28 DE JANEIRO DE 2017
Muitos casais esperam seis, sete anos, ou mais, para conseguir adotar uma criança. Não foi o caso de Daniel e Sílvia Mira, ele com 39 anos, ela com 42. Iniciaram o processo há cinco anos e ao fim de um ano já tinham o primeiro filho em casa, um rapaz com oito anos (hoje tem 13). Esperaram, para dar
tempo ao primeiro de se adaptar, e há um ano e meio acolheram outro filho, este com 11 anos.
"Sabíamos que, por estarmos a escolher crianças mais velhas, o processo seria mais rápido, o que é um benefício acrescido", conta Daniel. "Não há quase candidatos para adotar miúdos a partir dos sete anos", explica o gestor de Recursos Humanos, que aproveitou os estudos de Psicologia, área do seu Mestrado, para recolher muita informação sobre os "mitos da adoção".
Daniel e Sílvia foram diferentes também no motivo que os levou a adotar. "Primeiro quisémos aproveitar a vida a dois. Quando surgiu o desejo de ter família, considerámos logo a adoção porque nenhum de nós tinha grande vontade de ter um filho biológico". O casal participa hoje no 3ºEncontro Nacional de Famílias Adotivas e Candidatos à Adoção, em Santa Maria da Feira, onde irá falar sobre "A adoção de crianças mais crescidas".
Mas não é a idade o único fator que ajuda a acelerar o processo. Quanto mais os candidatos alargarem os parâmetros de escolha quanto a sexo, raça, idade, doenças, religião, menos tempo demora a adoção. "A grande maioria dos processos que dá entrada é com preferência de bebés e meninas, porque há o mito de que as meninas dão menos trabalho", explica Daniel Mira.
Em 880 crianças, 309 foram adotadas
Em 2015, o projeto de vida "adoção" foi definido para 882 crianças, 10,3% do total de menores em acolhimento ou institucionalizados, segundo o Relatório Casa, da Segurança Social. Dessas, só 309 foram adotadas, confirmou ao DN fonte do Instituto de Segurança Social. "Das 882 crianças com projeto de vida adoção, apenas uma parte ficou juridicamente disponível para ser adotada, ou seja, com situação de adotabilidade definida. Nem para todas foi possível encontrar a família mais adequada, de entre os candidatos a aguardar proposta, logo nem todas viram a sua adoção decretada. Assim, e em 2015, de entre todas as crianças que aguardavam adoção, 309 foram adotadas", frisou.
Em média têm existido nos últimos anos 800 crianças disponíveis para serem adotadas e dois mil candidatos em lista de espera, como referiu Cristina Silva, vice-presidente da direção da Associação Bem Me Queres (ver entrevista).
Em sintonia com a experiência do casal Daniel e Sílvia Mira, Ana Kotowicz, 41 anos, jornalista, e o marido, Paulo, decidiram tardiamente pela adoção. No caso deles porque havia incompatibilidade genética, comprovada só depois de experimentarem a inseminação artifical. Quando foram para a doção, optaram também por ser abrangentes nos critérios. Não colocaram obstáculos quanto ao sexo, raça ou etnia. Na idade, indicaram crianças até cinco ou seis anos. "O tempo de espera tem a ver com o perfil da criança que se escolhe", afirma Ana. A sua experiência assim o demonstra: esperou dois anos apenas (de dezembro de 2014 até dezembro de 2016).
Esta semana, Ana Kotowicz e o marido começaram o processo de integração: foram conhecer as suas duas filhas, irmãs de quatro e cinco anos. "Nesta fase, que nunca dura menos de cinco dias, nós é que vamos visitar as crianças na instituição onde estão. Fizémos um plano de 15 dias para ser com calma".
"Porque saem os outros e eu não?"
Jorge Vide, 26 anos, estudante do curso de Serviço Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa, e que integra o secretariado da direção da Bem Me Queres, vai falar no encontro da sua experiência como filho adotivo. Jorge, deficiente visual, só foi adotado aos nove anos. "No centro de acolhimento de Santa Maria da Feira, onde eu estava, lembro-me de perguntar tantas vezes: "Porque saem os outros e eu não?". A sua compensação por esses anos de angústia foi que os seus pais adotivos esperaram apenas seis meses para o ter em casa depois de terem iniciado o processo. "Eles já tinham dois filhos e 50 anos de idade quando me conheceram, por mero acaso.
Gostaram de mim, e então, quando foram preencher os papéis para a adoção, selecionaram crianças deficientes e mais velhas", contou.
Foi um acaso feliz que levou Jorge para o lar equilibrado e estável de um casal de engenheiros de Aveiro. "Eles foram ao seminário ao lado do centro de acolhimento onde eu estava, em Santa Maria da Feira, para recolherem informações sobre um grupo de teatro para a filha. A irmã Gabriela, do centro, acabou por lhes apresentar ali mesmo o "Jorginho", como me tratava, porque viu que eles eram boas pessoas e tinham perfil para serem meus pais".
Natural de Águeda, Jorge Vide foi retirado aos pais pelo tribunal, ainda bebé, por "negligência e maus tratos", como referia o relatório dos técnicos de Segurança Social. "É importante dizer que nem todas as crianças que estão nos centros de acolhimento, com medidas de promoção e proteção, estão disponíveis para adoção. Eu só fiquei disponível para adoção aos nove anos. Até lá, corria o processo de retirada aos meus pais em tribunal e o Estado procurava soluções dentro da família biológica".
Jorge foi entregue aos avós quando tinha quatro anos. "Passados apenas três meses, tive de voltar para o Centro de Acolhimento Temporário porque não correu bem com os meus avós". Um sistema que, na sua opinião, devia ser alterado. "Permite-se que a família biológica possa apresentar recursos atrás de recursos mesmo quando maltrataram. E entretanto, as crianças passam anos em centros de acolhimento à espera de decisão judicial e sem serem libertadas para adoção".
Nada é simples quando se trata de decisões sobre vidas humanas. Com 24 anos, Jorge foi conhecer os pais biológicos e os seus cinco irmãos, com os quais deixou de ter qualquer vínculo legal. Depois do primeiro embate, das lágrimas dos pais que lhe deram vida, o jovem ficou sem certezas. Naquele dia perspetivou a sua vida. "Eles vivem num ambiente de grande pobreza. Se eu não lhes tivesse sido retirado, não teria a vida que tenho hoje".
"Não tenham medo, avancem!"
Ana Kotowicz, que está a conhecer as suas duas meninas, vive deslumbrada cada segundo. "Foi muito bom, melhor do que algum dia esperaríamos". A jornalista encontra-se em licença de maternidade, tal como se tivesse tido um filho seu. "Estamos a ter acompanhamento da Santa Casa e as crianças também", conta Ana.
Também Daniel e Sílvia Mira estão encantados com os seus dois filhos, ambos a entrarem na pré-adolescência. "O ponto positivo de adotar crianças mais crescidas é que estas já têm mais consciência do que aconteceu e têm, por isso, um desejo muito grande de ter uma família", diz Sílvia. Daniel acrescenta: "O mais difícil é que recebemos uma criança com nove anos de vida e nós, como pais adotivos, sentimo-nos maçaricos no primeiro dia."
Passado o primeiro embate, Daniel e Sílvia estipularam regras, zangaram-se com eles (e vic e-versa) e aprenderam a ser pais. Aliás, os dois filhos do casal trataram-nos logo por "pai" e "mãe" desde o primeiro dia.
Sílvia deixa uma mensagem de esperança: "Não tenham medo, avancem, eles estão à nossa espera".
"Não é a lei que vai reduzir a espera" - Entrevista a Catarina Silva (Vice-pres. da Bem Me Queres)
A nova lei da adoção foi aprovada há um ano e definiu como objetivo que uma família possa adotar uma criança no prazo de um ano. Parece-lhe razoável esse prazo?
Bem, ainda não temos tempo suficiente de aplicação do novo regime de adoção para perceber o seu impacto. Mas não é a lei que vai reduzir o tempo de espera. Esse tempo depende da candidatura, das capacidades dos candidatos, que são avaliados, e do perfil da criança que selecionam, a nível de idade, sexo, raça e outros fatores. O que devia ser encurtado é o tempo que uma criança está numa instituição à espera que o tribunal decida o seu destino.
A associação Bem Me Queres apoia famílias candidatas à adoção?
Sim. Somos a única IPSS (instituição particular de solidariedade social) que providencia todos os serviços aos candidatos, desde advogado, psicólogo, tradutor e que faz o acompanhamento da família durante dois anos. É feito um contrato de mediação com os candidatos.
Têm também apoiado casais que recorrem à adoção internacional?
Só estamos a trabalhar com a Bulgária, porque foi o país que deu resposta mais rapidamente e com o qual se estabeleceram parcerias. Tratamos de todo o processo. Já conseguimos trazer três crianças da Bulgária para famílias portuguesas, a mais velha tinha três anos e as outras eram mais novas. Não há apoio financeiro por parte do Estado português nestes casos. Os processos custam alguns milhares de euros. Mas não fica mais caro do que o tratamento de fertilidade.
Em Portugal ainda há demasiados candidatos para poucas crianças adotáveis?
Temos dois mil candidatos inscritos na Segurança Social para que lhes seja proposta uma criança. E, em média, por ano só há 400 crianças em situação de ser adotadas. Se apenas duas ou três crianças corresponderem ao perfil que um casal escolheu, essas vão ser entregues aos candidatos no topo da lista.Temos poucas crianças e muitos candidatos.
Original disponível em: http://www.dn.pt/sociedade/interior/o-tempo-de-espera-para-adocao-so-tem-a-ver-com-o-perfil-que-se-escolhe-5632899.html
Reproduzido por: Lucas H.
São dois mil adultos candidatos a pais adotivos, por ano, e uma média de 800 crianças disponíveis para serem recebidas noutra família que não aquela onde nasceram. Quem conhece esta realidade, como a Associação Bem Me Queres, recomenda aos interessados que alarguem os critérios para lá dos bebés até aos 2 anos. Daniel e Sílvia, Ana e Paulo, e Jorge, contam as suas experiências. Hoje arranca o terceiro Encontro Nacional de Famílias Adotivas e Candidatos à Adoção
tempo ao primeiro de se adaptar, e há um ano e meio acolheram outro filho, este com 11 anos.
"Sabíamos que, por estarmos a escolher crianças mais velhas, o processo seria mais rápido, o que é um benefício acrescido", conta Daniel. "Não há quase candidatos para adotar miúdos a partir dos sete anos", explica o gestor de Recursos Humanos, que aproveitou os estudos de Psicologia, área do seu Mestrado, para recolher muita informação sobre os "mitos da adoção".
Daniel e Sílvia foram diferentes também no motivo que os levou a adotar. "Primeiro quisémos aproveitar a vida a dois. Quando surgiu o desejo de ter família, considerámos logo a adoção porque nenhum de nós tinha grande vontade de ter um filho biológico". O casal participa hoje no 3ºEncontro Nacional de Famílias Adotivas e Candidatos à Adoção, em Santa Maria da Feira, onde irá falar sobre "A adoção de crianças mais crescidas".
Mas não é a idade o único fator que ajuda a acelerar o processo. Quanto mais os candidatos alargarem os parâmetros de escolha quanto a sexo, raça, idade, doenças, religião, menos tempo demora a adoção. "A grande maioria dos processos que dá entrada é com preferência de bebés e meninas, porque há o mito de que as meninas dão menos trabalho", explica Daniel Mira.
Em 880 crianças, 309 foram adotadas
Em 2015, o projeto de vida "adoção" foi definido para 882 crianças, 10,3% do total de menores em acolhimento ou institucionalizados, segundo o Relatório Casa, da Segurança Social. Dessas, só 309 foram adotadas, confirmou ao DN fonte do Instituto de Segurança Social. "Das 882 crianças com projeto de vida adoção, apenas uma parte ficou juridicamente disponível para ser adotada, ou seja, com situação de adotabilidade definida. Nem para todas foi possível encontrar a família mais adequada, de entre os candidatos a aguardar proposta, logo nem todas viram a sua adoção decretada. Assim, e em 2015, de entre todas as crianças que aguardavam adoção, 309 foram adotadas", frisou.
Em média têm existido nos últimos anos 800 crianças disponíveis para serem adotadas e dois mil candidatos em lista de espera, como referiu Cristina Silva, vice-presidente da direção da Associação Bem Me Queres (ver entrevista).
Em sintonia com a experiência do casal Daniel e Sílvia Mira, Ana Kotowicz, 41 anos, jornalista, e o marido, Paulo, decidiram tardiamente pela adoção. No caso deles porque havia incompatibilidade genética, comprovada só depois de experimentarem a inseminação artifical. Quando foram para a doção, optaram também por ser abrangentes nos critérios. Não colocaram obstáculos quanto ao sexo, raça ou etnia. Na idade, indicaram crianças até cinco ou seis anos. "O tempo de espera tem a ver com o perfil da criança que se escolhe", afirma Ana. A sua experiência assim o demonstra: esperou dois anos apenas (de dezembro de 2014 até dezembro de 2016).
Esta semana, Ana Kotowicz e o marido começaram o processo de integração: foram conhecer as suas duas filhas, irmãs de quatro e cinco anos. "Nesta fase, que nunca dura menos de cinco dias, nós é que vamos visitar as crianças na instituição onde estão. Fizémos um plano de 15 dias para ser com calma".
"Porque saem os outros e eu não?"
Jorge Vide, 26 anos, estudante do curso de Serviço Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em Lisboa, e que integra o secretariado da direção da Bem Me Queres, vai falar no encontro da sua experiência como filho adotivo. Jorge, deficiente visual, só foi adotado aos nove anos. "No centro de acolhimento de Santa Maria da Feira, onde eu estava, lembro-me de perguntar tantas vezes: "Porque saem os outros e eu não?". A sua compensação por esses anos de angústia foi que os seus pais adotivos esperaram apenas seis meses para o ter em casa depois de terem iniciado o processo. "Eles já tinham dois filhos e 50 anos de idade quando me conheceram, por mero acaso.
Gostaram de mim, e então, quando foram preencher os papéis para a adoção, selecionaram crianças deficientes e mais velhas", contou.
Foi um acaso feliz que levou Jorge para o lar equilibrado e estável de um casal de engenheiros de Aveiro. "Eles foram ao seminário ao lado do centro de acolhimento onde eu estava, em Santa Maria da Feira, para recolherem informações sobre um grupo de teatro para a filha. A irmã Gabriela, do centro, acabou por lhes apresentar ali mesmo o "Jorginho", como me tratava, porque viu que eles eram boas pessoas e tinham perfil para serem meus pais".
Natural de Águeda, Jorge Vide foi retirado aos pais pelo tribunal, ainda bebé, por "negligência e maus tratos", como referia o relatório dos técnicos de Segurança Social. "É importante dizer que nem todas as crianças que estão nos centros de acolhimento, com medidas de promoção e proteção, estão disponíveis para adoção. Eu só fiquei disponível para adoção aos nove anos. Até lá, corria o processo de retirada aos meus pais em tribunal e o Estado procurava soluções dentro da família biológica".
Jorge foi entregue aos avós quando tinha quatro anos. "Passados apenas três meses, tive de voltar para o Centro de Acolhimento Temporário porque não correu bem com os meus avós". Um sistema que, na sua opinião, devia ser alterado. "Permite-se que a família biológica possa apresentar recursos atrás de recursos mesmo quando maltrataram. E entretanto, as crianças passam anos em centros de acolhimento à espera de decisão judicial e sem serem libertadas para adoção".
Nada é simples quando se trata de decisões sobre vidas humanas. Com 24 anos, Jorge foi conhecer os pais biológicos e os seus cinco irmãos, com os quais deixou de ter qualquer vínculo legal. Depois do primeiro embate, das lágrimas dos pais que lhe deram vida, o jovem ficou sem certezas. Naquele dia perspetivou a sua vida. "Eles vivem num ambiente de grande pobreza. Se eu não lhes tivesse sido retirado, não teria a vida que tenho hoje".
"Não tenham medo, avancem!"
Ana Kotowicz, que está a conhecer as suas duas meninas, vive deslumbrada cada segundo. "Foi muito bom, melhor do que algum dia esperaríamos". A jornalista encontra-se em licença de maternidade, tal como se tivesse tido um filho seu. "Estamos a ter acompanhamento da Santa Casa e as crianças também", conta Ana.
Também Daniel e Sílvia Mira estão encantados com os seus dois filhos, ambos a entrarem na pré-adolescência. "O ponto positivo de adotar crianças mais crescidas é que estas já têm mais consciência do que aconteceu e têm, por isso, um desejo muito grande de ter uma família", diz Sílvia. Daniel acrescenta: "O mais difícil é que recebemos uma criança com nove anos de vida e nós, como pais adotivos, sentimo-nos maçaricos no primeiro dia."
Passado o primeiro embate, Daniel e Sílvia estipularam regras, zangaram-se com eles (e vic e-versa) e aprenderam a ser pais. Aliás, os dois filhos do casal trataram-nos logo por "pai" e "mãe" desde o primeiro dia.
Sílvia deixa uma mensagem de esperança: "Não tenham medo, avancem, eles estão à nossa espera".
"Não é a lei que vai reduzir a espera" - Entrevista a Catarina Silva (Vice-pres. da Bem Me Queres)
A nova lei da adoção foi aprovada há um ano e definiu como objetivo que uma família possa adotar uma criança no prazo de um ano. Parece-lhe razoável esse prazo?
Bem, ainda não temos tempo suficiente de aplicação do novo regime de adoção para perceber o seu impacto. Mas não é a lei que vai reduzir o tempo de espera. Esse tempo depende da candidatura, das capacidades dos candidatos, que são avaliados, e do perfil da criança que selecionam, a nível de idade, sexo, raça e outros fatores. O que devia ser encurtado é o tempo que uma criança está numa instituição à espera que o tribunal decida o seu destino.
A associação Bem Me Queres apoia famílias candidatas à adoção?
Sim. Somos a única IPSS (instituição particular de solidariedade social) que providencia todos os serviços aos candidatos, desde advogado, psicólogo, tradutor e que faz o acompanhamento da família durante dois anos. É feito um contrato de mediação com os candidatos.
Têm também apoiado casais que recorrem à adoção internacional?
Só estamos a trabalhar com a Bulgária, porque foi o país que deu resposta mais rapidamente e com o qual se estabeleceram parcerias. Tratamos de todo o processo. Já conseguimos trazer três crianças da Bulgária para famílias portuguesas, a mais velha tinha três anos e as outras eram mais novas. Não há apoio financeiro por parte do Estado português nestes casos. Os processos custam alguns milhares de euros. Mas não fica mais caro do que o tratamento de fertilidade.
Em Portugal ainda há demasiados candidatos para poucas crianças adotáveis?
Temos dois mil candidatos inscritos na Segurança Social para que lhes seja proposta uma criança. E, em média, por ano só há 400 crianças em situação de ser adotadas. Se apenas duas ou três crianças corresponderem ao perfil que um casal escolheu, essas vão ser entregues aos candidatos no topo da lista.Temos poucas crianças e muitos candidatos.
Original disponível em: http://www.dn.pt/sociedade/interior/o-tempo-de-espera-para-adocao-so-tem-a-ver-com-o-perfil-que-se-escolhe-5632899.html
Reproduzido por: Lucas H.
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