jan 16, 2017
Este questionamento é mais comum do que parece, pois quando se fala em adoção logo pensamos em um casal. Conversamos com o Dalthon, a Veridiana e a Ana Paula que estão no processo de adoção, são solteiros e compartilharam conosco suas experiências.
Solteiros também podem adotar?
“Não há necessidade de ser casado ou rico para adotar um criança. Preciso garantir o bem estar deste filho e isso é avaliado pelo setor técnico da Vara da Infância.”, diz Dalthon, pai do Diogo.
Já a Veridiana, afirmou que não teve problemas para dar entrada no processo.
O que te motivou a entrar na adoção?
A motivação foi apenas uma: ser mãe ou ser pai
“O sonho de ter uma família e principalmente o desejo muito grande em ser mãe.”, comenta a Ana Paula.
“Sempre quis ser mãe, era um sonho antigo mas nunca tive um relacionamento que durasse muito tempo. Não sou casada e a gravidez acabou não acontecendo na minha vida.”, diz Veridiana
“Sempre quis ser pai, minha família é grande, são 9 irmãos e a maioria casado e com filhos. A opção em adotar, foi por eu ser gay e não querer ter vínculo com a mãe da criança. A princípio eu ia adotar com meu companheiro, entramos juntos no processo, porém o relacionamento acabou e eu decidi seguir em frente sozinho, pois a vontade de ser pai é maior.”, diz Dalthon
Com foi o processo de adoção?
A Ana Paula, disse que foi um processo tranquilo:
– dei entrada em toda documentação em 29 de Janeiro, no dia 14 de Julho do ano seguinte estava sendo inserida no cadastro único de adoção.
A Veridiana deu entrada no processo com toda a documentação solicitada pelo fórum, incluindo as fotos da casa e da família.
– fui muito bem recebida por todos no fórum e não tive nenhum problema
O Dalthon entrou no processo em 2010, porém teve uma série de imprevistos, mudou três vezes de casa e nesta situação a cada mudança de casa eram adcionados mais seis meses de espera:
– não tive a casa que morava aprovada, por ter um quarto apenas, mudei para um apartamento com dois quartos e por fim em setembro de 2016 fui habilitado.
Como foi a recepção por amigos e familiares?
Ana Paula, disse que o apoio é muito grande, principalmente do pai que é o que mais torce e deseja essa criança.
“Sempre tive o apoio de todos os amigos e familiares, eles sabem que é um grande sonho e apoiam muito!”, diz Veridiana.
“A recepção foi ótima, os familiares e amigos, todos apoiaram, apenas mostraram preocupação com o fato de estar sozinho.”, diz Dalthon
Sofreu algum preconceito por adotar sendo solteiro?
Este ponto é sempre delicado, mas o Dalthon afirmou que não sofreu preconceitos por ser solteiro.
No caso da Veridiana e da Ana Paula, o preconceito infelizmente deu as caras.
“Não exatamente por ser solteira, mas existem pessoas que acham que a adoção é só para fazer graça. Chegaram a me perguntar como eu queria adotar uma criança se não sei cozinhar, como se isso fosse uma condição para ser boa mãe. Só posso ter muita pena dessas pessoas que não entendem o que é dar amor a alguém independente de ter saído de dentro de você”, comenta Veridiana.
Quando a Ana Paula mencionou para alguns amigos que iria entrar com o processo de adoção, houve um certo preconceito de algumas pessoas. Eles acreditam que se a criança não tem seu sangue é sinônimo de dor de cabeça.
Como você vai fazer para conciliar a vida profissional e de pai/mãe solteiro(a)?
A resposta foi pratricamente a mesma entre todos os entrevistados:
– Matricular o filho em escola período integral quando possível e atividades extra curriculares. Da mesma forma como milhares de casais que precisam fazem diariamente. Além de contar com a ajuda de amigos e familiares para as emergências.
Qual a dica mais importante para as pessoas que também querem entrar na adoção sem um companheiro ou companheira?
“Acho que a dica principal é realmente querer ser pai e ter um amor incondicional, só assim consegue enfrentar os desafios de ser pai solteiro. Até agora, está valendo muito a pena, pois meu filho Diogo só tem me trazido alegrias.” – Dalthon
“Siga seu sonho! As coisas acontecem como tem que ser e tudo é muito possível quando a vontade é verdadeira. Também queria dizer que não é fácil estar sozinha no momento do curso, ver os casais discutindo o perfil da criança não foi tão fácil. Em alguns momentos senti falta de alguém para compartilhar meus sentimentos e me ajudar nas decisões, mas tenho uma família que me apoia muito e que me ajuda bastante.” – Veridiana
“Para quem deseja ser pai ou mãe solteira, tem que ter em mente que a sua vida irá mudar completamente. A chegada de um filho faz você repensar inúmeras coisas a abrir mão de muitas outras, então, esteja preparado(a) para a mudança que irá acontecer. Queira isso, mas queira de verdade, não pense que isso é um favor à uma criança que precisa de ajuda, o passo da adoção é idêntico ao passo que você dá quando pretende engravidar, é uma decisão sem volta, e que deve ser abraçada com muito amor” – Ana Paula
Original disponível em: http://www.adocaobrasil.com.br/solteiros-tambem-podem-adotar/
Reproduzido por: Lucas H.
Este questionamento é mais comum do que parece, pois quando se fala em adoção logo pensamos em um casal. Conversamos com o Dalthon, a Veridiana e a Ana Paula que estão no processo de adoção, são solteiros e compartilharam conosco suas experiências.
Solteiros também podem adotar?
“Não há necessidade de ser casado ou rico para adotar um criança. Preciso garantir o bem estar deste filho e isso é avaliado pelo setor técnico da Vara da Infância.”, diz Dalthon, pai do Diogo.
Já a Veridiana, afirmou que não teve problemas para dar entrada no processo.
O que te motivou a entrar na adoção?
A motivação foi apenas uma: ser mãe ou ser pai
“O sonho de ter uma família e principalmente o desejo muito grande em ser mãe.”, comenta a Ana Paula.
“Sempre quis ser mãe, era um sonho antigo mas nunca tive um relacionamento que durasse muito tempo. Não sou casada e a gravidez acabou não acontecendo na minha vida.”, diz Veridiana
“Sempre quis ser pai, minha família é grande, são 9 irmãos e a maioria casado e com filhos. A opção em adotar, foi por eu ser gay e não querer ter vínculo com a mãe da criança. A princípio eu ia adotar com meu companheiro, entramos juntos no processo, porém o relacionamento acabou e eu decidi seguir em frente sozinho, pois a vontade de ser pai é maior.”, diz Dalthon
Com foi o processo de adoção?
A Ana Paula, disse que foi um processo tranquilo:
– dei entrada em toda documentação em 29 de Janeiro, no dia 14 de Julho do ano seguinte estava sendo inserida no cadastro único de adoção.
A Veridiana deu entrada no processo com toda a documentação solicitada pelo fórum, incluindo as fotos da casa e da família.
– fui muito bem recebida por todos no fórum e não tive nenhum problema
O Dalthon entrou no processo em 2010, porém teve uma série de imprevistos, mudou três vezes de casa e nesta situação a cada mudança de casa eram adcionados mais seis meses de espera:
– não tive a casa que morava aprovada, por ter um quarto apenas, mudei para um apartamento com dois quartos e por fim em setembro de 2016 fui habilitado.
Como foi a recepção por amigos e familiares?
Ana Paula, disse que o apoio é muito grande, principalmente do pai que é o que mais torce e deseja essa criança.
“Sempre tive o apoio de todos os amigos e familiares, eles sabem que é um grande sonho e apoiam muito!”, diz Veridiana.
“A recepção foi ótima, os familiares e amigos, todos apoiaram, apenas mostraram preocupação com o fato de estar sozinho.”, diz Dalthon
Sofreu algum preconceito por adotar sendo solteiro?
Este ponto é sempre delicado, mas o Dalthon afirmou que não sofreu preconceitos por ser solteiro.
No caso da Veridiana e da Ana Paula, o preconceito infelizmente deu as caras.
“Não exatamente por ser solteira, mas existem pessoas que acham que a adoção é só para fazer graça. Chegaram a me perguntar como eu queria adotar uma criança se não sei cozinhar, como se isso fosse uma condição para ser boa mãe. Só posso ter muita pena dessas pessoas que não entendem o que é dar amor a alguém independente de ter saído de dentro de você”, comenta Veridiana.
Quando a Ana Paula mencionou para alguns amigos que iria entrar com o processo de adoção, houve um certo preconceito de algumas pessoas. Eles acreditam que se a criança não tem seu sangue é sinônimo de dor de cabeça.
Como você vai fazer para conciliar a vida profissional e de pai/mãe solteiro(a)?
A resposta foi pratricamente a mesma entre todos os entrevistados:
– Matricular o filho em escola período integral quando possível e atividades extra curriculares. Da mesma forma como milhares de casais que precisam fazem diariamente. Além de contar com a ajuda de amigos e familiares para as emergências.
Qual a dica mais importante para as pessoas que também querem entrar na adoção sem um companheiro ou companheira?
“Acho que a dica principal é realmente querer ser pai e ter um amor incondicional, só assim consegue enfrentar os desafios de ser pai solteiro. Até agora, está valendo muito a pena, pois meu filho Diogo só tem me trazido alegrias.” – Dalthon
“Siga seu sonho! As coisas acontecem como tem que ser e tudo é muito possível quando a vontade é verdadeira. Também queria dizer que não é fácil estar sozinha no momento do curso, ver os casais discutindo o perfil da criança não foi tão fácil. Em alguns momentos senti falta de alguém para compartilhar meus sentimentos e me ajudar nas decisões, mas tenho uma família que me apoia muito e que me ajuda bastante.” – Veridiana
“Para quem deseja ser pai ou mãe solteira, tem que ter em mente que a sua vida irá mudar completamente. A chegada de um filho faz você repensar inúmeras coisas a abrir mão de muitas outras, então, esteja preparado(a) para a mudança que irá acontecer. Queira isso, mas queira de verdade, não pense que isso é um favor à uma criança que precisa de ajuda, o passo da adoção é idêntico ao passo que você dá quando pretende engravidar, é uma decisão sem volta, e que deve ser abraçada com muito amor” – Ana Paula
Original disponível em: http://www.adocaobrasil.com.br/solteiros-tambem-podem-adotar/
Reproduzido por: Lucas H.
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