quarta-feira, 15 de junho de 2011

Depoimento de mãe adotiva marca lançamento de frente parlamentar

18:57 - Depoimento de mãe adotiva marca lançamento de frente parlamentar (2'57'')
Copiar Arquivos: "Eu nunca imaginei, na minha vida, adotar uma criança como adotei a minha. Carequinha na máquina zero, de tantos piolhos e feridas. Ela estava magrinha, com 9,5 quilos. Ela deveria estar, no mínimo, com 15, pela idade dela: 2,5 anos. E toda queimada de cigarro, que a mãe queimava ela."

Sandra Amaral já tinha dois filhos biológicos quando adotou Stephanie. Hoje, a menina tem 12 anos e nem parece aquela criança com a cabeça raspada. Mas para tê-la como filha, a empresária passou por um longo processo, em Divinópolis, Minas Gerais, onde fundou o grupo "De volta pra Casa" para dar apoio às famílias pretendentes à adoção.

Sandra diz que chegou a ser tratada no fórum da cidade como se estivesse fazendo algo errado. Ela reclama que o processo de adoção no Brasil é muito lento e a falta de informações ainda é um grande problema, apesar dos avanços obtidos com a Lei da Adoção, de 2009.

O depoimento da empresária Sandra Amaral e de outros representantes de entidades da sociedade civil marcaram o lançamento, nesta segunda-feira, da frente parlamentar que reúne deputados e senadores em Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária.

A ideia, segundo um dos idealizadores da frente, deputado Gabriel Chalita (PMDB/SP), não é só promover alterações na legislação, mas também uma mobilização social. Uma das principais bandeiras defendidas pela frente é o estímulo ao apadrinhamento afetivo. Por este programa criado pelas Varas da Infância e Juventude, o padrinho ou madrinha passa períodos com a criança ou o adolescente, sem ter de adotá-los. O deputado Chalita explica.

"Essa é uma grande alternativa, por exemplo, para crianças que têm irmãos. Você tem dois, três, quatro, cinco irmãos, pela legislação você não pode adotar um irmão sem adotar os outros. Então, essas crianças têm uma dificuldade maior de serem adotadas. Você pode ter o acompanhamento dessas pessoas na entidade, no abrigo que elas estão. Tudo isso para que essa criança tenha referências."

O senador Aécio Neves (PSDB/MG) disse que a frente também pretende visitar as diferentes regiões do País, levando informações sobre o processo de adoção e também para as mães que não têm condições de criar seus filhos.

"Há uma ignorância muito grande no Brasil hoje. Quando nós assistimos aí crianças abandonadas nas lixeiras, nas portas de casas, é preciso que essas mães mais humildes saibam que, se não tiverem condições para criar os filhos, elas podem oferecer este filho a uma entidade, não colocando em risco, como acontece quase que rotineiramente hoje."

Os integrantes da frente também observaram que existem de 27 mil a 80 mil crianças em abrigos do País, mas apenas 4 mil delas constam do Cadastro Nacional de Adoção, e por isso estão em condições legais de serem adotadas.

De Brasília, Idhelene Macedo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

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