28/12/2016
Viviane Bevilacqua
Priscilla Aitelli, 38 anos, sonha ser mãe desde a infância. Mas, como muitas mulheres contemporâneas, primeiro dedicou-se à carreira e buscou a estabilidade financeira, para depois pensar em ter filhos. Formou-se em biologia, fez duas pós-graduações, casou, se separou. Depois disso, começou a namorar novamente. Silvio Faustino, 44 anos, logo lhe disse que tinha muita vontade de ter filhos. Era o empurrãozinho que faltava.
Durante alguns anos tentaram a gravidez natural, depois a reprodução assistida. Neste meio tempo, começaram a pensar na gestação do coração: a adoção. Passaram por todas as etapas do processo, até serem incluídos no Cadastro Nacional da Adoção, em 2014.
— A partir daí começamos a aguardar ansiosamente por nossos filhos (podia ser mais de um) — conta Priscilla.
Em dezembro de 2015, souberam da possibilidade de adotar um menino de 11 anos. No dia 11 de março de 2016, finalmente o chamado para que fossem até a casa-lar onde o menino vivia junto com a irmãzinha biológica de apenas três meses de vida.
— Quando estacionamos o carro vi de longe um menino magrelo todo arrumadinho, era ele! — relembra.
Sete meses de espera
Depois de quatro dias de intensa convivência com Marcos e Érica*, Priscilla e Silvio retornaram para casa, em Palhoça, com o filho. A felicidade, porém, não estava completa, pois Érica precisou ficar. O casal queria adotá-la também, mas naquele momento não era possível, já que o processo de destituição familiar ainda não havia sido julgado.
Foram sete meses de espera e muita angústia até o dia 30 de setembro, quando Érica, enfim, estava apta à adoção. A família, então, ficou completa.
— O ano de 2016 foi maravilhoso, pois o sonho familiar se concretizou. Não só meu e do Silvio, mas da nossa família toda, que esperava com ansiedade a chegada das crianças.
O Natal em família, com os filhos, foi exatamente como Priscilla e Silvio sempre sonharam. Até o pai dela, que há muito tempo não se vestia de Papai Noel, tirou a poeira da roupa, fez uma barba nova e fez a alegria das crianças, como fazia antigamente com os filhos.
— Reunimos todos aqui para agradecer esse ano em que a família se uniu mais do que nunca. Ano em que estivemos juntos para acolher nossos filhos, passar pelas dificuldades da adaptação também, mas acima de tudo, para amar incondicionalmente — resume a mãe, para quem 2016 foi o melhor de todos os anos da vida.
Quem quiser acompanhar as histórias da família, pode acessar o blog da Priscila.
(*) Os nomes das duas crianças são fictícios, a pedido da família
Original disponível em: http://osoldiario.clicrbs.com.br/sc/noticia/2016/12/apos-anos-de-espera-catarinense-adota-duas-criancas-e-tem-2016-marcado-como-o-ano-em-que-a-familia-ficou-completa-8951097.html
Reproduzido por: Lucas H.
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