segunda-feira, 19 de junho de 2017

“Adoção livre de preconceito tem que ser incentivada por todos” (Reprodução)

14/06/2017

Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informou que o Juízo da Vara Cível de Acrelândia havia acolhido o pedido de adoção de uma mulher de 18 anos, que passaria a ter o sobrenome dos requerentes, e dos avós paternos e maternos dos autores. Segundo a juíza substituta, Kamylla Acioli Lins e Silva, que atuou diretamente no caso, a adotanda, ainda aos seis anos, foi deixada por sua genitora com a avó materna (mãe da autora da ação) que veio a falecer, ficando a menor sobre os cuidados dos autores, tios dela, convivendo com eles até os dias de hoje.

“Os autores da adoção já tinham a guarda definitiva. No entanto, como os pais da adotanda vivem em local desconhecido há muitos anos, pleitearam a adoção para obterem todos os direitos a ela inerentes, tendo em vista a afetividade materna e paterna consolidada e sedimentada ao longo dos anos. Os autores tinham-na como filha e ela, por sua vez, como pais. Desta feita, o judiciário não tem como se furtar a garantir a essa relação todos os direitos a ela inerentes, entre outros, de família, responsabilidade civil, patrimonial, sucessório, e registro civil, com fulcro na dignidade da pessoa humana e na família, garantindo o livre planejamento à entidade familiar”, afirma.

Kamylla Acioli diz que o número de adolescentes em abrigos brasileiros se dá, dentre outros fatores, principalmente pela falta de estrutura familiar, devido às drogas, violência doméstica, falta de emprego e deficiência no ensino público. “A adoção no Acre não é diferente do resto do Brasil, é preciso e necessário muito estímulo, por parte do Estado e de toda a sociedade, para se incentivar o ato de adotar, sobretudo, no que tange à adoção de maiores, crianças e adolescentes especiais e negras. Contamos ainda, infelizmente, com muito preconceito e indiferença. Adoção como um gesto de amor, respeito e livre de preconceito tem que ser incentivada por todos”.

Original disponível em: http://www.ibdfam.org.br/noticias/6324#.WUKMSPKeuNI.facebook

Reproduzido por: Lucas H.

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