20/12/2014
Do G1 Triângulo Mineiro com informações do MGTV
Mais de 40 integrantes ajudam famílias à procura de um filho. Grupo orienta quem pretende entrar com processo de adoção.
Voluntários criaram em Araxá, no Alto Paranaíba, um grupo de apoio à adoção. São mais de 40 participantes que ajudam famílias que se preparam para receber um filho. O foco é trocar experiências e orientar outros pais sobre o assunto.
Rogério é pai adotivo de Vitor. Uma história que começou há oito anos. "Na época, não existia a nova lei de adoção. Então, não tinha a questão do cadastro nacional de adoção. O pessoal fazia uma inscrição como 'família apoio' e foi por esse procedimento que optamos à época", disse Rogério Carvalho Santos, oficial de justiça.
Desde abril, ele participa do grupo de apoio à adoção. Uma troca de experiências e ajuda mútua entre os participantes. "A gente troca muita experiência, independente da questão da adoção. Sobre a questão da maternidade e da paternidade. Acho que, no fundo, todo mundo deveria frequentar um grupo de apoio", acrescentou.
Luciana é coordenadora do grupo. Ela foi adotada assim que nasceu. Do casamento com o médico Adriano Roberto Tarifa Vicente, teve dois filhos. A família cresceu há cinco anos, com a adoção de Estefany. "Claro que a gente nunca sabe exatamente, não consegue sentir como o outro, mas eu sei o que é ser adotada. Eu sei o que é passar por rejeição, abandono ou negligência. Temos que lembrar que a criança adotada passou por uma situação difícil. Uma dor muito forte", afirmou Luciana.
"Queríamos ter duas crianças biológicas e duas adotivas quando nos casamos. Então, foi meio natural. Não temos nenhum tipo de preconceito. Foi muito bom", disse Adriano.
EXPERIÊNCIA DE VIDA
De filha adotada à mãe adotiva, agora Luciana divide essa experiência de vida com outras pessoas. "No grupo, trabalhamos especialmente com as necessidades das crianças que estão para ser adotadas. Nosso foco não é achar uma criança para a família adotar. É achar famílias para as crianças que precisam ser adotadas", explicou.
Os voluntários do grupo também atuam para orientar pessoas que pretendem entrar com processo de adoção. Em uma casa que abriga menores em situação de risco social em Araxá, cinco crianças esperam por famílias. "O foco da casa é as crianças retornem para a família. Por isso temos uma equipe completa que faz um trabalho com essas famílias. A adoção é sempre a última opção", explica a coordenadora Estela Oliveira Santiago de Carvalho.
No lar estão 12 crianças e ao longo do ano, a instituição acolheu 34 menores. A maioria voltou para casa. Mas, alguns deles só terão oportunidade de conhecer o que é uma família por meio da adoção. "O grupo de apoio é justamente para isso. Para despertar nessas famílias que querem adotar, talvez, a chance de pegar essas crianças que não têm nenhuma possibilidade de ter família", finalizou a educadora Madalena de Fátima Silva Botelho.
http://g1.globo.com/…/voluntarios-criam-grupo-para-auxiliar…
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