“O que realmente importa é que o mundo tenha fé e que as pessoas podem mudar pra melhor, basta acreditar”. Essa é a última frase de uma história tipicamente adolescente que Fernanda*, de 15 anos, fez questão de ler durante a entrevista e que lhe rendeu um certificado e uma medalha na escola. O livrinho premiado foi produzido com a ajuda de duas primas, que ganhou com sua nova família.
Conquistas como essa fizeram, aos poucos, Fernanda* ir superando a timidez e a saudade dos amigos do abrigo, onde morou com seus irmãos por um período de quatro anos. Ela ganhou um novo lar desde que, há quase um ano, teve a alegria de ser adotada pela professora Doralice*, junto com a irmã Sara*, de 9 anos. Mas não foi só isso. Além de poder continuar morando com Sara, dois irmãos de Fernanda foram adotados por um casal da mesma cidade, o que permitiu a facilidade da continuação do vínculo entre eles, também facilitado pelo fato de as duas famílias se conhecerem de longa data.
Conquistas como essa fizeram, aos poucos, Fernanda* ir superando a timidez e a saudade dos amigos do abrigo, onde morou com seus irmãos por um período de quatro anos. Ela ganhou um novo lar desde que, há quase um ano, teve a alegria de ser adotada pela professora Doralice*, junto com a irmã Sara*, de 9 anos. Mas não foi só isso. Além de poder continuar morando com Sara, dois irmãos de Fernanda foram adotados por um casal da mesma cidade, o que permitiu a facilidade da continuação do vínculo entre eles, também facilitado pelo fato de as duas famílias se conhecerem de longa data.
Quando a professora Doralice* entrou para a fila de adoção, tinha em mente ser mãe de apenas uma menina. Os 16 anos ensinando a crianças e adolescentes, além do cuidado com vários sobrinhos, fez com que ganhasse experiência no convívio com crianças mais velhas, o que determinou a escolha por uma adoção tardia.
Após receber a ligação da Vara Regional da Infância e Juventude de Afogados da Ingazeira*, a professora viajou quase 400 quilômetros até a casa de acolhimento, localizada no município de Serra Talhada*, para conhecer a futura filha. Ela só não esperava pela surpresa de, além de Fernanda*, a adolescente que se encaixava no perfil escolhido no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), também se encantar por Sara, uma menina linda e carinhosa do grupo de cinco irmãos que estava à espera de uma família.
Doralice*, que é viúva e não teve filhos biológicos, confessa que voltou para casa com uma enorme dúvida no coração: uma ou duas? E que orava todos os dias pedindo a Deus: “Se for para o bem dessas crianças, que venham as duas”. O contato com as meninas permaneceu nos dias seguintes por meio de telefone. Ela diz emocionada que, um dia caminhando pela praça, teve uma sensação boa e ouviu uma voz dizendo: “Fique com as duas”. Pronto, a decisão estava tomada. A professora afirma que, quando contou à família sobre adotar as duas meninas, o apoio foi imediato. “Sempre tomamos decisões em conjunto e meus irmãos me apoiaram desde o início.”
Na terceira ida à instituição de acolhimento, Doralice* já trouxe as meninas para casa. A família numerosa, a casa sempre movimentada, a vovó, as viagens ao Recife e as férias na praia facilitaram a adaptação a tantas mudanças repentinas. Durante a entrevista, Sara* pede que a mãe conte o que ela lhe diz todas as noites antes de dormir: “Eu te amo tanto, tanto, tanto...” e revela que desde as primeiras conversas já chamava Doralice de “mamãe”. Também fez questão de mostrar o álbum de fotografias dos passeios e momentos felizes que já coleciona em sua nova vida. “Já aprendi muitas coisas com a minha mãe e estou aprendendo muito mais”, comentou a menina.
Após receber a ligação da Vara Regional da Infância e Juventude de Afogados da Ingazeira*, a professora viajou quase 400 quilômetros até a casa de acolhimento, localizada no município de Serra Talhada*, para conhecer a futura filha. Ela só não esperava pela surpresa de, além de Fernanda*, a adolescente que se encaixava no perfil escolhido no Cadastro Nacional de Adoção (CNA), também se encantar por Sara, uma menina linda e carinhosa do grupo de cinco irmãos que estava à espera de uma família.
Doralice*, que é viúva e não teve filhos biológicos, confessa que voltou para casa com uma enorme dúvida no coração: uma ou duas? E que orava todos os dias pedindo a Deus: “Se for para o bem dessas crianças, que venham as duas”. O contato com as meninas permaneceu nos dias seguintes por meio de telefone. Ela diz emocionada que, um dia caminhando pela praça, teve uma sensação boa e ouviu uma voz dizendo: “Fique com as duas”. Pronto, a decisão estava tomada. A professora afirma que, quando contou à família sobre adotar as duas meninas, o apoio foi imediato. “Sempre tomamos decisões em conjunto e meus irmãos me apoiaram desde o início.”
Na terceira ida à instituição de acolhimento, Doralice* já trouxe as meninas para casa. A família numerosa, a casa sempre movimentada, a vovó, as viagens ao Recife e as férias na praia facilitaram a adaptação a tantas mudanças repentinas. Durante a entrevista, Sara* pede que a mãe conte o que ela lhe diz todas as noites antes de dormir: “Eu te amo tanto, tanto, tanto...” e revela que desde as primeiras conversas já chamava Doralice de “mamãe”. Também fez questão de mostrar o álbum de fotografias dos passeios e momentos felizes que já coleciona em sua nova vida. “Já aprendi muitas coisas com a minha mãe e estou aprendendo muito mais”, comentou a menina.
Todas as tardes, o passeio na praça, típico das cidades do interior, permite que Fernanda* e Sara* se encontrem com os irmãos menores, Lucas* e Larissa*. As datas comemorativas são ocasiões oportunas para a reunião dos quatro e para a troca de fotografias e mensagens com Micaely*, a quinta irmã que foi adotada por uma família do município de Serra Talhada.
A professora revela que a notícia da adoção na cidade fez despertar em outras pessoas o interesse pelo tema. “Muita gente veio me perguntar o que deve fazer para entrar no cadastro”, revelou. Ela conta que “antes, as pessoas me olhavam como mãe adotiva. Hoje elas me veem como uma mãe como todas as outras”, se referindo às festividades que participa na escola junto com as meninas. “Eu hoje sou uma pessoa muito mais feliz, pela realização de um sonho. Tenho nelas um sentimento de partilha e companheirismo. Sou muito amada pela minha família e tenho certeza que elas também são”, finalizou Doralice.
Famílias Solidárias – O programa é outra importante iniciativa para a ampliação do perfil do adotado, que foca também em grupos de irmãos. O projeto, implantado pela 2ª Vara da Infância e Juventude, consiste no acompanhamento de famílias que se dispõem a adotar crianças ou adolescentes que pertencem a grupo de irmãos, quando, após consulta ao CNA, verifica-se a impossibilidade de que todos sejam adotados por uma única família. A ação pauta-se no compromisso assumido pelos adotantes de manter o vínculo entre os irmãos que serão adotados por diferentes famílias.
A professora revela que a notícia da adoção na cidade fez despertar em outras pessoas o interesse pelo tema. “Muita gente veio me perguntar o que deve fazer para entrar no cadastro”, revelou. Ela conta que “antes, as pessoas me olhavam como mãe adotiva. Hoje elas me veem como uma mãe como todas as outras”, se referindo às festividades que participa na escola junto com as meninas. “Eu hoje sou uma pessoa muito mais feliz, pela realização de um sonho. Tenho nelas um sentimento de partilha e companheirismo. Sou muito amada pela minha família e tenho certeza que elas também são”, finalizou Doralice.
Famílias Solidárias – O programa é outra importante iniciativa para a ampliação do perfil do adotado, que foca também em grupos de irmãos. O projeto, implantado pela 2ª Vara da Infância e Juventude, consiste no acompanhamento de famílias que se dispõem a adotar crianças ou adolescentes que pertencem a grupo de irmãos, quando, após consulta ao CNA, verifica-se a impossibilidade de que todos sejam adotados por uma única família. A ação pauta-se no compromisso assumido pelos adotantes de manter o vínculo entre os irmãos que serão adotados por diferentes famílias.
Reproduzido por: Lucas H.
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