quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA: RESPONSABILIDADE SOCIAL NA ORDEM DO DIA (Reprodução)

Por Josimário Nunes
27 de janeiro de 2016
Criar e aperfeiçoar leis, discutir contas e gestão pública, cobrar e sugerir melhorias para a população são algumas das funções dos deputados estaduais. A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, contudo, está indo além do seu papel constitucional e abraçando ações de responsabilidade social, através de campanhas educativas e de conscientização sobre temas da maio...r relevância para a sociedade.
TABUS SOBRE O PROCESSO DE ADOÇÃO foram quebrados durante o ano, através da contribuição da Assembleia com a campanha “Amor Não Se Escolhe”, encabeçada pelo Legislativo para estimular o processo de adoção sem preconceitos, ajudando os futuros adotantes a dispensarem critérios de escolha quanto à cor, idade, sexo e outras características físicas.
Segundo dados do Cadastro Nacional de Adoção, até maio de 2015 havia 5.675 crianças registradas à espera de adoção. O número representa 16% do total de pretendentes existentes no cadastro, que era de 33.505. Segundo especialistas ouvidos à época, a preferência por meninas, brancas e com menos um ano de idade contribuía para esse quadro, que o Legislativo tenta amenizar.
A campanha ganhou as redes sociais, TV, rádio, jornais, portais de notícias e ainda um hotsite específico. “Nosso objetivo foi conscientizar as pessoas sobre o processo de adoção, incentivando os norte-riograndenses a adotar sem preconceitos”, explicou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira.
Na área de saúde, a Assembleia teve papel de destaque no combate ao câncer de mama. Durante o Outubro Rosa, período específico para a conscientização e prevenção da doença, o Legislativo firmou convênio com o Grupo Reviver para tentar suprir a demanda reprimida de mulheres que não tinham condições de realizar o exame em clínicas particulares ou desistiam de fazê-lo devido à alta procura nas unidades públicas de Saúde. Com isso, quase 80 exames foram realizados diariamente durante mais de um mês.
“Trata-se de um exame preventivo para uma doença que mata cerca de 200 mulheres ao ano em todo o Rio Grande do Norte, mas que quando descoberta precocemente apresenta 95% de chances de cura. É um tema de extrema importância e estamos felizes de contribuir com a sociedade”, disse Idaísa Fernandes, fundadora do Grupo Reviver.

Original disponível em: http://blogafonte.com.br/assembleia-legislativa-responsabilidade-social-na-ordem-do-dia/

Reproduzido por: Lucas H.

TJDF CONCEDE LICENÇA DE 180 DIAS A MÃE QUE ADOTOU CRIANÇA DE 5 ANOS (Reprodução)

26.01.2016
Distrito Federal
Do G1 DF
Professora teve pedido negado pela secretaria; GDF pode recorrer....
Legislação prevê 1 mês de licença em adoção de crianças entre 4 e 8 anos.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) concedeu licença maternidade de 180 dias para uma professora que adotou uma criança de 5 anos. Luciana Brandão obteve uma licença maior na Justiça após o governo do DF negar o pedido. Cabe recurso.
O filho de Luciana tem 5 anos e aguardava por uma família há quatro anos em um abrigo. A mãe esperou durante um ano pela adoção. Segundo ela, o filho teve atrasos no desenvolvimento. “[Ele] estava bem desnutrido, catarata congênita… Ele foi fazer cirurgia ainda. Então ele começou a enxergar muito tarde, andou muito tarde, sentou muito tarde. Tudo foi muito tarde”, afirmou.
Luciana é professora da rede pública e pediu à Secretaria de Educação para ficar seis meses com o filho. O governo negou a solicitação e concedeu apenas 30 dias. A mãe então acionou a Justiça.
A legislação atual prevê licenças maternidade de 180 dias para pais e mães que adotarem crianças menores de 1 ano. Para crianças entre 1 e 4 anos, a licença diminui para 90 dias. Adoções de crianças entre 4 e 8 anos garantem aos pais o benefício de 30 dias.
A decisão do TJ não é inédita. Em setembro do ano passado, outra servidora da Secretaria de Educação ganhou na Justiça o direito de ficar seis meses com a filha de 6 anos recém-adotada.
À época, a professora Miriam de Sousa teve a licença autorizada por uma liminar. Ela conviveu até setembro de 2015 com a possibilidade de precisar devolver R$ 30 mil ao Estado, caso o tribunal decidisse que não tinha direito aos 180 dias de afastamento.
Para o psicólogo da Vara da Infândia do DF Walter Gomes, é importante que a criança passe tempo suficiente com os novos pais para criar vínculo afetivo. “O abandono gera uma série de efeitos colaterais perversos que podem impactar o desenvolvimento dessa criança. Uma vez que ela é acolhida em adoção, quanto maior for o tempo e a qualidade desse tempo, com toda a certeza isso resultará em benefícios indescritíveis sobretudo para a saúde emocional delas.”
O GDF diz ter negado o pedido da professora seguindo o que determina a legislação. O governo informou que vai analisar o caso para recorrer da decisão do tribunal.

Original disponível em: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/01/tjdf-concede-licenca-de-180-dias-mae-que-adotou-crianca-de-5-anos.html

Reproduzido por: Lucas H.

ESCRITOR E PSICÓLOGO FAZ PALESTRA SOBRE ADOÇÃO EM PAULISTA. (Reprodução)

26 jan., 2016
Paulista
Autor de 20 livros, sendo seis sobre adoção, o psicólogo Luiz Schettini Filho realizará palestra neste sábado (30.01), das 15 às 17h, em Paulista. “Convivendo com o filho adotivo” será o tema abordado. O escritor traz na bagagem a experiência de ser pai adotivo e de lidar com a questão no consultório. ...
O evento é coordenado pelo Grupo de Apoio à Adoção do Paulista (GAAP). A palestra será gratuita e podem participar pais adotivos, pretendentes e o público em geral. A programação acontecerá no auditório do Ministério Público de Pernambuco, na Avenida Senador Salgado Filho, s/n, Centro, Paulista.


Original disponível em: http://www.informepe.com/2016/01/escritor-e-psicologo-faz-palestra-sobre-adocao-em-paulista/

Reproduzido por: Lucas H.

COMISSÃO DE SEGURIDADE DEVE INVESTIGAR PROCESSO DE ADOÇÃO NO PAÍS (Reprodução)

26/01/2016
MANDETTA: QUEREMOS SABER AONDE ESTÁ O GARGALO, O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO JUDICIÁRIO
...
A Comissão de Seguridade Social da Câmara deve fazer um raio-x no processo de adoção de crianças e adolescentes no País. A informação é do deputado Mandetta (DEM-MS), que diz já haver consenso entre os deputados para que a partir de fevereiro seja feito um grande trabalho sobre o tema.
“Queremos saber aonde está o gargalo, o que está acontecendo no Judiciário. Nas varas da Infância, eles alegam que não há psicólogos concursados e assistentes sociais em número adequado. O processo é muito lento e as crianças estão envelhecendo na fila de adoção", explicou.
A ideia, de acordo com o deputado, é que a comissão consiga reunir propostas de melhorias. "Nós vamos identificar os problemas por estado, que vão precisar, provavelmente, de novas leis e, inclusive, de ação de órgãos, do Conselho Nacional de Justiça e de associação de pais".
PROBLEMAS
Essa investigação no processo de adoção no país será positiva, segundo a presidente da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), Suzana Schettini: “Nós realmente temos problemas em vários estados, em várias comarcas, principalmente no interior, com estrutura das varas da infância. Não existe funcionário suficiente para dar conta de todas as demandas que envolvem a disputa da adoção".
Mas a presidente da Angaad alerta que, para que o trabalho dos deputados realmente traga melhorias, é preciso que eles verifiquem como o processo de adoção acontece na prática. Isso porque, mais do que mudanças legislativas, é necessário que se cumpram os prazos já existentes na Lei de Adoção (12.010/09), como o que determina que uma criança pode ficar em abrigo no máximo por dois anos.
"Hoje nós temos cerca de 45 mil crianças em instituições e no Cadastro Nacional de Adoção há cerca de seis mil prontas para adotar. E o resto? Cadê? Esse outro montante de crianças está em instituição e ainda não está disponível para adoção; muitas vezes elas estão aguardando laudo, porque faltou isso, faltou aquilo. Então nós precisamos realmente fazer cumprir a lei, "
O Cadastro Nacional de Adoção tem quase 35 mil pessoas na fila para adotar. Do outro lado, existem mais de 6 mil crianças e adolescentes aguardando adoção. O problema é que a maioria dos candidatos a pais querem crianças com até cinco anos, mas 8 em cada 10 meninos e meninas que esperam por um lar tem mais que essa idade.
Reportagem - Ginny Morais
Edição – Luciana Cesar

Original disponível em: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/DIREITOS-HUMANOS/502988-COMISSAO-DE-SEGURIDADE-DEVE-INVESTIGAR-PROCESSO-DE-ADOCAO-NO-PAIS.html

Reproduzido por: Lucas H.

EM CARTA COMOVENTE, CANTORA EXPLICA ADOÇÃO APÓS "NÃO DESEJAR FILHO DA BARRIGA" (Reprodução)

26/Jan/2016
Cantora Vanessa da Mata explica, em carta emocionante, por que nunca sonhou com "filho da barriga", fala sobre o desejo pela adoção e, ao lembrar da chegada dos filhos, faz uma verdadeira declaração de amor
Mãe de três crianças, Vanessa da Mata não é diferente de qualquer outra mãe que ama seus filhos. Mas o fato de as crianças terem surgido em sua vida por meio da adoção e não pela concepção faz com quem a cantora tenha que lidar com situações diferentes do que uma mãe biológica enfrentaria. Vanessa adotou Bianca, Filipe e Micael, três irmãos biológicos.
A cantora conta que as pessoas ainda têm muito preconceito em relação ao assunto. “Eu estava nos Estados Unidos e contei para os meus amigos de lá que ia adotar e eles fizeram um jantar para brindar. No Brasil, as pessoas diziam para eu não fazer isso, pelo amor de Deus. Foi decepcionante ver o preconceito. Algumas pessoas chegaram a falar que eu ia fazer isso para me promover, até por esse motivo eu prefiro não falar muito sobre o assunto”, disse.
“Minha falecida avó, Sinhá, a quem sempre fui muito ligada, teve sete filhos biológicos e adotou outros 20. Sim: ela tinha 20 filhos adotados. Portanto aprendi desde cedo que não é a gravidez que faz uma mulher ser mãe…é o amor. A maternidade é a experiência mais acertada da minha vida. Mas pude constatar na pele que ainda existe um preconceito muito grande em relação ao ato da adoção. Já cheguei a ouvir que eu teria feito isso para me promover. Também já ouvi afirmações grosseiras, na frente das crianças, inclusive…coisas do tipo ‘mas elas não são suas’. Ou seja: um desrespeito e uma falta de sensibilidade muito grande. Elas são minhas sim, oras. Se não são minhas, são de quem então?”, completou.
Recentemente, Vanessa publicou no Facebook uma carta comovente em que explica a história do processo de adoção e discorre acerca das condições dos abrigos para crianças no Brasil. A artista relata ainda que, se tivesse mais condições, “teria uns dez filhos de coração, estômago, pensamentos, de destino, de canções e arte de viver”.
LEIA ABAIXO O DEPOIMENTO DA CANTORA:
A vida muda a cada momento! Quase seis anos atrás, depois de não desejar filho da barriga, resolvi exercer a adoção, desejada desde a infância! Mas isso não aconteceu assim, rapidamente! Eu estava pensando em morar fora, Nova York, Canadá, para aprimorar as “aulinhas de inglês”! Estava me separando e resolvendo seguir fase nova na vida. Aí em uma visita a um abrigo, levei brinquedos e cobertores, “saí com três crianças” hahahaha …
Não foi tão fácil assim! Os trâmites de adoção são dificílimos, os pais adotivos e as crianças sofrem com a burocracia e demora e as crianças que muitas vezes chegam bebês, crescem lá dentro, sendo preteridas na adoção por outras menores. Mas NY, como era abstrata e podia ser adiada, ficou pra depois, enquanto as crianças não tinham mais tempo para esperar nem perder. Era uma adoção tardia. “Adoçao tardia” é aquela que acontece com crianças já crescidas! Crianças que têm experiências difíceis, porém um desejo enorme por uma família. Com todas as dificuldades que tiveram e têm, sabem o que é não ter. Então eu, meu ex-marido, quase separados, nos jogamos e assumimos pais com força na responsabilidade que é educar direito os três filhos e com muito amor.
Acabo de ser “apertada, amassada” por um dos filhos: “Minha mamãe é muito fofa meu Deusss”! Isso sim, “não tem preço” oh cartão de crédito! ahaha tão lindo!
Infelizmente há crianças crescendo dentro dos abrigos, sem amor e sem cuidado necessário para pequenos seres que foram deixados por tantos motivos doloridos. Crianças nos “abrigos”, são muito negligenciadas! Claro que não são todos, mas sofrem muito! Em muitos “abrigos”, as crianças são torturadas, mas não podem ter amor! Os “ajudantes” são proibidos de se envolver afetivamente, para não ter apego, caso elas sejam devolvidas as suas famílias de origem ou adotadas! Ficam à mercê da televisão ligada o dia inteiro, funcionários brutos, sem preparo algum, duros, sem cursos preparatórios, tratamentos psicológicos, sem nem o mínimo que seria ter funcionários gostassem de crianças, sem uma mínima sensibilidade para com eles. Não podem exercer o afeto, mas o desafeto… É visível! Ainda bem que existem abrigos aonde há uma educação religiosa, não fundamentalista. Aquelas que ensinam o amor, amar a si e ao próximo, não o ego do ser o único a entrar no reino de Deus! O amor divino, acho que é um alicerce, dá estrutura, é uma companhia que não falha ao acessar e se conectar.
Ainda temos que melhorar tanta coisa neste mundo, que não há tempo para descansar e nem para negligenciar, ficar quieto diante de tantos fardos e dores implantadas pela ignorância e descaso!
Fiz o disco “Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias”, quando eles chegaram ainda no início no período de feitura no estúdio. De repente eu tinha trigêmeos. Vieram com cinco anos, seis e oito e meio e muita expectativa, medo, cheios de curiosidade e disposição para amar! Chegaram coincidentemente, ou nem tanto assim, no Dia das Mães, vejam vocês!!! A farra da família grande e nova, inclusive com vários tios adotivos, minha avó teve vinte adotivos e sete da barriga ao longo da vida, primos novos chegando, a calçada na casa de Mato Grosso no interior, sendo montada pelas crianças todas da família em um grande mosaico!
A música “Meu Aniversário”, onde falo deles no final e dessa turminha da família, tudo se descobrindo como se o mundo não tivesse existido.
Eu chorava o tempo todo! Me descobri mãe e as histórias se formando e tudo se transformando na minha frente, me fizeram ver os meus pais, minha avó que foi um ser de luz, um anjo, e a minha vida mudava por inteiro. Em uma semana eles já sorriam! Em duas, me chamavam de “minha mamãe” com um orgulho que doía, em duas e meias eles dormiam como se nunca pudessem podido, em um ano, o mais velho lia. Cada conquista uma celebração! O amor é um milagre, digno de mudar tudo, e todos que queiram e se deixam. Eu, mais do que nunca, acredito nisso!
Enquanto nenhum filho dos outros queria beijar os pais na porta da escola, pois estavam crescidos, os nossos faziam muito gosto, matavam de inveja os outros pais que nos olhavam derretidos: “Que delícia a minha mamãe e o meu papai!!!”.
Meu ex-marido é um pai maravilhoso. Levava os filhos no pescoço pelas ruas, girava-os no ar, ensinava com paciência. Muito orgulho de ter escolhido uma pessoa de caráter, firme, bondoso, saudável, de costumes saudáveis,querendo tanto ser pai, para dar exemplo e educar os meus, porque isso é uma responsabilidade enorme, e acho que é a da mulher. Escolher o pai de uma criança não é brincadeira, pois o poder da escolha do pai, é dela, já que tem o poder da gravidez! E muitos mudam na chegada do filho, mas muitos também pioram, continuam no “Mundo de Bob”, o filho vira apenas um status para os outros, não educam, não brincam, não dão limites, não ensinam sobre o mundo e suas armadilhas, não conversam e só pensam neles! Mas também o homem tem a sua responsabilidade na escolha de sua família. Um mãe maravilhosa é o mínimo!
Vou confessar uma coisa: se eu fosse uma cantora do gênero sertanejo e ganhasse muito mais dinheiro para dar uma estrutura melhor, teria uns dez filhos de coração, estômago, pensamentos, de destino, de canções e arte de viver! “Criança é bom demais” como dizia a minha avó amada!
Tanta gente tendo filho de um transa, sem querer! Eu tive muito tempo desejando, com advogado, esperando, chorando e… sem transa! É muito amor


Reproduzido por: Lucas H.

PRÍNCIPE DE LIECHTENSTEIN RECUSA-SE A APROVAR ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR HOMOSSEXUAIS (Reprodução)

26 de janeiro de 2016 - 17:48
Equipe Sempre Família
O monarca afirmou que o país não deve seguir os passos da vizinha Áustria nesse tema...
O principado de Liechtenstein, que fica entre a Áustria e a Suíça, não deve tornar legal a adoção de crianças por homossexuais.
A questão foi fechada pelo príncipe Hans Adam, na habitual entrevista de início de ano à rádio estatal. Na conversa, Adam fala da política interna e externa, de atualidades políticas e sociais e faz algumas previsões para o novo ano.
Durante o programa, o entrevistador perguntou ao príncipe: “Seguiremos os passos da Áustria no tema da adoção por casais homossexuais?”. A questão fazia referência à sentença da Corte Constitucional austríaca emitida em janeiro de 2015, que equiparava os direitos dos casais homossexuais aos dos casais heterossexuais, incluindo assim também o direito à adoção.
O príncipe, contudo, respondeu: “o nosso país continuará o seu caminho, ou seja, continuará a dizer não às adoções por parte de casais homossexuais. “Acho que devemos continuar com essa proibição. Temos a obrigação de controlar com precisão se a adoção contribui ao interesse do menor; devo dizer que se permitimos que dois homossexuais adotem uma criança, mesmo que estivéssemos nas difíceis situações de um país em desenvolvimento, se trataria de uma ação irresponsável.”
Em 2011, o parlamento de Liechtenstein regulamentou as uniões civis homossexuais, concedendo direitos similares aos do casamento no que diz respeito à herança, previdência social, aposentadoria e imigração, mas excluindo a possibilidade de adoção e reprodução assistida.
Com informações de Il Portale della Famiglia
Colaborou: Felipe Kolller

Original disponível em: http://www.semprefamilia.com.br/principe-de-liechtenstein-recusa-se-a-aprovar-adocao-de-criancas-por-homossexuais/

Reproduzido por: Lucas H.

JUIZ DO RIO DE JANEIRO REGULARIZA 28 ADOÇÕES EM UM ÚNICO DIA (Reprodução)

25.01.2016
Na 4ª Vara da Infância e Juventude do Rio correm mais de 700 processos de adoção.
O juiz titular Luiz Ribeiro de Souza promoveu um mutirão e, num único dia, regularizou 28 processos. Isso significa que 28 crianças e adolescentes ganharam novos pais.
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

FILHOS ADOTIVOS E NOSSAS ATITUDES (Reprodução)

24 janeiro 2016
Postado por ana maria teodoro massuci
1 – QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE UM FILHO ADOTIVO E O FILHO CONSANGÜÍNEO?
A doutrina da reencarnação amplia a função dos laços de família enquanto proposta de vivência da fraternidade entre espíritos afins, e mesmo não afins mas que têm ajustes a realizarem nas suas convivências, tanto entre os chamados filhos legítimos como os filhos adotivos. Como nos ensina Emmanuel, essa doutrina nos mostra que “no vizinho ou no servo, pode achar-se um Espírito a quem tenhamos estado presos pelos laços da consangüinidade”.
Podemos pois, inferir com segurança que, em se tratando de espíritos encarnados numa ou noutra condição não há nenhuma diferença. Os chamados filhos do coração podem ser entendidos assim em toda a extensão que esta expressão possa conter quanto a co-responsabilidades paternais e filiais.
2 – UM FILHO NATURAL PODE TER O MESMO NÍVEL DE CARÊNCIA AFETIVA DO QUE UM FILHO ADOTIVO?
A carência afetiva não me parece estar atrelada ao fato de ser filho natural ou adotivo. O ser humano é, intrinsecamente, um ser carente. No entanto, vale evidenciar que o filho adotivo tem uma carência agravada pelo fato de ser um indivíduo rejeitado. Difícil haver um amor sobre a Terra que possa lhe tirar esta sensação. Ele vai ser feliz por ter sido aceito e amado, porém vai conviver com a rejeição.
3 – TODA ADOÇÃO TEM VÍNCULOS COM AS VIDAS PASSADAS DOS PAIS?
Não diria tal coisa. Podemos ser levados a pensar desta forma por causa da lei de ação e reação. No entanto isso pode não estar acontecendo num processo de adoção. Não posso pensar que trabalho durante anos num asilo de velhos por que tenho vínculo com todas aquelas pessoas idosas que ali estão. O afeto que dedico a eles é, antes de tudo, um afeto que não precisa estar sendo manifesto apenas por acerto de contas ou resgate por dívidas contraídas. Os gestos amorosos não precisam estar condicionados a dívidas pregressas.
4 – QUAL A MELHOR FORMA PARA SE CONTAR PARA A CRIANÇA QUE ELA É ADOTIVA?
Diria que se conta a uma criança que ela é adotiva assim como se ensina uma criança a perder o medo de escuro ou a ficar sozinha em casa. Aos poucos. Doses homeopáticas são o alimento afetuoso que vai fortalecer os sentimentos de confiança do ser que traz em si dúvidas por ter sido rejeitado.
5 – ATÉ QUE PONTO A REVELAÇÃO DA ADOÇÃO PODE GERAR CONFLITOS EMOCIONAIS E SITUAÇÕES TRAUMÁTICAS?
Se essa revelação for sendo feita com cuidado e com afeto, não deverá causar traumas. No entanto os conflitos emocionais, em alguns casos poderão ser inevitáveis, não devido a maneira errada da revelação mas sim pelas características do espírito que está ali encarnado na condição de filho adotivo. Um espírito inseguro ou irascível ou que já traz em si uma baixa estima, provavelmente viverá conflitos causados por essa revelação. O que restará aos pais será uma missão ainda mais complexa no sentido de doar afeto, ter paciência e ser perseverante na tarefa que assumiram.
6 – OS ADULTOS ADOTAM CRIANÇAS POR AMOR OU POR NECESSIDADE PSICOLÓGICA?
As duas coisas. Seria ideal que só o fizessem por amor. É bom dizer porém, que necessidades psicológicas desse calibre precisariam ser muito bem diagnosticadas e esclarecidas. Principalmente para que não estejam por trás dessa atitude, mecanismos psíquicos de compensação, de auto afirmação, de sublimação, de substituição, enfim mais relacionados a orgulho ou “status” do que a um legítimo ato de amor ou afeto. Não fosse assim teríamos menos rejeitados nos abrigos e “lares” como negros, feios, doentes, limitados intelectualmente e outros.
7 – A ORIGEM FISO-PSÍQUICA DOS ADOTADOS, MESMO VIVENDO EM UMA BOA ESTRUTURA FAMILIAR PODE INFLUENCIAR SEUS ATOS E ATITUDES NO FUTURO?
Com certeza. O que é constituição de caráter vai estar presente pela vida toda. Um espírito problemático, rebelde será assim pela sua história e não pelo lar que o adotou. Pode aprender e assimilar o afeto que for a ele dedicado? Certamente, e isso pode mudar o seu rumo proporcionando um salto no seu progresso intelectual, moral e espiritual. “O Espírito dos pais tem a missão de desenvolver o dos filhos pela educação”. Esse mandato que está no Livro dos Espíritos parece-nos muito apropriado tanto a filhos naturais quanto a filhos adotados. A educação é a maneira correta de influenciar, lembrando porém que não se trata de “mudar” alguém mas sim de criar condições para que ali se dê o processo educativo juntando as oportunidades que o indivíduo tenha de perceber os ensinamentos e que toquem o seu espírito para que ele próprio, pelo seu livre arbítrio, mude o seu interior. Como nos ensina Paulo Freire, “o homem se educa a si mesmo”, porém facilitado pela condição educacional que o ambiente familiar oferecer.
8 – OS SENTIMENTOS (AMOR E MÁGOA) QUE A CRIANÇA NUTRE PELA MÃE NATURAL, PODEM SER TRANSFERIDAS PARA A MÃE ADOTIVA?
Com certeza. Hoje sabemos que os fetos tem uma intensa vida intra-uterina na relação com a mãe natural. Certamente ele já vive no útero que o gerou a dor de que vai ser rejeitado. Quando vier à luz se a mãe natural, por alguma razão, não o quiser ou não estiver livre para desejá-lo para ela, amor ou mágoa existirão e irão sim em forma de amarguras e dúvidas para a mãe adotiva. As dúvidas são inerentes aos espíritos amados e bem equilibrados, quanto mais para os espíritos que foram realmente enjeitados. O filho adotivo, muito provavelmente, terá nas suas raivas e rebeldias naturais (por exemplo na adolescência) o agravante de ter sido adotado. E a mãe natural será alvo desses sentimentos e emoções agravantes.
9 - UM FILHO ADOTIVO PROBLEMÁTICO É SEMPRE UM “CARMA” QUE OS PAIS PRECISAM RESGATAR?
Não podemos pensar assim pois se não os filhos adotivos que dão certo e são felizes, produtivos e gratos, também teriam que ser considerados prêmios. Não podemos pensar numa providência divina que se utilize de seres encarnados para serem “carmas” ou troféus entregues a pais dedicados. Aliás falando de carma, vamos abandonar a idéia limitada e limitante de que os carmas são dívidas a serem pagas. Os carmas podem ser entendidos como heranças a serem transmutadas ou transformadas. É melhor pensar em carma como estímulo para o nosso desenvolvimento ou mesmo proposta de superação para o nosso progresso. Os carmas podem mesmo ser entendidos por talentos. O homem que enterrou o único talento recebido transformou-o em carma. O outro que multiplicou o talento recebido transformou-o e o multiplicou.
10 - HÁ MAIS FACILIDADE EM LIDAR COM UMA CRIANÇA ADOTADA RECÉM NASCIDA OU COM AQUELA DE MAIOR IDADE?
Diria que a recém nascida é mais amoldável ao ambiente e aos costumes do casal que a adotou. A própria voz dos pais adotivos se farão ouvir desde muito mais cedo. A criança adotada de maior idade já terá passado outras experiências e também já sofrido mais as agruras da sua rejeição, quer pelos pais naturais ou pela experiência de viver num “lar” provisório ou mesmo na rua ou, sob a guarda de um juizado, ou então nas mãos dos pais naturais que a maltrataram. Não há dúvida que o processo de adaptação da criança de maior idade, será muito mais doloroso para todos, e muito mais difícil enquanto tarefa a ser assumida.
Referências Bibliográficas:
Maldonado, Maria Tereza – “Os caminhos do coração: pais e filhos adotivos”, Edit. Saraiva.
Miranda, Ermínio – “Nossos filhos são espíritos”, Edit. Arte e Cultura.
Oliveira, Amarilis de; Espírito Dori – “Pai Adotivo”, Edit. DPL
Sulloway, Frank J. – “Vocação: Rebelde”, Edit. Record
Xavier, Francisco Cândido; Vieira, Waldo – “Sexo e Destino”, F.E.B.
Xavier, Francisco Cândido; Espírito Emmanuel – “Vida e Sexo”, F.E.B.
(Revista Literária Espírita DELFOS Março/Abril de 2001)

Original disponível em: http://www.espiritbook.com.br/profiles/blogs/filhos-adotivos-e-nossas-atitudes

Reproduzido por: Lucas H.

ADOTADO POR HOLANDESES, AMAZONENSE BUSCA MÃE BIOLÓGICA EM MANAUS (Reprodução)

Domingo, 24 de Janeiro de 2016
Fonte A Crítica
Manaus
Nascido em 1988, ele foi adotado por um casal holandês e nunca teve notícias sobre sua família biológica. Ele está em Manaus numa busca por suas origens...
DJ e marceneiro na Holanda, Agosto Alfredo da Matta Kempen, 27, está em Manaus disposto a acabar com um mistério: saber quem é sua verdadeira mãe. Ele nasceu na capital do Amazonas, em 1988, e semanas depois foi adotado por um casal holandês.
Nunca teve notícias sobre quem o gerou e quem seria sua família biológica. Por isso, iniciou uma busca incessante auxiliado por sua mãe adotiva, que lhe deu algumas pistas que podem ajudar a desvendar esse mistério.
Quando decidiu, há cinco anos, investigar o passado e o motivo de ter sido entregue à adoção internacional, Alfredo tinha apenas uma certidão de nascimento sem o nome dos pais biológicos, algumas fotografias, relatos das semanas que viveu em Manaus antes de ser adotado por um casal de holandeses e dois nomes: Franciscus Cornelis Bouwman e "Dona Tereza".
Esta semana, Alfredo desembarcou no aeroporto Internacional Eduardo Gomes atrás de qualquer informação que possa levar ao paradeiro da mãe biológica. "Estávamos na lista de adoção internacional e um dia ligaram para a nossa casa dizendo que tinha um bebê disponível no Brasil. Era nosso segundo filho adotivo, o segundo brasileiro (Emanuel, irmão de Alfredo, nasceu em Pernambuco, em 1985). Ficamos muito felizes e viemos buscá-lo", diz a mãe holandesa, Anna Kempen, 60.
Ela lembra bem da viagem que fez a Manaus, em setembro de 1988, com o marido Johannes, para buscar o filho adotivo, que, à época, estava com aproximadamente dois meses. Agora, Agosto Alfredo da Matta Kempen busca de forma incansável recuperar suas origens.
Os detalhes da saga enfrentada por ele você encontra na edição deste domingo (24) do jornal A CRÍTICA, disponível nas bancas ou para assinantes digitais.

Original disponível em: http://www.ariquemesonline.com.br/noticia.asp?cod=299755&codDep=30

Reproduzido por: Lucas H.

ALAGOAS TEM SEIS VEZES MAIS CANDIDATOS A PAIS DO QUE CRIANÇAS PARA ADOÇÃO. (Reprodução)

24/01/2016
Por Eduardo Almeida
Portal Gazetaweb.com
No entanto, maioria acaba em orfanatos por não atender a pré-requisitos estabelecidos pelos pretendentes.
Uma estatística cruel revela que, para cada criança ou adolescente disponível para adoção em Alagoas, existem pelo menos seis candidatos a pais em busca de um filho. Porém, como quem escolhe uma mercadoria, muitos pretendentes desistem da adoção pelo fato de não ter expectativas como idade, sexo e cor de pele atendidas na procura.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente existem 278 candidatos a pais e apenas 45 crianças e adolescentes alagoanos no Cadastro Nacional de Adoção. O número de pretendentes é 6,17 vezes maior do que a disponibilidade, e, mesmo assim, as casas de passagem da capital e do interior seguem lotadas.
Mas esta não é uma realidade exclusiva de Alagoas. No Brasil, há 34.624 candidatos a pais e 6.319 crianças prontas para a adoção. São meninos e meninas que esperam ansiosos para ter uma família que possam finalmente chamar de sua.
Estatisticamente comprovada, a preferência de quem busca adotar é por crianças com até dois anos de idade, de cor branca e de sexo feminino. Os números do CNJ revelam que, quanto maior a idade, menor a chance de encontrar uma família.
"Os dados mostram uma triste realidade de exclusão. Isso é um grande erro, na minha opinião, porque, quem está adotando, não está comprando uma mercadoria, e sim em busca de um filho. No meu ponto de vista, deveria ser algo natural", explica o juiz Ney Alcântara, titular da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Maceió.
COMO ADOTAR?
O magistrado explica que, para adotar uma criança, é necessário que o candidato se inscreva no Cadastro Nacional de Adoção e que atenda a critérios estabelecidos pelo CNJ. O primeiro passo, segundo ele, é procurar a Vara da Infância mais próxima e apresentar documento de identificação e comprovante de residência. Em seguida, será agendada uma entrevista.
"Estão aptos para a adoção os maiores de idade, com diferença mínima de 16 anos para quem será adotado; com idoneidade moral; e que sejam autossustentáveis", observa o juiz, acrescentando que não é permitida a adoção por parentes - sejam ascendentes (bisavôs, avós ou pais) ou descendente s(filhos, netos ou bisnetos).
Alcântara ressalta que a única imposição financeira ao pretendente é que ele seja autossustentável. "Não importa se ele é rico ou pobre. O candidato deve ter condições de se sustentar e de sustentar a criança ou adolescente que for adotado. Só isso".
Também não existe restrição no que diz respeito à orientação sexual do pretendente. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a adoção desde que haja vantagem para quem está sendo adotado, "motivos legítimos" e um ambiente propício para o desenvolvimento, independentemente de se tratar de candidatos homossexuais ou heterossexuais.
FAMÍLIAS SUPERAM BARREIRAS E DÃO EXEMPLO DE DEDICAÇÃO
Se de um lado, há quem escolha; de outro, há quem se doe. É o caso da família da comerciante Márcia de Souza Rodrigues, que adotou uma criança com quadro de hidroanencefalia há cerca de 17 anos. O amor ofertado à filha Letícia fez com que a garota contrariasse todas as indicações médicas e sobrevivesse por 15 anos, tornando-se um caso raro no Brasil.
"Quando adotamos a Letícia ela tinha 1 ano e 3 meses. Fomos informados de que ela tinha um quadro grave de hidrocefalia. Conseguimos uma cirurgia para implantar uma válvula, mas descobrimos que ela só tinha o tronco cerebral e o cerebelo", diz a comerciante que se emociona três anos após a morte da filha.
Márcia fala com saudosismo do amor que a família alimentou pela nova integrante. "Foi paixão à primeira vista. Quando a vimos no orfanato, nos apaixonamos. A partir de então, o amor só aumentou. As dificuldades nunca nos fizeram pensar em desistir", explica a comerciante, que chegou a contrair dívidas para dar o suporte adequado à Letícia.
Assim como Márcia, a psicóloga Ana Paula Monteiro mostra que adoção é sinônimo de doação. Mãe de um garoto que atualmente tem 11 anos, ela explica que convive com naturalidade com os questionamentos do filho e que sempre buscou superar as dificuldades por meio do diálogo. Segundo ela, a fórmula tem dado certo.
"Desde que ele era pequeno, sempre busquei explicar que era meu filho do coração e que isso não diminuía o amor que eu sentia por ele. Tive dificuldades para engravidar e me cadastrei numa lista de espera em Arapiraca à época. Foi quando ele surgiu. Sempre deixo claro o quanto desejei que ele aparecesse na minha vida", ressalta a psicóloga, que conseguiu engravidar após a adoção.
Mas Ana Paula conta que o fato de o filho saber que é adotado e lidar bem com o assunto não impediu que ele fosse vítima de preconceito. "Meu filho sabe que é adotado. Eu nunca escondi nada dele. Mas há situações que são desnecessárias. Na escola, ele já sofreu bullying. Fiz questão de entrar em contato com a mãe da criança e explicar o que aconteceu", pondera.
TRANSPARÊNCIA É A MELHOR FORMA DE EVITAR DECEPÇÕES, DIZ PSICÓLOGO
Para o psicólogo Aluízio Costa, transparência é a melhor forma de evitar frustrações tanto para os pais, quanto para os próprios filhos. Segundo ele, o diálogo deve ser constante e a presença de um profissional especializado para acompanhar a família é fundamental no antes, durante e depois do processo de adoção de uma criança.
"No início, há as expectativas da família e da criança. Depois, vem o processo de adaptação no novo lar. Por fim, a convivência. Todos os processos exigem um acompanhamento constante para que haja uma relação saudável, sem exageros. Nesse processo, ser sincero com o filho é o melhor caminho e evita que as partes se decepcionem ou se frustrem", pondera.
O psicólogo ressalta que, se uma criança tem conhecimento de que é adotada, torna-se mais fácil lidar com os questionamentos naturais que surgem ao longo do caminho. "É importante que a família expresse o amor, mas que explique que a criança é filha do coração, mesmo que ela ainda não entenda exatamente o que aquilo quer dizer. Será um processo bem menos traumático para as duas partes e evitará problemas maiores no futuro", acrescenta.
Aluízio Costa lembra que ainda existe muito preconceito sobre o assunto e que um dos reflexos disso é o grande número de crianças disponíveis para adoção. "A maior parte das pessoas quer um bebê, porque acredita que pode moldar a personalidade dele. Mas, na verdade, a personalidade é moldada ao longo da nossa vida. Por isso, não há motivos para deixar de adotar devido à idade".
QUAL O PAPEL DO CONSELHO TUTELAR?
No processo de adoção, o Conselho Tutelar faz a intermediação entre crianças que estão em situação de vulnerabilidade e a Justiça, que coordena os trâmites legais. Na prática, o Conselho recolhe crianças que tiveram direitos violados e as apresenta na Vara da Infância, para que elas possam integrar o Cadastro Nacional de Adoção.
Mas não significa que toda criança recolhida pelos conselhos estará disponível para a adoção. Algumas delas são levadas para abrigos, mas continuam mantendo contato com as famílias. "Se for constatado que a família original não tem condições de ficar com a guarda da criança, o nome dela é incluído no cadastro e ela fica disponível para adoção", explica o magistrado Ney Alcântara.
A coordenadora do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Maceió, Ubiratânia Amorim, explica que a capital tem hoje 10 conselhos tutelares, que passaram por eleições unificadas no último ano. Os conselhos, segundo ela, têm a função de garantir a preservação dos direitos de crianças e adolescentes e integram uma política municipal.
"Maceió contava, até 2014, com sete conselhos tutelares. Mas, no último ano, esse número foi elevado para dez. Essa é uma forma do município assegurar os direitos ao maior número de crianças possíveis. Cada conselho é formado por cinco titulares e dois suplentes e atuam dentro de uma determinada área administrativa", conclui.
ABRIGOS GUARDAM MAIS QUE CRIANÇAS, GUARDAM HISTÓRIAS
Maceió conta hoje com nove abrigos para adoção. Quem entra neles, tem contato não só com crianças e adolescentes, mas com histórias de superação e força de vontade de voluntários. É o caso de Cleópatra Diógenes de Melo, ou simplesmente Cléo, como prefere ser chamada, uma das criadoras do Lar de Amparo a Crianças para Adoção (Laca), que funciona no Feitosa.
A instituição privada, sem fins lucrativos, foi criada em 2008 por um grupo de senhoras que fazia trabalho voluntário em abrigos da capital. Por ela, já passaram 123 crianças ao longo dos últimos oito anos. Atualmente, o Laca guarda seis crianças, que têm idades entre 0 e seis anos.
"Nossa história começa lá atrás, com trabalhos voluntários na Igreja de São Pedro, na Ponta Verde. Depois, passamos a nos voluntariar em abrigos de Maceió. Por fim, nós decidimos criar o Laca em 2008. Buscamos apoio do Ministério Público e fundamos a instituição, que é um orgulho para nós", explica Cléo ao mostrar as instalações do abrigo, que conta com três quartos, cozinha, banheiros adaptados, parque de diversão, varanda e área de serviço.
De acordo com ela, pelo local passaram casos emblemáticos, como o de uma criança de dois anos que sofria maus tratos da própria mãe. "O garoto chegou aqui através do Conselho Tutelar e trazia diversas queimaduras de ponta de cigarro. A própria mãe fazia isso com ele. Nós o recebemos e cuidamos para que ele se tratasse e fosse adotado por uma família", lembra.
No entanto, para poder superar traumas como este, Cléo explica que é necessário o apoio de doações e de voluntários. "Nós somos uma entidade 100% privada, que depende de doações. Nós contamos hoje com um quadro de oito funcionários fixos. Cada criança traz uma história junto de si, algumas positivas outras nem tanto. Por isso, a importância de doações e voluntários".
Por fim, a diretora da instituição ressalta que adoção deve ser visto como um gesto de amor. "Se as pessoas não escolhessem tanto, não veríamos essa quantidade de crianças nos orfanatos. Quem quer adotar uma criança ou adolescente deve encarar a ação como um gesto de amor, de carinho. No fundo, quem mais ganha é o a nova família que é formada", conclui.

Original disponível em: http://gazetaweb.globo.com/portal/noticia.php?c=2395

Reproduzido por: Lucas H.

Italianos saem às ruas defendendo união civil gay (Reprodução)

23/01.2016
Agência ANSA
Internacional...
Milhares de italianos saíram às ruas de diversas cidades do país neste sábado, dia 23, para defender a legalização da união homossexual e o direito de adoção por casais gays - questões que serão debatidas no Senado na próxima semana.
Com o slogan "Acorde Itália! É hora de sermos civilizados!" e portando a bandeira do arco-íris, simpatizantes da causa estão realizando manifestações em cerca de 40 cidades de toda a Itália.
Uma norma que prevê a legalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo começará a ser debatida na próxima quinta-feira no Senado italiano, após as discussões sobre os direitos gays terem sido mantidas por anos à margem do debate público.
"Estamos em um momento decisivo. As uniões civis são uma realidade na sociedade, elas também devem se tornar reais dentro do nosso sistema legal", defendeu a autora do projeto, a senadora Monica Cirinnà.
A Itália é o único dos maiores países europeus que ainda não possui uma legislação para os casamentos gays. Um dos termos mais polêmicos do projeto em trâmite, no entanto, é a adoção. Segundo o texto atual, o casal homossexual poderia adotar uma criança gerada por um dos pais, mas não filhos de terceiros - como acontece em uniões heterossexuais.
PAPA
No meio da discussão, o papa Francisco afirmou em audiência nesta sexta-feira (22) que não pode "haver confusão" na Igreja entre o que é a família que Deus quer e o que são os outros tipos de união. Declaração resume a linha defendida pela Igreja Católica, apesar de o papa Francisco sinalizar uma abertura quando disse, no começo de seu pontificado, que os gays e os divorciados não podem ser julgados.
Em 2013, Francisco disse que "se uma pessoa é gay e procura Jesus, e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la? O catecismo diz que não se deve marginalizar essas pessoas". A declaração do Papa foi manchete de jornais de todo o mundo, pois foi uma das raras vezes em que um Pontífice demonstrou publicamente abertura  para que a Igreja acolha os homossexuais.

Original disponível em: http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2016/01/23/italianos-saem-as-ruas-defendendo-uniao-civil-gay/

Reproduzido por: Lucas H.


AUMENTA O NÚMERO DE ADOÇÃO DE CRIANÇAS COM IRMÃOS (Reprodução)

22/01/2016
Por Adriano Camara

http://ultimasnoticiasdehoje.com.br/aumenta-o-numero-de-adocao-de-criancas-com-irmaos/ [Mátéria original completa]

Reproduzido por: Lucas H.

DRIBLANDO AS FRUSTRAÇÕES! (Reprodução)

22 de janeiro de 2016
Por Camila Carloni
Fazer escolhas significa escolher algo em detrimento de outro. Assim, entendo que quando fazemos uma escolha estamos abdicando de algo.
Quando você escolhe fazer um regime, você tem que deixar de lado os doces. Quando você escolhe fazer exercícios, você tem que deixar de lado a preguiça. Com a escolha pela adoção aconteceu a mesma coisa. Escolhi adotar, então tive que deixar outros desejos para trás.
Fazer ensaio de gestante, acompanhar o crescimento do bebê na barriga, fazer enchoval, fazer ultrassom, chá de bebê, paparico das pessoas… Tudo isso teve que ser deixado pra traz.
E é aí que vem a parte mais difícil da escolha pela adoção (pelo menos para mim): lidar com as frustrações.
No começo foi bem difícil. Não sabia lidar com essa dualidade de sentimentos. Ao mesmo tempo que estava feliz com minha escolha, ficava triste por não ter as outras coisas.
Vi muitas amigas ficarem grávidas, fui a muitos chás-de-bebe, vi muitos ensaios de gestante, vi muitos bebês nascendo… Tudo isso gerou muita frustração.
Nessa fase aprendi que nem todo mundo possui sensibilidade em compreender a dimensão da escolha pela adoção. Nem todo mundo é capaz de se colocar no lugar do próximo para tentar imaginar o que nos levou a fazer tal escolha. As pessoas não têm ideia do quanto tivemos que deixar para traz. Hoje eu sei dessa limitação, mas há meses atrás eu não sabia e me magoei demais pela forma com que pessoas muito próximas a mim lidaram com essas questões.
Mas num belo dia eu tive um insite que mudou tudo! Ora, eu estava vivendo entre pessoas que não precisaram escolher. Elas não sabiam o que eu estava passando.
Foi aí que comecei a procurar entrar em contato com pessoas que viveram e vivem a mesma realidade que a minha.
Comecei a seguir blogs, páginas do Facebook, comecei a conversar com pessoas que também tiveram seus filhos por meio da adoção. Enfim, eu me inseri dentro de uma “sociedade” que vive o mesmo que eu!
Nessa “sociedade” descobri que existe ensaio de espera, existe chá de boas vindas, existem termos próprios, existe até relato de parto!
Ou seja, finalmente eu entendi que eu não estava deixando de viver as fases de uma gestação, mas somente que minha gestação é diferente das demais!
Minha gestação é invisível. Somente eu e meu marido “enxergamos” nossa barriga crescer. Por isso é tão difícil.
Meu desejo com esse blog é justamente ajudar as pessoas que também passam por esse tipo de situação. E tornar o tema menos tabu.
A adoção é pouco falada em nossa sociedade. Sinto que as pessoas têm vergonha de falar “vou adotar”. Mas eu entendo. A pressão em cima da mulher é muito grande, e quando ela não consegue ter filhos de maneira natural… O peso do mundo cai em suas costas.
Mas creio que Deus não deixa as coisas acontecerem por acaso.
Existem crianças que precisam de mãe e mães que precisam de filhos. A adoção somente promove o encontro de sonhos e os transformam em realidade!
No próximo post explicarei como funciona o processo de adoção!
Até lá!

Original disponível em: https://mamaeporadocao.wordpress.com/

Reproduzido por: Lucas H.

PROJETO BUSCA VOLUNTÁRIOS PARA O APADRINHAMENTO AFETIVO EM IRATI (Reprodução)

22/01/2016
Ainda que não seja necessariamente uma adoção, o apadrinhamento oferece a crianças e adolescentes que vivem em casas-lares a oportunidade da experiência familiar.
Retiradas do convívio familiar por muitas questões alheias à sua vontade ou mesmo por necessidade de garantir sua integridade física e psicológica, muitas crianças vivem em Casas-Lares, inclusive em Irati. Enquanto, aguardam a oportunidade de adoção ou mesmo a de reintegração familiar - geralmente um processo lento -, essas crianças e adolescentes podem experimentar o afeto familiar de uma maneira diferente: através de padrinhos e madrinhas afetivos, voluntários que elas mesmas podem escolher.
O Apadrinhamento Afetivo, Projeto da Secretaria Municipal de Assistência Social de Irati, consiste na garantia ao direito a convivência familiar e comunitária às crianças e adolescentes que vivem em Casas-Lares, com possibilidade remota de reintegração familiar ou que aguardam pela adoção.
“Sabemos que, de acordo com o perfil, algumas crianças e adolescentes demoram mais que o esperado, para serem adotadas, ou, dependendo do caso, a possibilidade de reintegração familiar é a médio ou longo prazo. O objetivo é, justamente, durante esse intervalo de tempo até que a criança e ou o adolescente retorne para a família de origem ou vá para uma família substituta, via adoção, que ela tenha o direito à convivência familiar garantido”, explica a assistente social Elãine Novak, do Serviço de Proteção Social Especial de Alta Complexidade – Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes de Irati, uma das autoras do Projeto.
O Apadrinhamento Afetivo, a princípio, é voltado para crianças com idade a partir de sete anos, bem como para adolescentes que vivem nas Casas-Lares. Na avaliação da assistente social, a partir dessa idade seria mais prático e saudável para o desenvolvimento emocional do afilhado afetivo explicar para a criança que o padrinho e a madrinha não serão seus pais adotivos. “Além disso, a partir dos sete, oito anos, temos a adoção tardia, a qual no Brasil tem um processo ainda mais lento, podendo, a criança ou adolescente permanecer na Instituição de Acolhimento por longos anos”, explica Elãine.
“Nossas crianças e adolescentes têm muita carência afetiva e falta essa estrutura familiar para elas dentro das Casas-Lares. Por mais que o serviço tenha o objetivo de garantir toda essa proteção, não conseguimos assegurar uma estrutura familiar, como deveria ser o ideal. Sempre tentamos, mas nem sempre é possível”, comenta Elãine.
No momento, a maior parte do público-alvo do Projeto é composta por adolescentes. Segundo a assistente social, o objetivo de divulgar o Projeto é buscar pessoas interessadas e realmente engajadas com a causa da infância, dispostas a fazer a diferença na vida dos acolhidos.
Ainda que não se trate de uma adoção, mas apenas de um Apadrinhamento Afetivo, uma das exigências feitas ao casal interessado – que podem também ser padrinhos e madrinhas individuais – é que não possuam nenhuma demanda judicial na Vara da Infância e Juventude. “Mesmo que não seja todo mundo, pode ser que existam pessoas capazes de tentar burlar o sistema do processo real de adoção”, salienta Elãine.
O padrinho e madrinha afetivo vão garantir à criança e ao adolescente em acolhimento institucional a oportunidade de vivenciar uma experiência familiar, com respaldo da Equipe Técnica do Projeto, composta por Elãine e pela psicóloga Janaína Del Cielo.
Critérios para o Apadrinhamento Afetivo
Quem deseja se tornar padrinho ou madrinha afetivo deve ter, no mínimo, 21 anos de idade – uma vez que o Projeto envolve desde crianças a partir de sete anos até adolescentes. A pessoa interessada também deve apresentar, já na entrevista com a Equipe Técnica, toda a documentação exigida. A lista de documentos e o Prontuário a ser preenchido ficam disponíveis na Secretaria Municipal de Assistência Social.
Cada interessado – seja individual ou casal de padrinhos – vai ser criteriosamente avaliado através de uma entrevista feita pela assistente social e pela psicóloga que coordenam o Projeto, a fim de autorizar ou não o Apadrinhamento Afetivo.
Inicialmente, são feitas visitas assistidas, com o padrinho ou madrinha, até para que se analise se há realmente o vínculo afetivo entre eles e a criança. “Às vezes, a criança ou o adolescente tem o desejo de ser um afilhado afetivo e o casal tem o desejo de serem padrinhos afetivos, mas durante a visita assistida com a criança ou adolescente, bem como no decorrer dos atendimentos, podemos verificar que não é bem aquilo que a criança ou adolescente queria, desejava; que talvez a criança ou adolescente imaginava uma coisa e a situação aconteceu diferente, e aí não vamos conceder esse apadrinhamento afetivo”, ressalta Elãine.
A Assistente Social explica que o Projeto leva a sério o princípio da “Prioridade Absoluta”, ou seja, prioriza-se o bem estar da criança e do adolescente. “Todo o nosso processo de trabalho visa garantir o bem estar do acolhido. Lógico, esse direito à convivência familiar que vai ser assegurado através do Projeto de Apadrinhamento Afetivo precisa realmente fazer a diferença, de maneira saudável e protetiva na vida desse afilhado”, comenta Elãine.
Para o ano de 2016, o Projeto de Apadrinhamento Afetivo buscará formar um grupo de padrinhos e madrinhas, promovendo oficinas de orientação e conscientização e, alguns encontros antes de, propriamente, autorizar o apadrinhamento. Nesta etapa de conscientização e de familiarização com o Projeto, o principal esclarecimento diz respeito ao fato de que o apadrinhamento é diferente de uma adoção, a fim de que o padrinho ou madrinha compreenda qual seria o seu papel na vida do afilhado.
Depois de realizado o cadastro, feito a entrevista e demais procedimentos necessários para participar do Projeto de Apadrinhamento Afetivo e uma vez aprovado pela Equipe Técnica, inicia-se o processo de aproximação entre padrinhos e afilhado, através de visitas supervisionadas, em que se avalia o grau de desenvolvimento afetivo entre ambos. Gradativamente, são autorizados passeios e, até mesmo, que a criança ou adolescente passe um final de semana na casa dos padrinhos afetivos quinzenalmente, por exemplo.
“Se verificarmos que padrinho e a madrinha vão conseguir se responsabilizar, dar todo o apoio e garantir o direito à convivência familiar de forma saudável e protetiva para o afilhado, podemos liberar a criança ou adolescente para passar um final de semana com os padrinhos a cada 15 dias”, explica Elãine.
Mais informações sobre o funcionamento do Projeto e os critérios para se tornar um padrinho ou madrinha afetivo podem ser obtidas através do telefone (42) 3907-3110 ou pelo celular 9107-9780, com a Assistente Social Elãine. Ou ainda, pessoalmente, na Secretaria Municipal de Assistência Social, que fica no Centro Administrativo Municipal (CAM) – Rua Coronel Pires, 826 – Centro – ao lado da Matriz Nossa Senhora da Luz.
Paulo Henrique Sava/Najuá

Original disponível em: http://hojecentrosul.com.br/?id=495

Reproduzido por: Lucas H.


PRECISAMOS FALAR SOBRE A ADOÇÃO HOMOPARENTAL (Reprodução)

22 de janeiro de 2016
Por Luan Sperandio Teixeira
Texto feito a quatro mãos com Ana Luisa Dassié *
“Há sempre uma relação inversa entre autoridade governamental e liberdade individual.” Friedrich Hayek[1]
Opositores da adoção homoparental costumam basear-se, apenas, em clichês e “achismos” regados a preconceito e ignorância, desconsiderando uma arma demasiadamente importante: a psicologia. Isso leva a ideias sem fundamento, como “pode fazer mal à criança, pois ela necessita ou do pai ou da mãe”; “ela irá sofrer com o preconceito” e o eterno “a criança poderá se tornar homossexual’”.
Entrementes, há estudos que indicam que a criança não sofre dano nenhum.
O Parlamento Sueco vale dizer, após longa pesquisa, concluiu possuírem os casais homoafetivos igual preparo para a criação de uma criança ou adolescente, assim como os casais heterossexuais[2].
Igualmente, pesquisas realizadas nos Estados Unidos, no qual visavam obter informações referentes à existência de psicopatologia e ajustes psicológicos, apontaram não haver indícios que diferenciassem pais heterossexuais de pais homossexuais.[3]
Outro estudo, mais recente, coordenado por Ryan Light, professor de sociologia da Universidade do Oregon, indicou que a diferença entre filhos criados por casais homossexuais e casais heterossexuais é insignificante[4]. Ou seja, adultos que foram criados por dois pais ou duas mães podem ser tão saudáveis, bem-sucedidos e bem ajustados, quanto os que conviveram a vida inteira com uma família de arranjo considerado tradicional.
Vale ressaltar que eventuais dificuldades enfrentadas por um indivíduo adotado por um casal de homossexuais, muitas vezes, são decorrentes do sentimento de rejeição, ausência e do abandono dos pais biológicos, e não da sexualidade do casal que o adotou.
Ou seja, independentemente de ter sido adotado por heterossexuais ou homossexuais, o trauma de ser desamparado por sua própria família e viver anos em abrigos em um período de formação de personalidade na primeira infância pode ser o motivador de possíveis problemas no futuro.
Salienta-se que o casamento é um instituto que historicamente transmite status na sociedade e o Estado intervir proibindo determinados indivíduos de se casarem foi um recurso muito utilizado a fim de atingir determinadas minorias.
Por exemplo: são fatos notáveis ao longo da história que, na Roma Antiga, plebeus eram proibidos de se casarem com patrícios até 445 a.C.; há menos de 50 anos, vigoravam leis da miscigenação, que proibiam casamentos inter-raciais nos Estados Unidos[5]; atualmente, em apenas 22 países no mundo, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido[6].
Assim, ainda são comuns grupos que detêm o comando do Estado utilizar de sua coerção para mitigar minorias. Embora, isso venha regredindo paulatinamente, principalmente no ocidente. No Brasil já há jurisprudências favoráveis à adoção homoparental, sendo a questão, inclusive, já analisada pelo STJ (REsp 889852 RS 2006/0209137-4)[7].
Assim, nada obsta a adoção para um casal homossexual atualmente, mas o conservadorismo e preconceito ainda influenciam muito a temática na sociedade.
Em um fragmento, Carbonera resume bem o papel do ordenamento jurídico no tocante à família:
“[O] Direito não deve decidir de que forma a família deverá ser constituída ou quais serão suas motivações juridicamente relevantes (…). Formando-se uma (…) que respeite a dignidade de seus membros, a igualdade nas relações entre eles, a liberdade necessária ao crescimento individual e a prevalência das relações de afeto entre todos, ao operador jurídico resta aplaudir, como mero espectador.” (CARBONERA, 1999, p. 23).[8]
Por fim, os dados de diversos estudos apontam que a criança adotada por um casal homoafetivo não sofre dano nenhum. Mais que isso, há uma questão moral: pela doutrina liberal, vale lembrar, o casamento é um contrato; logo, cada indivíduo se casa com quem bem entender, e o Estado não deve intervir nisso[9].
Sim, precisamos falar sobre a desestatização do casamento. A questão da adoção homoparental nada mais é que reflexos da coerção estatal. Afinal, quem disse que o Estado sabe cuidar de nossas crianças?
[1]Nobel em Ciências Econômicas de 1974 e eterno defensor da liberdade.
[2]SILVA JÚNIOR, Enézio de Deus. A Possibilidade Jurídica de Adoção por Casais Homossexuais. 3ª Ed. Juruá. 2008.
[3]UZIEL, Anna Paula. Homossexualidade e Adoção. Rio de Janeiro. Garamond, 2007, p.75.
[4]http://cudenvertoday.org/researcher-says-no-evidence-child…/
[5]www.dm.com.br/cult…/…/10/o-legado-de-martin-luther-king.html
[6]http://g1.globo.com/…/veja-lista-de-paises-que-ja-legalizar…
[7]www.ambito-juridico.com.br/site/…
[8]SILVA JÚNIOR, Enézio de Deus. A Possibilidade Jurídica de Adoção por Casais Homossexuais. 3ª Ed. Juruá. 2008.
[9]www.institutoliberal.org.br/…/o-casamento-civil-como-contr…/
* Ana Luisa Dassié coordenadora local dos Estudantes Pela Liberdade, é estudante de ensino médio e deseja seguir carreira em psicologia.

Original disponível em:http://www.institutoliberal.org.br/blog/precisamos-falar-sobre-a-adocao-homoparental/

Reproduzido por: Lucas H.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

ENTREVISTA: DEMETRIN LEANDRO VEAL (Reprodução)

20 de Janeiro de 2016 
Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
“A minha volta ao Brasil foi um dos três momentos mais importantes da minha vida”, lembra Demetrin Leandro Veal, o pioneiro do Brasil na NFL, a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos. Hoje aos de 34 anos, ele concedeu entrevista exclusiva ao Hoje em Dia por e-mail. Confira:
VOCÊ SE MUDOU PARA OS EUA QUANDO TINHA APENAS CINCO ANOS. COMO ISSO ACONTECEU?
TIVE A SORTE DE SER ADOTADO DIRETAMENTE EM SALVADOR. SEI QUE NEM TODAS AS CRIANÇAS TÊM A CHANCE QUE EU TIVE. POR ISSO, SOU GRATO TODOS OS DIAS POR ISSO TER ACONTECIDO COMIGO.
COMO FOI A CARREIRA NA NFL?
Fui escolhido pelo Atlanta Falcons em 2003, depois joguei pelo Denver Broncos, entre 2004 e 2006, e terminei minha carreira no Tenessee Titans, em 2007. Talvez eu tivesse jogado mais tempo na NFL, mas na minha primeira semana com os Titans, rompi parcialmente o ligamento colateral do joelho e perdi o resto da temporada. Depois tentei voltar antes da hora, jogando na UFL (United Football League), em 2009, pelo Florida Tuskers, que era tipo uma segunda divisão nacional. Infelizmente, eu não estava pronto. Em 2010, já recuperado, joguei pelo Omaha Nighthawks, sonhando em voltar para a NFL. Voltei bem, fui um dos melhores defensive tackle da liga. Porém, a NFL entrou em greve (lock-out), em 2011. Por isso decidi me aposentar. Assim acabou a minha carreira no futebol.
QUAL FOI O TIME DA NFL QUE VOCÊ MAIS GOSTOU DE JOGAR? POR QUÊ?
Meu time preferido na NFL foi o Denver Broncos. Os torcedores de lá eram ótimos. Mas os melhores com certeza são os da faculdade. Joguei em uma defesa que conquistou o recorde de passar 13 quartos sem sofrer nenhum Touchdown.
VOCÊ SEMPRE JOGOU NA DEFESA? OU ATUOU EM ALGUMA OUTRA POSIÇÃO?
Quase sempre joguei na defesa. Mas na escola o técnico tentou me colocar como linebacker, defensive end, runningback, tight end e até no time de especialistas. Acho que por ter jogador polo aquático e futebol, o técnico sempre achou que eu poderia correr. Eu era alto, rápido e forte, o que normalmente são características de linebacker, e na faculdade joguei de defensive end e defensive tacker; foi quando vi que meu lugar era como DT.
DEPOIS DE PARAR DE JOGAR FUTEBOL AMERICANO, VOCÊ LUTOU MMA. POR QUE DECIDIU TENTAR MMA?
Assim que parei de jogar futebol americano, comecei a treinar com alguns lutadores de MMA, já que meu treinador no Colorado era o mesmo de muitos lutadores. Perguntei se podia participar do grupo para me manter ocupado. Mas, após um tempo treinando, comecei a ficar bom. Treinava com vários lutadores pesos pesados do UFC, como Shane Carwin, Brendan Schaub, Nate Marquardt, Cody Donovan, Elliott Marshall e Bobby Lashley. Acho que por isso fiz essa transição da NFL para o MMA tão rápido. Fiz quatro lutas (três delas como amador) e venci as quatro, mas, parei porque era difícil encontrar lutas. Até hoje, quando tenho a oportunidade, treino com lutadores. É divertido e me ajuda a manter minha competitividade.
DEPOIS DE TUDO ISSO, VOCÊ VEIO EM 2012 AO BRASIL. COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA?
VOLTEI AO BRASIL EM 2012, MUITO MAIS PARA APRENDER COMO É SER BAIANO. ME ENCONTREI COM DOIS CARAS QUE ASSIM COMO EU FORAM ADOTADOS QUANDO CRIANÇAS, E TINHAM VOLTADO PARA FAZER A MESMA COISA. UM DELES FOI ADOTADO E MUDOU-SE PARA A SUÍÇA, E OUTRO PARA A ALEMANHA. ME SENTI EM CASA, POR SABER QUE NÃO ERA O ÚNICO. FOI TIPO MONTAR UM QUEBRA CABEÇA, TUDO FOI SE ENCAIXANDO NORMALMENTE. HOJE COLOCO AQUILO ENTRE OS TRÊS MELHORES MOMENTOS DA MINHA VIDA.


Reproduzido por: Lucas H.


RECÉM-NASCIDO VAI PARAR EM ABRIGO APÓS DENÚNCIA (Reprodução)

20/01/2016
Paraiso -To
O recém-nascido identificado como R.S.A, nascido no Hospital e Maternidade Dona Regina, foi entregue a uma pessoa indicada pelo judiciário, após uma denúncia anônima ao Conselho Tutelar de que ele seria supostamente vendido ou doado a terceiros. A determinação judicial foi expedida pelo juiz Océlio Nobre da Silva, da 2ª Vara de Família de Paraíso do Tocantins.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou não ter conhecimento de qualquer denúncia ou especulação sobre a venda de recém-nascido (RN) no hospital. De acordo com a pasta, o hospital foi intimado por determinação judicial, via carta precatória expedida hoje a entregar o bebê a uma pessoa indicada pelo judiciário, suspendendo o poder de família da genitora do recém-nascido.
O Ministério Público Estadual (MPE) informou que o caso corre em segredo de justiça por envolver uma criança. No entanto,informou que a denúncia foi feita no disque denúncia e o Conselho Tutelar de Paraíso do Tocantins se encarregou de apresentar à Promotoria de Justiça da Infância e Juventude daquela cidade, como informado pelo Promotor de Justiça Guilherme Gosellin.
O MPE informou ainda não saber se trata de venda ou adoção ilegal, mas que a Promotoria ingressou com pedido de medida de proteção com destituição do poder familiar até que a Polícia Civil conclua as investigações sobre o caso, sendo que após a conclusão do inquérito é que será apresentado ao MPE para as devidas providências.
Foto: Arquivo JTo
Fonte: Melanie Gothe
Postador: Surgiu Redação
Reproduzido por: Lucas H.


LUSTRADOR DE 19 ANOS PREPARA ENCONTRO COM PAIS BIOLÓGICOS (Reprodução)

20/01/2016 
Autor(a): Tarissa Esteves 
Função: Repórter 
Foto(s): Divaldo Moreira/Comércio da Franca
Uma família residente no Leporace I está empenhada na busca pelos pais biológicos de seu filho do meio, o lustrador Equiel da Silva Ribeiro. Adotado aos 3 meses de idade pela pespontadeira Sueli Aparecida Ribeiro e pelo guarda noturno Claudionor Ribeiro, Equiel, hoje com 19 anos, tem o desejo de conhecer suas origens e obter respostas. “Preciso ouvir deles (pais biológicos), olhando nos olhos, o que aconteceu, na época, para o Conselho Tutelar ter ido me buscar”, disse.
O desejo do rapaz parece estar prestes a se concretizar. Engajada em apoiar o filho, Sueli procurou na manhã de ontem pelo programa Show da Manhã, comandado pelo radialista da Difusora AM 1030 Valdes Rodrigues, e expôs sua busca. Momentos depois, uma tia materna de Equiel, que mora em Franca, entrou em contato para falar sobre o sobrinho. Ao fim da tarde, o lustrador ouviu, pela primeira vez, a voz da mãe biológica.
REENCONTRO
“A ansiedade que senti antes de ligar me lembrou os tempos em que eu jogava na Francana e ficava no banco de reservas, ansioso para entrar em campo”, descreveu. 
Além de conversar por cerca de 30 minutos com a mãe, Equiel marcou encontro com a tia na noite de ontem, a fim de conhecer o primeiro membro de sua família. “No telefone, ela (tia) me contou que tenho muitos irmãos e que minha mãe colocou o mesmo nome que me deu, Equiel, em um deles. Eu já sabia que tinha irmãos porque, quando fui adotado, tinha uma irmã, também, esperando por adoção.”
Nos bastidores do reencontro, a mãe Sueli se emocionou com a possibilidade de ver o filho resolver a própria história. Quanto a possíveis inseguranças maternas que esse reencontro poderia causar, Sueli afirma não ter nenhuma, embora tenha contido a emoção ao supor que o filho pudesse querer ir viver com a mãe biológica.
“Meu filho é um menino muito bom. Ele sempre teve curiosidade sobre os pais biológicos mas, de uns tempos para cá, cismou que quer porque quer achar a mãe e o pai. Você vê que ele sente um vazio. Quer falar com eles, entender o que aconteceu, o porquê de terem abandonado ele. Então eu disse: se for pela sua felicidade, vamos procurar juntos. Você tem esse direito”, disse Sueli.
O PRIMEIRO TELEFONEMA
Após a primeira conversa, o Comércio retornou à casa dos Ribeiro para acompanhar o primeiro contato de Equiel com a mãe biológica. 
Antes de pegar o telefone, olhou nos olhos de Sueli à procura de aprovação. “E aí, mãe, devo mesmo ligar?” Após o consentimento, respirou fundo e ouviu, remexendo freneticamente os dedos dos pés, o telefone chamar.
“Alô, quem fala?”, ao que se seguiu: “Qual seu nome completo? Conhece algum Equiel?”, pausa. “É ele quem está falando.”
O choro do outro lado da linha pôde ser ouvido pelos presentes na sala. Uma conversa muito íntima começou e Equiel teve a oportunidade de, após muitos minutos com a mãe, falar ainda com seu irmão Equiel, de 17 anos. “Sua voz é igualzinha a minha!”, disse.
APOIO
Ao final, Equiel obteve da mãe o seu endereço e prometeu que irá conhecê-la, pessoalmente, nos próximos dias. “Eu nem sei o que dizer... Eu não sabia que minha mãe (Sueli) estava fazendo isso por mim. Ela quem me criou, me deu educação e me fez trabalhador... Amo ela, mas eu preciso ver o rosto da minha mãe biológica, saber com quem me pareço, de onde eu vim e como as coisas aconteceram. Acho que isso me dará paz.”

Reproduzido por: Lucas H.

ADOÇÃO TARDIA SERÁ TEMA DE SEMANA ESTADUAL (Reprodução)

19.01.2016
A primeira reunião de 2016 da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) foi realizada no dia 18 de janeiro (segunda-feira), na Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT). Durante o encontro, os membros fizeram uma retrospectiva dos projetos e ações desenvolvidos no ano passado e começaram a traçar os planos para os próximos meses. Entre as definições, está o tema a ser trabalhado na Semana Estadual da Adoção, que ocorrerá de 22 a 25 de maio. “Vamos incentivar a adoção de adolescentes, chamada adoção tardia”, revelou a presidente da Ceja, desembargadora corregedora Maria Erotides Kneip. 
Em 2015, o mote da campanha foi adoção sem preconceitos. Maria Erotides destacou a brilhante participação de Carla Penteado, mãe adotiva de três meninas especiais, que emocionou a todos com o depoimento dela. A presidente da Ceja lembrou que Carla foi obrigada a fazer teste de sanidade mental para conseguir adotar as filhas. “Às vezes a gente cria resistência para quem quer dar carinho”, avaliou o juiz auxiliar da CGJ-MT Luiz Octávio Saboia, convidado para a reunião. E o promotor de Justiça José Antônio Borges Pereira, membro da comissão, completou: “Se você não tiver sensibilidade, dificulta o processo”. 
Para a procuradora de Justiça Eliana Cívero de Sá Maranhão Ayres, que também compõe a Ceja, trabalhar com a infância é um aprendizado permanente. “Lembro da alegria das crianças na comemoração do Natal, na Fazendinha Cocoricó. A liberdade que tiveram naquele dia foi o maior presente. Parabéns pela iniciativa”, destacou. Os participantes da reunião ainda receberam da secretária executiva da Ceja, Elaine Zorgetti, o regimento interno aprovado e publicado em dezembro, relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com dados sobre adoção, balanço das audiências concentradas e proposta de programação para o ano.
A próxima reunião da comissão será no dia 15 de fevereiro, às 10h. 

Reproduzido por: Lucas H.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

FILHO DE PAIS GAYS EMOCIONA AO FALAR SOBRE ADOÇÃO NO PROGRAMA DE FÁTIMA BERNARDES (Reprodução)

terça-feira, 18 de agosto de 2015
O programa Encontro com Fátima Bernardes, exibido pela TV Globo nesta segunda-feira (17), abordou o tema "adoção". E, dentre os convidados, trouxe o casal Tony Reis e David Harrad com o filhoAlyson, de 14 anos.
No depoimento ao programa, o garoto emocionou. Alyson disse que era triste, que chorava todos os dias e que fugia do abrigo até que os pais o adotaram e...m 2012.
"Já havia perdido as esperanças, eu estava no abrigo e com medo: 'Ai, ninguém vai me adotar. Eu vou ficar na rua, não vou ter família'. Eu queria me livrar daquele lugar, chorava todos os dias, era muito triste".
Ele revela que antes de ser adotado por Tony e David, ele esteve na casa de uma "família cuidadora" - que fica provisoriamente com a criança até que um casal esteja disposto e apto a adotar. O jovem relata que o homem da família era homofóbico e que, ao conhecer os possíveis pais gays, evitou contar por receio de que eles o rejeitassem.
"Eu até omiti (que o pai da família cuidadora era homofóbico), porque eu queria conquistar os dois (David e Tony), queria ter pais, queria ter uma família. Falei até que queria ser médico para eles me adotarem", declarou o garoto aos risos, que hoje sonha ser dançarino e coreógrafo. Ele já lançou um livro.
Tony revela que Alyson era um menino "levado" e que, hoje, "é um menino muito bacana e um amor de pessoa". "Quando a gente perguntou o que ele queria ser, inicialmente ele disse médico. Hoje, ele quer ser coreógrafo, bailarino... Bom, ele pode ser o que quiser, pode ser hippie, cantor de pagode... A gente relaxou e só fez uma exigência: 'Você vai ter que ter caráter'".
FONTE: A CAPA


Original disponível em: http://www.picosmix.com/2015/08/filho-de-pais-gays-emociona-ao-falar.html


Reproduzido por: Lucas H.

ANÁLISE DE ADOÇÃO INTERNACIONAL MUDA EM MATO GROSSO (Reprodução)

Segunda, 18 de janeiro de 2016
Judiciário / cuidado maior
Assessoria
De acordo com o novo regimento, a necessidade dos pareceres do relator, da equipe multidisciplinar e do MP está mantida
A reedição do regimento interno da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja), ligada à Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT), trouxe como principal mudança o trâmite para habilitação à adoção internacional. De acordo com o novo procedimento, com a instrução do processo, o pedido de habilitação por estrangeiros será apreciado em sessão, com votação de todos os membros da comissão. A decisão será validada pela maioria dos votos e, em caso de empate, será tomada pela presidente da comissão, desembargadora corregedora Maria Erotides Kneip.
A mudança representa um cuidado maior com a adoção internacional e visa garantir mais segurança ao processo. Conforme a norma anterior, não havia votação em sessão. O processo era analisado pelo relator, pela equipe interprofissional da Ceja e pelo Ministério Público. Havendo parecer favorável da equipe técnica, do MP e do relator, os autos eram encaminhados para o presidente que determinava a emissão do laudo de habilitação com a ciência dos demais membros da Ceja. Em caso de divergências nos pareceres, o processo era encaminhado para apreciação pela comissão.
De acordo com o novo regimento, a necessidade dos pareceres do relator, da equipe multidisciplinar e do MP está mantida. Contudo, os demais integrantes da Ceja também passam a ser responsáveis pela análise do pedido, em sessão. Cabe ao relator fazer a exposição do caso, prestando esclarecimentos, para em seguida a comissão deliberar a partir do voto dele.
O novo regimento da Ceja foi publicado no fim de 2015 no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) e está disponível no site da CGJ-MT, confira aqui. O documento traz ainda mudanças como readequação de termos e nomenclaturas, alteração na ordem de alguns artigos, inclusão de profissionais na composição da comissão, entre outras. Confira abaixo algumas modificações:
* A partir deste ano, a comissão terá reuniões mensais e não mais a cada três meses, como era previsto anteriormente;
* Caso não possa comparecer, o presidente da comissão poderá indicar um representante para representar a Ceja nas reuniões do Conselho das Autoridades Centrais;
* O secretário geral passa a ser denominado secretário executivo e a indicação para o cargo deverá recair sobre servidor efetivo com formação em Direito e experiência na área;
* A equipe técnica interprofissional será comporta por pedagogo além de psicólogo e assistente social;
* A secretaria da Ceja contará com apoio de estagiários dos cursos de Psicologia, Serviço Social, Pedagogia e Direito, vinculados ao Tribunal de Justiça;
* A saída do adotado do país somente é possível após o trânsito em julgado da Ação de Adoção;
* A comissão acompanhará a adaptação pós-adotiva das crianças e adolescentes inseridas em família substituta residente ou domiciliada fora do Brasil, por meio de relatórios que serão encaminhados semestralmente pelos organismos credenciados, durante o período mínimo de dois anos;
* Deferida a inscrição no cadastro de pretendentes à adoção e resguardado o sigilo das informações, o juiz determinará a inclusão dos habilitados na base de dados do Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Antes era necessário remeter a sentença para a Ceja;
* O Cadastro Nacional de Adoção permite que o pedido de habilitação possa ser preenchido virtualmente nos sites do Tribunal de Justiça e da Corregedoria;
* O regimento interno poderá ser alterado automaticamente por resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Ceja - A Comissão Estadual Judiciária de Adoção foi instituída em 1996 e efetivamente criada em maio de 2000. Ela tem como missão de orientar, executar e fiscalizar os procedimentos para a colocação de crianças e adolescentes em família substituta, quando não for possível a reintegração familiar. O regimento interno da comissão foi criado em 2000 e reeditado em 2007, 2012 e 2015.

Original disponível em:  http://www.matogrossonoticias.com.br/judiciario/analise-de-adocao-internacional-muda-em-mato-grosso/165771

Reproduzido por: Lucas H.

EM 3 ANOS, 16 BEBÊS FORAM ENTREGUES PARA ADOÇÃO NO ‘ACOLHENDO VIDAS’, EM MANAUS (Reprodução)

17/01/2016
Manaus
Dezesseis mulheres entregaram os próprios filhos para adoção, nos últimos três anos, dentro do projeto ‘Acolhendo Vidas’, criado em 2013 pelo Juizado da Infância e Juventude Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM). O projeto atua junto a mulheres grávidas e em período pós-parto que manifestem a intenção de entregar o filho em adoção. A entrega é assegurada no artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A legislação busca evitar a ocorrência de abortos e abandonos de bebês.
Conforme o ECA, “as gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude”. O direito assegura, à gestante, atendimento qualificado e privacidade independentemente do motivo que a levou a esta decisão.
De acordo com levantamento do Juizado da Infância e Juventude Cível do TJAM, em 2013, ano em que o projeto ‘Acolhendo Vidas’ foi criado, quatro mães procuraram o juizado para entregar o próprio filho. Em 2014, foram outros quatro casos e, em 2015, oito casos. Desses, muitas mães desistem de entregar o filho para adoção durante o processo do projeto. Desde 2013, a iniciativa registrou dez desistências, segundo apontou o levantamento do Juizado da Infância e Juventude Cível.
A gerente social do juizado, Heloísa Guimarães de Andrade, explicou que as mães que procuram o TJAM não querem entregar o filho para parentes, vizinhos ou amigos, mas sim para a Justiça. Algumas das mães procuram o projeto ainda grávidas e a ideia é que a mãe tenha um planejamento para a gravidez e evite abortos ou abandonos.
“Há mulheres que vêm (até o juizado), porque foram Vítimas de estupro e engravidaram. Ela não quer abortar, não quer esconder a gravidez e jogar o bebê em um vaso sanitário ou em um altar de Igreja”, explicou a gerente social.
O juizado mantém articulação com maternidades da capital que informam a existência de mães que desejam entregar o filho para adoção. Quando o bebê nasce, o juizado encaminha a criança para acolhimento em um dos abrigos da cidade. A mãe ainda dispõe de 40 dias para que a decisão de doar o próprio filho seja oficializada.
“Nesse período, a Mulher pode se arrepender e desistir de entregar o filho para adoção”, disse Heloísa, acrescentando que o principal motivo apresentado pelas mães, que procuram o projeto, é a desestruturação familiar em que, por exemplo, o pai abandona o seio da Família.
De acordo com Heloísa, não é possível a mãe apontar quem serão os pais que irão adotar o bebê “a menos que sejam parentes. É preciso comprovar que os adotantes sejam parentes”, disse Heloísa.
Segundo a gerente social, o juizado tenta sanar as dificuldades apresentadas como motivo, solicitando inscrições em programas de moradia popular, por exemplo, para a mãe que não tem moradia própria. Heloísa explicou que o juizado acompanha a mãe por, pelo menos, seis meses. “O objetivo é não caracterizar a mãe como uma criminosa. É direito dela. Não é melhor entregar para adoção, que não é Crime, do que jogar na sarjeta? Doar não é crime, abandonar é”.
A criança entregue à doação é cadastrada no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Conforme levantamento do Juizado da Infância e Juventude Cível, há 21 Crianças e Adolescentes disponíveis para adoção em Manaus.

Original disponível em: http://new.d24am.com/noticias/amazonas/3-anos-16-bebes-foram-entregues-para-adocao-acolhendo-vidas-manaus/145713

Reproduzido por: Lucas H.