terça-feira, 9 de dezembro de 2014

FAMÍLIAS PEDEM INDENIZAÇÃO DE 12 MILHÕES DE EUROS.


02.12.2014
Do G1, em São Paulo
Troca de meninas em maternidade só foi descoberta após 10 anos.
As famílias de duas crianças que foram trocadas na maternidade há 20 anos estão processando o hospital de Cannes, na França, onde ocorreu a troca, e pedem na Justiça uma indenização de mais de 12 milhões de euros (R$ cerca de 38,3 milhões).
Segundo o site francês "The Local", a troca aconteceu quando as duas meninas recém-nascidas, Manon e Mélanie, foram colocadas em uma incubadora com luzes especiais para o tratamento de icterícia. Na hora de serem levadas de volta para seus pais, um funcionário do hospital cometeu as trocou, segundo uma investigação feita pelo hospital uma década depois.
Na época, as mães perceberam que havia algo de errado. Sophie Serrano, cuja filha era Manon, disse aos funcionários do hospital que seu bebê tinha a pele mais clara, e que depois de ir para a incubadora parecia muito mais bronzeada.
O hospital rejeitou o questionamento da mãe, e disse que a diferença ocorreu devido ao efeito das luzes na incubadora.
Com o passar dos anos, as dúvidas ficaram mais fortes. Manon Serrano cresceu sendo alvo de piadas por não ter nenhuma semelhança com seu pai, que resolveu fazer um teste de DNA quando a menina tinha 10 anos.
O exame mostrou que não só o homem não era o pai biológico da menina, mas Sophie também não era a mãe de Manon.
Investigações posteriores mostraram que a verdadeira filha do casal cresceu em uma família que vivia a apenas 30 km de distância.
As duas famílias se conheceram mas decidiram não desfazer a troca. Eles também não mantiveram contato após seus encontros iniciais.
“Eu não vejo mais minha filha biológica. As diferenças sociais, educacionais e culturais entre as duas famílias, além da dor de nossa rivalidade inconsciente, acabaram com a nossa relação”, disse Sophie Serrano.
Apesar disso, a mulher afirmou que “amou instantaneamente sua filha biológica” assim que a viu.
As famílias entraram com um processo contra a clínica assim que souberam do erro, mas o caso foi dispensado porque o incidente havia acontecido uma década antes.
Agora, elas tentam uma compensação em uma corte civil, em um processo iniciado nesta terça-feira (2) na cidade de Grasse. Elas processam a clínica, os médicos que supervisionaram os partos e a enfermeira auxiliar.
A clínica admitiu o erro – culpando uma enfermeira auxiliar que sofria de alcoolismo – mas afirmou que não irá pagar nenhuma indenização.
http://g1.globo.com/…/franceses-processam-hospital-por-troc…

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