terça-feira, 30 de dezembro de 2014

BRASIL TEM CINCO MIL CRIANÇAS DISPONÍVEIS PARA ADOÇÃO


25.12.2014
Sayonara Moreno
No Brasil, o número de pessoas que desejam adotar um filho é cinco vezes maior que o número de crianças e adolescentes que aguardam uma adoção.
Os dados são do CNA, Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça. As informações mostram que são mais de cinco mil crianças disponíveis, para quase 33 mil famílias pretendentes no Brasíl. A moradora de Brasília Wanda Marques, de 50 anos, já esperou na fila por uma criança e, com o marido, adotou, há um ano, João Felipe, quando tinha um ano de idade.
Wanda é uma das pessoas que ocupam a maior parte do cadastro de adotantes do CNA: que preferem crianças de até dois anos de idade. Além disso, os registros revelam que entre as mais de 30 mil pessoas que desejam adotar no Brasil, 90% aceitam crianças brancas, e quase 30 por cento adotam apenas crianças de pele clara.
Para o supervisor da área de adoção da Vara da Infância do Distrito Federal, Valter Gomes, as escolhas de idade e características físicas são o principal motivo para a demora na adoção.
Valter Gomes explica que, no Distrito Federal, por exemplo, 80% das famílias habilitadas para adoção preferem crianças com menos de DOIS anos de idade. Mas apenas 20% das crianças se encaixam nesse padrão.
A Lei 12.010, de 2009, garante que as mães ou gestantes que desejam entregar o filho para adoção podem procurar a vara da infância e não serão penalizadas por isso. A psicóloga do Hospital Materno-infantil do Distrito Federal, Alessandra Arrais, fez estudos sobre essa decisão da mulher, em doar a criança. Ela diz que doar não é crime. Para ela, pode ser um ato de amor.
Outra possibilidade da lei 12.012 é a adoção feita por famílias diversificadas, como casais homoafetivos. Valter Gomes, da Vara da Infância do DF, explica que essa mudança é fruto do novo cenário da família brasileira.
O tradutor David Harrad, mora em Curitiba e adotou, há dois anos, com o marido, uma criança de 11. O caso deles foi o primeiro na Vara da Infância paranaense. Depois de três anos de burocracia, conseguiram adotar o menino. Hoje em dia, eles estão com mais DUAS crianças passando pela fase de adaptação, para serem adotadas. David conta que o último processo foi mais rápido e que o casal está realizado.
O primeiro passo para adotar uma criança ou adolescente, no Brasil, é procurar a defensoria pública da infância e juventude para que seja aberta uma petição de adoção.
http://radioagencianacional.ebc.com.br/…/brasil-tem-cinco-m…

CASAL ADOTA 29 CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS


23.12.2014
Por: Redação
Internacional
Jean e Paul Briggs admitem não parar por aqui. Gastam 42 mil euros em comida por ano
Jeane e Paul Briggs, casados há 38 anos, têm 34 filhos, mas apenas cinco são biológicos, os outros são adotados. Vêm de diferentes continentes e têm necessidades especiais.
Depois de Jean sofrer um aborto natural em 1985, surgiu a vontade de abraçar a adoção. Inicialmente, os Briggs tentaram adotar crianças nos Estados Unidos, mas as suas pretensões chocaram com a burocracia do país.
Os novos membros da família, todos com problemas de saúde que dificultavam a sua adoção - lábio leporino, escoliose, problemas renais ou cardíacos, cancro ou poliomielite -, vieram da Rússia, Ucrânia, México, Bulgária e Gana.
O primeiro foi Abraham, um menino de dois anos, hoje com 31, cego e com lesões várias no corpo e cérebro devido a um brutal espancamento. Jean era voluntária num orfanato mexicano e a imagem marcou-a de tal forma, que, depois de falar com o marido, não restaram dúvidas de que o queriam adotar.
Os elementos mais recentes da família são dois bebés ganeses, dois meninos com problemas ortopédicos, um sem pernas e mãos e o outro sem um pé.
Esta família distingue-se pela enorme generosidade e amor. Só em comida, estes pais gastam mais de 42 mil euros por ano. O emprego de Paul permite alimentar este sonho de uma grande família.
Com uma descendência tão numerosa, os Briggs viram-se obrigados a fazer algumas alterações na sua vivenda, contando hoje com nove quartos e mais de cinco mil metros quadrados, mais do dobro que originalmente tinha.
De acordo com o «NY Daily News», as crianças têm aulas em casa, mas a mãe não o faz sozinha, tem a ajuda dos irmãos mais velhos. Após as aulas os pequenos Briggs têm ainda outras atividades: piscina, ginásio, aulas de canto.
Faça chuva ou faça sol, o convívio familiar está sempre presente. E se pensa que a família já é grande, saiba que Jean e Paul ponderam aumentar a família.
http://www.tvi24.iol.pt/…/casal-adota-29-criancas-com-neces…

O IMPACTO DA ADOÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA


terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Joana Baptistaa*, Isabel Soaresb, Margarida Henriquesa
Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
Escola de Psicologia da Universidade do Minho
Psicologia vol.27 no.2 Lisboa 2013

RESUMO
Em comparação com os pares da comunidade, as crianças que foram adotadas enfrentam, com maior frequência, adversidade e risco nos primeiros tempos de vida, os quais se podem situar ao nível de complicações ao nascimento e de experiências de perda da família biológica, bem como ao nível do acolhimento em instituições caracterizadas por cuidados pouco responsivos. Nos últimos anos, clínicos e investigadores têm vindo a alertar para os efeitos negativos daquelas experiências no desenvolvimento da criança. Simultaneamente, a literatura tem vindo a reforçar a ocorrência de mudanças positivas em áreas diversas do desenvolvimento, após a integração numa família por adoção. Este artigo de revisão apresenta uma sistematização de resultados de estudos que analisaram o impacto da adoção, sobretudo internacional, no desenvolvimento físico, cognitivo, sócio-emocional e nos problemas de comportamento da criança que foi adotada.
LEIA NA ÍNTEGRA
http://direitosdasfamilias.blogspot.com.br/…/o-impacto-da-a…

EX-USUÁRIA DE DROGAS LUTA PARA RECUPERAR FILHO ENTREGUE PARA ADOÇÃO


24/12/2014
Minas Gerais
Do R7 com Record Minas
Quando o menino nasceu, Aline usava crack e a criança foi levada para abrigo
A artista plástica Aline Oliveira luta na Justiça para recuperar a guarda do filho e conseguir reunir a família. Ex-usuária de drogas, ela conseguiu dar a volta por cima e abandonar o vício. No entanto, quando ainda era dependente dos entorpecentes, a jovem ficou grávida e a criança acabou sendo entregue para a adoção, já que ela não tinha condições para cuidar do bebê.
O drama começou quando Aline tinha 19 anos e passou a usar crack. Um ano depois, ela engravidou e deu à luz um menino, que foi levado pelo Conselho Tutelar. A distância do filho fez com que ela entrasse em depressão e se afundasse ainda mais nas drogas.
— Meu mundo desmoronou. Eu estava super bem, não estava usando droga constantemente, eu tinha uma recaída ou outra. Mas com isso eu tive depressão, eu emagreci.
A advogada Alice de Souza Birchal explica que, em casos em que os pais são dependentes químicos, a Justiça avalia a situação e, se necessário, leva a criança para um abrigo, que foi o que aconteceu com o filho da artista plástica. Mesmo assim, Aline ressalta que fez o tratamento exigido pelo juiz e nunca deixou de visitar o bebê semanalmente.
— Quando eu não tinha dinheiro, eu ia a pé, eu nunca desisti dele.
Leia mais notícias no R7 MG
Seis meses depois, no entanto, ela recebeu a informação de que o menino havia sido adotado e que ela não deveria mais procurá-lo. Atualmente, o garotinho tem três anos e sete meses, mas ela não perde as esperanças. Recuperada do vício e trabalhando, a artista plástica tem uma filha de um ano e dez meses e agora deseja reunir a família. Ela luta na Justiça para, pelo menos, conseguir o benefício da guarda compartilhada. Alice argumenta, no entanto, que esta tarefa pode não ser nada fácil.
— Ela teria que destitutir todo esse processo de adoção para voltar a ser mãe.
A psicóloga Sônia Flores conta que a disputa é legítima, já que as duas mães têm razões para lutar pela criança. O importante, no entanto, é que a vontade da criança seja respeitada.
— A criança teria que passar a achar esse universo [da guarda compartilhada] normal, tranquilo. Que seja algo que a criança entenda como um diferenciador positivo.
Aline reforça que não vai abandonar a ideia de reconquistar o filho, mas acredita no destino.
— Se for da vontade de Deus que ele fique longe de mim, que ele fique. Mas se for da vontade Dele, que ele volte.
ASSISTA
http://noticias.r7.com/…/ex-usuaria-de-drogas-luta-para-rec…

CASAIS GAYS JUNTO A SEUS FILHOS DEIXAM UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA PARA ESSE NATAL


24.12.2014
Publicado por: Redação
Em emotivo vídeo casais homoafetivos dão conta de suas experiencias em a construção da suas famílias. O vídeo faz parte da Campanha Nacional de Apoio ao Casamento Civil Igualitário no Brasil ‪#‎NossaFamíliaExiste‬. E que melhor que essa época do ano para mostrar as famílias curtindo as festividades.
“Umas das coisas que nos uniu foi a vontade de ter um filho. Foi umas das primeiras coisas que um disse para ou outro”, disse com orgulho o pai de Thales, de 5 anos.
“Eu sempre teve a certeza que ia ter um filho, e eu também tinha a certeza que eu queria que esse filho viesse por adoção”, falou convencida Priscilla.
Reprodução assistida (inseminação), adoção, barriga de aluguel são algumas das opções disponíveis para aqueles casais LGBT que querem continuar construindo a sua família num mundo sem preconceitos.
http://www.rioqx.com/…/casais-gays-junto-a-seus-filhos-dei…/


FIM DE ANO É O MOMENTO MAIS PROPÍCIO PARA O APADRINHAMENTO DE CRIANÇAS EM ABRIGOS


24/12/2014
Márcia Maria Cruz
O apadrinhamento é a chance de crianças que têm mais de 4 anos de idade, e não têm o perfil mais procurado para adoção, possam ter o acolhimento de uma família
O fim de ano é o momento mais propício para o apadrinhamento. “Nesta época, as pessoas ficam mais sensíveis às questões sociais. É uma oportunidade, porque todos ficam mais abertos ao próximo”, avalia Ana Flávia. Foi esse sentimento que guiou o pastor Paulo Flávio Ferreira Pereira, de 44, e a mulher, a pedagoga Liliam Marques da Silva Pereira, de 47.
O casal entrou para o programa de apadrinhamento quando conheceu três irmãos, que hoje são seus filhos. Na época, uma menina de 11 anos, outra de 8 e um menino de 4 anos. “As meninas, por serem mais velhas, dificultavam que ele, mais novo, fosse adotado”, lembra o pastor. A situação mexeu com Paulo e Liliam, que pensaram que o trio não deveria ser separado. “Não tínhamos intenção de adotar. A possibilidade de eles serem separados nos incomodou profundamente. Costumamos dizer que não foi a gente que os escolheu. Eles nos escolheram.”
Em julho de 2011, o casal iniciou o processo de apadrinhamento. Os meninos passaram a conviver com a família principalmente em datas festivas, como o Natal. “Pegávamos as crianças na sexta-feira à noite e os levávamos de volta aos domingos.”
Nessa convivência, o vínculo entre eles se estabeleceu de tal maneira que o que era apadrinhamento virou relação de paternidade. “A filiação não está ligada ao laço sanguíneo, mas à afetividade. Como estávamos como padrinho, construímos vínculos muito fortes. Não poderíamos mais ficar longe.” A família entrou com o processo de adoção há dois anos, mas ainda não tem a guarda definitiva. “O complicador é que eles foram vítimas de maus-tratos e abandono.”
COMPROMISSO
Muitos casais interessados em adotar não o fazem, porque temem um processo litigioso com os pais biológicos de quem os filhos foram afastados, em geral, por maus-tratos ou abandono. “Nesses casos, as crianças são ouvidas por psicólogos e assistentes sociais para dizer com quem querem ficar”, diz o pastor. Os especialistas alertam que a decisão de adotar tem que ser amadurecida, pois a relação de filiação não é a mesma do apadrinhamento. O processo de adaptação da criança ou adolescente dura de um a dois anos.
O apadrinhamento exige cuidado. Como vivem nos abrigos, as crianças e adolescentes encontram outra realidade nas famílias que as recebem. “Não é só levar para a casa para passear. A família tem que cuidar dessa criança”, pontua Ana Flávia. A ida para um outro ambiente pode fazer com que as meninas e meninos questionem o porquê de não terem família. Em alguns casos, os padrinhos inclusive buscam que o processo seja acompanhado por psicólogos que irão orientar principalmente os afilhados. “Se a pessoa levar com o compromisso de cuidar irá ajudar aquela criança”, diz.
COMO SER PADRINHO
O apadrinhamento é a chance de crianças que têm mais de 4 anos de idade, e não têm o perfil mais procurado para adoção, possam ter o acolhimento de uma família. As pessoas interessadas em vivenciar a experiência podem procurar o Centro de Voluntariado de Apoio ao Menor (Cevam ), na Rua dos Goitacazes, 71, Conjunto 1.407, Centro de BH. Para o período de 22 de dezembro a 2 de janeiro, as inscrições dos interessados foram feitas em novembro. “Não é uma forma de facilitar a adoção, mas no apadrinhamento pode surgir um amor com os afilhados”, diz a representante comercial Vanici Veronesi, de 38 anos, que integra o Grupo de Apoio à Adoção de Belo Horizonte (GAA-BH).
O processo é bem simples. Basta ter mais de 18 anos e não é necessário ser casado. Podem ser apadrinhadas crianças e adolescentes com idades entre 4 e 17 anos que vivem em abrigos em Belo Horizonte, Sete Lagoas e Ibirité. O interessado deve ter uma diferença de pelo menos 10 anos do afilhado. Para iniciar o processo, é necessário apresentar a carteira de identidade, comprovante de endereço. No caso de casais, é exigida a apresentação de um documento que comprove a aceitação do cônjuge ao procedimento. O padrinho ou madrinha assiste a uma palestra.
ADOÇÃO
O processo de adoção é mais complexo. Os interessados devem entrar com o pedido na Vara da Infância (Avenida Olegário Maciel, 600). É preciso apresentar carteira de identidade, CPF, atestado médico sobre as condições físicas e mentais. Também é importante demonstrar idoneidade moral por meio de um atestado de bons antecedentes. O passo seguinte é preencher um formulário com informações sobre os interessados e também sobre o perfil da criança desejada. Mais informações podem ser obtidas no endereço www.gaabh.org.br.

http://www.em.com.br/…/fim-de-ano-e-o-momento-mais-propicio…

HISTÓRIAS DE AMOR: EXCEÇÕES NOS CASOS DE ADOÇÃO, DOIS MENINOS PASSARÃO O NATAL COM AS NOVAS FAMÍLIAS


23/12/2014
Luiza Martin
luiza.martin@an.com.br
Um novo ano, dois recomeços
A adoção tardia, quando ocorre depois dos três anos, poderia ser chamada de "adoção ainda em tempo de ser e fazer feliz"
Levou quase um ano de espera, mas o presente de Natal de Guilherme chegou, em forma de mãe e pai, para recomeçar uma história que começou às avessas. A carta, escrita aos oito anos e remetida ao Papai Noel, ganhou a aposta com a realidade. Neste Natal, ele faz parte de uma nova família, depois de viver três anos em um abrigo de Florianópolis.
Assim como ele, o garoto R.C., em 2014, passará as festas de fim de ano longe do abrigo joinvilense em que morava. Crianças como eles provocam o recomeço de famílias catarinenses, em um processo chamado "adoção tardia" - que bem poderia ser rebatizada de "adoção ainda em tempo de ser e fazer feliz".
Gui e R.C. foram resgatados de suas famílias de origem. Moraram em abrigos de forma transitória, até que o vínculo familiar fosse permanentemente rompido. Vivendo situações de abuso e descaso, os meninos foram tirados definitivamente de situações de risco pelas mãos da justiça. Entraram em abrigos como testemunhas da violência, encontrando um destino melhor na adoção tardia.
— É uma adoção de crianças maiores, e nunca é tarde para acontecer — esclarece a assistente social da Vara da Infância e da Juventude de Joinville, Olindina Krueger.
Embora não seja tarde, para algumas crianças que vivem nos abrigos a adoção pode nunca acontecer. É o caso dos adolescentes: jovens com mais de 13 anos tornarem-se parte de novas famílias são raras exceções.
Personagem desta matéria, R.C. foi a criança mais velha a ser adotada em Joinville em 2014: ele tinha 10 anos. A partir dos cinco anos, os nomes passam a integrar um cadastro internacional de adoção, diante da escassez de famílias interessadas em um perfil etário que foge ao dos recém-nascidos e das crianças pequenas.
Casais com idade acima dos 30 anos formam o perfil mais comum de interessados na adoção tardia. Muitos deles estão no segundo casamento, e procuram ser pai e mãe na formação de um novo núcleo familiar.
Ainda existem pelo menos duas ideias pré-concebidas que a assistente social ajuda a desmentir. Uma delas é a de que todas as crianças querem ser adotadas.
— Cada uma reage de um jeito. O mais comum é elas desejarem ser adotadas quando começam a entender a situação — explica — Temos que respeitar o momento e o desejo da criança. Ela precisa estar apta emocionalmente.
A outra ideia que precisa ser desmistificada é a de que toda criança chega recém-nascida aos abrigos. Que a desmintam Gui e RC, e suas histórias.
"Eu quero uma família muito legal..."
— ... e um irmão e uma irmã — escreveu Guilherme, no dia 28 de novembro de 2013.
Com um texto de quem ainda não conhecia vírgulas, o menino reuniu os nomes de todos de quem sentiria saudade ao fazer um pedido especial ao Papai Noel, já com tom de despedida do abrigo.
Na lista de presentes, o carrinho de controle remoto veio depois dos novos irmãos. Assim, ele teria a companhia de quatro, já que vivia no abrigo em Florianópolis com seus dois irmãos biológico. Para finalizar a lista de desejos, pediu:
— Eu quero ir para casa.
Falar da carta escrita pelo filho há pouco mais de um ano deixa o jornalista Reginaldo dos Santos com a voz abafada. Quando se mudaram de Joinville para Florianópolis, ele e sua esposa, Marisete de Oliveira, resolveram adotar uma criança. Entraram na fila, onde ficaram por apenas 11 meses. Querer uma criança de mais idade foi crucial para a aceleração do processo.
— Isso já nos colocou na frente, na ponta — conta ele, que procurava um filho de cinco a
nove anos, independentemente de etnia ou do sexo.
Enquanto Guilherme escrevia a carta, Reginaldo e Marisete planejavam a mudança para Florianópolis. Ela, aos 49 anos, tem uma filha do primeiro casamento. Reginaldo também já foi casado, mas, aos 48 anos, ainda não havia realizado o sonho de ser chamado de pai. A vontade de ter filhos só cresceu ao longo dos 14 anos que o casal está junto e ficou ainda mais forte quando ela teve duas gestações interrompidas, uma delas de gêmeos.
Nem Marisete nem Reginaldo pretendiam deixar Joinville. O trabalho com jovens da igreja freava a mudança em busca de um desafio profissional. O assessor de imprensa chegou a perguntar a Deus se deveria aceitar a proposta.
A resposta veio no dia 27 de outubro de 2014, com a guarda provisória de Guilherme.
O garoto é manézinho, nascido em São José. Fala "avacalhou", "esculhambou" e "baita". A mãe biológica perdeu a guarda dos três filhos, que não puderam permanecer com nenhum familiar próximo, pois ela encontrava os meninos, tirava-os da escola e sumia com eles. Nada disso assustou o casal.
— Independentemente da história de vida, era ele — acreditou Marisete.
R.C., o menino mais velho
R.C. é o primogênito de quatro filhos, três meninos e uma menina. A justiça decidiu tirar a guarda da família biológica quando o caçula, ainda recém-nascido, foi internado às pressas por causa de uma interrupção intestinal. Ao entrar na casa da família, o cenário que o Conselho Tutelar encontrou entre as crianças ia do piolho à desnutrição.
Os meninos, recém-nascidos, foram adotados logo. R.C. esperou até os dez anos. Metade de sua vida, passou no abrigo em Joinville. A primeira metade, na casa do pai presidiário e da mãe dependente química. O décimo primeiro ano de vida, ele comemorou ao lado de seus novos pais, o corretor de imóveis Vivaldo Bordin Júnior, 57 anos, e a funcionária pública Nilza Helena da Silva Vilhena, 51.
A ideia do casal nem sempre foi adotar uma criança mais velha - queriam um menino de dois a seis anos. Mas, depois de participar do curso preparatório para adoção, Nilza refletiu.
— E aos outros, quem vai dar uma oportunidade? Todo mundo quer bebezinho — questionou ela.
Em setembro de 2013, o casal iniciou o processo. Em menos oito meses, ganharam a guarda provisória de R.C.
O primeiro encontro aconteceu no dia 10 de abril. E "foi tenso", na definição de Vivaldo, pois teve a presença da psicóloga e da assistente social. Outro motivo de tensão para os futuros pais era o de não ser compatível com as expectativas do menino.
— Lá dentro, eles montam o sonho de cada um. Nessa idade, idealizam muito. Acreditam em Cinderela, em um mundo ideal. Tem criança que quer a própria família arrumada, e não outra — lembra Nilza.
Nilza e Vivaldo tentaram adotar a irmã de R.C., de dez anos, que ainda vive no abrigo, mas ela não se adaptou, justamente por desejar ter a família biológica reconstruída. Eles agora esperam o tempo da menina, mesmo que, a princípio, tivessem desejado apenas um menino. Mas se engana quem pensa que o casal se interessou pela adoção por pena ou solidariedade.
— Não tem a ver com caridade. Tem a ver com amor maduro, com dar continuidade a algo que você tem dentro de si. É dar sentido à palavra amor — diferencia Vivaldo.
R.C. foi indicado para a família Bordin-Vilhena por ser inteligente e gostar de leitura. Permanecer no abrigo "seria um desperdício de R.C", o menino mais velho a ser adotado em Joinville em 2014. A quase tudo ele responde com "Ah, tá".
— Ele usa muito esse "Ah, tá". Como sujeito, predicado, advérbio e até desculpa esfarrapada — brinca o pai.
Além de corretor e funcionária pública, os pais de R.C. são escritores. Publicaram juntos o livro de contos Meia Dúzia de Olhares. O próximo lançamento de Vivaldo e Nilza terá coautoria do filho, uma "infinitologia", que começa com uma pergunta: o que você mais gosta na casa nova?
Depois de muita dúvida, ele responde.
— Ah, tá! Gosto de brincar com a Mel e a Jade [as duas mascotes da família]. A Jade sempre tenta lamber a minha cara.
http://anoticia.clicrbs.com.br/…/historias-de-amor-excecoes…

HÁ SETE ANOS, INSTITUTO FILHOS ORIENTA PAIS QUE BUSCAM A ADOÇÃO EM CAXIAS DO SUL


24/12/2014
Priscilla Panizzon - priscilla.panizzon@rdgaucha.com.br
Entidade desenvolve atividades de orientação, capacitação e estímulo ao processo da adoção
Adotar não é um processo fácil, mas sempre tem quem pode ajudar. Em Caxias do Sul, quem faz este papel é o Instituto Filhos. A organização sem fins lucrativos desenvolve atividades de orientação, capacitação e estímulo ao processo da adoção, além de proporcionar debates e encontros de pais adotivos e interessados em adotar.
A entidade existe desde 2007 e é reconhecida pelo Juizado da Infância e da Juventude. A advogada e presidente do instituto, Marta Polesso Mazzuchini, conta que o instituto oferece um curso obrigatório para quem quer adotar.
"Nós fizemos também a capacitação dos pais pretendentes à adoção que é uma das exigências que começou a existir a partir do ano de 2010, com a alteração da nova lei da adoção", explica.
Entre as atividades, está a palestra Adoção em Debate, que acontece na segunda semana de cada mês, sempre nas segundas-feira à noite. Além disso, há atendimento gratuito de uma psicóloga e de uma advogada, profissionais vinculadas ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, (Comdica). Marta destaca que a maior dificuldade é a falta de verba e de voluntários. Empresas e pessoas da comunidade estão convidadas a conhecer e ajudar o instituto.
Segundo Marta, o processo de adoção costuma durar cinco anos. O longo tempo, de acordo com a voluntária, é necessário para os trâmites burocráticos, mas, principalmente, para que aconteça uma adoção consciente. Marta acredita que é preciso discutir mais a adoção, para que não aconteçam adoções ilegais e também para fortalecer a adoção tardia, já que os preferidos costumam ser os bebês.
"Existe hoje um grupo de crianças para adoção, mas são maiores. Os pais não têm tanto interesse por esses porque eu acredito que eles sintam dificuldade na relação do vínculo. Nós, com o trabalho que executamos há alguns anos, cada vez mais, buscamos conscientizar de que os vínculos é a gente que cria, independentemente da idade da criança", ressalta.
Hoje, cerca de 35 crianças estão prontas para a adoção em Caxias do Sul. A maioria tem em torno de 7 anos, incluindo irmãos e crianças com deficiência. Outras crianças, que não entram nessa contagem, estão em processo judicial para se liberar para adoção. Do outro lado, são 250 casais que estão na fila para adotar.
A ONG, que trabalha em parceria com o Fórum, fica na Rua Coronel Flores, 391, no bairro São Pelegrino. O horário de atendimento é da 13h30min às 18h, sempre com agendamento. Para entrar em contato, pode ser pelo Facebook ou pelo telefone (54) 3021-6959.
http://gaucha.clicrbs.com.br/…/ha-sete-anos-instituto-filho…

ARREPENDIDA DA ADOÇÃO


23.12.14
Mariagrazia
Dra. Mariagrazia,
Fui durante 19 anos mãe de uma Rita encantadora doente de Leucemia desde os 14 anos e que nos deixou em novembro de 2004.
Eu e o meu marido ficámos completamente perdidos, a vida não fazia sentido, precisávamos de dar continuidade ao nosso papel de pais e partimos para a adoção.
Foi-nos proposto em novembro de 2006 adotar dois irmãos, um de 7 anos e outro de 9.
Vieram para nossa casa, eram muito traquinas, muito mentirosos muito maus alunos muito violentos e agressivos mas pensámos sempre que com paciência poderíamos conseguir educar aqueles meninos.
6 meses depois foi decretada a adoção plena.
O que se passou a partir daquela altura foi indiscritível, a escola do mais velho devido ao comportamento marginal dele, às faltas, à agressividade e às falsificações de assinaturas em determinada altura disseram-me que ele tinha sido sinalizado no CPCJ e que possivelmente iria ser expulso. Pedi por favor que o não fizessem pois já o tinha inscrito no Colégio Militar e se ele fosse expulso não aceitavam a matrícula.
Entretanto connosco começaram a ser violentos e agressivos, o mais velho uma vez levantou uma faca para o pai e o mais pequeno quando o tentei ajudar a fazer os trabalhos de casa agrediu-me.
Em determinada altura pedi ajuda à Segurança Social, às técnicas que tinham tratado do processo de adoção…mas fomos completamente abandonados pela Segurança Social. Aliás depois da entrega as crianças só foram visitadas por duas vezes.
A nossa frustração foi aumentando, as crianças foram-se tornando dois rapazes que ninguém queria por perto, roubavam e tratavam mal toda a gente… os amigos e a família desapareceram.
Na ausência de ajuda pela Segurança Social os meus filhos foram ambos acompanhados por pedopsiquiatras, fizeram tudo o que há de medicação para hiperatividade com défice de atenção, ambos mentiram aos médicos e a última reação, do mais pequeno, foi a agressão a um professor e duas agressões a mim. Os médicos desistiram deles, disseram que eles precisavam de Colégio Interno. O mais velho acabou por ir para o Colégio Militar, de onde foi expulso, o mais pequeno foi para um colégio pequenino, com uma turma por cada ano e a Diretora do Colégio como era homeopata andava a tratar dele com produtos homeopatas…creio que só por esse motivo é que ele ainda não foi expulso do Colégio.
No dia 7 de novembro fomos à CPCJ, a partir dessa data a situação em casa e na escola dos dois menores agravou-se substancialmente. O mais pequeno não tinha qualquer respeito por nada nem por ninguém, continuou na provocação de tudo e de todos e agride verbalmente os professores, os auxiliares, todos quantos lhe aparecem pela frente. No entanto como era o pai que o deixava e ia buscar ao Colégio ele tinha menos oportunidades para por em práticas as suas “fugas”. No entanto a Escola Segura foi chamada ao Colégio, pela forma desordeira como ele está tanto no recreio como nas aulas.
Em relação ao mais velho tudo piorou, no mesmo dia em que saiu da reunião, saiu de casa deixando um papel dizendo que ia sair com a namorada, ia para a Alameda e jantava fora, saía vezes sem conta, não explica nem para onde ia nem de onde vinha, diz que “não temos nada a ver com a vida dele”. Depois de termos recebido uma denúncia de que ela tinha estado na nossa casa com uma rapariga, colocámos uma corrente de segurança com fechadura que ele arrombou, foi comunicado o arrombamento à Polícia. No dia do seu aniversário, envergava roupa nova, casaco, calças, ténis e chapéu, nada daquilo tinha sido comprado com o nosso dinheiro, mais uma vez a Polícia foi chamada ele justificou que tudo lhe havia sido dado como presente “Por pessoas que gostavam dele”.
Num final de semana, depois de se recusar a sair com o pai foi de novo chamada a Polícia, acabou por passar o fim-de-semana com o pai. Entretanto apareceu com um telemóvel topo de gama, comprado por ele… gastou 150€, nós não lhe demos esse dinheiro… de onde vinham estes presentes? Começámos a estar muito desconfiados…
As ameaças de morte passaram a ser uma constante… passámos a dormir com a porta do quarto fechada, tínhamos medo deles.
Entretanto houve outra reunião no CPCJ, 30 de Novembro de 2012. Foram retirados à família adotiva e colocados em CAT.
Foi o fim daqueles meninos o internamento no CAT, ambos se tornaram marginais. O mais pequeno foi para Centro Educativo com 7 crimes e abandono escolar o mais velho com 23 crimes, roubo, prostituição, tráfico de droga, violência com uma namorada, pornografia infantil… disse em tribunal que não queria continuar a viver no seio da família adotiva.
Presentemente não visitamos o mais velho, nunca visitámos, a última vez que nos encontramos ele disse-me que não fazia nada de mal, fazia o mesmo que os amigos faziam e as famílias não se importavam nada. Disse-me na minha cara que ia ser rico e que ainda ia mandar pregar um tiro na cabeça do pai e outro na minha.
O mais pequeno quer muito a nossa presença, vamos visitá-lo aos fins-de-semana e mantemos contatos diários por telefone, sairá do Centro Educativo em Setembro do ano que vem.
Vem este ano passar o Natal conosco…
Estou aterrorizada com medo que ele fuja… e estamos como já lhe disse completamente sós, a família desistiu do nosso drama…
Sabe Dra. Mariagrazia, já me arrependi amargamente desta adoção.
Obrigada por me ouvir. FF.
Cara FF.,
Falar sobre a adoção é sempre uma vivência carregada de emoção por envolver sentimentos profundos de afeto e principalmente por se tratar de crianças. Toda a relação humana é organizada, mediada, tanto por fatores conscientes quanto inconscientes e, portanto, dentro das relações que se estabelecem no processo de adoção também ocorre a interferência de fatores inconscientes, cujo reconhecimento e conscientização promovem a saúde psíquica.
O que está a viver é como uma jornada de herói, uma sina com uma adoção e seus filhos adotivos, que no fundo precisam de afeto mas por algum bloqueio emocional não conseguem fazer um vínculo com os pais adotivos e vivem numa contestação destrutiva sem conseguir encontrar um equilíbrio saudável.
Penso que essas crianças precisam de acompanhamento psicológico para que possam resgatar a mãe biológica com quem perderam o elo e através de si poderem ser ajudados a resgatar a própria identidade. Esse processo envolve uma busca interior e uma mediação de ajuda psicológica.
Pense que de uma maneira natural essas crianças chegaram até si e de uma maneira natural irá dar um acompanhamento possível. Não tenha medo. Pelo que refere são uma família corajosa, de valores humanos saudáveis e certamente saberão dar-lhe o acolhimento afetivo necessário para que ele possa se sentir acolhido e aos poucos desbloquear seus impedimentos e reforçar o vínculo convosco. Quanto ao mais velho, parece que por enquanto é difícil melhorar a ligação. De qualquer maneira não se arrependa, fez o possível e nem sempre somos bem sucedidos nas nossas andanças mas nem por isso somos menos íntegros.
Um abraço! Um Feliz e sereno Natal e um excelente 2015 !
http://consultoriodepsicologia.blogs.sapo.pt/arrependida-da…

MULHER ABANDONA BEBÊ PARA IR A BAILE FUNK


Domingo, 21 de Dezembro de 2014.
BAND
São Paulo
Segundo vizinhos, não é a primeira vez que a mãe fez isso; policiais encontraram criança suja e com fome.
Uma mulher foi presa neste domingo (21), na Zona Leste de São Paulo, após ter abandonado sua filha de dois anos para ir a um baile funk.
Vizinhos ouviram o choro da criança e chamaram a polícia. Ao chegar ao local, os agentes encontraram a bebê muito suja inclusive com fezes, e sem comer.
Os policiais que entraram na casa deram banho e comida para a menina. Pouco depois, a mãe da criança chegou ao local dizendo que teria ido comprar uma marmita.
A mãe foi presa em flagrante por maus tratos e abandono de incapaz e a criança foi encaminhada a um abrigo.
http://www.cenariomt.com.br/…/mulher-abandona-bebe-para-ir-…

MÚSICO ENCARA A HORA DE DEIXAR ABRIGO ONDE CRESCEU POR ATINGIR IDADE LIMITE


23/12/2014
Sandra Kiefer
Perto de atingir 18 anos, a idade limite, Paulo terá que procurar um novo lar. Prefeitura de BH vai criar repúblicas para os que enfrentam mais essa provação
Prestes a completar 18 anos, Paulo terá de deixar o abrigo onde vive, no Bairro Carlos Prates, na Região Noroeste de Belo Horizonte, assim que fizer aniversário e atingir o limite de idade previsto para o acolhimento. Quando cruzar a porta e se vir sozinho no mundo, vai precisar de algo além de um cantinho e um violão. “A partir de agora, seremos só eu e Deus”, diz o rapaz, com jeito firme e o olhar parado no tempo, por trás do qual, entre incertezas e esperança, guarda o sonho de se tornar músico.
Esse é um momento crítico para jovens que assistiram à aproximação da fase adulta pelas janelas dos abrigos. Na maior parte dos casos, quando a idade máxima chega, a independência, antes de ser meta, é um desafio. Para esses, a Prefeitura de Belo Horizonte projeta para 2015 a criação de três repúblicas destinadas a jovens de 18 a 21 anos, provenientes de abrigos e de centros de internação para infratores. O edital já saiu, oficializando o programa que tem aprovação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). “Tivemos um embate, pois o próprio conselho não sabia como legislar para a faixa etária acima dos 18 anos. Fizemos uma resolução, mostrando a necessidade de acolher os jovens adultos até conseguirem abrir caminho na vida”, define Helizabeth Itaboraí, gerente de Abrigamento do município.
O desafio é ainda maior para aquela parcela dos acolhidos nas instituições que apresenta sério comprometimento do desenvolvimento motor e neurológico, o que dificulta encarar a maturidade sem o apoio da família. Mas não é esse o caso de Paulo. Descrito na ficha pessoal como “um menino amável, tranquilo e justo”, ele quer ser livre e independente. “Vou sair daqui pela porta da frente, de cabeça erguida, e tentar traçar o melhor caminho possível para a minha vida. Minha família era muito humilde. Quis o destino que eu viesse para um abrigo. Era para ser assim. Não nasci para perder, mas para vencer”, decreta.
ESPALHADOS PELO MUNDO
Paulo tem uma longa história de acolhimento institucional. Aos 8 anos, foi separado da família com as irmãs mais novas, de 6 e 4 anos. Uma mora em São Paulo; a outra está em Portugal, onde a mãe adotiva cursa doutorado. Os três têm pouco contato entre si. Dos outros dois irmãos mais velhos, Paulo deixou de ter notícias há tempos. Segundo a assistente social, eles teriam sido mortos na guerra do tráfico.
“Acredito que minhas irmãs foram adotadas por dois motivos: primeiro, por serem meninas, segundo, porque ainda eram novas. Já eu não tive chances, porque estava muito velho”, compara, definindo o conceito de idade para quem sonha com uma família. Paulo sabe o que fala. De fato, 8 anos é a idade limite normalmente aceita pelos interessados em adotar um filho. Acima dela, as oportunidades caem a menos de 1%, segundo o Cadastro Nacional de Adoção. Além disso, embora mais de 60% dos casais sejam indiferentes em relação ao sexo da criança, as meninas têm chances mais de três vezes superiores de serem escolhidas (31,1%) em comparação com os meninos (9,7%).
Incentivado pelos educadores a buscar a própria autonomia, Paulo trabalha desde os 14 anos. Nesse intervalo, guardou os valores recebidos na poupança. Ao deixar a instituição de acolhimento, terá uma quantia mínima para financiar aluguel e despesas básicas. O maior desafio será dar continuidade aos estudos. “Esse é o maior problema das crianças e adolescentes acolhidos. Se em famílias comuns pais e mães não estão dando conta de ficar em cima das crianças e acabam pagando aulas de reforço, imagine a situação dentro das instituições, onde a maior parte dos internos apresenta dificuldades de aprendizagem”, compara a assistente social Maria Clara Braga.
No abrigo há sala de estudos e biblioteca, que ainda não faz sucesso entre os internos, incluindo Paulo, emperrado no 1º ano do ensino médio. “Se eu acho que vou concluir os estudos? Não, eu não acho. Eu tenho certeza”, garante o jovem, que pretende se matricular em uma faculdade de música. Ele aprendeu sozinho a tocar violão e a tirar as músicas “de ouvido”. Por meio da internet, sabe acessar os acordes mais difíceis de Eric Clapton e Led Zeppelin nos sites de cifras. Vai treinando, treinando, até conseguir executar a canção. Ele tem o dom. E determinação. Quando os 18 chegarem, vai com eles em busca de oportunidades.
UM OUTRO MODELO COM NOVOS DESAFIOS
O modelo das repúblicas para jovens já foi testado por algumas das entidades de acolhimento de adolescentes, que não sabiam como desligar os internos que atingiam 18 anos. É o caso da Associação Irmão Sol, que chegou a contar com uma entidade nesses moldes. “Soube que vai fechar, porque não estava funcionando e apenas prolongava a institucionalização do isolamento dos jovens”, comenta Frederico Suppa, coordenador de um dos abrigos vinculados à entidade. Segundo ele, a república dava suporte financeiro aos egressos dos abrigos, que bancavam apenas a alimentação. Em contrapartida, contavam com água, luz e moradia gratuitos.
Na casa de acolhimento para meninas da Região da Pampulha, Mara se prepara para chegar à maioridade em janeiro. Ela e a colega Bárbara, na mesma situação, estão mais preocupadas com o tema da festa de aniversário. Com sérias dificuldades de aprendizagem, elas não fazem ideia de onde vão morar depois da saída do abrigo. “Acho que vou morar com minha tia. Era lá que eu morava quando eu era pequena. Mas não sei se vai ser bom”, desconfia Mara, que toma oito tipos de remédios controlados e passa o tempo confeccionando bijuterias dentro da instituição. Ingênua, ela oferece um colar de contas verdes a R$ 4.
Ao tentar vender outro colar, para a esposa do coordenador da casa, sobre o preço para R$ 15. “Ora, quer dizer que o meu é mais caro?”, brinca Mizael de Jesus Lima Cardoso, todo sorrisos. Enquanto conversa com a equipe de reportagem, ele é interpelado a todo tempo pelas garotas, que pedem conselho, trocados, passagens de ônibus. “Ainda não está definido se as repúblicas para jovens de BH serão exclusivas para egressos dos abrigos ou se vão misturar com infratores em semi-liberdade. Na minha opinião, os perfis são totalmente diferentes”, adverte.
PARA ATAR OS LAÇOS
Desde o domingo, o Estado de Minas publica a série “À espera de um lar”, que revela as angústias de quem já começa a vida enfrentando o desafio de se separar da família biológica e sonhando com a adoção. A primeira reportagem mostrou que o apadrinhamento natalino é uma forma de diminuir a solidão dessas crianças e adolescentes, muitos sofrendo de depressão e ansiedade. Ontem, o EM revelou que a separação pode também terminar com outro tipo de final feliz, com pais que perderam a guarda lutando para reataros laços com os filhos e reconstituir o ambiente familiar.
http://www.em.com.br/…/musico-encara-a-hora-de-deixar-abrig…

ADOÇÃO E MEDICINA: UM GUIA COMPLETO


23/12/2014
Por American Academy of Pediatrics
(O conteúdo completo deste artigo está disponível somente em inglês)
A publicação a seguir reúne contribuições para conduzir a atuação de profissionais de saúde infantil na relação com a criança adotada e sua família. O material inclui orientações práticas para preparar pais adotivos, conduzir avaliações de saúde pré e pós-adoção, otimizar o crescimento e o desenvolvimento pessoal da criança adotada, solucionar problemas emocionais e comportamentais da puberdade e adolescência, além da identificação e acesso a recursos educativos e comunitários.
Exemplos da vida real ilustram as principais técnicas, recomendações e abordagens de aconselhamentos e tratamento. O livro aborda questões como processo de adoção, exposição a substâncias na gestação, condições genéticas e psiquiátricas, questões de vínculo, identidade adotiva, entre outros.
http://www.radardaprimeirainfancia.org.br/adocao-e-medicina/

ANSIEDADE E DEPRESSÃO FAZEM PARTE DO COTIDIANO DAS CRIANÇAS QUE VIVEM EM ABRIGOS


Garoto ingeriu cápsulas de medicamento controlado para aliviar a tristeza e foi encontrado quase desmaiado pela coordenadora do abrigo
21/12/2014
Sandra Kiefer /
A casa da região da Pampulha está em polvorosa. As paredes coloridas de amarelo, luminosas, tentam disfarçar a tristeza que tomou conta dos 15 moradores, crianças e adolescentes de 7 a 12 anos. Na véspera, um deles havia ingerido cápsulas do medicamento controlado usado por um coleguinha, que necessita deles para controlar a ansiedade e a depressão precoce por ter sido abandonado e maltratado pelos pais. Essa é a realidade da maior parte dos garotos e garotas que vivem nos abrigos de BH, sofrendo dupla rejeição. Também não foram aceitos nas listas de adoção nacional e internacional, seja pela idade, por problemas de saúde ou pelo vínculo forte com os irmãos.
Os orfanatos deixaram de ser gigantescos. Para ficar mais parecidos com um lar, as casas estão reduzidas ao limite de 15 crianças, separadas por faixas etárias, como bebês, crianças até 6 anos, de 7 a 12 anos e de 12 até os 18 anos. Não há interesse da Prefeitura de BH em manter as crianças no acolhimento. Cada adolescente no abrigo custa R$ 2.240 mensais, repassados dos cofres municipais para as instituições conveniadas. Já os bebês custam R$ 2,9 mil por mês.
Voltando ao caso, o garoto que tomou os remédios controlados foi encontrado quase desmaiado pela coordenadora do abrigo, Selma Silva Soares, sendo socorrido imediatamente pela ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele nem precisou ficar internado, pois confessou ter ingerido uma ou duas das cápsulas para aliviar a tristeza. Dormiu dois dias inteiros. Neste e nos outros abrigos, os internos são olhados por educadores, assistente social e técnicos, que se revezam 24 horas.
COTIDIANO DIFÍCIL
O triste episódio deixou visivelmente desorientada a coordenadora do abrigo. No dia seguinte, Selma mandou instalar fechaduras e cadeados em todos os armários da instituição de acolhimento. “Nosso cotidiano é assim. Os meninos têm momentos de revolta, mas também momentos de afeto”, conta. Como se pudesse ouvir atrás das paredes, o interno José* (nome fictício) bate à porta e pede licença para entrar.
Nas mãos, José traz uma rosa branca colhida no jardim, que oferece à coordenadora sem dizer nada. José é tímido. Selma se emociona e abraça o menino, demoradamente. Escondida do garoto, vai às lágrimas. “José é pequeno para saber que, de acordo com a doutrina espírita, a rosa branca simboliza renovação de energia. Era tudo o que eu precisava hoje para dar continuidade ao trabalho. Às vezes, bate o desânimo”, desabafa a mulher, que imediatamente passa a contar a história do garoto José, que é de cortar o coração.
Aos 7 anos, ele foi para o primeiro abrigo. Agora, aos 12 anos, está deixando de comer e de dormir com a proximidade do Natal, como forma de sensibilizar uma prima a tomar a decisão de adotá-lo. Embora seja jovem, ela é a única parente que restou da família dele, após a morte da mãe. Os seis irmãos já estão adotados. José chegou a ser acolhido em uma família com o irmão caçula, mas abriu mão da adoção para um futuro melhor para o irmão. “Eu vi que não ia dar para nós dois, que eu estava ocupando o espaço dele”, conta o menino, com simplicidade. Ele calcula que o irmão, de quem nunca mais teve notícias, deve estar agora com cinco ou seis anos.
TRÊS PERGUNTAS PARA.. Marcos Padula - Juiz titular da Vara da Infância e da Juventude de BH
POR QUE AINDA EXISTEM TANTAS CRIANÇAS NOS ABRIGOS?
A nova Lei da Adoção modificou a nomenclatura do abrigo para acolhimento institucional, mas a medida continua sendo aplicada apenas em caráter excepcional, quando a família não adere aos programas estruturais de auxílio. Infelizmente, o abrigo não consegue dar o retorno afetivo às crianças. Algumas enfrentam melhor a situação, mas as mais sensíveis desenvolvem quadros de agressividade ou depressão.
QUAL FOI A PRINCIPAL MUDANÇA DA NOVA LEI?
A nova lei também diferenciou o acolhimento institucional do familiar, em que uma família recebe a criança provisoriamente até que se defina sua situação. Infelizmente, esse programa ainda não decolou, pois depende de regulamentação na Câmara uma ajuda de custo para a família substituta ou guardiã. O fato é que 98% das crianças estão acolhidas em instituições e não em famílias acolhedoras.
HÁ ESPERANÇA PARA AS CRIANÇAS ACOLHIDAS?
Os brasileiros já têm adotado crianças de até 6, 7 anos de idade. Houve uma melhora em relação há 10 anos, quando a preferência era para crianças entre 3 e 4 anos. Se a criança ultrapassar os 9 anos, dificilmente será adotada, a não ser que um padrinho ou madrinha se afeiçoe a ela, mas é uma exceção. Pelo menos o apadrinhamento de Natal e ano-novo é de quase 100%. Faltam crianças para tanta gente interessada.
http://www.em.com.br/…/inte…/entre-a-revolta-e-o-afeto.shtml

ABANDONADO QUANDO BEBÊ, CANTOR SERTANEJO LUTA PARA SUSTENTAR OS PAIS ADOTIVOS


23/12/2014
O Balanço Geral SP mostra para você uma história de sobrevivência, superação e muito talento.
Ricardo foi abandonado pela mãe biológica quando tinha apenas seis meses de idade, mas encontrou uma família que o criou com muito amor. Agora, os pais adotivos de Ricardo estão doentes e ele quer retribuir o carinho e a ajuda que recebeu com seu talento.
E, na luta para engatar a carreira de cantor sertanejo, ele ganhou uma surpresa no programa desta terça-feira (23).
Veja!
http://rederecord.r7.com/…/abandonado-quando-bebe-cantor-s…/


VOTAÇÃO ENTRA PELA MADRUGADA, MAS ALESE ZERA PAUTA E ENTRA EM RECESSO NESTA TERÇA


23/12/2014
Por: Habacuque Villacorte
Em mais de 11 horas de debates e uma pauta extensiva de votações, no plenário e nas comissões temáticas, os deputados estaduais de Sergipe apreciaram e aprovaram todos os projetos pendentes, inclusive a Lei Orçamentária do Estado para o exercício de 2015 e entraram em recesso. A sessão ordinária, aberta no início da tarde de ontem, foi suspensa para os debates nas comissões. Após o retorno dos trabalhos, já à noite, houve uma nova interrupção diante de um questionamento do deputado estadual Gilmar Carvalho (SDD) e os trabalhos só foram finalizados após as duas (2) horas da madrugada dessa terça-feira (23).
(...)

PREVIDÊNCIA SOCIAL
(...)
Por fim, os deputados aprovaram as emendas modificativas que trazem as seguintes redações: “A servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, fará jus a licença-gestante pelo período de 180 dias (e não mais 120 dias)”. “A funcionária do Magistério que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, fará jus a licença-gestante pelo período de 180 dias (o texto original traz o prazo de 120 dias)”.
(...)
NOTÍCIA COMPLETA NO LINK
http://www.faxaju.com.br/conteudo.asp?id=194833

ESPECIAL 'I ANO DE GESTÃO': JUSTIÇA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE ATUANTE


22/12/2014 11:06
Porto Velho
Com a realização de audiências concentradas, cursos e campanhas pela adoção e com a promoção de seminários sobre os direitos da criança e do adolescente, a Justiça de Rondônia atua com criatividade e determinação
Em 2014, mais uma vez, o Poder Judiciário atuou com determinação na área de Infância e da Juventude. O funcionamento regular das varas especializadas, com a realização de audiências, julgamentos e outros procedimentos previstos na legislação teve como aliada a realização de ações criativas, como a ampliação do projeto Conhecer para Defender para diversas comarcas, a realização do segundo seminário estadual sobre socioeducação e campanhas de incentivo à adoção tardia e ao apadrinhamento de crianças que estão vivendo em instituições de acolhimento. Em todas essas ações, a Administração do Tribunal de Justiça prestou apoio e deu condições materiais e institucionais para que fossem realizadas.
“DEIXE-SE ADOTAR”
Em maio, o 2º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho, juntamente com a Comissão Estadual de Adoção (CEJA) e parceiros, deram início a uma mobilização pela adoção tardia. Outdoors, cartazes, folders e um vídeo institucional foram produzidos, em especial recorte para a questão da adoção de crianças com idade superior a três anos. O vídeo foi premiado com o 1º lugar na categoria Vídeo Institucional. Não só isso, o VT, produzido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia também foi premiado com o 1º lugar na categoria Júri Popular, ambos os troféus do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça (Conbrascom), realizado em Aracaju-SE.
Este ano o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça teve recorde de inscrição, foram 232 trabalhos inscritos, com 47 finalistas.
O filme mostra os aspectos legais e emocionais que envolvem a adoção, ouve profissionais do meio e, sobretudo, demonstra exemplos comoventes de adoção de crianças consideradas “fora dos padrões” almejados pela maioria dos pretendentes. A colaboração das famílias e crianças que passaram pelo processo contribuem para demonstrar que adoção é um caminho de via dupla, onde não só os filhos como também os pais ganham com o gesto que transforma vidas.
JUIZADO DA INFÂNCIA TEM RESULTADOS POSITIVOS
Com medidas simples e foco na humanização do atendimento, o 1º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho tem conseguido reduzir o número de processos em andamento na vara, que já chegou a 2800 e agora mantém uma média de 1100 processos.
As mudanças começam na distribuição do processo. Antes o trabalho era feito pelo chefe de cartório, junto com outras tarefas, como o cumprimento das medidas socioeducativas, foi criada uma equipe exclusiva para a distribuição, o que tornou o trâmite muito mais rápido.
Mas talvez a medida com maior repercussão, pela dimensão humana, diz respeito à realização das audiências, que passaram a ser feitas com sistema de gravação e com a presença do adolescente infrator e todo o corpo técnico (juiz, promotor, defensor, equipe psicossocial, quando necessário). Além disso, como as alegações finais são gravadas, a sentença é dada na hora, com as explicações adequadas ao adolescente. O magistrado conta que durante a audiência todos os aspectos envolvendo o ato infracional vem à tona. Além do juiz, promotor e defensor também se dirigem ao adolescente para esclarecimentos.
Outro aspecto que contribui para diminuir o congestionamento é o cuidado especial com detalhes, como os objetos relacionados aos processos. Como não se pode extinguir o processo sem que seja dada uma destinação, como prevê a lei, foi proposto um mutirão nas delegacias para verificar a situação de cada bem. Muitos, que estavam há anos parados, foram entregues a instituições filantrópicas (bicicletas, aparelhos de ar-condicionado, etc.), conforme orientação do manual de cumprimento de medidas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
PROJETO APADRINHANDO UMA HISTÓRIA
O apadrinhamento de crianças e adolescentes é um serviço da Assistência Social previsto nas Orientações Técnicas para os Serviços de Acolhimento de Crianças e Adolescentes a partir do qual o Projeto "Apadrinhando uma História" foi idealizado pelas equipes do 2º Juizado de Infância e Juventude, Serviço de Acolhimento Institucional (SAIN) da Secretaria de Assistência Social do Município de Porto Velho, Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude do Ministério Público e Comissão Estadual Judiciária de Adoção.
O objetivo é sensibilizar e captar pessoas com interesse e disponibilidade de tornarem-se “padrinhos e madrinhas” de crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, cujos vínculos com as famílias de origem encontram-se total ou parcialmente rompidos.
Foi instituído pela Corregedoria-Geral que a normatizou para todo o Estado de Rondônia. A primeira Comarca a aderir ao Projeto foi a da capital, para atender as crianças e adolescentes das instituições de Porto Velho, maiores de 07 anos e com possibilidades remotas de adoção e disponibilizou as três modalidades de Apadrinhamento: afetivo, provedor e prestador de serviços.
O pré-lançamento do projeto ocorreu no Parque das Seringueiras (antigo parque circuito), com a realização de diversas atividades recreativas, esportivas e culturais.
CONHECER PARA DEFENDER
O Poder Judiciário de Rondônia realizou o Seminário Conhecer para Defender em dezenas de cidades do Estado com o objetivo de contribuir para a criação de ambiência social, comunitária, institucional e familiar favorável ao processo socioeducativo do adolescente que comete ato infracional.
A itinerância do Seminário por todo o Estado é uma iniciativa do 1º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho.
O principal assunto abordado durante o seminário é com relação às medidas socioeducativas que anteriormente eram aplicadas pelo Judiciário e que, a partir de 19 abril de 2013 passaram a ser responsabilidade do Município e do Estado, que devem aplicar tais medidas por meio de programas sociais implantados em parceria com instituições sociais devidamente cadastrada.
CURSOS DE ADOÇÃO
O Poder Judiciário realizou cursos preparatórios para Pretendentes à Adoção de crianças e/ou adolescente em diversas comarcas do Estado. O objetivo do curso é a adequação aos apontamentos do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei 12.010, de 2009, sobre o instituto da adoção e visa instruir, capacitar, discutir e preparar os pretendentes sobre os aspectos jurídicos, sociais e psicológicos da adoção.
Além do magistrado, também são responsáveis pelos cursos os profissionais que atuam nos o Núcleos Psicossociais (NUPS) das comarcas, que facilitam a compreensão de diversos temas relacionados à adoção, entre eles: reflexões e motivos da entrega; mitos e preconceitos que envolvem a adoção; gestação emocional; filho real x filho idealizado; importância do estágio de convivência para a construção de vínculos; expectativas de pretendentes e crianças; revelação, história de vida, devolução e esclarecimentos sobre os sistemas “Encontrei” e “Cadastro Nacional de Adoção”.
CONTRATAÇÃO DE ADOLESCENTES
O Poder Judiciário realizou, em dezembro, ação para celebrar a contratação de jovens em vulnerabilidade ou até mesmo em conflito com a lei, no projeto “Se a vida ensina eu sou aprendiz”, dando a oportunidade de participação em cursos profissionalizantes e, até mesmo, trabalho, por meio de programas do Governo Federal, menor aprendiz, Pronatec, entre outros.
Segundo o coordenador da Infância e da Juventude, juiz Marcelo Tramontini, o projeto é fruto das realidades vivenciadas no I Juizado, onde é titular. O magistrado então procurou a Promotoria de Justiça, Defensoria Pública e o Ministério Público do Trabalho. O procurador-chefe do MPT, Marcos Cutrim, foi receptivo com a ideia e tornou-se um parceiro do Judiciário.
Inicialmente foram contratados 52 adolescentes para os cursos de eletromecânica, eletricidade, montador reparador e instalador. Os cursos serão fornecidos pela escola do Senai, com duração de 1 a 2 anos. A empresa contratante é a Enesa Engenharia.
CONCURSO DE FOTOGRAFIA
Adolescentes em processo de inclusão social receberam bolsas para um curso de fotografia, por meio de uma parceria com a Fundação Rede Amazônica. Três adolescentes foram premiados após participação num concurso realizado pelo 1º Juizado da Infância e da Juventude de Porto Velho.
CONGRESSO “O ADOLESCENTE E A SOCIEDUCAÇÃO”
Auditório lotado e com cadeiras extras. Diante do público, a música clássica deu tons magistrais às trilhas sonoras de grandes sucessos do cinema. Assim, ao som da Orquestra Vila Lobos, sob muita expectativa e com extensa pauta de debates, foi aberto o II Congresso Estadual O Adolescente e a Socioeducação, realizado pelo Poder Judiciário de Rondônia, por meio do Juizado da Infância e da Juventude da capital e da Escola da Magistratura (Emeron), no mês de novembro. A programação apresentou palestras, mesa de discussão e minicursos.
O juiz de Direito Marcelo Tramontini explicou como foi pensado e organizado o congresso, enaltecendo a programação e os esforços de diversos setores do Tribunal de Justiça e parceiros, em especial aos servidores do Núcleo Psicossocial do 1º Juizado da Infância e da Juventude.
Fonte:TJ/RO
http://www.jornalrondoniavip.com.br/…/especial-i-ano-de-ges…