05/12/2014
Jornal A Cidade / Eliel Almeida
Almoxarife de 41 anos transformou a brincadeira de final de semana com os filhos em escolinha de futebol
Há 11 anos, o almoxarife Júlio Carlos Delboni, 41 anos, viu em um simples momento de lazer com os filhos, uma porta aberta para se tornar professor de futsal. O morador comanda aos finais de semana, um grupo de quase 100 crianças, que aprendem o esporte através de seus ensinamentos, em uma quadra do Jardim Alvorada.
“Eu fui brincar com meus filhos e vi que a criançada se interessou. De repente, virou rotina. Todo sábado e domingo tenho um compromisso.” O professor lembra que no começo o maior adversário era a falta de material e o sol forte. “A quadra não era coberta e tinha apenas uma bola, mas a gente se virava”, brinca Júlio.
Hoje, com o apoio da Associação Amigos do Bairro Alvorada, Júlio segue ensinando as crianças, que agora ganharam uniformes e materiais esportivos. “A quadra é coberta e também temos coletes e mais bolas, até participamos de torneios”, ressaltou o professor.
Muitos alunos nem eram nascidos quando o projeto começou, mas reconhecem a ajuda do professor. “Ele me ensinou como chutar, quando crescer vou ser atacante e fazer gols”, garante Adrian Henrique Santos, de apenas 9 anos. Murilo de Faria, 14 anos, está há 9 anos na ‘escolinha de futebol’. Para ele, o esporte não é somente um passatempo. “Acho legal ele ter este tempo para nos ensinar. Quero fazer carreira neste esporte”, resume o adolescente.
SONHO DE VALDIR VIRA ‘ABRIGO’
O desejo de ajudar do empresário Valdir Adílson Guidugli, 55 anos, foi além. O morador ficou insatisfeito com o destino de crianças e adolescentes abandonados, que eram levados para a Febem de Batatais, e decidiu intervir.
Em 1993, Valdir junto com outros empresários fundaram uma casa abrigo que hoje é o lar de 22 crianças abandonadas. “Eram meninos abandonados que seriam destinados a uma instituição que abriga menores infratores, não achei justo”, disse.
Para manter toda a estrutura do orfanato, que conta com 28 funcionários, o empresário precisa de R$ 600 mil por ano. Parte do dinheiro vem de subvenções do governo, porém, o restante é custeado pela diretoria. “A forma que a gente encontra quando não tem outra solução é complementar o que falta. O dinheiro do governo ajuda, mas garante apenas 50% dos custos”, ressaltou o empresário.
Como presente pelos 118 anos de Sertãozinho, o empresário revela um sonho. “Meu sonho é chegar o dia de anunciar o encerramento das atividades do lar por não termos mais crianças em situação de abandono para ser atendidas. Este, sim, é o meu sonho”.
BRINQUEDOS
Em 1998, três amigos decidiram destinar uma pequena parte de seus ganhos para ajudar o próximo. Eles compraram brinquedos e distribuíram em bairros carentes. Com o passar do tempo, o pequeno gesto virou hábito, e hoje os três são responsáveis por um grupo de 30 pessoas que se reúne em datas comemorativas para distribuir, doces, lanches e brinquedos.
“Foi natural, queríamos realmente poder interferir e fazer parte da sociedade”, disse Marco Antônio Sversut, 34 anos.
http://www.jornalacidade.com.br/…/NOT,2,2,1015340,Julio+e+o…
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