se depara com casos inacreditáveis, que demonstram a que ponto o ser humano pode chegar.
“Temos 36 mil pessoas cadastradas para adotar e temos cerca de 6 mil crianças que estão aptas a serem adotadas, mas os pretendentes dão preferência para crianças com perfil de idade, cor e que não tenham nenhuma vulnerabilidade. Isso prejudica a adoção, pois estas crianças e adolescentes que estão nos abrigos 90% possuem alguma vulnerabilidade”, finalizou Dalmo.
Áureo Virgílio, juiz auxiliar da corregedoria, representou o corregedor-geral do TJRO, desembargador Hiram Marques. Ele agradeceu ao município por ter aceitado ser mais um parceiro do ‘Apadrinhando uma História’. “O projeto abre duas portas: a de quem quer ajudar e de outro lado de quem precisa de ajuda”, disse. (AI)
Abrigo para acolher era luta
Em Ji-Paraná desde 2003, a juíza Ana Valéria, falou da luta para fiscalizar uma instituição, o abrigo ou a casa acolhedora. “A inauguração do novo abrigo Adélia é uma vitória para o município e não poderia ter o melhor momento para lançar o projeto ‘Apadrinhando uma História’, que foi criado para ajudar as crianças e os adolescentes das instituições, para que elas possam ter um suporte, seja psicológico, afetivo ou financeiro”.
A magistrada destacou que a modalidade afetiva é muito importante, pois na instituição não há o atendimento individual. “O contato com o padrinho vai ensinar e mostrar para a criança que ela é uma pessoa diferente e que cada uma tem suas peculiaridades”, afirmou.
Original disponível em: http://www.diariodaamazonia.com.br/cerca-de-6-mil-criancas-estao-aptas-para-serem-adotadas/
Reproduzido por: Lucas H.
Querer cuidar, ajudar de alguma forma, dar amor às crianças e adolescentes que estão em unidades de acolhimento são premissas do Projeto ‘Apadrinhando uma História’, lançado neste mês de dezembro, na Comarca de Ji-Paraná. O lançamento ocorreu concomitante à inauguração do abrigo Adélia Francisca Santana, que estava repleto de servidores, psicólogos, magistrados, autoridades e a sociedade em geral, todos receberam muito bem o projeto.
O ‘Apadrinhando uma História’ tem o objetivo de sensibilizar e captar pessoas com interesse e disponibilidade de tornarem-se “padrinhos e madrinhas” de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, cujos vínculos com as famílias de origem encontram-se total ou parcialmente rompidos e que estejam numa faixa etária avançada, doenças crônicas, deficiências físicas e mentais, soropositivas, etc., características que reduzem as possibilidades de inserção em família substituta.
Para Dalmo Antônio de Castro Bezerra, juiz da Infância e da Juventude da Comarca de Porto Velho e grande incentivador do ‘Apadrinhando’, é muito importante ver um projeto que nasceu pequeno e hoje está tomando uma abertura maior, com contribuição para o pleno desenvolvimento na vida de crianças e adolescentes de todos os abrigos.
“Elas não cometeram crimes, mas estão ali por serem vítimas de uma vulnerabilidade tão grande que é preferível à intervenção do Estado em retirá-las do lar para colocá-las em uma unidade de acolhimento, onde não estejam sujeitas à prostituição, à violência sexual ou, ainda, outros vários tipos de violações que essas crianças podem sofrer”, comentou Bezerra.
Na sua experiência no Juizado, se depara com casos inacreditáveis, que demonstram a que ponto o ser humano pode chegar.
“Temos 36 mil pessoas cadastradas para adotar e temos cerca de 6 mil crianças que estão aptas a serem adotadas, mas os pretendentes dão preferência para crianças com perfil de idade, cor e que não tenham nenhuma vulnerabilidade. Isso prejudica a adoção, pois estas crianças e adolescentes que estão nos abrigos 90% possuem alguma vulnerabilidade”, finalizou Dalmo.
Áureo Virgílio, juiz auxiliar da corregedoria, representou o corregedor-geral do TJRO, desembargador Hiram Marques. Ele agradeceu ao município por ter aceitado ser mais um parceiro do ‘Apadrinhando uma História’. “O projeto abre duas portas: a de quem quer ajudar e de outro lado de quem precisa de ajuda”, disse. (AI)
Abrigo para acolher era luta
Em Ji-Paraná desde 2003, a juíza Ana Valéria, falou da luta para fiscalizar uma instituição, o abrigo ou a casa acolhedora. “A inauguração do novo abrigo Adélia é uma vitória para o município e não poderia ter o melhor momento para lançar o projeto ‘Apadrinhando uma História’, que foi criado para ajudar as crianças e os adolescentes das instituições, para que elas possam ter um suporte, seja psicológico, afetivo ou financeiro”.
A magistrada destacou que a modalidade afetiva é muito importante, pois na instituição não há o atendimento individual. “O contato com o padrinho vai ensinar e mostrar para a criança que ela é uma pessoa diferente e que cada uma tem suas peculiaridades”, afirmou.
Original disponível em: http://www.diariodaamazonia.com.br/cerca-de-6-mil-criancas-estao-aptas-para-serem-adotadas/
Reproduzido por: Lucas H.
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